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Anomalias do complexo bucomaxilofacial

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Escola Bahiana de Medicina e saúde pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
 
Processo saúde-doença III 
 
Fatores causais 
o As anomalias do complexo bucomaxilofacial, Podem 
se desenvolver por condições genéticas, que 
ocorrem devido a um distúrbio ou danos no material 
genético (DNA) por radiações, má alimentação ou 
estresse. 
o As condições genéticas caracterizam as doenças 
que podem ser produzidas durante todo o 
desenvolvimento fetal ou embrionário, por agentes 
endógenos ou exógenos. 
o Também se desenvolvem por condições hereditárias, 
que são as herdadas. Ocorrem em virtude de um 
desvio de anormalidades transmitidas pelos genes. 
o Tendência familiar. 
o Condições ambientais (fármacos e deficiência 
nutricional) 
Distúrbios envolvendo o desenvolvimento dos maxilares 
o Envolve os ossos gnáticos (mandíbula e maxila) 
Agnatia 
o Ausência parcial ou total de um dos maxilares. 
o A mandíbula se desvia para o lado afetado, o que 
pode ocasionar em má oclusão. 
o O lado não afetado, tem características não 
alongadas e achatadas. 
o Afeta a região de orelha externa e interna, parte do 
osso temporal, a glândula parótida, o nervo facial 
(VII) e os músculos da mastigação. 
o Se associa a síndrome de cérebro-costo-mandibular 
e síndrome de Ive mark. 
Micrognatia 
o Pode ser congênita ou adquirida 
o É uma deformação na mandíbula 
o Micrognatia relativa: ocorre em alguns bebes para 
facilitar a passagem deles no momento do parto, 
após o nascimento com a alimentação e nutrição 
correta, o desenvolvimento da mandíbula ocorre de 
forma correta. 
o Migronatia verdadeira: ocorre quando o feto passa 
pelos processos de micrognatia relativa, mas a 
mandíbula permanece pequena. 
Macrognatia 
o Casos em que a mandíbula apresenta um tamanho 
maior que o normal, ou seja, a mandíbula se encontra 
projetada para fora. 
o Pode gerar problemas de má oclusão. 
Hipertrofia hemifacial 
o Caracterizada pelo crescimento excessivo de um 
dos lados da face, em que há predominância de 
assimetria facial, crescimento proporcional 
hipertrófico, causa alterações na dentição (tamanho 
da coroa e forma da raiz). 
Atrofia hemifacial 
o 
o 
 
 
 
 
o É a lenta e progressiva atrofia dos tecidos moles e 
esqueléticos, promove deformidade facial e ainda é 
de origem desconhecida. 
o se associa a síndrome de Pary-Romberg – uma 
doença neurocutânea lenta e progressiva, que se 
caracteriza por atrofia hemifacial da pele, músculos 
e estruturas ósseas envolvendo o SNC. 
 
Tórus palatino 
o Se localiza na linha média do palato e se define 
como o acúmulo de osso na linha média. 
 
Tórus mandibular 
o É bilateral. Se localiza na superfície lingual da 
mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola Bahiana de Medicina e saúde pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
 
Processo saúde-doença III 
 
 
 
 
 
 
 
Distúrbios de desenvolvimento do palato e dos lábios 
Fossetas da comissura labial 
o São pequenas invaginações da mucosa que ocorrem 
no limite do vermelhão dos lábios, nos ângulos da 
boca. 
o Tal localização sugere que elas ocorram devido à 
falha na fusão normal do processo embrionário 
maxilar e do processo mandibular. 
o É uma condição autossômica dominante, pode ser uni 
ou bilateral. 
o Há presença de uma secreção mucosa. 
o Geralmente as fossetas das comissuras se localizam 
na região de vermelhão do lábio. 
o Ocasionam comprometimento estético e acúmulo de 
saliva. 
Características clínicas 
o Em alguns casos, uma pequena quantidade de 
líquido pode ser eliminada da fosseta quando ela é 
pressionada, sendo, provavelmente, saliva 
proveniente de glândulas salivares menores que 
drenam do fundo da invaginação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características histopatológicas 
o Se caracteriza por uma invaginação estreita 
revestida por epitélio pavimentoso estratificado. 
o Ductos de glândulas salivares menores podem drenar 
para essa invaginação. 
Tratamento e prognóstico 
o Em casos muito raros, as secreções salivares podem 
ser excessivas ou pode ocorrer infecção secundária, 
sendo necessária a remoção cirúrgica da fosseta. 
 
