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Guia Farmacológico de Odontopediatria

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Guia farmacológico de 
odontopediatria
Eduarda Pimentel
Monitora de odontopediatria – UNICHRISTUS
Luana Duarte 
Monitora voluntária de odontopediatria - UNICHRISTUS
Dra. Pollyanna Bitu
Professora e coordenadora de odontopediatria, PNE e 
empreendedorismo - UNICHRISTUS
Objetivo
Oferecer um guia 
farmacológico resumido 
e prático de pediatria 
aos estudantes de 
odontologia da 
Instituição, a fim de 
auxiliá-los em suas 
práticas de prescrições 
medicamentosas à esse 
perfil de paciente. 
Sumário
- ANTIBIÓTICOS
Penicilina V
Ampicilina 
Amoxicilina
Amoxicilina com ácido clavulânico 
Cefalexina
Cefadroxil
Cefuroxima
Cefprozil
Cefaclor
Eritromicina
Claritromicina
Azitromicina
Clindamicina
Profilaxia 
- ANTIFÚNGICOS
Nistatina
Fluconazol 
Daktarin gel oral
- ANTIVIRAIS
Aciclovir
- ANTI INFLAMATÓRIOS NÃO 
ESTEROIDAIS e ANALGÉSICOS
Dipirona
Paracetamol/Acetaminofeno
Ibuprofeno 
- ANTI INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS
Betametasona 
- BENZODIAZEPÍNICOS
Midazolam
Diazepam 
- REFERÊNCIAS
ANTIBIÓTICOS
INDICAÇÕES GERAIS: infecções locais com manifestações sistêmicas (febre, 
calafrios, mal-estar, fadiga); abscessos de evolução aguda e sem limites 
definidos (celulites); traumatismo com luxação severa e lesão extensa de 
tecidos moles; profilaxia em casos selecionados.
CONTRAINDICAÇÕES GERAIS: quadro clínico com ausência de 
manifestações sistêmicas; dor pulpar com infecção limitada ao canal 
radicular; abscessos menores e circunscritos; alveolite e pericoronarite não 
complicadas. 
MAIS INDICADOS PARA ODONTOPEDIATRIA: penicilinas, cefalosporinas e 
macrolídeos. 
Penicilinas
Precauções: Pacientes intolerantes às penicilinas, também 
podem ser intolerantes às cefalosporinas, e vice-versa. Pode 
ocorrer superinfecção por fungos ou bactérias em pacientes 
em tratamento prologado com penicilinas.
Penicilina V ou 
Meraciclina -
fenoximetilpenicilina
Recomenda-se a dosagem de penicilina-V de 25-50 mg/kg/dia,
a cada seis horas de sete a dez dias de tratamento, para
infecções leves causadas principalmente por bactérias Gram (+)
e algumas Gram (-). A autora descreve que esse fármaco é
estável em pH gástrico e muito bem absorvido oralmente, sendo
comum a ocorrência de diarreia.
Indicações- infecções em gerais ou da cavidade oral.
Formas farmacêuticas-
a) Comprimido: 500.000 UI.
b) Pó para solução oral: 400.000 UI/5 ml.
Contraindicações- hipersensibilidade a penicilina,
cefalosporinas ou qualquer componente da fórmula; crianças
menores de 1 ano.
Interações medicamentosas-
Neomicina; Cloroquina; Probenicida; Aminoglicosídeos; 
Cloranfenicol; eritromicinas, sulfonamidas, tetraciclinas, 
metotrexato, diuréticos poupadores de potássio, aas, 
sulfametoxipiridazina e sulfaetidol.
Ampicilina – ampicilina tri-
hidratada
Deve ser ministrada de preferência uma hora antes ou duas horas 
depois das refeições. Crianças com mais de 20 kg, ampicilina 250 a 
500mg, a cada seis horas. Crianças com menos de 20 kg, ampicilina 
50-100 mg/kg/dia em tomadas igualmente divididas a cada seis 
horas, durante 7 a 10 dias. Ampicilinas tem espectro de ação maior 
que as penicilinas V e G, atingindo mais Gram (-), sendo efetiva 
também sobre as Gram (+). 
Indicações- infecções em geral.
Contraindicações- pacientes hipersensíveis às penicilinas e 
cefalosporinas.
Formas farmacêuticas-
a) Pó para suspensão oral: 50 mg/ml, 250 mg/5 ml. 
b) Cápsula: 250 ou 500 mg. 
c) Solução injetável: frasco-ampola 500 mg e 1 g.
Interações medicamentosas- Alopurinol, 
probenicina; a administração não deve ocorrer 
durante as refeições. 
Precauções: Pacientes intolerantes às penicilinas, também 
podem ser intolerantes às cefalosporinas, e vice-versa. Pode 
ocorrer superinfecção por fungos ou bactérias em pacientes 
em tratamento prologado com penicilinas.
Ampicilina e amoxicilina, por terem espectro de ação compatível, 
eficácia clínica e apresentação oral, também são opções para o 
tratamento de infecções odontogênicas, com preferência pela 
segunda devido à sua comodidade de tomada a cada oito horas.
