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Ebook_Hemorragias

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Prévia do material em texto

WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 2 
 
Autor: Ana Carolina Lopes Giácomo Azevedo 
 
Revisão: Arnaud Abreu Neto 
 
Diagramador: Pedro Henrique Medeiros de Azevedo 
 
 
 
 
 
1° edição 
2022 Instituto Compass - Resgate das Dunas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proibida a reprodução desse material sem a autorização formal do Instituto 
Compass - Resgate das Dunas 
 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 3 
 
 
Sumário 
Sumário .............................................................................................................. 3 
1. Hemorragias e Ferimentos .......................................................................... 4 
1.1 Hemorragias .......................................................................................... 4 
1.2 Ferimentos ............................................................................................ 7 
2. Torniquete: ................................................................................................. 16 
3. Stop The Bleed .......................................................................................... 17 
3.1 Pressão direta ..................................................................................... 18 
3.2 Pressão direta - Preenchimento .......................................................... 18 
3.3 Controle de hemorragia interna: .......................................................... 19 
3.4 Compressão direta: ............................................................................. 20 
3.5 Embalagem da ferida com pressão direta: .......................................... 20 
3.6 Torniquete ........................................................................................... 20 
4. Para relembrar: .......................................................................................... 21 
5. Referências ................................................................................................ 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 4 
 
1. Hemorragias e Ferimentos 
 
O sistema cardiovascular é composto pelo coração, os vasos sanguíneos e o 
sangue. O coração é a bomba, que faz o sangue fluir pelo corpo humano, através dos 
vasos sanguíneos. A função desse sistema é fazer o sangue circular por todo o corpo 
humano, para garantir que assim o oxigênio e nutrientes sejam levados para todas as 
células do organismo. Como também levar os resíduos metabólicos (o que sobra das 
reações celulares) ao seu local de eliminação do corpo. 
 Para que o coração funcione adequadamente, ele precisa que o circuito tenha 
sangue suficiente (volume), e que o coração funcione como uma bomba, impulsionando 
o sangue para circular em todo o sistema. Os vasos sanguíneos são divididos em artérias, 
veias e capilares. As artérias são os vasos de parede mais espessa e levam o sangue para 
fora do coração, já as veias são vasos mais finos, se comparados com as artérias e levam 
o sangue de volta para o coração. Já os capilares são os vasos que transportam o sangue 
aos tecidos e fazem a comunicação vascular das artérias com as veias. 
 
 
 
Imagem 1: Vasos sanguíneos 
 Fonte: Google imagens 
 
1.1 Hemorragias 
 
Hemorragia é considerada o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos 
devido a ruptura de suas paredes, as hemorragias podem ser arteriais, venosas ou 
capilares. Uma hemorragia impede a distribuição de oxigênio e nutrientes aos tecidos e 
órgãos, o que dependendo da perda de volume pode colocar a vidados indivíduos em 
risco. 
 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 5 
 
 
Imagem 2: Hemorragia arterial, venosa e capilar 
Fonte: Google imagens 
 
 
 
Tabela 1: Tipos de vaso/hemorragia e suas características 
Fonte: Resgate das Dunas 
 
Dependendo da características apresentadas pela hemorragia, ela pode ser 
considerada uma emergência potencialmente fatal, pois dependendo do volume de 
sangue perdido, o organismo não consegue compensar com velocidade suficiente a 
reposição de volemia para manter o volume sanguíneo necessário. 
O sangramento pode ser considerado uma hemorragia interna, quando o sangue 
está extravasando de dentro dos vasos sanguíneos para dentro do próprio corpo, seja 
em cavidades, compartimentos ou tecidos corporais. Em situações de hemorragia 
interna definidas no Pré-hospitalar, a prioridade passa a ser transportar esta vítima o 
mais rápido possível para o intra-hospitalar, seguindo os protocolos de abordagens pré-
hospitalares necessários e promovendo se possível a reposição de volemia, para tentar 
combater e ou estabilizar o quadro de hipovolemia que a vítima pode evoluir ou 
apresentar. 
O sangramento é considerado uma hemorragia externa, quando o sangue 
extravasa para meio ambiente, neste caso, os protocolos apresentam algumas técnicas 
de controle e contensão desse sangramento que devem ser aplicadas no ambiente pré-
hospitalar. 
A gravidade da hemorragia depende de diversos fatores, como: 
 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 6 
 
