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Nutrição-UFGD Gram negativo, bacilo curvo, microaerófilo obrigatório. Temperatura: ótima – 42-45°C. pH: ótimo – 6,5-7,5. Aa mínima para crescimento: >0,97. Máxima % de NaCl para multiplicação: 2,0. Habitat: trato intestinal de animais domésticos. Principais alimentos envolvidos: carnes de aves, ovos, bovina, moluscos crus, mexilhões, ostras e leite cru. Dose de infecção/período de incubação: baixa (5 x 102/g), 48 -120 horas. Sintomas: diarreia abundante (às vezes, sanguinolenta), dores abdominais, enxaqueca, fraqueza e febre. Gram negativo, bacilo reto, aeróbio facultativo. Temperatura: ótima – 37°C. pH: provavelmente 4,4-9,5. Aa mínima para crescimento: 0,95. Máxima % de NaCl para multiplicação: 6,0-8,0. Habitat: trato intestinal de bovinos. Alimentos envolvidos: hambúrguer, leite cru e cidra de maçã. Provoca colite hemorrágica, síndrome urêmica hemolítica. Dose de infecção/período de incubação: desconhecida, 3- 9 dias. Sintomas: diarreia sanguinolenta. Gram positivo, bacilo curta, aeróbio ou microaerófilo. Temperatura ótima: 25-30°C. pH: ótimo – 7,0-7,5. Aa mínima: 0,83. Máxima % de NaCl para multiplicação: 10-20. Habitat: solo, vegetação, água e sedimentos marinhos. Principais alimentos envolvidos: queijos, produtos cárneos, pescados e vegetais. Taxa de mortalidade de 30% nos infectados. Doses de infecção/período de incubação: desconhecida, 8 dias – 3 meses. Sintomas: desde enfermidade similar à gripe até meningite, podendo provocar aborto. Gram negativo, bacilo curto, facultativo. Temperatura: ótima – 37°C. pH: ótimo – 6,5-7,5. Aa mínima: 0,95. Máxima % de NaCl para multiplicação: 8,0. Habitat: trato intestinal de mamíferos, pássaros, anfíbios, répteis, homens e insetos. Principais alimentos: leite cru, produtos laticínios, carne de aves, suínos, bovinos, vegetais e pescado, ovos, água e moluscos. Dose de infecção/período de incubação: baixa ou alta, dependendo do sorotipo, horas a 3 dias. Sintomas: náuseas, vômitos, dores abdominal e de cabeça, calafrios, diarreia, febre, com duração de 2-3 dias (ou mais). Nutrição-UFGD Gram positivo, coco, facultativo. Temperatura ótima: 37°C. pH: 4,0 (mínima), 6,0-7,0 (ótima) e 9,8 (máximo). Aa mínima: 0,83. Máxima % de NaCl para multiplicação: 20,0. Habitat: mucosas nasais e oral, pele e cabelo. Principais alimentos envolvidos: especialmente os muito manipulados. Dose de infecção/período de incubação: células – 105 a 108/g são necessárias para produzir toxina suficiente e toxina – 1g de toxina/g de alimento, 2-6 horas. Sintomas: náuseas, vômitos e diarreia aquosa, dor de cabeça, muscular e prostração. Gram negativo, bacilo curto, facultativo. Temperatura: • Mínima: -1,3°C; • Ótima: 32-34°C; • Máxima: 44°C. Aa mínima: 0,95. Máxima % de NaCl para multiplicação: 5,0-8,0. Habitat: água, pequenos roedores, animais de estimação e suínos. Alimentos envolvidos: leite cru, achocolatado, sorvetes, vegetais, carne de suínos e seus derivados e pescado. Dose de infecção/período de incubação: desconhecida, provavelmente alta; 1-10dias. Sintomas: diarreia, febre, vômitos, dor aguda na parte inferior direita do abdômen. Nutrição-UFGD Alimento: matriz quimicamente complexa. Fatores que afetam o crescimento microbiano em alimentos: • Parâmetros intrínsecos; • Parâmetros extrínsecos. Qualidade microbiológica dos alimentos ligada: • Número e tipo de microrganismos iniciais; • Multiplicação destes microrganismos nos alimentos. Em condições ideais, as bactérias são os microrganismos com maior velocidade de crescimento. • Tempo de Geração (TG): 20 minutos. A velocidade de multiplicação de uma bactéria não é constante, havendo variações acentuadas, dependendo da: • Fase de crescimento em que se encontram; • Condições ambientais. PH Importância fundamental na limitação dos tipos de microrganismos capazes de se desenvolver no alimento. Classificação: • Alimentos pouco ácidos (pH > 4,5): leite integral, creme de leite e café sem açúcar; • Alimentos ácidos (pH: 4,0-4,5): bebida láctea fermentada, passata rústica. • Alimentos muito ácidos (pH > 4,5): vinagre, suco de uva integral e molho de tomate tradicional A indústria de alimentos lança mão do efeito do pH sobre os microrganismos para a conservação dos alimentos. ATIVIDADE DE ÁGUA (AA OU AW < 0,91) Os microrganismos necessitam de água para se multiplicar. Única forma de água passível de utilização por parte dos microrganismos. As bactérias são usualmente passíveis de utilização por parte dos microrganismos. As bactérias são usualmente mais exigentes quanto a disponibilidade de água livre, seguidas dos bolores e leveduras. Existem alguns grupos de microrganismos que são particularmente resistentes a baixas aw: • Microrganismos osmofílicos: necessitam de baixa aw; • Microrganismos osmodúricos: suportam elevada concentração de açúcar; • Microrganismos halofílicos: necessitam de elevada concentração salina; • Microrganismos halodúricos: suportam alta concentração de sal; • Microrganismos xerofílicos: afinidade a ambientes secos. Valores mínimos de Aa permitindo desenvolvimento microbiano a 25°C: POTENCIAL REDOX (O/R, EH) A presença do oxigênio é o fator que mais contribui para o aumento do potencial redox de um alimento. Os microrganismos variam no grau de sensibilidade ao potencial redox do meio de multiplicação: • Aeróbios: Eh positivo. Bolores, bactérias como Psedomonas, algumas espécies de Bacillus, e leveduras oxidativas; • Anaeróbios: Eh negativo. Clostridium; Nutrição-UFGD • Facultativos: Eh positivo e negativo. Leveduras (fermentativas), Enterobactérias e Bacillus; • Macroaerófilas: Eh baixo. Ex.: bactérias láticas. CONTEÚDO DE NUTRIENTES A constituição química de um alimento está intimamente ligada à sua decomposição: • Fonte de carbono; • Fonte de nitrogênio = proteíns; • Fonte de vitamina; • Sais minerais. CONSTITUINTES ANTIMICROBIANOS Ovo – lisozima: destrói a parede celular das bactérias gram-positivas. Amoras – ácido benzoico: atua contra os fungos. Cravos – lipídeos e óleos essenciais – ação antimicrobiana (eugenol). Canela – aldeído cinâmico. Leite – substâncias antimicrobianas: lactenina e o fator anti – coliformes. ESTRUTURAS BIOLÓGICAS Cascas de sementes. Cascas de nozes. Pele pelo dos animais. Casca ou película das frutas. Casca do ovo. MICROBIOTA DOS ALIMENTOS Certas bactérias são maus competidores e não se desenvolvem bem em alimentos que tenham altas contagens de outros microrganismos. Bactérias lácticas podem produzir ácido láctico. Alguns tipos de leveduras podem consumir os ácidos orgânicos de alimentos ácidos. TEMPERATURA Afeta a duração da fase de latência, a velocidade de multiplicação, as necessidades nutritivas e a composição química e enzimática das células. Temperatura ótima da maioria dos patógenos: 35°C. Os efeitos letais do congelamento e resfriamento dependem do microrganismo considerado e das condições de tempo e temperatura de armazenamento. Um dos microrganismos patogênicos mais resistentes: Staphylococcus aureus (resiste a 60°C por 15 minutos). Os microrganismos são classificados de acordo com sua temperatura de crescimento. Classificação dos microrganismos em relação à temperatura: UMIDADE RELATIVA (U.R.) A umidade relativa influencia diretamente a atividade de água do alimento. Em geral, quanto maior a temperatura de estocagem, menor deverá ser a U.R., sendo o inverso verdadeiro. PRESENÇA DE GASES NO MEIO-INFLUÊNCIA DO CO2 Atmosfera contendo CO2 = estocagem em “atmosfera controlada”. A concentração de CO2 geralmente não excede a 10%. As bactérias gram-negativas são mais sensíveis ao CO2 do que as gram-positivas. Misturas de CO2 e 02. Atmosferas contendo O3 (dosesde 2 a 3 ppm): alimentos com alto teor de lipídeos. Tanto o ozônio como o CO2 são eficazes para retardar alterações superficiais em carnes armazenadas por longo período. Nutrição-UFGD Tanto o ozônio como o CO2 são eficazes para retardar alterações superficiais em carnes armazenadas por longo período. Associação entre fatores e características dos alimentos. Temperatura de armazenamento, pH e Aa na estabilidade de produtos cárneos:
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