Recomenda-se para amoxicilina a dosagem de 30-50 mg/kg/dia, a 
cada oito horas durante sete a dez dias. Tem o mesmo espectro de 
ação das ampicilinas e é melhor absorvida via oral causando menos 
diarreia. 
Formas farmacêuticas-
a) Pó para suspensão oral: 125mg/5ml, 200 mg/5 ml, 250 mg/5ml, 
400 mg/5 ml e 500 mg/5 ml. 
b) Cápsulas: 500 mg
Indicações- possui amplo espectro indicado para o tratamento de 
infecções bacterianas causadas por germes sensíveis a ação da 
amoxicilina. 
Contraindicações- hipersensibilidade a betalactâmicos, como 
penicilinas e cefalosporinas. 
Interações medicamentosas- Alopurinol, 
probenicina
Amoxicilina
Precauções: Pacientes intolerantes às penicilinas, também 
podem ser intolerantes às cefalosporinas, e vice-versa. Pode 
ocorrer superinfecção por fungos ou bactérias em pacientes 
em tratamento prologado com penicilinas.
1°
ESCOLHA!
Amoxicilina com ácido 
clavulânico
O uso de penicilinas em associação com inibidores de 
betalactamases, tais como ácido clavulânico e sulbactam, 
somente está indicado para casos em que há suspeita de 
resistência bacteriana, não devendo ser considerado como 
terapia de primeira escolha para infecções bucais. 
A dose de amoxicilina mais ácido clavulânico deve ser 
calculada pela dosagem da amoxicilina. Possui o mesmo 
espectro de ação das cefalosporinas, agindo contra cepas 
produtoras de betalactamases.
Indicações- é um agente antibiótico com espectro de ação 
amplo contra bactérias de ocorrência comum na clínica geral 
e em hospitais. A ação inibitória da betalactamase do 
clavulanato estende o espectro da amoxicilina, abrangendo 
uma variedade maior de microrganismos, muitos deles 
resistentes a outros antibióticos betalactâmicos. 
Contraindicações- hipersensibilidade a betalactâmicos, 
como penicilinas e cefalosporinas. Também é containdicado
para pacientes com histórico prévio de icterícia/disfunção 
hepática associadas ao seu uso ou ao uso de penicilinas.
Interações medicamentosas- hipersensibilidade a 
betalactâmicos, como penicilinas e cefalosporinas. 
Formas farmacêuticas: 
a) Pó para suspensão oral: amoxicilina 40 mg + ácido 
clavulânico 5,7 mg/ml. 
Cálculo da dose em passos
Cálculo da concentração máxima permitida 
por dia a partir do que já relata a bula do 
remédio. Ex: 50mg/kg/dia
Divisão da concentração máxima pela quantidade de vezes 
permitidas. Ex: 8/8h : 24h dividido por 8h = 3 vezes ao dia
Transformação de mg para ml, a partir da 
concentração dada na bula. Ex: 250mg/5ml
1
2
3
Exemplo de 
cálculo da 
dose: 
50mg/kg/dia
50mg ------- 1kg
Xmg ------------- 20kg
X= 1000 mg (concentração 
total permitida por dia)
1000mg / 3 (qtd de vezes 
ao dia – 8/8h) = 333 mg 
por tomada
Se 250mg/5ml –
250mg------ 5ml
333mg------ x ml
X= 6,66ml ou 7ml a cada 
8 horas
Receituário branco 
ou de controle 
especial
Fulano de tal
Rua xxxxx, N° XX
Via oral
Amoxicilina 250mg/5ml---------------- 1 frasco
Tomar X ml de 8/8h – oito em oito horas –
durante 7 – sete – dias.
Fortaleza-CE, XX/XX/XXXX
Dra. xxxx
Cirurgiã-Dentista
CRO-CE 00000
O receituário para 
antimicrobianos deve ser feito 
em 3 vias: 
Para o paciente
Para a farmácia
Para o prontuário 
Cefalosporinas
A presença de alimentos pode retardar a 
absorção das formas orais, devendo ser 
ingeridas com estômago vazio (uma hora 
antes ou duas horas depois da refeição). 
As cefalosporinas não constituem a 
primeira escolha de antibióticos na 
Odontologia, sendo indicadas para 
infecções mais graves, grandes 
traumatismos dentários ou infecções 
pós-operatórias. Possuem maior 
incidência de reações alérgicas, 
embora similares às penicilinas.
São bactericidas e com 
espectro de ação maior 
do que as penicilinas, 
incluindo Gram (+) e 
Gram (-) produtoras de 
beta-lactamases. 
Cefalosporinas de 1° geração – 50 a 
100mg/kg/dia
Cefalosporinas de 2° geração – 30 a 40 
mg/kg/dia
OBSERVAÇÕES
Cefalexina
Suspensão oral – 250 mg/5ml, dose: 50 a 100 
mg/kg/diaa cada seis horas por sete a dez 
dias. 