Lábio duplo 
o É caraterizada por uma massa exuberante de tecido 
na mucosa interna do lábio. 
o O lábio superior é o mais afetado. 
o Histologicamente há o crescimento de tecidos, 
hiperplasia das células escamosas e de glândulas 
salivares. 
Características clínicas 
o Em um paciente com lábio duplo, o lábio superior é 
afetado com frequência bem maior que o inferior e, 
em alguns casos, ambos podem estar envolvidos. 
Com os lábios em repouso, a condição geralmente 
não é percebida, porém quando o paciente sorri ou 
quando os lábios são tensionados, o excesso de 
tecido se torna visível. 
 
 
 
 
 
 
Escola Bahiana de Medicina e saúde pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
 
Processo saúde-doença III 
 
 
 
 
 
 
Grânulos de fordyce 
o Se localizam na região de mucosa julgal e de lábio 
superior. 
o São entendidas como glândulas sebáceas 
ectópicas. 
o Clinicamente são vistas como pontos amarelos ou 
esbranquiçados que surgem de forma natural nas 
regiões de mucosa julgal e de lábio superior. 
 
Distúrbios de desenvolvimento envolvendo a gengiva 
Fibromatose gengival 
o É uma condição autossômica dominante, em que há 
crescimento excessivo dos tecidos gengivais 
o É assintomática e pode ocorrer na região de palato. 
o Pode ser definida como hiperplasia inflamatória do 
tecido conjuntivo. 
o Provoca alterações dos dentes na arcada dentária. 
o Em casos que a fibromatose se instala no palato e 
consequentemente ocorre o acúmulo de placa 
bacteriana nos dentes, pode ocorrer inflamação 
secundária. 
Distúrbios de desenvolvimento envolvendo a língua 
Microglossia 
o língua pequena ou rudimentar. 
o Em casos raros, praticamente a língua inteira pode 
estar ausente (aglossia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macroglossia 
o Se caracteriza pelo aumento da língua. Pode ser de 
origem congênita ou adquirida. 
 
Língua fissurada 
o São fendas na superfície dorsal da língua, ou seja, 
múltiplos sulcos variando entre 2 a 6mm de 
profundidade. 
 
Glossite romboidal mediana 
o É a deficiência de retração do tubérculo ímpar e a 
ausência de papilas filiformes. 
o Pode ser causada por infecções fúngicas. Ex: 
candidíase. 
Língua geográfica 
o Tem etiologia desconhecida. 
o 
 
 
Escola Bahiana de Medicina e saúde pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
 
Processo saúde-doença III 
 
 
 
o É caracterizada por múltiplas áreas de descamação 
das papilas filiformes. 
Língua pilosa 
o É a hipertrofia das papilas filiformes, ou seja, a 
ausência de descamação normal e o acúmulo de 
queratina. 
o Causas: fumo, antibióticos, higiene deficiente, 
radioterapia, bochechos com antiácidos e 
proliferação de bactérias. 
 