• A rapidez com que o sangue flui no vaso: 
- Quanto mais rápido o sangue fluir, menos eficazes serão as técnicas de 
contensão e mais rápido o sistema entra em colapso por falta de sangue no 
sistema circulatório. 
• O tamanho do vaso: 
- Mesmo em veias, temos veias importantes e de grosso calibre e que podem 
apresentar um risco maior à vítima. 
• Se o vaso é uma veia ou uma artéria: 
- De modo geral, hemorragias arteriais são mais graves, pois a cada vez que o 
coração pulsar, será um jato de sangue a extravasar. 
• Se o sangue está fluindo livremente ou para uma cavidade do corpo: 
- Caso o sangue flua para fora do organismo é possível que usemos técnicas para 
controle do sangramento, pois se for uma hemorragia interna no APH 
(Atendimento Pré-Hospitalar) não teremos técnicas para contensão, deveremos 
repor volemia e agilizar o transporte, para que ele chegue o mais rápido ao 
hospital. 
• Origem do sangramento: 
- A depender do local do sangramento será mais grave e mais difícil de controlar. 
• Idade e do peso da vítima: 
- A quantidade de sangue de uma pessoa em média corresponde a 8% do seu 
peso, quanto menor, mais leve uma vítima for menos sangue ela terá. 
• Condição física geral da vítima: 
- O estado de saúde de uma vítima ajudará no quadro e prognostico dela, de uma 
forma geral. 
• Se o sangramento é uma ameaça à respiração: 
- Em algumas situações, em sangramentos de face ou cavidade oral/nasal, por 
exemplo podem impedir a vítima de respirar ou faze-la broncoaspirar, o que 
apresentará um grande risco a vida da vítima. 
• De distúrbios de coagulação: 
- Caso a vítima apresente algum distúrbio de coagulação, será mais difícil do seu 
organismo fazer coagulação e parar o sangramento. 
 
Uma vítima que sofreu hemorragia, poderá apresentar vários sinais e sintomas que 
variam conforme volume de sangue perdido, velocidade do sangramento, tipo de lesão 
e condições físicas previas do indivíduo, dentre os principais sinais e sintoma podemos 
destacar: 
 
• Tempo de enchimento capilar acima de 2 segundos; 
• Pulso fraco e rápido (pulso filiforme); 
• Pele fria e úmida (pegajosa); 
• Pupilas dilatadas com reação lenta à luz; 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 7 
 
• Queda de pressão arterial; 
• Vítima ansiosa, inquieta e com sede; 
• Náusea e vômito; 
• Respiração rápida e profunda; 
• Desorientação 
• Perda de consciência; 
• Choque hipovolêmico. 
 
Precisamos sempre estar atentos à vítima e aos sinais que elas apresentam, 
sempre que a vítima apresentar sinais de hemorragias e não tiver sangue visível, suspeite 
de um possível quadro de hemorragias internas. 
 Vale lembrar também a importância de considerar as condições ambientais, tais 
como: escuridão, chuva, local que a vítima está (areia, terra), que podem dispersar o 
sangue e não mostrar a real quantidade de sangue perdida. Todos estes fatores podem 
interferir na avaliação pré-hospitalar do socorrista, interferindona conduta e 
comprometendo o atendimento. 
 
1.2 Ferimentos 
 
São qualquer lesão ou perfuração em qualquer tecido do corpo humano como 
resultado de um trauma. E podem ser classificados em fechados e abertos. 
 
• Fechados: lesões provocadas por objetos contundentes ou contusos, que 
danificam o tecido subcutâneo subjacente sem romper a pele, que se mantém 
íntegra. 
 
