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( Artrite infecciosa bacteriana (séptica) ) ( Conceito ) · Também conhecida como ARTRITE SÉPTICA · A penetração de bactérias no espaço articular pode ocorrer: · Via hematogênica · Inoculação direta (traumas, injeções, infecção de prótese...) · Disseminação por contiguidade (celulite, osteomielite...) ( Fatores de risco ) · Acometimento - H 3:2 M (homens são maioria) · Lesão articular prévia · Diabetes mellitus · Idade > 60 anos · Uso de drogas ilícitas endovenosas · Estados de imunodeficiência · Câncer · ( Etiologia )Cateter venoso profundo ( Sintomas ) · MONOARTRITE inflamatória: Joelho, quadril, tornozelo, punho, ombro e articulação esternoclavicular. · Febre alta · Calafrios · Flogose articular · ( Artrite séptica não gonocócica )Impotência funcional (perda do arco do movimento) · Staphylococus aureus é o mais comum, seguido de outros cocos Gram positivos (S. pneumoniae, S. pyogenes) e bacilos gram negativos (E. coli, Salmonella, Pseudomonas). · Predomina em: crianças, idosos, imunocomprometidos, usuários de drogas EV, infecção pós-operatória de próteses articulares ou de infusão articular de medicações, assim como portadores de alterações articulares de base (gota, AR). · 80% Monoartrite francamente inflamatória + sinais sistêmicos de toxemia. · 20% Oligoartrite (2 ou 3 articulações): comum em portadores de AR ou LES. · Punção de líquido sinovial (artrocentese): material purulento. · - Leucócitos altos (25 a 250mil), glicose baixa, proteínas e DHL altos. · ( Artrite séptica gonocócica )Bacterioscopia pelo Gram (80%), cultura de líquido sinovial (90%) e hemocultura (50 a 70%). · Neisseria gonorrhoeae – diplococo gram negativo, sexualmente transmissível. Diseminação via hematogênica. · Adultos jovens (20 – 30 anos) sexualmente ativos. · Acomete principalmente mulheres (3:1) · QUADRO COSTUMA SER BIFÁSICO · Síndrome Artrite-Dermatite (fase poliarticular ou de gonococcemia) · Artrite Supurativa (fase monoarticular ou artrite supurativa) · Síndrome Artrite-Dermatite (fase poliarticular): Também chamada fase de gonococcemia. · Paciente apresenta febre alta, calafrios e lesões de pele (75%), acompanhadas de envolvimento articular (tenossinovite – múltiplos tendões). · JOVEM + FEBRE + POLIARTRITE + DERMATITE + TENOSSINOVITE · Hemocultura + em 45% dos casos. Cultura do líquido sinovial costuma estar negativa. · As lesões cutâneas tem preferência pelas extremidades (mãos) e tronco, apresentando-se com pústulas ou vesículas indolores, com base eritematosa e fundo necrótico e/ou hemorrágico. · Artrite Supurativa (fase monoarticular): O paciente apresenta monoartrite ou oligoartrite predominando em articulações periféricas (migração do gonococco para o interior do espaço articular). · Culturas do líquido sinovial podem identificar o gonococo em até 40%, além do aspecto turvo e outras características infecciosas. Geralmente hemocultura negativa. · Pode ser uma evolução da forma poliarticular. ( Características clínicas ) ( Tratamento ) · Dúvida da origem: Oxacilina 2g EV de 4/4h associada a Ceftriaxone durante 7 a 14 dias; · Se identificado S. aureus resistente a meticilina (MRSA) utilizar Vancomicina 500mg EV de 6/6h; · Em caso de prótese óssea prolongar o esquema para 4-6 semanas. · Quando isolado o patógeno, a terapia é individualizada. · Pelo risco de destruição articular, a punção aspirativa está indicada em todos os casos de artrite supurativa. Repetir diariamente de 7 a 10 dias. · Iniciar tratamento EV e se possível progredir para VO · Gonocócica: Ceftriaxone 1g de 12/12h EV ou IM durante 7 a 14 dias ou até melhora dos sinais locais, completando esquema com ATB oral; (VO: Ciprofloxacino) ( Artropatia por cristais (gota) ) · Paciente típico: Homem, meia idade, com vida menos regrada, associada ao sedentarismo e aos excessos. · O Acido úrico é o produto final do catabolismo das purinas no homem que, ao contrário da maioria dos mamíferos, não possui a enzima uricase que degrada o ácido úrico. · O Ac. úrico é então eliminado 2/3 via renal e 1/3 pelo tubo digestivo. · Na via renal ocorre filtração pelo glomérulo e um processo de reabsorção e excreção nos túbulos proximais, sendo eliminado cerca de 10% do ácido úrico filtrado. · Se por algum motivo o indivíduo aumenta a produção ou reduz a excreção, pode desenvolver um quadro de hiperuricemia. · Acomete principalmente articulações periféricas. · Hiperuricemia x Gota · O ác úrico encontra-se, na sua maior parte, sob a forma de uratos (forma solúvel no plasma). O nível máximo de solubilidade é 7mg/dl. · Desta forma: · Hiperuricemia em homens > 7 mg/dl · Hiperuricemia em mulheres > 6 mg/dl · A GOTA é caracterizada pelo acúmulo de cristais de urato em articulações, tecido sinovial, ossos e pele, independentemente da presença ou ausência de manifestações clínicas. · A Artrite gotosa é a inflamação causada pela cristalização do ácido úrico depositado no interior da articulação, associado à hiperuricemia. · Hiperuricemia primária: 90% é por defeito na eliminação renal de àcido Úrico e somente 10% por excesso na produção. · ( Fatores de risco )Hiperuricemia secundária: Aumento do ácido úrico associado a fatores externos e de risco como álcool, obesidade, diuréticos, HAS, DRC, hipertrigliceridemia