Indicações- sinusites bacterianas causadas por 
estreptococos, S. pneumoniae e Staphylococcus 
aureus. Infecções do trato respiratório superior. Otite 
média. Infecções de pele e tecidos moles causadas por 
estafilococos e/ou estreptococos sensíveis à cefalexina. 
Infecções ósseas causadas por estafilococos e/ou P. 
mirabillis. Infecções dentárias causadas por 
estafilococos e/ou estreptococos sensíveis a 
cefalexina. 
OBS: Deve ser realizada cultura do microrganismo 
causador.
Contraindicações-
Alérgicos às cefalosporinas, alérgicos ao corante 
tartrazina.
Interações medicamentosas- probenecida.
Cefadroxila
Indicações- Infecções em geral. Está indicada ao tratamento de 
infecções causadas por microrganismos sensíveis. A eficácia manifesta-
se pela melhora do estado geral do paciente. 
Contraindicações-
Pacientes com histórico de hipersensibilidade às cefalosporinas ou a 
qualquer componente da fórmula. Função renal diminuída, doença 
gastrointestinal – colite. 
Interações medicamentosas-
Quimioterápicos bacteriostáticos/antibióticos, como a tetraciclina. 
Probenecida. Antibióticos aminoglicosídicos, polimixina B, colistina ou 
altas doses de diuréticos. 
Suspensão oral - 250 mg/5ml ou 500 mg/5 ml
Dose: 50 mg/kg/dia duas vezes ao dia, ou seja, a cada doze 
horas durante sete a dez dias.
Cefalosporinas de 
segunda geração
Cefuroxima: Zinnat® - suspensão oral 125 e 250 mg/5 ml, dose: 30 mg/kg/dia a 
cada doze horas durante sete a dez dias. 
Cefprozil: Cefzil® - suspensão oral 250 mg/5 ml, dose: 30 mg/kg/dia duas vezes ao 
dia, ou seja, a cada doze horas durante sete a dez dias. 
Cefaclor: Ceclor®, Faclor® - suspensão oral 250 e 375 mg/5 ml, dose: 40 
mg/kg/dia três vezes ao dia, ou seja, a cada oito horas durante sete a dez dias. 
As de segunda geração possuem espectro de ação maior sobre as Gram (-) 
produtoras de betalactamases em relação às de primeira geração. 
Macrolídeos
Os macrolídeos têm sua principal indicação de uso para pacientes alérgicos 
às penicilinas. 
• Eritromicina apresenta espectro antimicrobiano similar ao das 
Benzilpenicilina. 
• Novos macrolídeos, como azitromicina e claritromicina, apresentam como 
vantagens maior espectro bacteriano, melhor absorção e maior 
espaçamento entre as doses. 
• Espectros de ação da claritromicina e azitromicina são semelhantes.
OBSERVAÇÕES
Eritromicina
Indicações-
Infecções em geral.
Profilaxia a curto prazo contra endocardite bacteriana – Streptococcus 
viridans alfa hemolíticos – antes de intervenções cirúrgicas em 
pacientes com historia de febre reumática ou cardiopatia congênita ou 
adquirida, que sejam hipersensíveis às penicilinas. 
Contraindicações-
Pacientes sensíveis ao estolato de eritromicina ou a qualquer 
componente da fórmula. Pacientes com doenças hepáticas. 
Interações medicamentosas-
Probemecida, lincomicina, clindamicina, teofilina, digoxina, 
anticoagulantes, ergotamina, triazolam e midazolam; carbamazepina, 
ciclosporina, hexobarbital, fenitoína, alfentanil, disopiramida, 
sinvastatina, lovastatina, bromocriptina, cisaprina.
Dose de 30-50 mg/kg/dia a cada seis horas por sete a dez dias, sendo 
que a dose máxima não deve ultrapassar 4 g/dia. Suspensão oral – 125 
e 250 mg/5 ml. 
1° opção para 
crianças 
alérgicas à 
penicilina
Claritromicina 
Indicações- infecções em geral, principalmente, das vias aéreas 
superiores e inferiores, infecções de pele e tecidos moles.
Contraindicações- hipersensibilidade aos macrolídeos ou a qualquer 
componente da fórmula. Não deve ser administrada a pacientes que 
usam astemizol, cisaprida, pimozina, terfenadina alcaloides de ergot, 
midazolam. Não deve ser administrada a pacientes com arritmia 
ventricular, hipocalemia, insuficiência hepática e renal; que utilizam 
estatinas (lovastatina, sinvastatina).
15 mg/kg/dia na forma de suspensão, duas vezes ao dia, ou seja, a cada 
doze horas, durante sete a dez dias. Pó para suspensão oral: 125 e 250 
mg/5 ml. 
2° opção para 
crianças 
alérgicas à 
penicilina
Azitromicina 
Indicações- A azitromicina pó para suspensão oral é indicado no tratamento 
de infecções causadas por bactérias sensíveis à azitromicina.
Contraindicações- A azitromicina não deve ser usado se você tem história de 
hipersensibilidade (reações alérgicas) à azitromicina, eritromicina, a qualquer 
antibiótico macrolídeo (classe de antibióticos a qual pertence a azitromicina), 
cetolídeo (outra classe de antibióticos) ou a qualquer componente da fórmula.
Interações medicamentosas- A azitromicina não deve ser administrada em 
conjunto com: antiácidos, ergot e derivados do ergot.
Deve-se monitorar (acompanhamento médico e exames de sangue avaliando níveis 
terapêuticos das medicações) pacientes que utilizam conjuntamente azitromicina e 
digoxina, zidovudina, anticoagulantes (medicação que inibe o processo 
de coagulação) orais do tipo cumarínicos, ciclosporina.
Pó para suspensão oral: 200 mg/5 ml, 600 mg/5 ml, 
900 mg/5ml. 10 mg kg/peso/dia de 12 em 12 horas – suspensão
Lincosamidas
Clindamicina 
Indicações-é indicado no tratamento das infecções causadas por bactérias 
anaeróbicas susceptíveis, por cepas susceptíveis de bactérias aeróbias 
Gram-positivas como estreptococos, estafilococos e pneumococos
Infecções dentárias, incluindo abscessos 
periodontais, periodontite, gengivite e abscessos periapicais;
Contraindicações- pacientes que já apresentaram hipersensibilidade à 
clindamicina ou à lincomicina ou a qualquer componente da fórmula.
Interações medicamentosas- claritromicina, bloqueadores 
neuromusculares, inibidores de CYP3A4 e CYP3A5.
Clindamicina também é 
agente substitutivo de 
penicilinas em pacientes 
alérgicos. Seu espectro de 
ação inclui microrganismos 
aeróbios e anaeróbios. 
Possui boa penetração em 
ossos
8 a 20 mg/kg/dia (a dose pode ser dividida em 3 a 4 vezes 
diárias)
Distribui-se pelos tecidos e fluidos orgânicos, sendo de interesse especial sua 
excelente penetração no tecido ósseo, com concentrações intraósseas atingindo 
níveis iguais aos do plasma. São, portanto, antibióticos indicados para tratar 
infecções ósseas, como osteomielites e osteítes.
https://minutosaudavel.com.br/periodontite/
https://minutosaudavel.com.br/gengivite/
Nitroimidazólicos
Sendo utilizado como agente antiparasitário e 
antibiótico para organismos anaeróbios
Metronidazol/ Flagyl/ 
benzoilmetronidazol
Indicações- infecções envolvendo anaeróbicos ou em caso de 
resistência às penicilinas. Este composto também possui atividade 
antibacteriana contra bacilos gram-negativos anaeróbios, contra bacilos 
gram-positivos esporulados e contra todos os cocos anaeróbios.
Contraindicações- pacientes com hipersensibilidade anterior ao 
metronidazol ou a outro imidazólico ou a qualquer componente da 
fórmula. 
Interações medicamentosas- dissufiram, terapia anticoagulante, 
lítio, ciclosporina, fenitoína ou fenobarbital, 5-fluorouracila, bissulfano.
Metronidazol é prescrito quando há indicação de antimicrobiano no tratamento de infecções 
envolvendo microrganismos anaeróbios, como periodontites ou gengivites. Possui sabor metálico. O 
metronidazol e a clindamicina são recomendados para o paciente que não está respondendo ao 
tratamento com penicilina.
30 mg/kg/dia a cada seis horas, durante sete dias.
Suspensão oral: 40 mg/ml. 
Profilaxia antibiótica 
pediátrica
Quando prescrever:
Pacientes imunossuprimidos, comorbidades crônicas descompensadas, 
com insuficiência valvar, com prótese valvar.
ANTIFÚNGICOS
As infecções fúngicas superficiais
são geralmente tratadas com
medicamentos tópicos e os
fungos mais comumente
observados nas lesões bucais
são do gênero Cândida. Ao se
deparar com esse tipo de
infecção bucal em crianças,
deve-se investigar as condições
sistêmicas ou causas
predisponentes. Caso se
suspeite de uma doença
subjacente, deve-se encaminhar
o paciente ao pediatra.
O tratamento das infecções fúngicas inclui, além
da medicação, a remoção dos fatores
subjacentes,quando possível. Entre os tipos de
antifúngicos existentes no mercado, o mais
utilizado é o grupo dos poliênicos. Os outros
grupos são utilizados em âmbito médico-
hospitalar.
Poliênicos
Nistatina
Existem mais de 100 poliênicos com atividades antifúngicas, mas a nistatina é a 
mais comum para as infecções bucais. Esse agente é eficaz quando utilizado 
topicamente, mas apresenta a desvantagem de ter um sabor desagradável e, 
muitas vezes, não tolerado por crianças pequenas. 
Pode ser apresentada em 
creme dermatológico, 
comprimidos, suspensão 
oral, gel, pomada e 
pastilha. 
