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PIODERMITES IMPETIGO ECTIMA SÍNDROME ESTAFILOCÓCICA DA PELE ESCALDADA FOLICULITES BACTERIANAS · Infecção cutânea contagiosa · É a infecção bacteriana mais frequente em crianças; · Higiene precária e desnutrição; · ETIOLOGIA: S. aureus; SBHA IMPETIGO NÃO BOLHOSO (CROSTOSO) · Maioria dos casos – 70% · Streptococcus ou Staphylococcus aureus · Predomínio de crostas: SBHA · Se secundário impetiginização; · Mais frequente em imunodeprimidos · Lesões satélites isoladas e coalescentes · Sem febre e odinofagia, Linfadenomegalia regional · Leucocitose: 50% dos casos. · EVOLUÇÃO DAS LESÕES: Mácula eritematosa 2 a 5mm vesícula ou pústula crostas e exsudação amarelada sobre erosão (crosta melicérica) · Mãos e pés poupados · Locais mais atingidos: nariz, boca, áreas expostas · Disseminação é rápida e doença é muito contagiosa · COMPLICAÇÕES: Glomerulonefrite difusa aguda, Ectima, escarlatina, erisipela, endocartide bacteriana IMPETIGO BOLHOSO: · S. aureus coagulase positivo. Em +80% · Penetra na pele lesada ou sã · Fonte: mucosa nasal. · CONTÁGIO: contato direto ou por superfícies de contiguidade criadas por doenças cutâneas (porta de entrada) · EVOLUÇÃO DAS LESÕES: Vesículas bolhas superficiais flácidas 1cm bolhas se rompem com colarete na periferia e erosões centrais cobertas por crostas. · Crostas são secundárias ao ressecamento do conteúdo das bolhas, então há bolhas no inicio do quadro. · Locais mais acometidos: face, glúteos, tronco, períneo e extremidades. · Geralmente sem linfoadenomegalia · Quadro disseminados: febre, diarreia, fraqueza generalizada – não vemos isso no impetigo não bolhoso. · COMPLICAÇÕES: Celulite, Linfangite, Bacteremia, Pneumonite, Artrite séptica, Septicemia, Linfadenite supurativa, Psoríase gutata, Escarlatina TRATAMENTO · Llimpeza e remoção das crostas com água morna e sabão, sem fricção; · ATB tópica: Creme ou pomada - Mupirocina ou ácido fusídico tópicos – 2-3x/dia em média 14 dias. · Se lesões disseminadas: ATB oral (penicilinas, cefalosporinas ou clindamicina) · deve ser feito a descolonização da mucosa nasal nos pacientes com impetigo bolhoso – usa-se esses dois cremes tópicos na mucosa nasal 2x ao dia por 10 dias. · Piodermite mais profunda. · Infecção bacteriana que acomete mais crianças e frequentemente se apresenta como uma evolução de lesões do impetigo mal tratado. · Formação de ulcerações recobertas por crostas espessas, aderentes e dolorosas. · S. pyogenes e S. aureus. · Comum seu aparecimento em área de pequenos traumas, picadas de insetos e escoriações · Aparece mais em crianças, diabéticos ou idosos com higiene precária QUADRO CLÍNICO: · Vésicu-pústula de base eritematosa úlcera crostosa de bordas eritematosas, podendo ser infiltradas · Curso lento, doloroso* · Preferencialmente nas pernas · Resolução lenta com cicatriz – por ser mais profundo · Febre e linfadenopatia · Boa resposta a ATB (oral + tópica) · Raramente tem sintomas sistêmicos · Causada pela liberação de exotoxicinas esfoliativas A e B do S. aureus. · Foco infeccioso não é a pele · Otites, conjuntivites, faringites · Essa toxina promove uma clivagem da desmogleína-1 – descolamento por todo tegumento do paciente. QUADRO CLÍNICO: · RN doença de Ritter von Rittershain · Raramente adultos · Pródromos: conjuntivite intensa com edema, secreção purulenta · 24-48h: Febre, mal estar e irritabilidade · Placas eritematosas dolorosas