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Gabriella Comerlatto – T3 Emergências psiquiátricas • São situações em que um transtorno mental gera no indivíduo um comportamento inadequado, que põe em risco sua vida ou a de terceiros • Mais prevalentes: risco de suicídio e agitação psicomotora Anamnese • Nem sempre é realizada de forma completa, e sim da forma possível a fim de confirmar ou afastar a emergência a qual se suspeita • Deve-se contar com informações de terceiros, como amigos e familiares. Risco para suicídio • É a emergência psiquiátrica mais estudada • Em torno de 800 mil pessoas morrem por ano devido a suicídio no mundo - 86% desses casos ocorrendo em pessoas com mais de 70 anos de idade • Abordar suicídio não aumenta o risco de o paciente realizá-lo Fatores de risco para suicídio • Doença mental (principalmente depressão, esquizofrenia ou abuso de álcool/drogas) • Tentativa prévia Homem > mulher (4.1) • Ter mais de 45 anos Sofrer de doença clínica Raça caucasiana • Alta recente de hospital psiquiátrico (< 6 meses) • Não estar casado História familiar de suicídio • Estar desempregado Perdas recentes • Algumas profissões: médico, dentista, artista, advogado, mecânico • Ser imigrante • Depressões sociais econômicas • Abuso e dependência de álcool • Desesperança • Estresse aumentado • Impulsividade e/ou agitação • Viver sozinho • Baixa autoestima • Epidemias de suicídio • Hipocondria • Religião protestante ou ser ateu Medicações: reserpina (vasodilatador), corticosteroides, anti-hipertensivos, alguns quimioterápicos Comportamento criminoso Identidade bissexual ou homossexual Delírios e/ou alucinações Separação ou perda dos pais precocemente Conduta - Risco de suicídio • Decidir ONDE será realizado o tratamento • O alvo do tratamento será a patologia de base • Considerar sempre o apoio familiar e profissional para seguimento do tratamento • Fármacos com mais evidências: Carb. de Lítio e Clozapina se não forem contra-indicados Agitação psicomotora O que fazer? • Proteger-se de uma possível agressão, em local que permita fuga ou pedido de ajuda - jamais dar as costas ao paciente • Manter serenidade ao falar e ao gesticular, se não ele pode achar que vai ser agredido • Tentar um diálogo mínimo – estou aqui pra te ajudar, não vou te machucar • Acionar polícia e bombeiros se necessário Exame físico • Lesões/cicatrizes, sinais de traumas. sinais do uso de substâncias maus tratos/higiene precários sinais vitais níveis de sensório *EXAMES COMPLEMENTARES DEVEM SER REALIZADOS EM PRONTO SOCORRO Exames complementares • Hemograma • Glicose • Provas hepáticas e renais • EQU e urocultura • Anti-HIV 1 e 2 • VDRL • Vitamina B12 • Provas de função da tireoide • Rx de torax Tc de Cranio s/contraste Conduta na Agitação Psicomotora • Há de se atentar para três tipos de manejo: ambiental e organizacional, atitudinal e farmacológico • Contenção mecânica pode ser necessária (caso a equipe não seja treinada, pode-se acionar SAMU/bombeiros/polícia), mas só deve ser usada como último recurso • Contenção química visa proteger paciente e terceiros • Preferir via oral, evitando a associação de Olanzapina e Benzodiazepínicos (risco de sedação excessiva) • Se usar via intramuscular, evidencia-se o uso de Olanzapina, ou midazolan e/ou haloperidol. Ou ainda, haloperidol e prometazina Técnicas de de-escalonamento 1. Respeite o espaço e a pessoa 2. Não seja provocativo 3. Estabeleça contato verbal 4. Seja conciso 5. Identifique desejos e sentimentos 6. Ouça atentamente o que a pessoa diz 7. Estabeleça limites claros -> aqui não, você não vai passar 8. Ofereça alternativas e seja otimista 9. Oriente a pessoa e a equipe 2022.2
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