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EAF 441 – PROCESSAMENTO DE LEITE E DERIVADOS PRODUÇÃO DE QUEIJO MINAS PADRÃO INTRODUÇÃO O Queijo Minas Padrão é um dos queijos mais produzidos no Brasil, sendo um importante derivado do leite. Ele apresenta boa aceitação tanto pelo seu valor nutritivo como pelo seu sabor (MELO, ALVES & COSTA, 2009). Segundo a Instrução normativa nº 66, de 21 de julho de 2020, Queijo Minas Padrão caracteriza-se como o produto obtido através da coagulação do leite pasteurizado, por meio de coalho, outras enzimas coagulantes apropriadas, ou com ambos, com complemento da ação de bactérias láticas específicas. É um tipo de queijo maturado, de massa crua ou semi-cozida, dessorada, prensada e salgada, também classificado de acordo com o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijos como um queijo semi-gordo a gordo e de média umidade. Esse queijo deve ter formato cilíndrico, podendo ou não apresentar casca, a qual, se existente, deve ser fina, de cor branco creme, lisa e sem trincas. O Queijo Minas Padrão apresenta como ingredientes obrigatórios: cloreto de sódio, coalho ou outras enzimas coagulantes, cultivo de bactérias lácticas e leite ou leite reconstituído (isolado ou em combinação, padronizados ou não em seu teor de gordura, proteína ou ambos). Esse queijo pode apresentar ingredientes considerados opcionais, adicionados de forma isolada ou em combinação, sendo eles: butteroil, caseína e caseinatos, cloreto de cálcio, concentrado de proteína de leite, concentrado de proteína de soro de leite, condimentos, especiarias, produtos de frutas, cereais, legumes, doces, embutidos cárneos, fibras alimentares, creme de leite, creme de soro de leite, gordura anidra de leite, leite em pó, manteiga, soro fermento e substitutos do cloreto de sódio (BRASIL, 2020). A aula prática descrita no presente relatório foi realizada com o objetivo de compreender as tecnologias envolvidas na produção de Queijo Minas Padrão, suas características individuais, aspectos importantes do seu processamento, características sensoriais e rendimento de sua produção. MATERIAIS E MÉTODOS 48 L de leite de boa qualidade pasteurizado Adição de 1 pacote de fermento mesofílico Tipo O diluído em 60 mL de leite Adição de 6,4 mL de cloreto de cálcio (diluído em 50 mL de água) no leite, sob agitação Adição de 12,8 mL de coalho (diluído em 50 mL de água) no leite, de forma lenta e sob agitação Repouso por 30 minutos (coagulação) Corte da coalhada com liras, de forma lenta, obtendo grãos de 1,0 cm de aresta Agitação lenta com auxílio de uma espátula, mexendo por 5 minutos e deixando em repouso por 3, até completar 40 minutos Após 20 minutos do início da mexedura (etapa acima), realizar aquecimento lento até 36-38 °C com a adição de água fervente sob agitação Conferir o ponto da massa (verificando se a massa escorre facilmente pela forma) Retirada de excesso de soro com auxílio de baldes Salga da massa 20% de sal, sendo adicionados 150 g de sal. Pré-prensagem no tanque para eliminar excesso de soro Enformagem em formas próprias, com dessoradores, preenchendo-as até o topo Prensagem por 30 min com pressão equivalente a 10 vezes o peso do queijo (10 Kg) Viragem dos queijos e prensagem por mais 90 minutos com 20 Kg Desenformagem Maturação em câmara a 10-12 °C por 20 dias Embalagem RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram utilizados 48 litros de leite para a produção do queijo minas padrão, obtendo-se 5,726 Kg do produto final. Sendo assim, o rendimento da produção foi de 8,383 L/Kg, ou seja, foram necessários 8,383 litros de leite de vaca para produzir cada quilograma de queijo minas padrão obtido. Na literatura relata-se que o rendimento desse tipo de queijo varia entre 8 a 9 L/Kg, portanto, o queijo produzido apresentou rendimento satisfatório (CIÊNCIA DO LEITE, 2015). Os queijos obtidos apresentaram massa padronizada, o que indica uma distribuição equilibrada de massa de queijo nas formas. Todos os queijos possuíam casca amarelada e interior branco, consistência semidura, sabor e cheiro acentuados, porém característicos do produto. Portanto, os queijos produzidos apresentaram boa qualidade, características sensoriais dentro do padrão e isentos de olhaduras indicativas de contaminação. REFERÊNCIAS FURTADO, M.M.; NETO, L.J.P. de M. Tecnologia de Queijos: Manual técnico para a produção industrial de queijos. 1. Ed. São Paulo: Dipemar, 1994. 118 p. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Instrução normativa nº 66, de 21 de julho de 2020. Aprova o Regulamento Técnico que fixa a identidade e os requisitos de qualidade que deve apresentar o queijo minas padrão. Diário Oficial da União, 23 jul. 2020. Edição 140, Seção 1, Página 4. AMORIM, A.L.B.C.; COUTO, E.P.; SANTANA, A.P.; RIBEIRO, J.L.; FERREIRA, M.A. Avaliação da qualidade microbiológica de queijos do tipo Minas padrão de produção industrial,artesanal e informal. Rev Inst Adolfo Lutz. São Paulo, 2014; 73(4):364-7. DE MELO, A.C.M.; ALVES, L.M.C.; COSTA, F.N. Avaliação da qualidade microbiológica do queijo tipo Minas Padrão comercializado na Cidade de São Luis, MA. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.76, n.4, p.547-551, out./dez., 2009. CIÊNCIA DO LEITE. Queijo Minas - tecnologia industrial. Disponível em: https://cienciadoleite.com.br/noticia/1867/queijo-minas--tecnologia- industrial#:~:text=Sua%20consist%C3%AAncia%20%C3%A9%20semidura%2C% 20tendendo,8%2D9%20litros%20por%20quilo. Acesso em: 18/11/2022.
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