Varizes linguais 
o São veias anormalmente dilatadas. 
o As suas causas incluem, dilatação excessiva, 
congestão sanguínea e o uso de fármacos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tireoide lingual 
o Durante a terceira e quarta semanas de vida 
intrauterina, a tireoide começa a se desenvolver 
através da proliferação epitelial no assoalho do 
cordão faringiano. Por volta da sétima semana de 
vida embrionária, o botão tireoidiano migra 
inferiormente para o pescoço e, por fim, posiciona-se 
anteriormente à traqueia e à laringe. Posteriormente, 
o local de onde o botão migrou se invagina e se 
torna o forame cego, localizado na junção dos dois 
terços anteriores e terço posterior da língua, na linha 
média. Quando a glândula primitiva não migra 
normalmente, um tecido tireoidiano ectópico pode 
ser encontrado entre o forame cego e a epiglote. 
o Formação de tecido tireoidano ectópico. 
o É assintomática 
o é mais numerosaem mulheres 
o E em casos de hipotireoidismo. 
o Os sintomas clínicos mais comuns são a disfagia, a 
disfonia e a dispneia. 
 
Anquiloglossia 
o Total: representa a fusão entre a língua e o assoalho 
da boca 
o Parcial: apresenta apenas o freio lingual curto; 
o Pode causar dificuldade de fonação 
 
 
 
 
 
Escola Bahiana de Medicina e saúde pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
 
Processo saúde-doença III 
 
 
 
 
 
Distúrbios de desenvolvimento envolvendo a 
Articulação temporomandibular (ATM) 
Hiperplasia coronóide 
o Provoca limitação do movimento mandibular. 
o Pode ser uni ou bilateral. 
Hiperplasia condilar 
o É caracterizada por crescimento excessivo de um dos 
côndilos. 
o A causa desta hiperplasia é desconhecida, porém 
alterações circulatórias locais, distúrbios endócrinos 
e trauma têm sido sugeridos como possíveis fatores 
etiológicos. 
o Clinicamente apresenta assimetria facial, 
prognatismo, mordida cruzada e mordida aberta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipoplasia condilar 
o É caracterizada pelo crescimento deficiente do 
côndilo 
o É de origem congênita 
o Se associa a síndromes adquiridas e a distúrbios do 
desenvolvimento. 
Displasia cleidocraniana 
o É a ausência ou hiperplasia das clavículas. 
o Apresenta retardo no fechamento das suturas e 
fontanelas. 
o Provoca falha na irrupção dos dentes permanentes. 
o Há presença de dentes supranumerários 
o Causa hipodesenvolvimento do terço médio da face; 
o Apresenta ainda clinicamente protuberância frontal, 
hipertelorismo e prognatismo. 
Fendas orofaciais 
o A formação da face e da cavidade oral é de 
natureza complexa e envolve o desenvolvimento de 
múltiplos processos teciduais que devem se unir e 
fusionar de modo extremamente ordenado. Distúrbios 
no crescimento desses processos teciduais ou nas 
suas fusões podem resultar na formação de fendas 
orofaciais. 
o O desenvolvimento da porção central da face tem 
início por volta do final da quarta semana de 
desenvolvimento humano, com o aparecimento dos 
placoides nasais (olfatórios) de cada lado da parte 
inferior do processo frontonasal. 
o A proliferação de ectomesênquima em ambos os 
lados de cada placoide resulta na formação dos 
processos nasalmediano e nasal lateral. Entre cada 
par dos processos existe uma depressão ou fossa 
nasal, que corresponde à narina primitiva. 
o Durante a sexta e sétima semana de desenvolvimento, 
o lábio superior se forma por meio da união dos 
processos nasais medianos e com os processos 
maxilares do primeiro arco branquial. Logo, a parte 
média do lábio superior é derivada dos processos 
nasais medianos, e as partes laterais são derivadas 
dos processos maxilares. Os processos nasais laterais 
não estão envolvidos na formação do lábio superior, 
mas dão origem à asa do nariz. 
 