Creme dermatológico- deve-se aplicar às áreas afetadas 
duas a três vezes diariamente e continuar o tratamento por 
48 horas, no mínimo, após a cura clínica, a fim de impedir 
uma recidiva. Concentração: 500.000 UI/ml
Suspensão oral - 4 a 6 ml quatro vezes por dia, mantendo a 
dose na boca por algum tempo. Concentração: 
100.000UI/ml ou 60.000 UI kg/peso/dia de 6 em 6 h.
Indicações- candidíase da cavidade bucal e do trato digestivo superior.
Contraindicações- hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.
Interações medicamentosas- não apresenta.
Receituário
Branco/Comum
CONSULTÓRIO
Dra. Fulana de tal
Rua xxxx, n° xx, Bairro xxx
Para Maria Eduarda 
Uso tópico
Nistatina 100.000UI/ml --------- 01 frasco
Aplicar 6ml no local afetado de 06/06h (seis em 
seis horas), até dois dias após a melhora das 
lesões orais.
Obs: a criança pode deglutir a medicação. 
Fortaleza-CE, xx/xx/xxxx
Triazólicos
Fluconazol
Em crianças pode-se administrar 3-12
mg/kg/dia numa dose única diária de
fluconazol. Um esquema citado para
tratamento infantil de candidose bucal
recomenda uma dose de 6 mg/kg/dia no
primeiro dia, seguida de doses de 3
mg/kg/dia durante duas semanas. Os
efeitos adversos são náuseas, vômitos,
desconforto abdominal, diarreia e eritema
de pele.
Indicações- candidíase recorrente.
Contraindicações- a pacientes com hipersensibilidade ao fármaco, a 
compostos azólicos ou a qualquer componente da fórmula. Disfunção 
hepática. Pacientes pró-arrítmicos.
Interações medicamentosas- em dose única, não há. 
Formas farmacêuticas: 
a) Pó para suspensão oral: 50 mg/5 ml; 250 mg/5 ml. 
b) Cápsula: 50, 100 ou 150 mg. 
c) Creme: 2%. 
Exemplo de 
cálculo da 
dose: 
12mg/kg/dia
12mg ------- 1kg
Xmg ------------- 20kg
X= 240 mg (concentração total 
permitida por dia)
Se 250mg/5ml –
250mg------ 5ml
240mg------ x ml
X= 4,8ml ou 5ml a cada 
24 horas.
O mais usual é a dose única!
Receituário
Branco/Comum
CONSULTÓRIO
Dra. Fulana de tal
Rua xxxx, n° xx, Bairro xxx
Para Maria Eduarda 
Via oral
Fluconazol 250mg/5ml --------- 01 frasco
Tomar 5ml em dose única.
Fortaleza-CE, xx/xx/xxxx
Miconazol/ Daktarin gel oral
Indicações- tratamento e profilaxia de candidíase da cavidade bucofaríngea.
Contraindicações- hipersensibilidade ao miconazol ou a qualquer componente 
da fórmula; bebês menores de 6 meses de idade ou crianças sem reflexo de 
deglutição bem desenvolvido; disfunção hepática; 
Interações medicamentosas- astemizol, bepridil, cisaprida, dofetilida, 
halofantrina, mizolastina pimozida, quinidina, sertindol, terfenadina, alcaloides 
de ergot, sinvastatina, lovastatina, triazolam e midazolam oral, anticoagulantes 
orais, hipoglicemiantes, fenitoína, medicamentos sujeitos ao metabolismo pelo 
CYP3A4.
Formulações e produtos comerciais: 
Daktarin gel oral® - 20 mg/g, bisnaga de 40 g. 
A aplicação pode ser feita com o auxílio de uma haste flexível de 
algodão ou de uma gaze, espalhando o gel até cobrir a área afetada. A 
aplicação deve ser feita quatro vezes ao dia até o completo 
desaparecimento das lesões. 
Receituário
Branco/Comum
CONSULTÓRIO
Dra. Fulana de tal
Rua xxxx, n° xx, Bairro xxx
Para Maria Eduarda 
Uso tópico
Daktarin gel 20mg/g --------- 01 bisnaga
Aplicar no local afetado de 06/06h (seis em seis 
horas), até o completo desaparecimento das 
lesões.
Fortaleza-CE, xx/xx/xxxx
ANTIVIRAIS
A infecção viral mais frequente em crianças é
causada pelo herpes-vírus simples. Outras
infecções virais, como herpes-zóster,
normalmente não são tratadas no âmbito
odontológico.
A infecção primária por herpes simples pode se
manifestar subclinicamente, mas, em geral,
causa gengivoestomatite aguda, febre, aumento
dos linfonodos cervicais e irritabilidade. A
gengivoestomatite está limitada à cavidade
bucal, e a remissão dos sinais e sintomas ocorre
em, aproximadamente, 10 dias.
