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RELATÓRIO CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA

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TÍTULO DO EXPERIMENTO
Cromatografia
	OBJETIVO DO EXPERIMENTO 
· Realizar cromatografia em camada delgada de extratos de pimentões 
· Calcular o fator de retenção dos componentes separados
	INTRODUÇÃO 
Os métodos cromatográficos são utilizados para separar misturas contendo duas ou mais substâncias ou íons, e baseiam-se na distribuição diferencial dessas substâncias entre duas fases: uma das quais é estacionária e a outra, móvel. Atualmente as diferentes modalidades de cromatografia são responsáveis por mais de 70% das análises em Química Analítica. Uma dessas modalidades é a cromatografia em papel (CP). A cromatografia em camada fina (ou delgada) é uma técnica simples, barata e muito importante para a separação rápida e análise qualitativa ou quantitativa de pequenas quantidades de material. Ela é usada para determinar a pureza do composto, identificar componentes em uma mistura comparando-os com padrões; acompanhar o curso de uma reação pelo aparecimento dos produtos e desaparecimento dos reagentes, e ainda para isolar componentes puros de uma mistura. 1
Na cromatografia de camada delgada a fase líquida ascende por uma camada fina do adsorvente estendida sobre um suporte (placa de vidro, de alumínio ou de plástico). Sobre a placa espalha-se uma camada fina de adsorvente (sílica gel, alumina, celulose). Após a aplicação da amostra, a placa é colocada verticalmente em um recipiente fechado (cuba cromatográfica) que contém uma pequena quantidade de solvente. O solvente (eluente) este eluirá pela camada do adsorvente por ação capilar. A Figura abaixo mostra um esquema da cromatografia em camada delgada. Um parâmetro frequentemente usado em cromatografia é o "fator de retenção" de um composto, abreviado como Rf. Na cromatografia de camada fina, o Rf é função da fase estacionária usada e do eluente. Ele é definido como a razão entre a distância percorrida pela mancha do componente e a distância percorrida pelo eluente. Portanto: 
Rf = dc / ds 
Onde: dc = distância percorrida pelos componentes da mistura. ds = distância percorrida pelo eluente.
	BASE DE CÁLCULO (1,0)
 
Onde: dc = distância percorrida pelos componentes da mistura. 
ds = distância percorrida pelo eluente.
	RESULTADOS E DISCUSSÃO (6,0)
Após o processo de eluição, que durou cerca de 5 minutos, pôde-se observar visualmente a separação das fases dos componentes presente nos extratos de pimentões, todavia percebeu-se que as manchas estavam fracas. Extratos diluídos podem explicar as manchas com baixa intensidade, uma vez que extratos diluídos apresentam baixas concentrações dos pigmentos. Por esse motivo utilizou-se o iodo como um revelador. A cromatoplaca foi exposta rapidamente a vapores de iodo em um recipiente fechado resultando em manchas marrons. Isso acontece pois os vapores de iodo se uniram fisicamente às substâncias, complexando com compostos insaturados presentes na placa. Entretando, mesmo com a utilização do iodo como revelador não obteve-se manchas fortemente coradas. Como pode ser observado na Figura 1
Neste caso, para que pudesse visualizar imagem mais nítidas do processo de separação, realizou-se um tratamento computacional em que algoritmos simulam condições de luz ultravioleta. O resultado desse tratamento pode ser observado na Figura 03.
Figura 01: Cromatoplaca após o tratamento com iodo e sem tratamento computacional.
Segundo a literatura, os pimentões verdes e amarelos devem sua coloração principalmente à presença de carotenos e de carotenóides oxigenados, tais como as criptoxantinas. (2). Nos pimentões vermelhos, há também carotenóides polioxigenados, tais como as capsantinas e capsorubina (3). São encontrados na natureza vários derivados da capsantina, sobretudo derivados epoxidados, e os carotenóides hidroxilados ocorrem na natureza sob a forma de ésteres. 
As criptoxantinas apresentam um grupamento HO- e têm afinidade moderada com a fase estacionária utilizada nesse experimento, já que a hidroxila pode formar ligações de hidrogênio com o oxigênio dos grupamentos silicatos. Assim, as criptoxantinas e outras xantofilas mono-oxigenadas apresentam certa tendência à retenção pela fase estacionária e, durante a corrida cromatográfica, distanciam-se moderadamente do ponto de aplicação da amostra. As capsantinas e a capsorubina são substâncias polioxigenadas e, portanto, têm maior afinidade com a fase estacionária da cromatografia em papel. Apresentam maior tendência à retenção pela fase estacionária e pouco se distanciam do ponto de aplicação da amostra. Em resumo, há três regiões em cada cromatograma dos extratos dos pimentões: a) a dos carotenos; b) a das xantofilas monooxigenadas; c) a das capsantinas e da capsorubina. Além disso, pode-se perceber que o cromatograma do pimentão vermelho (Figura 4, 3) apresenta as três regiões intensas, indicando a presença de carotenos, criptoxantinas, capsantinas, capsorubina e outras xantofilas mais polares. 3
Figura 02: Cromatoplaca após o tratamento computacional com algoritmo que simulam luz ultravioleta
Figura 03: Cromatoplaca utilizada para calcular os fatores de retenção
Percebe-se que compostos com Rf menores são mais polares pois são mais atraídos pela fase estacionária e compostos com Rf maiores são menos polares pois são mais atraídas pela fase móvel.
	CONCLUSÃO (1,5)
A cromatografia em camada delgada (CCD) de extratos de pimentões permite a visualização da separação cromatográfica dos principais pigmentos existentes no extrato: os carotenos, as criptoxantinas, as capsantinas e a capsorubina. É possível verificar na prática os efeitos das interações intermoleculares, polaridade e funções orgânicas sobre a corrida cromatográfica. 
	REFERÊNCIAS
1- COLLINS, C. H.; BRAGA, G. L.; BONATO, P. S. Fundamentos de cromatografia, Campinas, Editora da Unicampi, 2006.
2- CURL, A.L. The carotenoids of red bell pepper. Journal of Agricultural Food Chemistry, 10, 504–509, 1962
3- BIANCHINI, R. e PENTEADO, M.V.C. Carotenóides de pimentões amarelos (Capsicum annuum L.). Caracterização e verificação de mudanças com o cozimento. Ciência e Tecnologia dos Alimentos, 18 (3), 1998.

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