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TEORIA DA IMAGEM Leonardo Foletto As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema, artes plásticas e outras influências Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar algumas formas de apropriação realizadas ao longo da história das mídias. � Averiguar a relação de apropriação entre as mídias e as manifestações culturais e artísticas dos séculos XX e XXI. � Identificar elementos do cinema, das artes plásticas e de outras artes na criação de mensagens midiáticas. Introdução Desde que o homem cria, ele também se reapropria. Imagens, sons, textos, vídeos: tudo é criado a partir de uma soma de elementos que você reaproveita e produz, a partir de seu filtro pessoal, outras manifestações culturais. Ao longo da história, as imagens midiáticas foram sendo produzidas a partir de reaproveitamentos, seja da própria cultura de massa ou das manifestações culturais e artísticas. Esse processo culminou na explosão de reapropriações na cultura contemporânea, a partir da internet e das tecnologias digitais. Neste texto, você vai ver um pouco da troca mútua de apropriações entre a arte e as mídias ao longo da história. Também vai entender formas desse processo e conhecer elementos importantes para a apropriação de mensagens. Por fim, vai entender quando a reapropriação pode ser útil na comunicação. Panorama histórico Como você sabe, as imagens se combinam e se reproduzem no cotidiano, seja na arte ou em qualquer produto comunicacional. A mistura e a reapropriação de imagens e linguagens não são novidades dos tempos da tecnologia digital e da internet. Elas ocorrem desde a invenção da fotografia, que no século XIX inaugurou a era da produção de imagem a partir de dispositivos mecânicos. Isso representou uma quebra em relação à época anterior, caracterizada por imagens produzidas artesanalmente (como pinturas e desenhos). Ao longo da história, a reapropriação de imagens ganha ainda maior escala a partir dos dispositivos eletrônicos, no ciclo pós-industrial (SANTAELLA; NÖTH, 1998, p. 78), e atinge níveis nunca antes vistos no século XXI. Nesse sentido, você pode considerar a digitalização dos acervos, o desenvolvimento da computação gráfica e a conexão entre esses elementos e as pessoas a partir da internet. Ao longo desse período, muitos procedimentos, técnicas e produtos foram criados na relação simbiótica entre mídias e artes. Tanto a arte se aprovei- tou das mídias de massa para realizar suas intenções quanto as mídias se apropriaram de jeitos e produtos das artes para construir suas mensagens midiáticas, sejam elas jornalísticas, publicitárias ou ligadas ao cinema e às relações públicas. No lado artístico, se destaca o período que se inicia nos anos 1950, acentuando-se nos anos 1960 e mais ainda nos 1970, com a ascensão do pós-modernismo. Nesse período, os processos artísticos começaram a apresentar misturas de meios e efeitos (SANTAELLA, 2010), especialmente dos pictóricos e fotográficos. O exemplo principal, no campo das artes plásticas, é a Pop Art. Esse movimento se propagou a partir dos anos 1960 com a proposta estética de ressignificar imagens e situações da cultura de massa (quadrinhos, produtos vendidos em supermercados, fotografias de estrelas de cinema, entre outros). Os principais nomes dessa corrente são Roy Lichtenstein e Andy Warhol. As bases sígnicas (verbais e não verbais) utilizadas pelas artes e pelas mídias têm diversos pontos em comum. Compartilham certos tipos de signos e códigos culturais que proporcionam relações intercambiáveis entre as duas áreas, que, em alguns momentos, acabam até mesmo se confundindo. Isso ocorre em especial na área publicitária, com vídeos e imagens de produtos frequentemente produzidos por artistas e consumidos enquanto obras de arte. As vanguardas artísticas do início do século XX – dadaísmo, surrealismo e futurismo – foram elementos importantes no movimento de reapropriação entre as mídias e as artes. Como afirma Santaella (2005, p. 42), As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema,...2 Notórias por seu questionamento dos valores