O tratamento indicado nas fases iniciais da infecção é 
com o grupo do aciclovir. Em casos em que a infecção 
atingiu estágios mais avançados, a terapêutica com esse 
grupo pode tornar-se ineficaz e deve ficar limitada a 
ingestão de alimentos líquidos, analgésicos, boa higiene 
bucal e uso de enxaguatórios bucais como clorexidina 
0,12% (p. ex., Periogard) para evitar infecção bacteriana 
secundária.
Infecções recorrentes podem ocorrer tardiamente, e a
latência do vírus permanece no gânglio trigeminal.
Tipicamente, atingem a junção mucocutânea do lábio
com aspecto inicial vesicular e, posteriormente, ulcerado.
O tratamento, de preferência, deve ser realizado na fase
prodrômica (sinais e sintomas que prenunciam uma
doença), o que dificilmente ocorre tratando-se de
crianças. Apesar de, na fase ulcerativa, essa medicação
apresentar ação diminuída, também pode ser utilizada.
Deve ser aplicada de 4 a 5 vezes/dia.
As gengivoestomatites agudas herpéticas primárias não
devem ser tratadas com antibioticoterapia, a não ser que
haja fortes evidências que indiquem uma infecção
bacteriana secundária.
Aciclovir
A aplicação do creme deve ser realizada para cobrir toda a lesão a cada três ou quatro horas, 
cinco a seis vezes ao dia durante cinco a sete dias, evitando friccionar sobre a lesão. Antes e 
após a aplicação, lavar bem as mãos para não disseminar a infecção.
Tópica: creme para uso tópico a 5% (50 mg)
Indicações- tratamento de infecções cutâneas pelo vírus Herpes 
simplex.
Contraindicações- hipersensibilidade ao aciclovir, valaciclovir, 
propilenoglicol ou a qualquer componente da fórmula.
Interações medicamentosas- não são conhecidas interações relevantes 
com o uso de aciclovir creme. 
Receituário
Branco/Comum
CONSULTÓRIO
Dra. Fulana de tal
Rua xxxx, n° xx, Bairro xxx
Para Maria Eduarda 
Uso tópico
Aciclovir gel 5% --------- 01 bisnaga
Aplicar no local afetado 5 (cinco) vezes ao dia, 
durante 5 (cinco) dias. 
Fortaleza-CE, xx/xx/xxxx
ANALGÉSICOS e AINES 
A experiência dolorosa após um procedimento
odontológico causa sofrimento para a criança e
para seus pais. O medo de sentir dor é a maior
barreira para a criança que necessita de cuidados
odontológicos. O interesse no controle da dor
em crianças vem aumentando nas últimas
décadas, mas ainda permanecem divergências
entre as teorias e a prática clínica. As razões
possíveis para essas diferenças incluem hipóteses
incorretas sobre a dor, atitudes individuais e
sociais e a complexidade em se avaliar a dor em
crianças.
Os analgésicos pertencem a dois grandes grupos: 
os opióides, derivados da morfina ou seus 
análogos sintéticos e os não-opióides, que atuam 
na via de formação de prostaglandinas. 
Analgésicos não-opióides agem inibindo a ação 
das cicloxigenases, enzimas responsáveis pelo 
metabolismo do ácido araquidônico e formação 
de prostaglandinas. Estas últimas são substâncias 
químicas envolvidas na reação inflamatória, 
sendo responsáveis pelo aumento da sensação 
de dor. Agentes não-opióides estão indicados no 
tratamento de dores leves a moderadas e febre. 
No Brasil, os fármacos mais usados em crianças 
são paracetamol, dipirona, ácido acetilsalicílico e, 
mais recentemente, ibuprofeno 
Dipirona
A dipirona apresenta eficácia analgésica e antitérmica, 
mas suas potenciais reações adversas contraindicam o 
uso rotineiro.
A dipirona é empregada na dose de 10 mg/kg/dose, com intervalos de quatro a 
seis horas entre cada administração, não excedendo quatro doses diárias. 
Geralmente se emprega a solução oral “gotas”, na razão de ½ gotapara cada 
quilo de peso, até a quantidade máxima de 20 gotas (uma criança de 40 kg).
Indicações- analgésico e antipirético.
Contraindicações- hipersensibilidade a dipirona ou a qualquer componente da fórmula ou a pirazolonas e pirazolidinas. 
Pacientes com doenças metabólicas. Disfunção na medula óssea ou no sistema hematopoiético. Asma analgésica ou 
intolerância analgésica. Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg.
Interações medicamentosas- ciclosporinas.
Formas farmacêuticas- Solução oral “gotas”: 500 mg/ml. Solução oral: 50 mg/ml (contra- indicado para pacientes 
diabéticos). 
Receituário
Branco/Comum
CONSULTÓRIO
Dra. Fulana de tal
Rua xxxx, n° xx, Bairro xxx
Para Maria Eduarda 
Via oral
Dipirona gotas 500mg/ml --------- 01 frasco
Tomar xx gotas de 06/06h (seis em seis horas), 
durante 03 (três) dias, se dor. 