na face, pescoço, axilas e períneo · Eritema difuso bolhas flácidas se rompem rapidamente por todo tegumento · Sinal de nikolsky positivo · Descamação superficial . TRATAMENTO: · hospitalização e medidas de suporte · monitorização: temperatura, PA, dor nutrição · Limpeza com agua morna e antissépticos · Mupirocina a 2%e ou sulfadiazina de prata; · Emolientes; · antissépticos oculares nas conjuntivites; · analgésicos opióides; · nunca utilizar corticoides. · 1ª escolha: oxacilina EV · 2ª escolha: ceftriaxone EV São as piodermites do folículo piloso causada pelo S. aureus. SUPERFICIAIS: OSTIOFOLICULITES · Pápulas ou pústulas foliculares eritematosas na face, couro cabeludo, glúteos, extremidades. · São indolores · Relacionadas a maceração, oclusão, higiene podre da região · Associado a carreadores nasais · Não deixa cicatriz · São mais comuns em imunodeficiências – HIV + e diabéticos. TRATAMENTO: · semelhante ao impetigo PROFUNDAS: HORDÉOLO E SICOSE DA BARBA · HORDÉOLO OU TERÇOL: foliculite das pálpebras causada pelo S. aureus · SICOSE DA BARBA: múltiplas lesões de foliculite superficial entremeadas por lesões de abcessos dérmicos centrados por pelos. São quadros mais exuberantes TRATAMENTO: · Foliculites profundas: deve ser mais enérgico, necessitando até de drenagem. · Exame bacteriológico + antibiograma para orientar o uso de antibióticos. PIODERMITES FURÚNCULO E ANTRAZ ERISIPELA E CELULITE ERITRASMA · Infecções estafilocócicas do folículo piloso e da glândula sebácea anexa. · Tem destruição dos anexos e formação de cicatrizes. · Patógeno habitual: S. aureus · TRANSMISSÃO: mãos e contato íntimo. No hospital: manipulação de lesões infectadas. · Maior taxa de colonização em pacientes atópicos. ABCESSOS: · lesões dolorosas em regiões pilosas · Nódulo eritematoso flutuação carnegão (área central esbranquiçada) · Eliminação de pus e material necrótico · Drenagem espontânea ou com incisão. FURUNCULOSE RECORRENTE: · lesões múltiplas recidivantes. Deve-se investigar DM, causas de obesidade e imunodeficiências. ANTRAZ: · conjunto de vários furúnculos – infecção de vários folículos pilossebáceos · processo inflamatório intenso, com a confluência de folículos, massa eritematosa profunda e dolorosa, na qual a drenagem através de orifícios. Deixa a área cruenta. Locais mais comuns: nuca, ombros, dorso e coxas TRATAMENTO: · Manter secas as áreas do corpo que são habitualmente úmidas · Lesões abertas: antibióticos tópicos (mupirocina ou ácido fusídico) + curativos oclusivos · Tratar fatores externos: exposição a agentes químicos, pressão excessiva de roupas e cintos, obesidade, hiperidrose e pelos encravados. · Compressas mornas · Antibioticoterapia por 5 a 10 dias – CEFALOSPORINAS · Drenagem de casos indicados · Limpeza rigorosa das mãos e faces · FURUNCULOSE DE REPETIÇÃO clindamicina 300mg/dia por 3 meses. · Mais comuns no sexo feminino · FATORES DE RISCO: obesidade, insuficiência vascular periférica, safenectomia e DM. · Penetração do agente por soluções de continuidade · PORTA DE ENTRADA: Intertrigo itnerdigital, dermatofitoses e úlceras de MMII. · Agentes: SBHA, S. aureus e bactérias anaeróbias em casos bolhosos, hemorrágicos, necróticos e purulentos. H. influenza do tipo B em menores de 2 anos de idade e na face. ERISIPELA: · piodermite da derme superficial · Início súbito · Febre, calafrios, mal-estar, adenite satélite · Área eritematosa, irregular, que progride centrifugamente