 
Imagem 3: Trauma abdominal fechado 
Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
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Um trauma abdominal fechado sempre merece a nossa atenção, por ser uma 
região nobre, cheia de órgãos vitais e um grande suprimento sanguíneo, estes exigem 
atendimento imediato, pois constituem grande risco à vida. 
*É importante sempre lembrar: uma vítima com trauma fechado, apresentando 
sinais e sintomas de hemorragia interna, deve ser encaminhada imediatamente para 
observação, avaliação e intervenção em hospitalar. 
 
• Abertos: Existe rompimento da integridade da pele, expondo tecidos internos, 
geralmente com sangramento externo presente. 
 
 
Imagem 4: Trauma em membro inferior aberto 
Fonte: Google imagens 
 
Os ferimentos abertos, podem ser classificados em: escoriações, incisões, 
lacerações, perfurações, avulsões; lesões oculares; esmagamentos, amputações 
traumáticas, eviscerações e empalamentos. Abaixo veremos cada uma delas: 
• Escoriações: lesão superficial, com pouco sangramento e que não costuma deixar 
cicatrizes, porém, é bem dolorosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Imagem 5: Escoriações 
Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Imagem 6: Escoriações 
 Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
• Incisões: produz uma ferida linear com bordas regulares e pouco traumatizadas. 
 
 
Imagem 7: Incisões 
Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
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• Lacerações: lesões irregulares. Geralmente atinge planos mais profundos, com 
dilacerações dos tecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 8: Lacerações 
Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
• Perfurações: causado pela penetração de um objeto pontiagudo na pele e nas 
estruturas adjacentes. 
 
 
Imagem 9: Perfuração por arma de fogo. 
Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
• Avulsões: lesão na qual parte da pele, estrutura muscular ou parte do corpo é 
cortada ou arrancada. Apresenta hemorragia abundante, cicatrização difícil, 
demorada. 
 
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Imagem 8: Avulsão 
Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
• Lesões Oculares: Como o próprio nome já diz, a lesão ocular deve ser protegida 
de forma a não piorar a lesão e sempre deve ser tampado ambos os olhos, pois 
caso o olho sem ferimento fique livre, ao ver algo o outro olho irá acompanhar a 
movimentação do outro olho e assim será potencialmente perigoso para a lesão. 
 
 
 
Imagem 10: Lesão ocular 
Fonte: Google imagens 
 
 
 
 
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Imagem 11: Curativo para lesões oculares 
Fonte: Google imagens 
 
• Esmagamentos: lesão a qual o corpo é total ou parcialmente sujeito a uma 
compressão ao ponto de rebentar. 
 
 
Imagem 12 e 13: Esmagamento em moedor de carne 
Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
• Amputações traumáticas: separação de um membro ou parte dele do corpo. Em 
amputações você, como socorrista deve: realizar sempre a abordagem primária, 
fazer uso de torniquete no membro amputado, duas a três polegadas acima da 
lesão, garantindo desta forma o controle do sangramento e preservando melhor 
o membro. 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 13 
 
 
 Imagem 14: Amputação traumática Imagem 15: Membro amputado 
 Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens 
 
O seguimento amputado deve ser limpo com solução salina, depois disso colocá-lo 
em dois sacos plásticos e introduzir em água gelada (não colocar em contato direto com 
o gelo, pois o gelo pode queimar as estruturas e gerar morte aos tecidos). É necessário 
sempre informar o horário estiado da lesão. 
 
• Eviscerações: exposição externa das vísceras. Jamais reposicione as vísceras e 
órgãos para dentro do abdome, deve ser feito apenas em centro cirúrgico. 
Devemos realizara a limpeza da superfície com soro fisiológico, posicionando as 
vísceras se possível na superfície abdominal, estas devem ser contidas (curativo 
oclusivo) e protegidas com bandagens umedecidas em soro fisiológico, 
mantendo hidratação se necessário. 
 
 
 Imagem 16: Evisceração 
 Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
 
 
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• Transfixo ou Empalados: lesão provocada por objeto que transpassa o tecido, 
ficando acoplado ao corpo. 
 