e síndrome metabólica. · Sexo masculino (9:1) · Faixa etária 30-60 anos · Dieta rica em purinas: carnes vermelhas, frutos do mar, linguiça, salame, bacon, fígado e miúdos, bebidas alcoólicas (cerveja), chocolate. · Doenças de base (dislipidemia, DRC, HAS, deficiência de B12) · ( Fatores protetores )Medicações: diuréticos (em especial os tiazídicos) · Alguns alimentos e medicações tem uma pequena ação uricosúrica, exercendo um efeito “protetor” contra a hiperuricemia: · Produtos lácteos com baixo teor de gordura · Café · Vitamina C · Medicações: fenofibrato, Losartana, Bloqueadores de canal de cálcio · ( Manifestações clínicas )Estrogênio · HIPERURICEMIA ASSINTOMÁTICA · Aumento dos níveis séricos de ácido úrico, sem que existam sintomas de artrite, ou tofos, ou cálculos. · Sem indicação formal para tratamento · Considerar se ác. Urico > 13mg/dl em homens e > 10mg/dl em mulheres · ARTRITE GOTOSA AGUDA · Crise aguda/súbita de dor intensa · 80% monoartrite e 20% oligo ou poliarticular (geralmente quadros crônicos). · Pode associar febre (leucocitose). · Local: 1º articulação metatarsofalangeana (grande artelho). · Outros locais: metatarso, tornozelos, calcanhares, joelhos, punhos, dedos e cotovelos. · GOTA INTERCRÍTICA · A crise geralmente é autolimitada, resolvendo-se espontaneamente de 3 – 10 dias. · O período intercrítico fica entre uma crise e outra, estando o paciente completamente assintomático neste momento. · 60% terão uma nova crise no primeiro ano, 80% no segundo ano e 93% nos próximos 10 anos. · Apenas 7% nunca terão outra crise. · A tendência é que o período fique cada vez mais curto e que mais articulações sejam envolvidas. · GOTA TOFOSA CRÔNICA · A hiperuricemia não tratada leva a formação e deposição de cristais de urato monossódico nas cartilagens, articulações, tendões e partes moles. · Sede clássica dos tofos: hélice do pavilhão auricular externo (mas não é a mais comum). · Os tofos são cercado de tecido granuloso e isso leva a sinovite crônica e erosão óssea. · Por vezes os tofos podem ulcerar e liberar uma substância de aspecto calcário, rica em urato · Há tendência a regressão quando estabelecido tratamento da hiperuricemia. · ( Diagnóstico )Manifestações articulares passam a ser mais benignas e menos frequentes. · Caso suspeito: monoartrite inflamatória de instalação súbita · Padrão ouro: Artrocentese diagnóstica. · Confirmação: encontro de cristais de urato monossódico no interior dos leucócitos do líquido sinovial da articulação afetada. · Obs: < 5% dos casos não são encontrados cristais no exame. · Quando não se consegue coletar o líquido sinovial, o diagnóstico pode ser considerado altamente provável, caso paciente apresente: · Hiperuricemia · Quadro clínico característico ·Resposta significativa à administração de colchicina · Outros exames de imagem: · RX pode identificar a presença do tofo gotoso: · Erosões · ( Tratamento de fase aguda ) Sinal de Martel (erosões com margens escleróticas e bordas proeminentes) · AINES (primeira linha): Indometacina 50mg 8/8h ou ibuprofeno 600mg 8/8h ou diclofenaco 50mg 8/8h por 5 a 7 dias. · Colchicina (segunda linha): 1mg ataque, seguido de 0,5mg até 2/2h (habitual 3 a 4x ao dia). Usada principalmente quando contra-indicado AINE. · Corticosteróides intra-articulares ou sistêmicos · ( Tratamento de fase crônica )Não agir na hiperuricemia durante a crise!!! · Colchicina profilática: 1mg dia (0,5mg de 12/12h) por 6 meses. · Emagrecimento, controle e eliminação dos fatores de risco principais. · A dieta muito restritiva é reservada para pacientes com muitos tofos ou insuficiência renal · Medicações que reduzem a síntese: · Reduz a síntese por inibição da xantina oxidase · Alopurinol – 100 a 800mg/dia (ac. Urico< 7) · Medicações que aumentam a excreção: · Uricosúricos são indicados quando há defeito na excreção do ácido úrico (Cl de ácido úrico < 800mg/dia) · Probenecida ou benzbromarona · Aumentam o risco de calculose renal ( Fibromialgia ) · Antigamente referida como reumatismo psicogênico ou histeria de conversão. · ( Epidemiologia/definição )A partir de 1970 foi reconhecida como síndrome álgica, recebendo o nome Fibromialgia. · Atinge 9 mulheres : 1 Homem. Principalmente de baixo nível socioeconômico. 2% da população geral. · Idade: 30 e 50 anos. · Conceito: Distúrbio do processamento central dos estímulos álgicos. · ( Fisiopatologia )DEFINIÇÃO: Doença não inflamatória e não degenerativa caracterizada por fadiga, Dores musculoesqueléticas crônicas generalizadas e distúrbios do sono. · Desconhecida · O que se sabe: · Relação familiar · Multifatorial · Sono não reparador, sedentarismo, traumas, fatores depressivos influenciam negativamente a performance muscular. · Alteração de neurotransmissores: depleção de substâncias antinociceptivas (↓percepção da dor – serotonina, noradrenalina) e aumento de substâncias pró-nociceptiva (substância P). · ( Sintomas )Substância P – hipersensibilidade a dor · Principal manifestação clínica: DOR GENERALIZADA · Sintomas comuns que acompanham essa síndrome: · Cefaléia (enxaqueca, tensional ou mista) · Sd do cólon irritável (alt. Ritmo intestinal + cólicas) · Distúrbios do sono · Fadiga (principalmente ao levantar) · Parestesias · Sintomas cognitivos (atenção, memória, pensamento...) · ( Exame físico ) Sintomas psíquicos: depressão, ansiedade, sd do pânico. · Objetivos: Afastar outras doenças reumatológicas e revelar a presença de tender points (pontos dolorosos simétricos). · NÃO há sinais flogísticos (sinovite, tenossinovite ou tendinite), porem é comum que os paciente aleguem edema subjetivo. · Força muscular, sensibilidade e reflexos SEM ALTERAÇÕES. · ÚNICA alteração = tender points. · São um total de 18 tender points, de comprometimento bilateral. Devem ser palpados com a polpa do polegar, com força suficiente para alterar a coloração da unha de rosa para branca (4kg), desencadeando uma dor intensa de origem muscular. Realizar sentido craniocaudal. · Tender points: · Região subocciptal · Cervical lateral · Ponto médio da borda superior do trapézio · Região supraescapular · Junção costocondral da 2º costela · Epicôndilo lateral · Região glútea láterossuperior · Região do trocânter maior · Região medial acima do joelho ( Diagnóstico ) · O DIAGNÓSTICO É CLÍNICO. · DEVE-SE DESCARTAR OUTRAS DOENÇAS REUMATOLÓGICAS. · Antigos x Novos critérios: · 1990: Critérios de classificação · 2010: Revisão com Novos critérios para o diagnóstico · Motivo da atualização: Antigos critérios não consideravam os outros sintomas da síndrome, se limitando o diagnóstico apenas na dor + 11 de 18 tender points. Além da falta de exame correto destes pontos. · Novos critérios: Consideram o índice de dor generalizada e a severidade dos sintomas, além de considerar os sintomas somáticos, não sendo mais necessária a pesquisa dos tender points. · Antigos critérios de classificação da fibromialgia (acr 1990) · Dor generalizada crônica ( > 3 meses, bilateral, porções superior e inferior do corpo) · Presença de pelo menos 11 de 18 pontos dolorosos específicos · Novos critérios para o diagnóstico de fibromialgia (ACR 2010) · É preciso ter as três condições abaixo: · Indice de dor generalizada (IDG) maior ou igual a 7 e escala de severidade dos sintomas (ESS) maior ou igual a 5 ou IDG 3-6 e ESS maior ou igual a 9 · Presença de sintomas há pelo menos três meses · Ausência de outra doença que possa explicar o quadro · Exames laboratoriais: São normais · Provas inflamatórias (VHS, PCR): Polimialgia reumática. · CKMB, CPK: Polimiosite · Fator antinúcleo e fator reumatoide: LES, AR. · TSH: Tireoideopatias · Sorologias virais: Hepatites virais ou HIV. · Polissonografia: Síndrome da hipopneia/apneia obstrutiva do sono · Deve diferenciar de outras duas síndromes reumatológicas funcionais: · Sd da fadiga crônica (neurastenia): fadiga por mais de 6 meses com limitação das atividades diárias + 4 sintomas menores (odinofagia, mialgias, adenopatia dolorosa cervical, poliartralgia sem artrite, sono não reparador, perda de memória/concentração, fadiga pós exercício superior a 24h). · Dor Miofascial: dor muscular LOCALIZADA, com dor em determinado grupamento muscular. · Diagnósticos diferenciais · Artrite reumatoide · LES · Polimialgia reumática (dor e rigidez da cintura escapular pélvica, VHS aumentado, anemia) · Hipotireoidismo · Miosite · Neuropatias · Neoplasias · ( Tratamento )Síndrome da hipopneia e apneia obstrutiva do sono · Postura do médico: acolher, estabelecer vínculo, explicar a natureza da doença ao paciente, esclarecer o caráter benigno, e explicar que não é “apenas” um problema psicológico. · BASE DO TRATAMENTO: · Atividade física · Terapia cognitivo comportamental · Uso de moduladores centrais da dor · Medicamentoso: · Evitar uso prolongado de AINES e opióides · Corticóide NÃO tem efeito · Para auxílio da dor: analgésicos simples e relaxantes musculares. · Para controle da dor e dos neurotransmissores: · Primeira linha: Antidepressivos tricíclicos (Amitriptilina 25 a 50mg antes de dormir). ↓alterações do humor. · ( Osteoartrose )Outros: Duloxetina (auxilia também o tto da depressão); Gabapentina e pregabalina (anticonvulsivantes que aumentam limiar de dor e também auxiliam o sono). · Doença degenerativa das articulações sinoviais. · Depende da interação de fatores genéticos, mecânicos e metabólicos. · Mais comum das doenças articulares. Uma das maiores causas de incapacidade laborativa aos 50 anos. · Considerando critérios radiológicos, atinge 30% da população entre 45-65 anos e 70% em maiores de 60 anos. Quanto maior a idade maior a chance de ter · Possui um risco maior em pacientes com histórico familiar positivo · Síndrome clínica de evolução crônica e lenta. · NÃO acompanha sintomas sistêmicos. · É a principal causa de artroplastia de joelho e quadril. ( Fatores de risco ) · Idade > 40 anos · Sexo feminino · Incidência aumenta com a idade · Predisposição genética · Obesidade (4-5x) · Desalinhamento anatômico da articulação: devido traumas (rotura de menisco, ligamentos ou fraturas); · Desalinhamento anatômico da articulação: devido doenças ortopédicas (Displasia acetabular, genovaro ou genovalgo); · Desalinhamento anatômico da articulação: devido doenças metabólicas (hemocromatose, doença de Wilson, hipotireoidismo); · Doença de Wilson: depósito de cobre · Atividades esportivas · Atividades profissionais ( Fisiopatologia ) · A primária ou idiopática: mais frequente · A secundária: a traumas, malformações, doenças congênitas, metabólicas... · PERDA