em 2-5 dias · Sinais flogísticos · Podem surgir vesículas, bolhas e áreas hemorrágicas, principalmente em idosos e · Locais mais comuns: MMII e face · Há descamação e hiperpigmentação residual na resolução do quadro. TRATAMENTO · Repouso (é fundamental) · Elevação das pernas – é indispensável · Compressas frias para alívio de dor, se necessário · Investigar e tratar as doenças sistêmicas e condições responsáveis por edema de membros inferiores · ANTIBIOTICOTERAPIA: 1ª escolha: PENICILINA G BENZATINA · PENICILINA G CRISTALINA: 5 a 10 milhões de unidades, IM ou EV a cada 4 a 6 horas SE ASSOCIAÇÃO STREPTO+STAFILOCÓCICA: · OXACILINA 500 mg a cada 4 a 6 horas · Pode-se associar PENICILINA com SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM · A penicilina pode ser substituída por cefalosporinas CELULITE: · São piodermites da derme profunda/subcutâneo · Lesão mais profunda · Bordas mais imprecisas · Crianças: face e região cervical · Adultos: MMII · Usuários de drogas EV: MMSS TRATAMENTO · Cuidados gerais · Cefalosporinas, Macrolídeos · SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM (BACTRIM) · Em casos graves: internação e VANCOMICINA (1g EV 12/12h) ou LINEZOLIDA (400 a 600 mg EV de 12/12h)· Investigar e tratar as doenças sistêmicas e condições responsáveis por edema de membros inferiores · CASOS RECIDIVANTES: PENICILINA G BENZATINA por longos períodos · É uma infecção cutânea superficial. É localizada e causada pelo bacilo gram positivo Corynebacterium minutissimum. · É uma infecção cosmopolita · Em países de clina tropical · Afeta qualquer faixa etária · Mais prevalente em adultos masculinos por causa dos pelos e da hiperidrose · Ele ocorre principalmente em áreas intertriginosas e úmidas – axilas, inframamárias, sulco interglúteo e virilhas FATORES PREDISPONENTES: · Ambiente quente e úmido · Higiene precária · Obesidade · Hiperidrose · Imunodepressão · DM QUADRO CLÍNICO · Fases iniciais: lesões eritematosas assintomáticas · EVOLUÇÃO: lesões acastanhadas e levemente descamativas · Prurido não é comum · Na região perianal: manifestação incomum de prurido TRATAMENTO FORMA LOCALIZADA: · CERATOLÍTICOS: ácido salicílico 2 a 4% · Clindamicina 2% · Eritromicina 2% · Uso tópico nas formas localizadas FORMAS EXTENSAS: · Eritromicina 250 mg de VO 6/6h 14 dias MEDIDAS PROFILÁTICAS: · Sabões antissépticos e loções anti-transpirantes · Evitar abafamento pelas roupas · Facilitar ventilação · Medidas de higiene com banhos diários IMPETIGO IMPETIGO NÃO BOLHOSO (CROSTOSO) IMPETIGO BOLHOSO · Ocorre formação de crostas · Maioria dos casos – 70% · Se for secundário impetiginização (ex: paciente com uma dermatose pré-existente com dermatite atópica e desenvolve impetigo secundariamente) · Mais frequente em imunodeprimidos · CONTÁGIO: contato direto ou por superfícies de contiguidade criadas por doenças cutâneas (dermatite atópica, queimaduras, cirurgias, traumas, picadas de insetos) há uma porta de entrada · Mais comum na infância pode ocorrer em neonatos · PENETRAÇÃO: pele lesada e/ou sã · FONTE: estafilococos nasais O habitat desse patógeno é a mucosa nasal. ETIOLOGIA · Streptococcus + Staphylococcus aureus · Quando há predomínio de crostas: Streptococcus Beta Hemolítico do grupo A (SBHA) · S. aureus coagulase positivo (80%) · Methicillin-Resistet S. aureus - MRSA (20%): nosocomial (mais comum), comunidade (aglomerações) PATOGENIA · ESTREPTOCÓCICO: colonização da pele