tradicionais, das convenções artísticas e dos sistemas de representação, as vanguardas estéticas da arte moderna eram consideradas de difícil compreensão e mesmo consideradas pelo público despidas de sentido. [...] Nada poderia parecer menos propício a essas imagens do que a apropriação das mídias, pois a pretensão destas, especialmente as mídias de massa, é rapidamente comunicar suas mensagens para um público médio. [...] Entretanto, todos os movimentos de vanguarda despertaram e continuam despertando o interesse da mídia. Ainda antes do cinema com som, o dadaísmo foi um dos principais atores da técnica de reapropriação moderna nas artes plásticas. Isso se deu em especial a partir da colagem, ou seja, da reunião de materiais diversos encontrados no cotidiano para a produção de um objeto artístico (SANT’ANNA, 2007, p. 43). Entre esses materiais, você pode considerar os jornais e os anúncios publicitários do início do século XX. As ideias que alavancaram o movimento foram propostas principalmente pelo francês Francis Picabia (Figura 1) e pelo romeno Tristan Tzara. Affonso Romano de Sant’Anna (2007, p. 43) diz que os dadaístas, em vez de representarem, “re-apresentam” os objetos em sua estranhidade. No campo das mensagens midiáticas, é possível organizar a apropriação dos elementos culturais a partir de duas formas, como faz Santaella (2005): a imitação dos modos de compor e de seus estilos; e a incorporação de uma imagem artística à mensagem midiática. A seguir, você vai ver em detalhes cada um desses modos. 3As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema,... Figura 1. As vanguardas artísticas do início do século XX se valeram da reapropriação (Francis Picabia, [Handout], 1921). Fonte: MoMA (c2017). Modos de apropriação das imagens artísticas pelas mídias A classificação de Santaella (2005) ajuda você a ver como se dá a apropriação das mensagens midiáticas das artes e as manifestações culturais, mas não é, nem pretende ser, definitiva. É fácil de perceber que as apropriações ocorrem de modo muito mais misturado e rotineiro do que se imagina. Nesse sentido, propor uma classificação apenas facilita ver e perceber como elas ocorrem na sociedade. As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema,...4 Imitação Nesse modo, a apropriação se dá a partir da imitação, seja com referência a uma obra específica, a um modo de fazer de um artista ou a um determinado movimento artístico. Como exemplo, veja a Figura 2. Figura 2. Vogue Itália, 2012 (designers: Laura Kampman e Steven Meisel). Fonte: Wearable Art (2012). A revista Vogue é uma conhecida publicação internacional voltada ao mundo da moda, área em que a apropriação de elementos das artes é ainda mais perceptível que em outras dentro do jornalismo. Os traços denotativos da imagem incluem: o nome/logo da revista; uma foto de uma pessoa, com 5As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema,... uma parte colorida e outra em preto e branco, o que já identifica um tipo de montagem realizada; e um texto escrito, “Surreal or Real”. Esse texto, como você deve ter percebido, já sugere aproximações de significado ao surrealismo, movimento artístico de vanguarda surgido na primeira me- tade do século XX. Você pode notar, então, que toda a capa foi pensada para imitar o movimento artístico. A foto que estampa o trabalho traz os traços que definem a fotomontagem surrealista, com as colagens de imagens sobrepostas, o uso de máscaras não usualmente encontradas no cotidiano das cidades e do preto e do branco, que remetem aos trabalhos de artistas como Man Ray, um dos principais fotógrafos surrealistas. Por fim, a frase “Surreal or Real” traz o questionamento sobre o pensamento automático e a dualidadesonho versus realidade, temas que caracterizaram o movimento a partir de seus principais expoentes, como André Breton, Salvador Dalí e René Magritte. Incorporação Nesse modo, a identificação se dá a partir da incorporação de uma imagem artística à mensagem midiática, principalmente a publicitária e a jornalística. Como exemplo, observe a Figura 3. Figura 3. Revista IstoÉ, 17/11/2000. Fonte: IstoÉ (2000). As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema,...6 Uma das principais revistas semanais brasileiras, a IstoÉ traz notícias de política, cultura e economia envolvendo os principais acontecimentos semanais escolhidos pela sua equipe no Brasil. Na Figura 3, há um exemplo comum da incorporação de elementos da arte para a composição de uma mensagem midi- ática: a imagem do quadro Mona Lisa, uma das obras de arte mais conhecidas da história, feita por Leonardo da Vinci em 1517, ganha interferências para ressaltar o que o texto escrito abaixo do rosto diz: “Viva mais… e melhor!” (ISTOÉ, 2000). Os traços da imagem ainda representam uma mulher olhando para a frente, em pose para quem a retrata, mas sua fisionomia é alterada a partir da inserção de cabelos brancos e de marcas de envelhecimento no rosto e no pescoço, perceptíveis a partir de linhas retas irregulares que remetem às rugas típicas do envelhecimento humano. Produzido digitalmente a partir de software, o processo de tornar a Mona Lisa “mais velha” se alinha com a manchete da capa, que faz referência a uma vida mais longa e melhor. A imagem artística é usada com alterações para a composição de uma mensagem midiática proposta pelo jornalismo da revista. O meme é uma das formas mais conhecidas hoje de apropriação de elementos de outras artes para a comunicação. Seja na publicidade ou até mesmo no jornalismo, os memes se espalharam pela internet a ponto de serem considerados um dos principais elementos da comunicação pela internet hoje. O termo meme vem do grego mimema (da raiz mímese, significando imitação) e foi desenvolvido a partir de 1976 pelo biólogo Richard Dawkins no livro O Gene Egoísta. Esse autor usou o termo para designar para a memória o análogo do gene na genética, a sua unidade mínima (DAWKINS, 1979). A partir da internet e das redes sociais, o meme virou uma unidade básica de informação criada a partir de outras e ressignificada quase ad infinitum por milhões de pessoas ao redor do mundo. A intersemiose do remix Uma das características da apropriação de elementos de outras manifestações culturais nas mensagens midiáticas é a ocorrência da intersemiose. A interse- miose é o processo de comunicação no qual estão envolvidos signos de códigos diferentes. A combinação desses signos distintos em outros vários, criando um significado novo, ganha força com a tecnologia digital, que torna todo 7As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema,... elemento igual, passível de ser transcodificado, automatizado e modificado (MANOVICH, 2011). As novas tecnologias de informação e comunicação alteram os processos de comunicação, de produção, de criação e de circulação de bens e serviços no século XXI (LEMOS, 2005), especialmente com relação aos produtos midiáticos. Surge, então, a possibilidade mais comum do remix, definido como o “[...] desvio e a fabricação a partir de outros formatos, modalidades ou tecnologias, potencializados pelas características das ferramentas digitais e pela dinâmica da sociedade contemporânea.” (CARVALHO, 2011, p. 127). Popularizada a partir da música dub jamaicana dos anos 1960 e do rap dos Estados Unidos da década seguinte, a prática do remix junta elementos de áreas distintas na criação tanto de produtos culturais quanto de mensagens veiculadas nas mídias, em especial as digitais. A prática jornalística, por exemplo, já aplica princípios que hoje se iden- tificam como remix há muito tempo. Isso ocorre tanto na recriação de capas de revistas e jornais a partir de elementos da cultura quanto na produção de um documentário em que imagens de filmes são usadas para ilustrar alguma cena, por exemplo. O diferencial, no século XXI, é a escala dessa produção: se a história da arte se constituiu como um vasto banco de imagens, de que as mídias – televisão, cinema, fotografia – sempre souberam se aproveitar (SANTAELLA, 2005), hoje boa parte desse banco de dados está acessível a alguns cliques, em computadores e na internet. Assim, é mais fácil se apropriar de imagens desse vasto acervo para compor o que for, inclusive mensagens midiáticas. Além disso, é