FOCAL E GRADUAL DA CARTILAGEM ARTICULAR, COM COMPROMETIMENTO DO OSSO SUBCONDRAL. · A matriz extracelular da cartilagem é rica em colágeno e proteoglicanos (responsáveis pela elasticidade e resistênciada cartilagem) · Condrócitos, presentes na matriz, são responsáveis pela síntese e renovação da matriz extracelular por meio de proteinases, mantendo equilíbrio entre formação e degradação da matriz. · Com o passar do tempo ocorre uma desordem nos condrócitos, com rarefação em algumas regiões e hipertrofia em outros, levando a um desequilibrio, caracterizando principalmente por catabólico. · Há irregularidade na rede de colágeno e redução da capacidade de retenção de água pelos proteoglicanos. · A matriz torna-se menos resistente e menos elástica, apresentando microfraturas e, posteriormente, fissuras verticais junto ao osso subcondral. · Fragmentos de cartilagem descolam, caem no espaço articular, desencadeando o processo inflamatório e há formação de microcistos no osso. · Nos locais de exposição óssea, osteófitos provocam neoformação óssea com esclerose do osso subcondral. · Redução do espaço articular · Esclerose óssea subcondral · Formação de osteófitos ( Manifestações clínicas ) · Locais mais frequentes: · 1ºmetatarsofalangiana (hálux) · Interapofisárias (coluna vertebral) · Interfalangianas distais (IFD) · Interfalangianas proximais (IFP) · Polegar · Joelhos · Quadril · Metacarpofalangiana (MCP) e tornozelo NÃO são tipicamente afetadas. · Dor articular mecânica (porém com a evolução pode surgir ao repouso e durante a noite). · Rigidez articular < 30 minutos (curta duração - matinal). · Instabilidade articular · Derrame articular · Limitação articular progressiva · Evolução para deformidade articular · Fraqueza e atrofia dos músculos periarticulares · Ao exame físico: · Crepitações · Limitação dos movimentos · Sinovite leve a moderada · Nódulos de Heberden (IFD) · Nódulos de Bouchard (IFP) · Deformidades como genovalgo e genovaro ( Diagnóstico ) · História + exame físico + exame radiológico · Curso crônico e insidioso · Articulações tipicamente envolvidas com deformidades clássicas · Idade > 50 anos · Dor mecânica e protocinética (início do movimento) · Rigidez matinal curta · Comprometimento assimétrico da mesma articulação ao raio X · Provas de atividade inflamatória normal · TC: superior a radiografia na avaliação do ombro. · RNM: exame de escolha para condições associadas · Líquido sinovial: o derrame articular na OA não é inflamatório/infeccioso, tendo menos de 2000 células, e glicose normal. · Exames de laboratoriais: Provas de atividade inflamatória são normais (hemograma, VHS, PCR); marcadores como FAN e Fator reumatoide também estarão normais. ( Tratamento ) · Tratamento não farmacológico · Orientação e conscientização do paciente · Perda de peso · Palmilhas especializadas e calçados acolchoados · Melhorar condicionamento físico e reforçar a musculatura com atividade física (extensão das pernas). · Fisioterapia motora · Períodos de repouso programado ao longo do dia. · Medidas farmacológicas · Indicadas para OA com sintomas graves ou refratários à terapia não farmacológica. · Analgésicos: Paracetamol 1g 6/6h; se refratário pode utilizar tramadol e codeína. · AINES: Ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco... Seletivos: celecoxib (200mg 12/12h). Pode ser associado a protetores gástricos. Usado em casos refratários. · Tópicos: Capsaicina 0,025% 3 a 4x dia. · Antimaláricos: Cloroquina, hidroxicloroquina, usados para casos de AO erosivas. · Corticóide Intra-articular: casos refratários de dor monoarticular, exceto interfalangianas. Frequência trimestral. · Derivados do ác hialurônico: Injeções intra-articulares em joelho para casos refratários. · Reposição de proteoglicanas: Condroitina + Glicosamina. Indicada apenas em JOELHO!!! – Benefício controverso · Diacereína: aumenta produção de colágeno e proteoglicanas, através do bloqueio da síntese de IL-1 e proteases. A diarreia é o principal efeito adverso. Benefícios pouco comprovados. Uso mais comum em quadril. · Medidas intervencionistas · Remoção de fragmentos da cartilagem por artroscopia pode auxiliar a dor e prevenir a rigidez. · ( Febre reumática )Artroplastia total com prótese articular é a medida terapêutica que mais modificou a história natural de pacientes com OA grave. É indicada em OA grave com dor refratária e incapacidade funcional. · Doença inflamatória sistêmica aguda · Sequela tardia de faringoamigdalite pelo Streptocococcus pyogenes (Beta hemolítico do grupo A de Lancefield). · Acometimendo do coração, articulações, SNC, tecido celular subcutâneo e pele. · Endêmica em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. · No Brasil, é a doença cardiovascular adquirida mais frequente em adolescentes e adultos jovens, sendo a principal causa de óbito por doença cardíaca em menores de 40 anos. · A Febre Reumática geralmente incide sobre crianças e adolescentes entre 5 – 15 anos de idade de qualquer raça (mais comum em baixos níveis de higiene, alta desnsidade demográfica e baixo acesso à saúde) · ( Epidemiologia )No Brasil, 5-7 casos/1.000 escolares x EUA 0,1 a 0,4 caos/ 1.000 escolares. · A probabilidade de desenvolver FR após um episódio de faringoamigdalite