aparecimento de lesões (solução de continuidade) trato respiratório · ESTAFILOCÓCICO: colonização da mucosa nasal contaminação a pele · A disseminação é rápida e doença é muito contagiosa · EPIDERMÓLISE: o Stafilococcus Aureus promove na pele o fenômeno de epidermólise toxinas epidermolíticas ou exotoxinas esfoliativas reagem contra a desmogleína-1 (proteína da pele responsável pela adesão cutânea). Essas exotoxinas funcionam como super-antígenos. Há também a produção da coagulase que mantém o processo localizado na derme superior por meio de trombos de fibrina. QUADRO CLÍNICO e EVOLUÇÃO DAS LESÕES · Lesões satélites isoladas e coalescentes · Ausência de febre e odinofagia · Linfadenomegalia regional · Leucocitose: 50% dos casos. · Não há queda do estado geral: não é um quadro tão grave · Mácula eritematosa 2 a 5mm vesícula ou pústula crostas e exsudação amarelada sobre erosão (CROSTA MELICÉRICA) · Mãos e pés são poupados · Locais mais atingidos: nariz, boca, áreas expostas mais fácil o contato · Vesículas bolhas superficiais flácidas de 1cm bolhas se rompem com colarete na periferia e erosões centrais cobertas por crostas. · Crostas são secundárias ao ressecamento do conteúdo das bolhas. Há bolhas no início do quadro. · Locais mais acometidos face, glúteos, tronco, períneo e extremidades. · Geralmente sem linfoadenomegalia (no impetigo crostoso tem). · Quadro disseminados e sistêmicos: febre, diarreia, fraqueza generalizada – o que não ocorre no impetigo crostoso COMPLICAÇÕES · Glomerulonefrite difusa aguda – mais importante - 2-5% dos casos infectados por Streptococcus, principalmente crianças de 2 a 4 anos - Início dos sintomas: 18 a 20 dias após impetigo. - Antibióticos: não previnem a inflamação renal, mas limitam a disseminação dos patógenos · Na criança, costuma evoluir sem sequelas, ao contrário dos adultos que podem evoluir com insuficiência renal aguda · Ectima, escarlatina, erisipela, endocartide bacteriana · Celulite; Linfangite · Bacteremia; Pneumonite · Artrite séptica · Septicemia · Linfadenite supurativa · Psoríase gutata · Escarlatina TRATAMENTO · Limpeza e remoção das crostas com água morna e sabão, sem fricção; · ANTIBIOTICOTERAPIA TÓPICA: Creme ou pomada MUPIROCINA ou ÁCIDO FUSÍDICO (VERUTEX) – 2-3x/dia. Em média 14 dias. · ANTIBIOTICOTERAPIA ORAL (se lesões disseminadas) PENICILINAS, CEFALOSPORINAS OU CLINDAMICINA. · Na prática clínica o mais utilizado são as CEFALOSPORINAS (CEFALOSPORINA, CEFALEXINA · Deve ser feito a descolonização da mucosa nasal nos pacientes com impetigo bolhoso – usa-se esses dois cremes tópicos na mucosa nasal 2x ao dia por 10 dias. ECTIMA PATOGÊNESE QUADRO CLÍNICO COMPLICAÇÕES TRATAMENTO · Piodermite mais profunda. · Infecção bacteriana que acomete mais crianças · Frequentemente se apresenta como uma evolução de lesões de impetigo mal tratado. · Formação de ulcerações recobertas por crostas espessas, aderentes e dolorosas. · Comum seu aparecimento em área de pequenos traumas, picadas de insetos e escoriações · Aparece mais em crianças, diabéticos ou idosos com higiene precária AGENTE ETIOLÓGICO: · Streptococcus pyogenes · Staphylococcus aureus. · Vésicu-pústula de base eritematosa úlcera crostosa de bordas eritematosas, podendo ser infiltradas · Curso lento e doloroso (diferente do impetigo que não é doloroso) · Preferencialmente nas pernas · Resolução lenta com cicatriz – por ser mais profundo · Febre e linfadenopatia · EVOLUCÃO: prognóstico favorável e boa resposta antibióticos (oral + tópica) · Raramente tem sintomas sistêmicos · Crosta mais aderida, escurecida, dentro de uma ulceração. · Quadro mais aberrante, profundo. · Celulite · Linfangite · Bacteremia · Pneumonite · Artrite séptica · Septicemia · Linfadenite supurativa · Psoríase gutata · Escarlatina · = idem impetigo. · Levar em consideração da ATB oral é mais indicada. · Limpeza e remoção das crostas com água morna e sabão, sem fricção; · ANTIBIOTICOTERAPIA TÓPICA: Creme ou pomada MUPIROCINA ou ÁCIDO FUSÍDICO (VERUTEX) – 2-3x/dia. Em média 14 dias. · ANTIBIOTICOTERAPIA ORAL (se lesões disseminadas) PENICILINAS, CEFALOSPORINAS OU CLINDAMICINA. · Na prática clínica o mais utilizado são as CEFALOSPORINAS (CEFALOSPORINA, CEFALEXINA Deve ser feito a descolonização da mucosa nasal nos pacientes com impetigo bolhoso – usa-se esses dois cremes tópicos na mucosa nasal 2x ao dia por 10 dias. SÍNDROME ESTAFILOCÓCICA DA PELE ESCALDADA PATOGÊNESE QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO · Piodermite causada pela liberação de exotoxicinas esfoliativas A e B do S. aureus. · Geralmente o foco infeccioso não é a pele extracutâneo · Otites, conjuntivites, faringites · A exotoxina promove uma clivagem da desmogleína-1 (proteína desmossomal das camadas superiores da epiderme) descolamento da pele por todo tegumento do paciente e formações de bolhas · Recém nascidos: doença de Ritter von Rittershain – lactentes e crianças · Raramente adultos PRÓDROMOS: · Conjuntivite: intensa, com edema e secreção purulenta · 24-48h: febre, mal estar e irritabilidade · Placas eritematosas dolorosas na face, pescoço, axilas e períneo EVOLUÇÃO · Eritema difuso bolhas flácidas se rompem rapidamente por todo tegumento · Sinal de nikolsky positivo · Descamação superficial · Resolução completa sem deixar cicatrizes · Achados cíinicos · Histologia: clivagem subgranulosa (DD com NET) · DD com NET: diagnóstico diferencial com necrólise epidérmica tóxica (tem uma clivagem um pouco mais profunda) · Cultura positiva para S. aureus e isolamento das exotoxinas A e B (imunodifusão dupla, hemaglutinação em látex, radioimunoensaio, ELISA, hibridização do DNA) · Imunofluorescência direta e indireta: descartar pênfigo foliáceo ·Hospitalização e medidas de suporte · MONITORIZAÇÃO: temperatura, PA, nutrição, equilobrio hidroeletrolítico · Limpeza com água morna e antissépticos · Mupirocina a 2 e/ou sulfadiazina de prata; · Drenagem de abscessos, quando indicada · Emolientes (hidratante); · antissépticos oculares nas conjuntivites; · ANALGÉSICOS: opioides, se necessário · NUNCA UTILIZAR CORTICOIDES contra-indicados ANTIBIÓTICO · 1ª escolha: OXACILINA EV · Crianças: 50 a 100 mg/kg/dia · Adultos: 100 a 200 mg/kg/dia · Doses aplicadas a cada 4 a 6 horas · 2ª escolha: CEFTRIAXONE EV FOLICULITES BACTERIANAS SUPERFICIAIS (OSTIOFOLICULITES) PROFUNDAS (HORDÉOLO E SICOSE DA BARBA) QUADRO CLÍNICO · Pápulas ou pústulas foliculares eritematosas na face, couro cabeludo, glúteos, extremidades. · São indolores · Relacionadas a maceração (superfície de atrito, em regiões de dobra), oclusão (dos óstios oculares), higiene podre da região · Associado a carreadores nasais · Cicatriz ausente · São mais comuns em imunodeficiências: HIV + e diabéticos. · HORDÉOLO OU TERÇOL: foliculite das pálpebras causada pelo S. aureus · SICOSE DA BARBA: múltiplas lesões de foliculite superficial entremeadas