 
Imagem 17: Vítima com tronco de árvore transfixa 
Fonte: Google Imagens 
 
Para hemorragias externas devemos usar técnicas para conter o sangramento e 
ajudar na coagulação sanguínea do organismo. Utilizamos as bandagens, por serem mais 
práticas no APH e fáceis de improvisar. Além de serem eficientes. As bandagens são 
tecidos estéreis, de algodão, em forma triangular. Elas têm como finalidade prender o 
curativo no ferimento e criar pressão que controle o sangramento. Devem ficar firmes o 
suficiente para segurar o curativo no lugar, mas não a ponto de restringir a circulação e 
substituindo a compressão direta ao ferimento . 
 
Abaixo, alguns exemplos de amarrações com bandagens: 
 
 Imagem 18: Amarração Frontal Imagem 19: Amarração para Otorragia 
 Fonte: Acervo Resgate das Dunas Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
 
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 Imagem 20: Amarração para couro cabeludo Imagem 21: Amarração para pescoço 
 Fonte: Acervo Resgate das Dunas Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
 
 Imagem 22: Amarração para ombro Imagem 23: Amarração ossos longos 
 Fonte: Acervo Resgate das Dunas Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
 
 Imagem 24: Amarração para Eviscerações Imagem 25: Amarração para quadril/glúteo 
 Fonte: Acervo Resgate das Dunas Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
 
 
 
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 Imagem 26: Amarração para genitália Imagem 27: Amarrações para lesões em mão 
 Fonte: Acervo Resgate das Dunas Fonte: Acervo Resgate das Dunas 
 
 
Para contensão de hemorragias, inicie sempre fazendo a Abordagem Primária, 
caso a lesão seja uma grande hemorragia externa (hemorragia exanguinante), você deve 
tratar na letra X da abordagem primária, pois representa prioridade máxima pelo risco a 
vida. Uma grande hemorragia pode levar o organismo a um colapso em poucos minutos, 
que pode ter a morte como consequência. 
Agora se for uma hemorragia não tão intensa, você deverá tratá-la na letra C, da 
abordagem primária. 
 
Dicas de ouro: 
• Lembre-se sempre da sua biossegurança (luvas e óculos); 
• Compressão direta no local da lesão assim que possível, já ajudará na contensão 
do sangramento; 
• Faça compressão da artéria anterior a lesão, assim você pode diminuir o fluxo 
sanguíneo que irá para o local afetado; 
• Elevação do membro lesionado, assim você também diminui o fluxo de sangue 
para o local da lesão; 
• Não remova as compressas encharcadas de sangue, para não remover a 
coagulação sanguínea que a compressa ajudou a criar. 
 
2. Torniquete: 
Os torniquetes são dispositivos de contensão de hemorragias, utilizados nos 
membros superiores ou inferiores, que servem para conter grandes hemorragias. 
Devemos considerar o uso de torniquete, quando: 
• Houver rompimento de uma grande artéria; 
•O membro tiver sido parcial ou totalmente decepado; 
• O sangramento estiver incontrolável; 
 
 
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3. Stop The Bleed 
 
 
Imagem: Logomarca Stop The Bleed 
Fonte: Google imagens 
 
 O Stop the Bleed é uma iniciativa do American College of Surgeons em 
parceria com o Consenso de Hartford de 2013, que tem o objetivo de capacitar 
pessoas, seja elas leigas ou profissionais da saúde para atuarem de forma 
imediata em situações traumáticas que envolvem sangramentos, assim 
possibilita salvar mais vidas. 
 
 
 
 O Concenso de Hatford, foi um comitê criado alguns meses após a morte 
de 28 pessoas, em uma ação com um atirador, nos EUA. Atiradores ativos, 
envolvendo muitas vítimas já é algo comum na realidade americana, atualmente. 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 18 
 
Assim o controle precoce das hemorragias irá ajudar em uma maior sobrevida 
dessas vítimas. 
 
 A hemorragia com risco de morte, ou seja, grandes hemorragias, são 
melhor controladas com o uso de torniquetes. 
Eles colocam que o acesso rápido ao controle da hemorragia externa, se 
deve: 
• Pressão direta; 
• Aplicação de torniquete; 
• Agentes hemostáticos. 
 