estreptocócica não tratada é de 1- 5% · O maior risco de desenvolver FR é história prévia de faringoamigdalite estreptocóccica, altos títulos de ASLO (anticorpo anti-estreptolisina) e intensidade clínica do processo infeccioso. · Nem todas infecções por EBHGAs causam FR (geralmente as cepas que possuem mais Proteína M em sua parede) e nem todos indivíduos são suscetíveis. · Deve haver infecção da via faríngea para início do processo. · A patogenia não é totalmente compreendida. · Parece ocorrer reação cruzada (mimetismo molecular) devido a similaridade entre sequências antigênicas do ser humano e do SBHGA, levando à produção de anticorpos induzidas pela infecção (resposta imune excessiva), porém agindo também em outras estruturas do hospedeiro. · Há a possibilidade de associação com fatores genéticos. · Até o momento há uma associação entre susceptibilidade à doença e a presença do gene HLA-DR7 e HLA-DR53 no Brasil. · ( Quadro clínico )HLA: antígenos leucocitários humanos · Geralmente inicia após 2 a 4 semanas de um quadro de faringite estreptocócica (1/3 dos paciente não se lembra da faringite). · Não há exame laboratorial característico da FR · O diagnóstico vem da combinação de achados clínicos e laboratoriais, devendo fechar critérios. · ( Critérios diagnósticos )Manifesta-se com sintomas gerais, como febre, poliartrite migratória, com ou sem aparecimento de sopro cardíaco. · O atual diagnóstico está englobado nos critérios de JONES modificados: · Diagnóstico: Infecção estreptocócica documentada (ASLO ou cultura de orofaringe) E (2 critérios maiores OU 1 critério maior + 2 critérios menores) · A presença de Coreia e/ou cardite (valvopatia mitral), da maior segurança diagnóstica. · Prolongamento iPR: presente no eletrocardiograma · Poliartrite: (75%) assimétrica e migratória, acomete grandes articulações periféricas, dura de 2 a 4 semanas, não deixa sequelas e responde bem a AINEs. Geralmente é o primeiro achado. 3 a 4 articulações acometidas · Cardite: (50% - 60%) Pode ser assintomática. Principal determinante do prognóstico; Caracterizada por endocardite (mais comum), miocardite ou pericardite (menos comum), geralmente dura até 2 meses. · Pode provocar cardiomegalia, taquicardia, distúrbios de condução, ICC. · Pode haver envolvimento valvar devido acometimento do endocárdio, mais comum em mitral e mitroaórtico. · O envolvimento valvar persistente está associada a grande morbimortalidade em 20 anos. · Mais comum ter o acometimento aórtico com mitral do que aórtico somente · Eritema marginado: (5%) rash maculopapular, com bordas avermelhadas, com centro claro. Não acompanha dor ou prurido. Localizada em tronco e porções proximais do membro com caráter migratório, poupa face. · Nódulos subcutâneos (nódulos de Maynet): (5%) nódulos firmes, indolores, móveis, medindo de 1 – 2 cm. Localizam-se em proeminências ósseas, próximas a tendões, superfícies extensoras (cotovelos, joelhos, punhos). · Coreia de Sydenham: (20%) Síndrometardia cerca de 6-8 semanas após a infecção. Caracteriza-se por um distúrbio motor involuntário que leva a movimentos bruscos que somem durante o sono. Após os outros sintomas maiores terem regredido. Comum em criança 5 – 15 anos e sexo feminino 2:1. Dura entre 3 – 4 meses podendo ter novas manifestações por até 2 anos. · Decorre de alteração dos gânglios da base devido os autoanticorpos. Pode cursar ainda com disartria, fasciculação de língua, labilidade emocional. · É único critério isolado que permite o diagnóstico ( Tratamento ) · Profilaxia primária ou erradicação do foco (tratamento adequado da faringoamigdalite) · Para casos de contactante domiciliares é indicado profilaxia quando cultura + ou não realizada quando há criança em idade escolar e adolescentes. · Tratamento sintomático: Tratar poliartrite: analgésicos, medidas locais como gelo em crianças. AAS 80-100mg/kg/dia dividida em 4 tomadas é a 1ª opção. Após 2 semanas reduzir para 60mg/Kg/dia. Manter por cerca de 4 semanas. Em adultos pode-se usar AINEs. · Tratar cardite: Corticosteróides. Prednisona 2mg/kg/dia fracionada em 2 tomadas. de 2 a 4 semanas, devendo reduzir a dose lentamente até 12 semanas; Pulsoterapia com metilprednisolona pode ser necessária para cardite grave. Tratar IC. Objetivo é a redução do tempo de evolução da cardite e do processo inflamatório. · Tratar coreia: Haloperidol para casos graves. Carbamazepina e ácido valpróico auxiliam no controle das crises, indicada para casos que não pode ser feito haloperidol. Pode usar benzodiazepínicos para auxiliar. · Profilaxia secundária · Profilaxia secundária ou prevenção de recorrências · Segunda escolha: sulfadiazina ( Artrite reumatóide ) · É uma doença mundial que afeta todas as etnias · Com prevalência de 0,5 - 1% da população geral · Com predomínio de acometimento em mulheres (2,5 a 3x) · 4ª a 6ª décadas de vida · Possui relação familiar (4x em parentes de 1º grau) · Início insidioso · Acompanhada de sintomas constitucionais inespecíficos, como fadiga, anorexia, fraqueza generalizada, perda ponderal e febre baixa · Marco da doença = SINOVITE · A partir da sinovite há evolução para destruição da cartilagem, erosão óssea e deformidade articular · Caracteriza-se por períodos de remissão e atividade · ( Etiologia )O quadro