por lesões de abcessos dérmicos centrados por pelos. São quadros mais exuberantes EVOLUÇÃO DAS LESÕES · IMAGEM 1: axila foliculite superficial pápulas eritematosas com erosões centrais na axila. · IMAGEM 2: pústula que já erodiu TRATAMENTO semelhante ao impetigo · Nas foliculites profundas o tratamento deve ser mais enérgico · Em alguns casos necessita de drenagem dos abcessos · Se necessário: exame bacteriológico + antibiograma para nortear o uso de antibióticos. FURÚNCULO ANTRAZ (CARBUNCULO) DEFINIÇÃO · Infecções estafilocócicas do folículo piloso e da glândula sebácea anexa. · Tem destruição dos anexos e formação de cicatrizes. · PATÓGENO HABITUAL: S. aureus · Furúnculos evoluem com abcessos · ABCESSOS: lesões dolorosas em regiões pilosas · ANTRAZ: conjunto de vários furúnculos – infecção de vários folículos pilossebáceos próximos TRANSMISSÃO · Transmissão pelas mãos e contato íntimo. · Nos hospitais: manipulação de lesões infectadas. POPULAÇÃO GERAL: · Maior taxa de colonização em pacientes atópicos (60 a 90%) · Colonização nas narinas (30%) · Períneo, axilas, faringe e mãos) QUADRO CLÍNICO · Nódulo eritematoso flutuação carnegão (área central esbranquiçada) · Eliminação de pus e material necrótico · Ocorre em qualquer região pilosa (mais frequente em áreas de fricção) · Drenagem: espontânea ou com incisão. FURUNCULOSE RECORRENTE · lesões múltiplas recidivantes (25% dos casos). · Índices de regressão espontânea de 75% em 2 anos · Possível participação de fatores bacterianos · Deve-se investigar DM, causas de obesidade e imunodeficiências. · processo inflamatório intenso, com a confluência de folículos · Massa eritematosa profunda e dolorosa · Drenagem através de múltiplos orifícios. · Deixa a área cruenta. · Locais mais comuns: nuca, ombros, dorso e coxas TRATAMENTO · Manter secas as regiões do corpo habitualmente úmidas (desodorantes, antitranspirantes) · LESÕES ABERTAS: antibióticos tópicos (mupirocina ou ácido fusídico) + curativos oclusivos · TRATAR FATORES PREDISPONENTES EXTERNOS: exposição a agentes químicos industriais (particularmente óleos), pressão excessiva de roupas e cintos, obesidade, hiperidrose e pelos encravados. · Compressas mornas no início · ANTIBIOTICOTERAPIA SISTÊMICA (5-10 dias): CEFALOSPORINAS, AZITROMICINA, AMOXICILINA-CLAVULANATO, · Drenagem nos casos indicados e limpeza rigorosa das mãos e face FURUNCULOSE DE REPETIÇÃO · Controle de surtos · Lavagem de roupas de uso pessoal, toalhas, roupas de cama, erradicação dos portadores sãos (MUPIROCINA NASAL) MEDICAMENTOSO: · CLINDAMICINA 300mg/dia por 3 meses (80% de melhora) · CLINDAMICINA 300mg/dia + RIFAMPICINA 600 mg/dia por 30 dias ERISIPELA CELULITE DEFINIÇÃO · Piodermite da derme superficial (erisipela) · Mais comuns no sexo feminino · FATORES DE RISCO: obesidade, insuficiência vascular periférica, safenectomia (retirada da veia safena) e DM. · É uma piodermite da derme profunda/subcutâneo PATOGÊNESE E ETIOLOGIA · Penetração do agente por soluções de continuidade · PRINCIPAIS PORTAS DE ENTRADA: Intertrigo itnerdigital, dermatofitoses e úlceras de MMII. AGENTES ETIOLÓGICOS: · Principais: SBHA (Streptococcus Beta Hemolítico do grupo A) · S. aureus e bactérias anaeróbias: casos bolhosos, hemorrágicos, necróticos e purulentos · H. influenza do tipo B: menores de 2 anos de idade e na face. · Penetração do agente por soluções de continuidade · PRINCIPAIS PORTAS DE ENTRADA: Intertrigo