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Prevenção e Controle de Infecção em Instituição de Saude - Cap 2

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Resistência bacteriana O desenvolvimento dos antibióticos foi um marco para a área da saúde e revolucionou completamente os tratamentos que eram instituídos até a sua descoberta. Os antibióticos são substâncias químicas que inibem o crescimento bacteriano e matam as bactérias. Uma consequência natural da bactéria é a habilidade de se adaptar, ou seja, criar mecanismos de resistência aos antibióticos.
Resistência bacteriana – causas
O uso indiscriminado de antimicrobianos exerce uma enorme pressão seletiva para a manutenção e a ampliação da resistência bacteriana. O uso extenso de antimicrobianos é seguido de frequência aumentada de bactérias resistentes que passam a se disseminar. Embora não se possa eliminar o uso de antimicrobianos, a administração racional desses agentes não apenas exige uma seleção criteriosa do antimicrobiano e da duração da terapia, como também sua indicação apropriada.
 Aplicação inconsistente das medidas básicas/técnicas de controle pelos profissionais de saúde (lavagem das mãos, uso de luvas etc.); Unidades, especialmente UTI, assistência terciária, superlotadas e com poucos funcionários; Contaminação ambiental; Pacientes colonizados com bactérias multirresistentes – assistência a crônicos (pacientes reservatórios). Pacientes vulneráveis à colonização ou à infecção: Doenças graves – imunodepressão pela doença. Cirurgia recente. Dispositivos: cateter vesical de demora (CVD), tubo orotraqueal (TOT).
Resistência bacteriana – microrganismos multirresistentes
Conforme Anvisa: São microrganismos resistentes a diferentes classes de antimicrobianos testados em exames microbiológicos. Alguns pesquisadores também definem microrganismos panresistentes como aqueles com resistência comprovada in vitro a todos os antimicrobianos testados. Capacidade bacteriana para resistir aos antibióticos é mais ágil do que a capacidade humana para desenvolver novos antibióticos. Praticamente todos os germes desenvolveram mecanismos de resistência por muitos antibióticos.
Inativação enzimática Alteração da permeabilidade da membrana Efluxo ativo de antibióticos, bomba de efluxo Alteração do sítio de ligação do antibiótico
A mesma bactéria pode desenvolver os quatro mecanismos de resistência!
Resistência bacteriana – ações para o combate
 A Aliança Mundial para a Segurança do Paciente também prevê ações para o monitoramento e a redução da resistência microbiana em serviços de saúde. O Brasil, no ano de 2010, por meio da Resolução RDC 44, de 26 de outubro, da Anvisa, proibiu a comercialização de antibióticos sem a apresentação de receita e via retida na farmácia. A Anvisa, no ano de 2006, lançou o Projeto Monitoramento e Prevenção da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde.
 Precaução padrão = recomendada sempre que ocorrer o risco de alguém ter contato com sangue e líquidos corporais. Essas medidas devem ser utilizadas em todos os pacientes, independente dos fatores de risco ou da doença de base.
 Precauções específicas = são medidas instituídas a partir do diagnóstico de determinadas patologias para evitar a propagação no ambiente hospitalar para profissionais de saúde, usuários dos serviços de saúde, acompanhantes e familiares.
Precauções específicas Padrão; Gotícula; Aerossol; Contato
Precaução padrão; Higienização das mãos / Luvas e avental
 Higienização das mãos: lave com água e sabonete ou friccione as mãos com álcool a 70% (se as mãos não estiverem visivelmente sujas) antes e após o contato com qualquer paciente, após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções; Use luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas. Calce-as imediatamente antes do contato com o paciente e as retire logo após o uso, higienizando as mãos em seguida; Deve ser seguida para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de infecções. Óculos e máscara / Caixa perfurocortante Use óculos, máscara e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções, para proteção da mucosa de olhos, boca, nariz, roupa e superfícies corporais; Descarte, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem desconectá-las ou reencapá-las.
Para evitar o contato do profissional de saúde com material biológico do paciente: Sangue; Líquidos corporais; Secreções; Excreções; Pele não íntegra e mucosas.
Precaução para gotículas Influenza Rubéola Meningite - Higienização das mãos Máscara cirúrgica (profissional) Máscara cirúrgica (paciente durante o transporte) Quarto privativo.
 Indicações: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, rubéola etc. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros infectados pelo mesmo microrganismo. A distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro. O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. Ocorre pela disseminação por gotículas maiores do que 5µm. Podem ser geradas durante: Tosse; Espirro; Conversação ou Realização de diversos procedimentos (broncoscopia, inalação etc.). Precaução para gotículas Por serem partículas pesadas e não permanecerem suspensas no ar, não são necessários sistemas especiais de circulação e purificação do ar. As precauções devem ser tomadas por aqueles que se aproximam a menos de 1 metro da fonte.
Precaução para aerossóis

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