clínico típico da AR pode ser resumido como uma poliartrite inflamatória simétrica, que acomete especialmente as mãos, punhos, pés e joelhos · Causa desconhecida · Há predisposição genética · Principais fatores genéticos envolvidos: HLA-DRB1 e HLA-DR4 · É possível que tenha relação com resposta à infecção em indivíduo geneticamente susceptível (CMV, EBV, micoplasma, parvovírus...) · ( Patologia )Gatilho potencial associado: Tabagismo · O ALVO É A MEMBRANA SINOVIAL · Linfócitos T autorreativos produzem gamainterferona nas articulações, que estimulam fibroblastos e macrófagos a produzir diversas enzimas pró-inflamatórias (IL-1, IL-6, TNF-Alfa). · Há estímulo de fibroblastos e condrócitos à produção de enzimas proteolíticas, inibem a síntese de novas moléculas da matriz e estimulam osteoclastos, promovendo desmineralização óssea por reabsorção. · Há espessamento sinovial, avanço ao espaço articular, invasão da cartilagem e do osso, constituindo o pannus (exsudato inflamatório sinovial). · Há formação de estruturas germinativas de tecido linfoide (fator reumatoide). · Os complexos imunes entram na circulação e levam a várias manifestações da doença (mal-estar, febre, fadiga) ( Quadro clínico ) · Fadiga, anorexia, fraqueza, perda de peso, febre baixa, no início dos sintomas (insidioso) – pode persistir durante semanas a meses, o que gera dificuldade em diagnóstico. · Sintomas específicos são graduais: · Poliartrite simétrica de mãos, pés, punhos e joelhos. · Pior em períodos de repouso, melhora após movimento · Edema · Espessamento articular · Rigidez matinal prolongada (> 1h) - 2/3 dos casos · Acometimento de pequenas articulações das mãos, metatarsofalangeanas, punhos, joelhos, tornozelos, cotovelos, quadril e ombros. · INTERFALANGEANAS DISTAIS SÃO POUPADAS. · Limitação funcional => atrofia de músculos interósseos com alargamento dos punhos. · Evolução da doença: desvio ulnar, desvio radial e posterior do punho. · Deformidades em pescoço de cisne (hipertextensão da IFP e flexão da IFD) · Dedos em botoeira – hiperextensão da MCF e flexão da IFP. · Subluxação da 1ª MCF e IF. · Joelhos, quadris e ombros geralmente são acometidos de forma simétrica e total da articulação. · Qualquer articulação sinovial pode ser acometida (ATMs, esternoclaviculares, cricoaritenoides). · Pode haver formação de cistos de Baker principalmente em joelhos, dorso dos punhos e das mãos. · Na coluna geralmente o acometimento é cervical, geralmente assintomático. · Manifestações extra-articulares · Cutâneas: nódulos reumatoides subcutâneos (30%), vasculite, úlceras cutâneas, alopécia · Oftalmológicas: ceratoconjuntivite seca, escleromalácia · Pulmonar: DP exsudativo e fibrose intersticial, nódulos · Cardíaco: aterosclerose avançada, pericardite (50%) · Neurológico: Neuropatias periféricas compressivas · Renais: Sd Nefrótica membranosa. ( Achados laboratoriais ) · Fator reumatoide – 85% dos pcts com doença estabelecida · Não é específico e não estabelece diagnóstico. · Anti-CCP (anti-citrulinado cíclico) – sensibilidade de 65 a 80% e especificidade de 95% · Associado a gravidade e manifestações extra-articulares. Melhor que FR em fase inicial da doença. · ( Achados radiológicos )Outros: Anemia de doença crônica (atividade da dça), eosinofilia (dça grave), VHS e PCR elevados. · NENHUM EXAME RADIOLÓGICO É PATOGNOMÔNICO DE AR · Edema de partes moles · Osteopenia justa-articular · Cistos subcondrais · Redução do espaço articular · ( Diagnóstico )Erosões ósseas · Clínico + Radiológico, com as seguintes alterações radiográficas: derrame articular, redução espaço articular, cistos subcondrais, erosões ósseas e subluxações; · Aplicação de “critérios de classificação” · DIAGNÓSTICO – ACR 1987 · São necessários 4 dos 7 critérios para classificação como artrite reumatoide. · Critérios 1 a 4 devem estar presentes por pelo menos 6 semanas · “Novos” critérios da “Liga da União Europeia de Reumatismo” ACR-EULAR 2010 · Objetiva identificar (e assim tratar) de forma mais precoce a doença · Sintomas podem estar presentes por menos de 6 semanas e o dx pode ser feito mesmo com AC negativos. · Alto título CCP: > 3X o valor de referência · DX se dá com 6 ou mais pontos: ( Tratamento ) · Objetivo: colocar a doença em remissão para reduzir dano articular, redução da dor, da inflamação, preservação articular. · Não medicamentoso: · Fisioterapia · Psicoterapia · Repouso articular nos surtos · Medicamentoso indicado como primeira linha: DMARD (do inglês, Disease-Modifying Anti-Rheumatic Drugs) ou MMCD (medicamentos modificadores de curso da doença) devem ser iniciados o mais precoce possível. · Medicamentoso indicado como primeira linha: · Têm-se os sintéticos como metotrexato (usado na dose de 10 – 25mg/sem, VO ou VS) · Barato e efetivo · Associar medicações sintéticas de 2ª linha se não responder ao metotrexate... · Acompanhar anti-CCP, FR, lesão articular · E têm-se os biológicos (agentes anti-TNF alfa, infliximabe, adalimumabe e rituximabe - neutralizador do CD20). · Medicamentoso indicado como segunda linha: · Têm-se os sintéticos anti-maláricos (cloroquina, hidroxicloroquina), sulfassalazina, leflunomida. · AINES: Não altera curso da doença. Apenas sintomático · CORTICÓIDES: doses baixas a intermediárias, em torno