3.1 Pressão direta 
▪ Aplique pressão direta na ferida 
▪ Foco na localização do sangramento 
▪ Use gaze ou pano suficiente para cobrir ferimentos 
▪ Se a pressão parar o sangramento, mantenha a pressão na 
ferida até que a ajuda chegue 
 
Imagem 28: Pressão direta 
Fonte: Google Imagens 
 
 
3.2 Pressão direta - Preenchimento 
 
▪ Para grandes feridas, a pressão superficial não é eficaz 
▪ Se o sangramento é de uma ferida profunda, coloque gaze 
firmemente dentro da ferida até parar o sangramento; 
mantenha a pressão até que a ajuda chegue 
▪ Esta técnica pode ser usada em segmentos como braços, 
pernas, pescoço, axila, virilha, trono. 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 19 
 
 
 
 Imagem 29: Compressão direta 
 Fonte: Google Imagens 
 
3.3 Controle de hemorragia interna: 
• Transporte rápido e acesso a um centro de trauma adequado; 
• Acesso rápido à sala de cirurgia; 
• Incorporação de novos conceitos em reanimação hemostática e cirurgia 
de controle de danos que foram utilizados com sucesso em recentes 
conflitos militares. 
KITs de controle de sangramento devem estar acessíveis em locais públicos, 
conforme determinado por uma avaliação de necessidades locais. Locais 
indicados para terem KITs de controle de sangramento incluem shoppings, 
museus, hospitais, escolas, teatros, instalações esportivas, centros de transporte 
(como aeroportos, pontos de ônibus e estações de trem). 
Esses KITs devem conter: 
• Bandagens de pressão; 
• Curativos hemostáticos; 
• Torniquetes; 
• Luvas de proteção pessoal. 
 
“O sangramento descontrolado é a causa número um de morte evitável por 
trauma”. 
 
ABC do Sangramento 
A – Alert (alerta): Ligue para a emergência (192 ou 193); 
B – Bleeding (sangramento): Encontre a lesão sangrante; 
C – Compress (comprimir): Controle o sangramento. 
 
Existem vários métodos de controle de hemorragias. Você deverá usar o 
que estiver disponível no local. 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 20 
 
 
3.4 Compressão direta: 
 Você pode fazer uma compressão direta no local da ferida, com qualquer 
pano limpo, para servir de compressa. Caso a ferida seja profunda, introduza o 
tecido no ferimento. Após isso comprima apertando com força no local, até a 
chegada do socorro especializado. 
 
Imagem 30: Compressão direta na hemorragia 
Fonte: Google imagens 
 
 
3.5 Embalagem da ferida com pressão direta: 
 Em uma grande hemorragia, sem um torniquete no local, caso disponível, 
introduza no ferimento uma gaze hemostática (com agente hemostático), caso 
não tenha use uma gaze simples ou até mesmo um tecido. Em seguida faça 
pressão direta e constante na lesão, empurrando o máximo que puder, até 
chegada do socorro especializado. 
 
 
3.6 Torniquete 
 Passe o torniquete prioritariamente próximo a borda da lesão (2 a 3 
polegadas acima da ferida) ou na raiz do membro lesionado (quando existir 
perigo significativo e risco no local), torça o bastão até o sangramento parar e 
fixe no torniquete. Anote a hora que o torniquete foi colocado. Caso primeiro 
torniquete aplicado acima da lesão não consiga cessar o sangramento 
totalmente, um segundo torniquete deve ser aplicado prioritariamente próximo 
ao primeiro (lado a lado do primeiro, caso exista espaço), em não havendo 
espaço para esta conduta o socorrista deve seguir com a aplicação do segundo 
torniquete na raiz do membro lesionado. 
 
• Aplique de 2 a 3 polegadas acima da ferida; 
• Não coloque sobre o cotovelo e joelho; 
• Aperte o torniquete até que o sangramento pare; 
• Quando necessário aplique um segundo torniquete; 
• NÃO remova o torniquete. 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 31, 32 e 33: Torniquetes 
Fonte: Google Imagens 
 
• O mesmo torniquete usado para adultos pode ser usado em crianças, 
exceto em crianças extremamente jovens. Em crianças muito pequenas 
e bebês, geralmente o torniquete fica muito grande comprometendo a 
eficiencia e aplicação da técnica . 
• Para feridas grandes e profundas, o preenchimento da ferida pode ser 
realizada em crianças, assim como em adultos, usando a mesma técnica 
descrita anteriormente. 
 