itnerdigital, dermatofitoses e úlceras de MMII. AGENTES ETIOLÓGICOS: · Principais: SBHA (Streptococcus Beta Hemolítico do grupo A) · S. aureus e bactérias anaeróbias: casos bolhosos, hemorrágicos, necróticos e purulentos H. influenza do tipo B: menores de 2 anos de idade e na face. QUADRO CLÍNICO · Início súbito · Febre, calafrios, mal-estar, adenite satélite (inflamação dos gânglios linfáticos presentes na região do pescoço, axila e virilha) · Área eritematosa, irregular, que progride centrifugamente em 2-5 dias · Sinais flogísticos (dor,calor, eritema, edema) · Podem surgir vesículas, bolhas e áreas hemorrágicas, principalmente em idosos (erisipela bolhosa) · Locais mais comuns: MMII e face · Há descamação e hiperpigmentação residual na resolução do quadro. IMAGEM: vermelho mais vivo, delimitação precisa, sinais flogísticos – calor, eritema, edema · Tem os mesmos pródromos da erisipela. Mas se difere dela quando a: · Lesão mais profunda · Bordas mais imprecisas · Em crianças: face e região cervical · Nos adultos: membros inferiores · Usuários de drogas EV: membros superiores IMAGEM: mais profundo, limites mais mal definidos e sinais flogísticos. TRATAMENTO · Repouso (é fundamental) · Elevação das pernas – é indispensável · Compressas frias para alívio de dor, se necessário · Investigar e tratar as doenças sistêmicas e condições responsáveis por edema de membros inferiores ANTIBIOTICOTERAPIA · 1ª escolha: PENICILINA G BENZATINA · PENICILINA G CRISTALINA: 5 a 10 milhões de unidades, IM ou EV a cada 4 a 6 horas SE ASSOCIAÇÃO STREPTO+STAFILOCÓCICA: · OXACILINA 500 mg a cada 4 a 6 horas · Pode-se associar PENICILINA com SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM · A penicilina pode ser substituída por cefalosporinas · Cuidados gerais · Cefalosporinas · Macrolídeos · SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM (BACTRIM) · Em casos graves: internação e VANCOMICINA (1g EV 12/12h) ou LINEZOLIDA (400 a 600 mg EV de 12/12h) · Investigar e tratar as doenças sistêmicas e condições responsáveis por edema de membros inferiores · CASOS RECIDIVANTES: PENICILINA G BENZATINA por longos períodos ERITRASMA DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA FATORES PREDISPONENTES QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO · É uma infecção cutânea superficial, localizada · Causada pelo bacilo gram positivo Corynebacterium minutissimum · É uma infecção cosmopolita · Comum países de clima tropical · Afeta qualquer faixa etária · Mais prevalente em adultos masculinos - por causa dos pelos e da hiperidrose · Ele ocorre principalmente em áreas intertriginosas e úmidas – axilas, inframamárias, sulco interglúteo e virilhas · Ambiente quente e úmido · Higiene precária · Obesidade · Hiperidrose · Imunodepressão · DM · Fases iniciais: lesões eritematosas assintomáticas · EVOLUÇÃO: lesões acastanhadas e levemente descamativas · Prurido não é comum · Na região perianal: manifestação incomum de prurido · Exame direto após raspagem: KOH ou GRAM · Presença de fluorescência vermelho-coral à lâmpada de Wood fecha o diagnóstico FORMA LOCALIZADA: · CERATOLÍTICOS: ácido salicílico 2 a 4% · Clindamicina 2% · Eritromicina 2% · Uso tópico nas formas localizadas FORMAS EXTENSAS: · Eritromicina 250 mg de VO 6/6h 14 dias MEDIDAS PROFILÁTICAS: · Sabões antissépticos eloções anti-transpirantes · Evitar abafamento pelas roupas · Facilitar ventilação · Medidas de higiene com banhos diários