 
Escola Bahiana de Medicina e saúde pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
 
Processo saúde-doença III 
 
 
 
 
o O palato primário também é formado pela união dos 
processos nasais medianos para compor o segmento 
intermaxilar. Tal segmento dá origem à pré-maxila, 
uma estrutura óssea com formato triangular que irá 
abrigar os quatro incisivos superiores. O palato 
secundário, que constitui mais de 90% do palato duro 
e palato mole, é formado pelos processos maxilares 
do primeiro arco branquial. 
o Durante a sexta semana, projeções bilaterais 
emergem das porções medianas dos processos 
maxilares para formar as cristas palatinas. 
Inicialmente, essas cristas estão orientadas em uma 
posição vertical de cada lado da língua que está 
em desenvolvimento. Conforme a mandíbula cresce, a 
língua assume uma posição mais inferior, permitindo 
que as cristas palatinas sofram rotação para uma 
posição horizontal e cresçam uma em direção à 
outra. Por volta da oitava semana, já ocorreu 
crescimento suficiente para permitir que as porções 
anteriores de tais cristas iniciem a fusão entre si. As 
cristas palatinas também se fusionam com o palato 
primário e com o septo nasal. A fusão das cristas 
palatinas inicia-se na porção anterior do palato e 
progride posteriormente, estando completa por volta 
da décima segunda semana de vida. 
o A fusão defeituosa do processo nasal mediano com 
o processo maxilar resulta na fenda labial (FL). Do 
mesmo modo, a falha na fusão das cristas palatinas 
resulta na fenda palatina (FP). 
o Podem ser uni ou bilateral na mucosa ou região óssea 
do palato. 
o Pode ser causada por fatores genéticos ou 
ambientais (alcoolismo materno, tabagismo, uso de 
drogas durante o primeiro trimestre gestacional, dieta 
avitamínica, idade materna avançada (+35), 
paterna (+45), consanguinidade, ingestão deficiente 
de ácido fólico, histórico de abortos). 
o Fatores genéticos – PVRL, IRL, NSX-1 
o Fenda facial – pode variar de uma fissura no bordo 
da mucosa labial e até a sua divisão completa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Fenda palatina (úvula bífida) – o desenvolvimento do 
palato se inicia na quinta semana de gestação e se 
finaliza na décima segunda. 
 
o A fenda palatina acontece quando há uma falta de 
fusão ou uma fusão incompleta dos processos laterais 
do palato, sendo uni, bilateral ou mediana. 
 
Divisão de formação das fendas orofaciais 
o São classificadas de acordo com o forame incisivo. 
o Fenda pré-forame incisivo – pode ser unilateral, 
bilateral ou mediana. Se localiza a fre nte do forame 
incisivo, podendo afetar o lábio e o rebordo alveolar 
(palato primário). 
o Pós-forame incisivo – envolvem o palato secundário. 
Pode ser completa ou incompleta. 
o Transforame incisivo – pode ser uni, bilateral. Gera 
rompimento da maxila em toda a sua extensão, desde 
o lábio superior até a região de assoalho nasal, 
rebordo alveolar, palato duro, palato mole e úvula. 
 
 
Escola Bahiana de Medicina e saúde pública (EBMSP) 
Discente: Maria Clara Pereira Dos Santos 
 
Processo saúde-doença III 
 
 
 
 
 
o Anormalidades dentárias envolvidas: agenesia, 
dentes supranumerários, microdontia e giroversão do 
incisivo. 
Tratamento e prognóstico 
o O tratamento ideal deveria envolver uma 
abordagem multidisciplinar, incluindo (porém não 
limitado a isso) pediatra, cirurgião buco-maxilofacial, 
otorrinolaringologista, cirurgião plástico, 
odontopediatra, ortodontista, protesista, 
fonoaudiólogo e geneticista. 
o O fechamento primário do lábio é geralmente 
realizado durante os primeiros meses de vida, 
seguido, posteriormente, pela correção do palato. 
Aparelhos protéticos e ortopédicos em geral são 
utilizados para moldar ou expandir os segmentos da 
maxila antes do fechamento do defeito do palato. 
Na fase mais tardia da infância, enxertos ósseos 
autógenos podem ser colocados na região 
defeituosa do osso alveolar. Posteriormente, na 
infância, procedimentos ortognáticos e enxertos de 
tecido mole podem ser usados para melhorar a 
função e a estética. A distração osteogênica da 
maxila pode ser útil em pacientes cuja cicatriz do 
palato limita a quantidade de avanço possível no 
momento da osteotomia.

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