Buscar

Patologia da Nutrição e Dietoterapia II - Doenças inflamatórias intestinais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Nutrição-UFGD 
Doença inflamatória crônica e 
idiopática que afeta o cólon, 
caracterizada por inflamação 
redicivante e remitente da 
mucosa intestinal, iniciando-se 
no reto e estendendo-se por todo 
o cólon. 
Doença inflamatória redicivante que afeta 
qualquer segmento do trato 
gastrointestinal, frequentemente 
associada à dor abdominal febre e sinais 
clínicos de obstrução intestinal ou 
diarreia com sangue ou muco ou ambos. 
Fatores ambientais: 
• Tabagismo, dieta, contraceptivos orais, 
infecções, cirurgias. 
Fatores genéticos: 
• Grande número de associações genéticas. 
Fatores luminais: 
• Microbiota intestinal, antígenos e produtos 
metabólicos. 
Imunorregulação: 
• Imunidade inata e adaptativa. 
 
Fatores relacionados à industrialização e ao estilo de 
vida: 
• Menor tempo de amamentação; 
• Excessiva higiene e sanitização doméstica; 
• Sedentarismo; 
• Exposição à poluição do ar; 
• Adesão a uma dieta ocidental (rico em alimentos 
ultraprocessados, carne vermelha, açúcares e 
gorduras saturadas); 
• Exposição à água contaminada; 
• Uso crônico de contraceptivos orais; 
• Uso crônico de anti-inflamatórios e hormônios. 
Riqueza da microbiota intestinal humano correlaciona-se 
com marcadores metabólicos: 
 
• ↑ abundância de substâncias redutoras 
(sugerindo capacidade aumentada para 
responder ao estresse oxidativo); 
• ↑ potencial de degradação do muco intestinal; 
• ↑ formação de gases tóxicos potencialmente 
pró-inflamatórias; 
• ↓ abundância de bactérias produtoras de butirato. 
 
 
Nutrição-UFGD 
 
CLASSIFICAÇÃO DE MONTREAL 
Proctite: 
• 30-60% dos pacientes. 
• Sintomas: sangramento retal, 
tenesmo, urgência em 
evacuar. 
Colite esquerda: 
• 16-45% dos pacientes; 
• Sintomas: proctite + diarreia e 
cólica. 
Colite extensa: 
• 15-35% dos pacientes; 
• Sintomas: colite esquerda + 
fadiga, febre, perda de peso e 
manifestações extra 
intestinais. 
Com colite ulcerativa: 
 
Intestino saudável: 
 
AVALIAÇÃO 
Física: 
• Sinais de anemia (fraqueza, cansaço, 
irritabilidade); 
• Sensibilidade abdominal; 
• Sangue no exame de toque retal; 
• Abdome distendido e timpânico. 
Endoscópica: 
• Úlceras; 
• Fissuras anais; 
• Eritema; 
• Sangramento retal; 
• Friabilidade da mucosa. 
Laboratorial: 
• Anemia ferropriva; 
• Leucocitose; 
• Trombocitose; 
• Hipoalbunemia; 
• Maior velocidade de hemossidementação; 
• PCR elevada. 
Histopatológica na fase ativa da doença: 
• Infiltrado inflamatório agudo e crônico da 
mucosa; 
• Perda da arquitetura das criptas; 
• Abscessos e úlceras; 
• Depleção de células caliciformes; 
• Congestão e edema; 
• Hemorragia focais. 
Histopatológica na fase de resolução: 
• Diminuição do infiltrado inflamatório; 
• Restauração das células caliciformes e epitélio. 
Histopatológica na fase quiescente: 
• Encurtamento de ramificação das criptas; 
• Atrofia da mucosa. 
 
Nutrição-UFGD 
 
MANIFESTAÇÕES EXTRA INTESTINAIS 
 
 
AVALIAÇÃO 
Física: 
• Dor abdominal (quadrante inferior direito), 
piorando no período pós-prandial); 
• Cólicas; 
• Astenia, fraqueza; 
• Dor epigástrica; 
• Alternância entre períodos de constipação e 
diarreia. 
Endoscópica: 
• Abcessos; 
• Úlceras; 
• Fístulas; 
• Alternância entre mucosa inflamada e normal; 
• Normalmente atinge o íleo terminal. 
Laboratorial: 
• Anemia ferropriva; 
• Leucocitose; 
• Trombocitose; 
• Hipoalbunemia; 
• Maior velocidade de hemossedimentação; 
• Eletrólitos diminuídos; 
• Esteatorreia; 
• Sangue oculto nas fezes. 
MEDICAMENTOS 
Corticosteroides: 
• Prednisona, prednisolona, hidrocortisona. (anti-
inflamatórios e imunossupressores). 
Aminossalicilatos: 
• Sulfassazalina, mesalazina* (*mais utilizado na 
colite ulcerativa). 
Imunomoduladores: 
• Azatioprina** (mais utilizado na Doença de 
Crohn), 6-mercaptopurina, cloroquina, 
ciclosporina, metotrexato. (imunossupressores). 
Antibióticos: metronidazol. (efeito bactericida). 
Terapia biológica: 
• Infliximabe. (anticorpo monoclonal, bloqueia vias 
inflamatórias específicas, inibe TNF-α). 
Ação e efeitos colaterais de alguns dos principais 
medicamentos: 
 