mais fácil detectar o lugar de origem dos elementos dos quais tal comunicação se apropria. As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema,...8 Cultura remix é um termo que começou a se popularizar a partir de, entre outros, Lawrence Lessig (2009) e sua obra Remix: making art and commerce thrive in the hybrid economy. O pesquisador estadunidense usa o termo para representar uma sociedade acostumada a compartilhar, transformar e editar obras previamente conhecidas e protegidas por direitos autorais, presentes não só na música mas também na produção audiovisual, literária e de comunicação. Lessig também é um dos criadores do Creative Commons (Figura 4), um conjunto de licenças que dá ao autor maior autonomia na escolha dos direitos de sua obra, inclusive o de ser copiado e remixado para fins lucrativos, desde que citada a fonte. Figura 4. Quadro de licenças do Creative Commons. Fonte: Creative Commons (c2017). Como reconhecer as imagens e as apropriações Neste capítulo, você viu que a apropriação de elementos do cinema, das artes plásticas e de outras artes na criação de mensagens midiáticas tem um histórico longo. No século XX, e em especial no XXI, essa apropriação ganhou uma propulsão como até então não se vira na história da humanidade. As imagens apropriadas hoje circulam em profusão e são reconhecidas mais facilmente, dada a acessibilidade ao enorme banco de dados que é a internet. Reconhecer as imagens em circulação que são apropriadas de outras artes requer, como aponta Aumont (1993), dois tipos de ação: 9As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema,... 1. Trabalho do reconhecimento: apoia-se na memória, especificamente em uma reserva de formas de objetos e de disposições espaciais que toda pessoa memoriza. É uma ação de comparação incessante entre o que você está vendo e o que já viu em algum outro momento. Você realiza essa ação muitas vezes sem se dar conta, a partir do processo de cognição com que percebe e dá sentido às imagens vistas. 2. Prazer do reconhecimento: é o sentimento que frequentemente ocorre quando você reconhece uma imagem já pertencente ao seu repertório individual recontextualizada, em um processo intertextual com outras referências, textos, linguagens verbais ou não verbais. É precisamente por conta desse prazer que a apropriação é muito utilizada na comuni- cação, especialmente na publicidade. A estratégia por trás disso é que a mensagem midiática é mais facilmente compreendida e assimilada quando você sente esse prazer, acionando certos valores que o fazem fixar a mensagem e, inclusive, reproduzi-la. É importante você perceber, por fim, que buscar o prazer do reconhecimento na hora da produção midiática requer, justamente, que o emissor conheça as referências utilizadas. Ou seja: é necessário que as imagens apropriadas das artes pertençam ao repertório do emissor, da comunidade interpretativa da qual ele faz parte. Quando há esse reconhecimento, a associação e a apropriação auxiliam na apreensão da mensagem midiática e na realização da comunicação como, de fato, um encontro. As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema,...10 1. Considere as afirmações: I – A mistura e a reapropriação de imagens culturais sempre ocorreu na história da humanidade, mas sua escala e sua frequência aumentaram consideravelmenteno século XX, a partir das imagens eletrônicas e das tecnologias digitais. II – Antes da fotografia e do cinema, a apropriação de elementos culturais nas mensagens das mídias era bastante velada, não sendo reconhecível pela maior parte da população da época. III – A apropriação das mídias pela arte ocorre com mais frequência que o contrário, especialmente a partir das vanguardas artísticas da primeira metade do século XX, como a Pop Art. Com base nas afirmações acima, assinale a alternativa correta. a) Somente I b) Somente II c) Somente III d) I e II e) I, II e III 2. Considere as afirmações: I – Mais do que representar, os dadaístas reapresentavam os objetos do cotidiano enquanto obras de arte, ainda no início do século XX. II – Jornais, anúncios publicitários, fotografias, pôsteres, escrita