de 15 – 20mg/dia, apenas para alívio dos sintomas. · Orientar a cessar tabagismo, ajustar ingesta de cálcio e vitamina D · Tratamento cirúrgico · Avaliação da qualidade de vida. · Sinovectomia com ou sem correção dos tendões · Artrodese · Artroplastia total · Debridamento articular ( Espondiloartropatias soronegativas ) · Grupo de doenças com achados clínicos e laboratoriais semelhantes. Caracterizadas por: · Envolvimento de coluna vertebral· Fator reumatóide e Anti-CCP negativos · Oligoartrite periférica assimétrica (2-4 art.) · Entesite (inflamação de ligação óssea) · Associação com lesões sistêmicas · Associação com gene HLA-B27 · Espondiloartrites: · Espondilite anquilosante · Artrite reativa · Artrite psoriásica · Enteroartrites · ( Artrite reativa )Espondilite indiferenciada · Artrite em reação a uma infecção · Forma de artrite periférica · Relação homens/Mulheres 1:1 · Adultos jovens (18 a 40 anos), brancos. · Relacionada a doenças diarreicas ou infecções genitourinárias não gonocócicas. · Inflamação articular periférica (geralmente joelho)acompanhada por manifestações extra-articulares, que aparece de 1 a 4 semanas após processo infeccioso à distância (geralmente no trato digestivo ou genitália). · Gastrenterites: Shigella, Salmonella, Yersinia e Campylobacter. · Doenças venéreas: Chlamydia trachomatis, ureaplasma urealyticum · 50-80% tem o antígeno leucocitário HLA B-27, e quando tem envolvimento axial, 90% · Como manifestação clínica pode ocorrer a síndrome de Reiter (termo em desuso), que se refere a uma tríade. · Sd de Reiter: artrite + conjuntivite + uretrite · Manifestações clínicas: · Síndrome de Reiter: inicia com uretrite, seguida por conjuntivite e manifestações · Início agudo · Manifestação articular aparece 1 a 4 semanas após infecção venérea não gonocócica ou gastroenterite. · A infecção genital pode ser assintomática. · Pode manifestar como sacroileíte. · Sintomas gerais como febre, fadiga, perda ponderal. · Artrite periférica típica (90% dos casos): AGUDO oligoarticular, assimétrica, afetando principalmente MMII (joelho e tornozelo), com flogose intensa, cursando com dactilite (“dedos em salsicha”); entesites. · 1/3 apresenta só artrite de MMII · Acometimento de quadril é incomum · Lombalgia e dor em nádegas são comuns · Extra-articulares: · Uveíte anterior aguda · Úlceras orais e balanite · Ceratoderma blenorrágico · Achados laboratoriais: · Anemia normo normo, leucocitose e trombocitose discretas. · PCR e VHS aumentados desde o início da doença; · FAN e FR negativos · HLA-B27 + em 50-80% dos casos · Líquido sinovial: Alterações inflamatórias, podendo apresentar leucócitos bem aumentados. Pesquisa de gonococo deve ser feita para excluir artrite séptica. · ACHADOS RADIOGRÁFICOS: Raio X com erosões marginais, redução do espaço articular somente após tempo de evolução. Inicialmente não há alteração. · Artrite séptica é um dos diagnósticos diferenciais · Diagnóstico clínico/laboratorial e de exclusão!!! · Tratamento · Fase aguda: AINES em doses máximas + Corticóides: em casos refratários aos AINES ou entesopatias (baixas doses). · Doença crônica/casos refratários : sulfassalazina, metotrexato, infliximab ou adalimumab. · ( Artrite psoriásica )Antibiótico em caso de vigência do processo infeccioso agudo (ciprofloxacino ou sulfametoxazol + trimetoprim) · Artropatia inflamatória crônica, associada a psoríase cutânea (75% é precedida pela manifestação cutânea e 10% de início simultâneo). · 10% das pessoas com Psoríase vão apresentar AP · Formas: oligoartrite assimétrica, envolvimento de articulações axiais (forma espondilítica), poliartrite simétrica, artrite mutilante e artrite de IFD´s · Predomina dos 30 aos 55 anos de idade, prevalência semelhante entre os sexos. · Com predomínio da forma poliarticular simétrica em Mulheres, e espondilítica em Homens. · Etiologia indeterminada, mas está fortemente ligada a fatores hereditários e genéticos. · Achados clínicos (5 padrões): · Oligoartrite assimétrica (70% dos casos): Até 4 articulações, preferencialmente joelho, e pode acompanhar dactilite (comum). · Poliartrite periférica simétrica (15% dos casos): semelhante ao quadro de artrite reumatóide (mão e punho). · Envolvimento esqueleto axial (espondilítica - 5% dos casos): sacroileíte e espondilite. · Envolvimento de interfalangeanas distais (5%) Exclusivamente. Geralmente há acometimento de leito ungueal típica da psoríase (unha em “dedal”) · Artrite mutilante (< 5%). Menos frequente e mais grave. Afeta articulações de mãos e pés, gerando deformidade significativa e encurtamento dos dedos (dedos “telescopados”) · Artrite de IFD (5% dos casos): associada á lesões ungueais típicas da psoríase · Outras manifestações: Pode acometer enteses, causar tenossinovites, conjuntivite e uveíte (7%). · Alterações laboratoriais e de imagem: Anemia e leucocitose; VHS e PCR podem estar elevados. Rx: comprometimento das IFD´s, erosões marginais, deformidades · Diagnóstico: Diagnóstico de exclusão; Artrite em paciente com lesões cutâneas ou ungueais típicas de psoríase. · ( Artrite anquilosante )Tratamento: Inicialmente AINES para dor. Corticóides não são recomendados pois são contra-indicados na psoríase. Então devem ser evitados ao máximo. Se evoluir com curso crônico