 
4. Para relembrar: 
A abordagem primária é a base do Atendimento Pré-Hospitalar, ela foi 
organizada em ordem daquilo que apresenta maior risco, maior prioridade para 
a vítima. 
Abordagem Primária 
X – Hemorragias Exsanguinantes; 
 - Controle de grandes hemorragias. 
A – Vias Aéreas; 
 - Controle Cervical; 
 - Verificação e estabilização das vias aéreas. 
B – Respiração; 
 - Verificação da respiração. 
C – Circulação; 
 - Verificação da pulsação; 
 
 
 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 22 
 
 - Controle de hemorragias. 
D – Estado Neurológico; 
 - Escala de Coma de Glasgow; 
 - Avaliação pupilar. 
E – Exposição da vítima. 
 - Exposição de áreas lesionadas; 
 - Estabilização de fraturas; 
 - Preparação para transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WWW.RESGATEDASDUNAS.COM.BR 23 
 
5. Referências 
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Santillán; CANDEL, Rafael Vila. Utilización del torniquete en la asistencia 
extrahospitalaria: revisión sistemática. Emergencias, N° 31, p. 47-54, 2019. 
 
CASTRO, Juan José Pajuelo Castro; PARDO, José Carlos Meneses; 
CASTAÑEDA, Pedro María Higueras; CASADO, Pedro Luis Salinas. Manejo de 
la hemorragia exanguinante prehospitalaria en atentados terroristas. Tatical 
Oline, p.1-9, 2017. 
CHEN, J.; HILLMAN, K.; BELLOMO, R.; FLABOURIS, A.; FINFER, S.; 
CRETIKOS, M. The impact of introducing medical emergency team system on 
the documentations of vital signs. Resuscitation. Vol. 1, n° 80, p. 35-43, jan., 
2009. 
Dezfulian, et al. Opioid-associated out-of-hospital cardiac arrest: distinctive 
clinical features and implications for healthcare and public responses: a scientific 
statement from the American Heart Association. Circulation. 2020. 
EASTRIDGE, B.J.; MABRY, R.L.; SEGUIN, P.; CANTRELL, J.; TOPS, T.; 
URIBE, P.; et al. Death on the battlefeld (2001–2011): Implications for the future 
of combat casualty care. Journal Trauma Acute Care Surg. Vol. 5, n° 73, p. 431–
437, 2012. 
FERIANI, GUSTAVO; RIBEIRA, JORGE MICHEL; DAMASCENO, MARIA 
CECÍLIA DE TOLEDO; ROZOLEN, PEDRO J. JR.; CARDOSO, RICARDO 
GALESSO. Pré-Hospitalar: GRAU Grupo de Atenção às Urgências e 
Emergências. Edição 2°. São Paulo-SP: Editora Manole Ltda, 2013. 
LAVONAS, Eric J.; MAGID, David J.; AZIZ, Khalid; BERG, Katherine M.; CHENG, 
Adam; HOOVER, Amber V.; MAHGOUB, Melissa; PANCHAL, Ashish R.; 
RODRIGUEZ, Amber J.; TOPJIAN, Alexis A.; SASSON, Comilla; GUIMARÃES, 
Hélio Penna. Destaques das Diretrizes de RCP e RCE. American Heart 
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LUONGO, JUSSARA. Tratado de primeiros socorros. Edição 1°. São Paulo-SP: 
Editora Rideel, 2014. 
 
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MARLIÈRE, MÁRCIO L. R. O primeiro socorro. Edição 1°. São Paulo-SP: Editora 
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MATTOS, Leandro Sanceverino; SILVÉRIO, Maria Regina. Avaliação do 
indivíduo vítima de politraumatismo pela equipe de enfermagem em um serviço 
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