Fortaleza-CE, xx/xx/xxxx
Paracetamol/acetaminofeno
O paracetamol é o analgésico de primeira escolha, por ser potente inibidor da síntese de prostaglandinas e por 
apresentar efeito analgésico e antipirético, raramente apresentando toxicidade em doses convencionais.
Apresenta fraca atividade anti-inflamatória, não devendo ser usado para esse fim.
A dose terapêutica de paracetamol em crianças situa-se na faixa de 10 a 15 mg/kg/dose, com intervalos de seis 
horas entre cada administração. Geralmente se emprega a solução oral “gotas”, na razão de uma gota por quilo 
de peso até a quantidade máxima de 35 gotas. Não se deve exceder cinco administrações em um período de 24 
horas, pois doses excessivas de paracetamol podem gerar dano hepático.
Indicações- redução da febre e alívio temporário de dores leves a moderadas associadas a gripes, resfriados, cefaléia, dor de dente, dor 
de garganta e reações pós-vacinas.
Contraindicações- não deve ser administrado à pacientes com hipersensibilidade ao paracetamol ou a qualquer componente da 
fórmula. 
Interações medicamentosas- a hepatotoxicidade do paracetamol é exacerbada com barbitúricos, bussulfiram, carbamazepina, 
hidantoína, ripampicina, sulfimpirazona. 
Formas farmacêuticas- Solução oral “gotas”: 120 mg/1,2 ml ou seja: 100 mg/ml.
Suspensão oral: 32 mg/ml (indicado para crianças), 100 mg/ml (indicado para bebês). 
Solução oral: 200 mg/ml. 
Receituário
Branco/Comum
CONSULTÓRIO
Dra. Fulana de tal
Rua xxxx, n° xx, Bairro xxx
Para Maria Eduarda 
Via oral
Paracetamol gotas 100mg/ml --------- 01 frasco
Tomar xx gotas de 06/06h (seis em seis horas), 
durante 03 (três) dias, se dor. 
Fortaleza-CE, xx/xx/xxxx
Ibuprofeno
A presença de inflamação em crianças,
geralmente está associada a procedimentos
infecciosos, traumáticos ou reumatológicos.
Para os procedimentos infecciosos, não há
indicação para uso de fármacos com efeito
anti-inflamatório. Em processos traumáticos,
medidas clínicas e analgésicos normalmente
são suficientes. Os anti-inflamatórios são
indicados para os casos de doenças
reumáticas, em que o processo inflamatório
não tem objetivo fisiológico ou reparador,
constituindo-se sim, na própria doença. O
uso de AINEs em Odontologia fica reservado
para traumas por instrumentação, cirurgias
ou em quadros clínicos que ocorrem
manifestações de dor, edema, trismo e/ou
limitação de abertura bucal. Quando há dor
isolada, o uso de analgésicos pode ser o
suficiente.
Suspensão: dose por via oral para crianças 30 a 40 mg/kg/dia 
Gotas: uma a duas gotas por quilograma de peso até o máximo de 40 gotas 
por dose
Indicações- febre e dores leves a moderadas.
Contraindicações- hipersensibilidade ao ibuprofeno ou a qualquer componente 
da fórmula. Em caso de úlcera péptica ou sangramento gastrointestinal. Crianças 
menores d 6 meses de idade. 
Interações medicamentosas- AAS, paracetamol, colchicina, iodetos, 
medicamentos fotossensibilizantes, outros AINES, corticosteroides, glicocorticoides, 
corticotrofinas, urocinase, hipoglicemiantes, anti-hipertensivos, diuréticos, ácido 
valproico, plicamicina, ciclosporina, lítio, probenecina, inibidores da ECA, 
amtiagregantes plaquetários, cardiotônicos, digoxina e metotrexato.
Formas farmacêuticas- Solução oral “gotas”: 50 mg/ml ou 100mg/ml
Suspensão oral: 100 mg/5 ml ou seja: 20 mg/ml. 
Exemplo de 
cálculo da 
dose: 
40mg/kg/dia
40mg ------- 1kg
Xmg ------------- 20kg
X= 800 mg (concentração total 
permitida por dia)
800mg / 3 (qtd de vezes 
ao dia – 8/8h) = 266,6 mg 
por tomada
Se 20mg/ml –
20mg------ 1ml
266mg------ x ml
X= 13,3ml ou 13ml a cada 
8 horas
Receituário
Branco/Comum
CONSULTÓRIO
Dra. Fulana de tal
Rua xxxx, n° xx, Bairro xxx
Para Maria Eduarda 
Via oral
Ibuprofeno 20mg/ml--------- 01 frasco
Tomar 13 ml de 08/08h (oito em oito horas), 
durante 05 (cinco) dias. 
Fortaleza-CE, xx/xx/xxxx
Receituário
Branco/Comum
CONSULTÓRIO
Dra. Fulana de tal
Rua xxxx, n° xx, Bairro xxx
Para Maria Eduarda 
Via oral
Ibuprofeno gotas 50mg/ml--------- 01 frasco
Tomar 40 gotas de 08/08h (oito em oito horas), 
durante 05 (cinco) dias. 