manual e impressão mecânica são elementos usados pelos dadaístas e surrealistas em suas fotomontagens. III – A Pop Art tinha como proposta estética o reaproveitamento de situações cotidianas da cultura de massa, como os quadrinhos, as fotografias de moda e os objetos de consumo. Com base nas afirmações acima, assinale a alternativa correta. a) Somente I b) Somente II c) I e II d) II e III e) I, II e III 3. Leia as afirmações: I – Os modos de apropriação das imagens da arte na comunicação propostos por Santaella (2005) só passam a ocorrer, de fato, a partir da popularização das tecnologias digitais, na década de 1990. Até então, era muito difícil uma revista jornalística, por exemplo, usar uma imagem de capa que remetesse a um filme ou uma obra artística. II – As montagens realizadas na mídia a partir de imagens das artes plásticas precisam atentar para o repertório de seu público, caso contrário não haverá de fato comunicação e entendimento. III – Incorporar referências de ícones da arte moderna e pós-moderna para a veiculação de mensagens midiáticas é uma prática não tão comum no jornalismo brasileiro, haja vista o pouco repertório artístico dos brasileiros que consomem as mídias de massa. Com base nas afirmações acima, assinale a alternativa correta. a) Nenhuma b) Somente I c) Somente II d) I e II e) I e III 4. Considere as seguintes afirmações sobre o remix: 11As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema,... I – Nele ocorre um processo intersemiótico que envolve signos de códigos e áreas distintas para a produção de um novo significado, diferente dos anteriores. II – A música dub jamaicana e o rap estadunidense dos anos 1970 são considerados fundadores da cultura remix, antes mesmo de a palavra remix se popularizar. III – Embora tenham processos parecidos, a produção jornalística não tem por hábito usar o remix em suas mensagens, mesmo no século XXI. Com base nas afirmações acima, assinale a alternativa correta. a) Somente I b) Somente III c) I e II d) II e III e) I, II e III 5. É correto afirmar que: a) As imagens apropriadas de manifestações culturais e artísticas hoje circulam em profusão e são reconhecidas facilmente na internet, a ponto de o jornalismo e a comunicação evitarem utilizar essas imagens em abundância em seus produtos midiáticos. b) O estadunidense Lawrence Lessig é o criador do termo cultura remix, surgido a partir de um estudo sobre o uso da reapropriação na economia e na arte e suas implicações jurídicas, ainda nos primeiros anos de internet comercial, na década de 1990. c) O meme tem origem na história e, hoje, é um dos formatos imagéticos mais conhecidos da internet, compartilhado e popularizado a todo momento nas redes sociais digitais. d) O prazer do reconhecimento depende de uma dada comunidade interpretativa reconhecer as referências utilizadas nas mensagens e, com isso, ter maior facilidade de memorizar determinada informação tanto em linguagem verbal como não verbal. e) A memória guarda uma reserva de formas de objetos e disposições espaciais única. Essa reserva compõe o repertório das pessoas e age a partir de uma comparação ilimitada que elas controlam em sua mente quando focam seu pensamento no momento presente. As apropriações de elementos de outras manifestações culturais: cinema,...12 AUMONT, J. A imagem. Campinas: Papirus, 1993. CARVALHO, J. R. S. Duas Capitus contemporâneas em teias intersemióticas: uma mos- tração rizomática da reescritura na pós-modernidade e na cultura remix. 2011. 221 f. Tese (Doutorado em Literatura)–Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2011. CREATIVE Commons. [S.l.]: WordPress.com, c2017. Disponível em: <https:// br.creativecommons.org/>. Acesso em: 20 dez. 2017. DAWKINS, R. O gene egoísta. Belo Horizonte: Itatiaia, 1979. ISTOÉ. São Paulo: Três, n. 1625, 17 nov. 2000. Disponível em: <https://istoe.com.br/ edicao/562_VIVA+MAIS+E+MELHOR+/>. Acesso em: 20 dez. 2017. LEMOS, A. Ciber-cultura-remix. In: SEMINÁRIO SENTIDOS E PROCESSOS, 2005, São Paulo. Anais... São Paulo: Centro Itaú Cultural, 2005. 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