 
Nutrição-UFGD 
 
DIETA 
Preservar o estado nutricional adequado. A dieta não 
deve ser modificada a fim de induzir e manter a remissão. 
CIRURGIA 
Colite ulcerativa: aproximadamente 30% dos pacientes 
com fazem proctocolectomia após cinco anos de doença. 
Doença de Crohn: pacientes com intratabilidade clínica 
são candidatos À cirurgia, podendo haver múltiplas 
ressecções de segmentos intestinais → Síndrome do 
intestino curto. 
Podem ocorrer complicações mais graves, como câncer 
colorretal, megacólon tóxico e tromboembolismo. 
Tratamento cirúrgico na colite ulcerativa: 
• Proctocolectomia total com reservatório ileal e 
anastomose ileoanal 
 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
Após vários anos com exacerbações clínicas da doença, 
os indivíduos perdem significativamente a função do trato 
intestinal. 
 
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL 
Aplicar recomendações nutricionais adequadas de 
acordo com o tipo da doença e o grau de atividade. 
Recuperar e/ou manter o estado nutricional. 
Manter o crescimento em crianças. 
Fornecer aporte adequado denutriente. 
Contribuir para o alívio dos sintomas. 
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NAS DII 
 
 
 
 
Nutrição-UFGD 
 
 
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL 
Fórmulas padrão (conteúdo moderado de gordura) deve 
ser a primeira opção; 
Fórmulas elementares ou oligoméricas não são 
superiores às fórmulas padrão → sempre observar 
tolerância individual. 
Isenta de lactose e sacarose; 
Baixa osmolaridade. 
Doença de Crohn: 
• Indicação: ingestão inadequada (<60% das 
necessidades), intestino não funcionantes, 
diarreia severa, vômitos incoercíveis, obstrução 
ileal ou intestinal, choque, isquemia intestinal; 
• Fase ativa: NP não é mais eficaz que NE. 
Colite ulcerativa: 
• Deve ser indicada apenas se confirmada a 
falência intestinal. 
Não há uma “DIETA PARA DOENÇAS INFLAMTÓRIAS 
INTESTINAIS” que pode ser recomendada para induzir a 
remissão dos sintomas em pacientes com a doença ativa. 
Exemplos: 
• Dieta do paleolítico; 
• Dietas de exclusão (glúten, lactose); 
• Baixo teor de FODMAPs; 
• Enriquecido com ômega-3; 
• Uso de probióticos. 
A nutrição enteral exclusiva é efetiva e recomendada 
como primeira linha de tratamento para induzir remissão 
em crianças e adolescentes com doença de Crohn na fase 
aguda. 
A nutrição enteral parede segura e pode ser 
recomendada como uma terapia de suporte em indivíduos 
com colite ulcerativa severa. 
Exceções: probióticos na colite ulcerativa leve a 
moderada para induzir a remissão dos sintomas e para 
manutenção da remissão. 
• APENAS: 
o Lactobacillus reuteri (indução) ou 
Eschericia coli Nissle 1917 (manutenção); 
o Visbiome® (L. plantarum, L. delbrueckii 
subsp Bulgarcus, L. casei, L. acidophilus, 
B. breve, B. longum, B. infantis, 
Streptococcus salivarius subsp 
thermophilus) – Indução e manutenção. 
Exceções: probióticos na prevenção da bolsite ou no 
tratamento da bolsite se a antibioticoterapia falhar. 
• APENAS: 
o Visbiome® (L. plantarum, L. delbrueckii 
subsp Bulgarcus, L. casei, L. acidophilus, 
B. breve, B. longum, B. infantis, 
Streptococcus salivarius subsp 
thermophilus). 
O QUE CONSUMIR E EVITAR NA FASE ATIVA 
 
 
 
Nutrição-UFGD 
 
BAUMGART, D. C.; SANDBORN, W. J. Crohn's disease. 
Lancet, v. 380, n. 9853, p. 1590-1605, 2012. 
BISCHOFF, S.C. et al. ESPEN practical guideline: Clinical 
Nutrition in inflammatory bowel disease. Clinical 
Nutrition, v. 39, p. 632-653, 2020. 
CARUSO, L. Distúrbios do trato digestório. In: CUPPARI, 
L. Nutrição Clínica no Adulto. 3ª edição. Barueri, 
SP: Manole. p. 297-396, 2014. 
KHALILI, H. et al. The role of diet in the aetiopathogenesis 
of inflammatory bowel disease. Nat Rev Gastroenterol 
Hepatol., v. 15, n. 9, p. 525-535, 2018. 
LE CHATELIER,E. et al. Richness of human gut microbiome 
correlates with metabolic markers. Nature, v. 500, n. 
7464, p. 541-546, 2013. 
NOGUEIRA, N. N. et al. Doenças do sistema digestório. In: 
ROSSI, L; POLTRONIERI, F. Tratado de Nutrição e 
Dietoterapia. 1ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara 
Koogan. pp. 663-670, 2019.

Continue navegando