Fortaleza-CE, xx/xx/xxxx
CORTICÓIDES
A administração de corticoide melhora a experiência pós-operatória 
dos pacientes e tem um impacto significativo no trismo e na 
inflamação. 
Efeitos maiores parecem ser alcançados utilizando o medicamento 
antes da intervenção. 
Betametasona
Betametasona (Celestone solução® “gotas” 0,5mg/ml) 1 a 2 
gotas/kg de peso corporal em dose única, 30 minutos antes do 
procedimento.
Indicações- substância usada como anti-inflamatório. 
Contraindicações- pacientes com infecções sistêmicas por fungos, em pacientes com 
hipersensibilidade à betametasona, a outros corticosteroides ou qualquer componente 
deste produto.
Interações medicamentosas- fenobarbital, fenitoína, rifampicina, efedrina, estrogênios, 
diuréticos, glicosídios, anfotericina B, anticoagulantes cumarínicos, AINES, salicilatos, 
vacinas, fluoroquinolonas, carbamazepina, priomidona, alocurônio, atracúrio, 
cisatracúrio, mivacúrio, pancurônio, pipecurônio, rucorônio, vecurônio. 
Receituário
Branco/Comum
CONSULTÓRIO
Dra. Fulana de tal
Rua xxxx, n° xx, Bairro xxx
Para Maria Eduarda 
Via oral
Betametasona gotas 0,5mg/ml--------- 01 frasco
Tomar xx gotas meia hora antes do 
procedimento. 
Fortaleza-CE, xx/xx/xxxx
BENZODIAZEPÍNICOS
A presença de ansiedade, medo e fobia de suficiente
intensidade pode impedir a realização do tratamento
odontológico em pacientes infantis. Primariamente, os
métodos adotados nessas situações têm o objetivo de
evitar um desagradável e improdutivo confronto com a
criança e criar um ambiente que facilite o desenvolvimento
da confiança entre ela e o profissional, permitindo a
realização dos procedimentos com o mínimo de
interrupção.
A ansiedade e o medo ao tratamento odontológico podem
estar associados a experiências traumáticas passadas,
preocupações quanto à perda física e à desfiguração, à
observação da ansiedade demonstrada por outras pessoas
(principalmente os pais) e à exposição a histórias de horror
por amigos ou pelos meios de comunicação.
Os pacientes com sinais de ansiedade e medo podem ser
identificados pelo seu comportamento e pela avaliação ou
conhecimento de alguns sinais ou manifestações –
inquietação, agitação, dilatação da pupila, palidez da pele,
transpiração excessiva, sensação de formigamento das
extremidades – e aumento da pressão arterial e da
frequência cardíaca, choro, distúrbios gastrintestinais.
Após a identificação das crianças com ansiedade ou medo,
inicialmente devem ser utilizados métodos ou técnicas de
modificação de comportamento, de sugestão positiva e de
confiança. Essas condutas têm por finalidade estabelecer um
ambiente não ameaçador e reduzir a apreensão e o medo.
As técnicas convencionais de condicionamento são, em geral,
suficientes para lidar com a maioria das crianças, quando da
necessidade de tratamento clínico em Odontologia.50
Entretanto, em alguns casos essas técnicas de modificação do
comportamento não se mostram suficientes no controle da
ansiedade e do medo, e, motivados pelo nível de resistência da
criança ou pelaextensão da duração do tratamento, existe a
possibilidade de se indicar a administração de medicamentos
ansiolíticos.
Somente um profissional treinado e capacitado deve
administrar a sedação oral para uma criança em consultório
odontológico. A sedação consciente se caracteriza pela
manutenção da comunicação verbal, na qual as instruções
verbais são compreendidas e os reflexos protetores mantidos.
Em alguns casos, pode ocorrer amnésia (o que deve ser avisado
aos pais). Os medicamentos que causam a sedação consciente
são seguros, mas não são livres de risco.
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728881/epub/OEBPS/Text/chapter44.html#fn-50
Embora os derivados benzodiazepínicos estejam indicados extensivamente no controle da 
ansiedade e do medo em adultos, seu uso clínico em pacientes pediatras foi iniciado 
recentemente. Derivados benzodiazepínicos mais recentes, como o midazolam, estão indicados 
para pacientes juvenis com mais de 6 anos. Comparativamente ao Diazepam, esse grupo 
apresenta um início de ação e duração rápido, é solúvel em água e é duas vezes mais potente.
REFERÊNCIAS
GUEDES-PINTO, Antonio C. Odontopediatria, 9ª edição. Barueri, SP: Grupo GEN, 
2016. 9788527728881. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728881/. Acesso 
em: 03 mar. 2022.
VERDI, Dayana Cristina. Protocolo medicamentoso em odontopediatria. 2011. 
Monografia apresentada como requisito parcial para a conclusão do curso de 
Especialização em Odontopediatria, Departamento de Estomatologia, Setor de 
Ciências da Saúde, Universidade 
Federal do Paraná, Curitiba, 2011.

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