sintomático e deformante deve-se usar DMARDs ou MMCD (metotrexate), sulfassalazina; terapia biológica · Espondilo = vértebra / Anquilose = fusão · Caracterizada por inflamação + fusão vertebral · Doença inflamatória crônica que acomete o esqueleto axial, sendo a lesão sacroilíaca seu marco inicial. Geralmente ascendente · Epidemiologia: · Indivíduos caucasianos, mais comum na raça branca; · Acomete homens (com uma frequência 6X maior do que nas mulheres) · Idade inferior aos 40 anos (pico aos 25 anos). · A principal e mais frequente espondiloartropatia soronegativa; · Etiologia autoimune; · Pode apresentar comprometimento articular periférico em aproximadamente 1/3 dos pacientes · As principais perdas funcionais ocorrem durante os 10 primeiros anos da doença · Epidemiologia: · Por fatores ainda desconhecidos, inicia-se uma entesite ou entesopatia das articulações sacroilíaca e coluna vertebral. · Secundária a entesite ocorre erosão do osso adjacente e neoformação ósseas com anquilose. · Essa neoformação óssea é denominada sindesmófito (ponte entre as vertebras) e após anos de doença pode surgir a coluna de bambu (rígida, fusão dos corpos vertebrais, ligamentos, inflexível). · Manifestações clínicas: · Dor lombar, insidiosa, acompanhada de rigidez matinal (> 30 minutos) ou após longos períodos em inatividade e melhora com a movimentação. · Geralmente lombalgia, mas pode acometer todos os níveis da coluna, e pode ser alternante (acorda a noite para andar para melhora da dor). · Acompanhada de redução da amplitude dos movimentos lombares = Teste de Schober. · Teste de Schober: tem como finalidade avaliar a flexibilidade da coluna lombar. · Para se aferir o grau de restrição da flexão anterior da coluna, mede-se o desvio, de dois pontos – o inferior ao nível da junção lombossacra e o ponto superior 10 cm acima desse nível. · Considera-se alterado se o desvio dessa linha for inferior a 5 cm · Hipersensibilidade óssea (dor a digitopressão). · Artrite de quadril e ombro em 25 a 35% · Artrite periférica assimétrica 30% · O envolvimento da coluna é ascendente e progressivo. Evoluindo com acometimento torácico e mais tardiamente cervical. · Pode ocorrer osteoporose e osteopenia com risco de fratura. · Pode haver redução da expansibilidade torácica. · Manifestações estra-articulares · Oftalmológicas: uveíte anterior (20 - 30% dos casos) · Pulmonares: Fibrose pulmonar · Cardíacas: Insuficência aórtica (10%) · Renais: Amiloidose e nefropatia por IgA · Neurológica: Risco de deslocamentos, Síndrome da cauda equina · Intestinais: DII (5 – 10%) · Diagnóstico: · 2009 = Critério de classificação de espondilite axial segundo ASAS (Sociedade Internacional para avaliação das espondiloartrites). · Sacroileíte em exame de imagem + 1 sintoma · OU · HLA B27 positivo + 2 sintomas · Tratamento: · Objetivo: alívio dos sintomas, melhora da capacidade funcional, reduzir manifestações extra-articulares, prevenir deformidades articulares. · Não medicamentoso: fisioterapia (em todos os estágios da doença), atividade física, cessar tabagismo, psicoterapia. · Medicamentoso: AINES são consideradas modificadoras da doença do quadro axial – manterna maior dose tolerada. · Corticoides são evitados – perda de densidade óssea. · São utilizados sulfassalazina e metotrexate principalmente para manifestação periférica. · Inibidores do TNF alfa: boa resposta, reduz progressão, indicado para casos refratários aos AINES - associados. · Questionário BASDAI índice de atividade da doença ( Esclerodermia / esclerose sistêmica ) · Doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, caracterizada por hiperprodução colagênica e fibrose tecidual acentuada acometendo pele e vísceras perturbando a fisiologia normal dos órgãos e sistemas. · Rara, com etiologia mal definida · Mulheres (5:1), sem predileção por raça · 30 – 50 anos · Incomum em crianças · Negros tendem a ter maior incidência da forma difusa · Homens tendem a ter a doença mais grave · Pode atingir pele, pulmões, trato gastrointestinal, rins e coração. · Classificação - duas formas: LIMITADA e DIFUSA · É feita baseada em acometimento cutâneo · Forma limitada: espessamento de membros distais (antebraço, pernas, pés, mãos), podendo acometer face e pescoço. · Forma difusa: espessamento por todo corpo (tronco e extremidades proximais). · Todas as duas podem ter acometimento de órgãos · ( Patogênese )Por que dividir em forma limitada e difusa? Porque a forma difusa costuma ser mais grave e de difícil tratamento (pior prognóstico) em relação a forma limitada. · Fibrose dos tecidos e órgãos afetados + disfunção vascular de pequenas artérias e microvasos. · Ainda não se tem uma causa definida, e os processos patológicos permanecem incertos. · 1- Desenvolvimento de fibrose nos tecidos e órgãos · 2- Disfunção vascular de pequenas Aa e microvasos: · No desenvolvimento de fibrose, há ativação anormal do sistema imune (Linf T e B autorreativos), liberação de citocinas e quimiocinas inflamatórias, como macrófagos, que junto com as plaquetas e o endotélio, liberam fatores de crescimento, capazes de atrair fibroblastos, levando ao depósito excessivo de colágeno (I, III e VI). · Alterações vasculares: · Produção anormal de fatores vasoconstritores (endotelina-1) e menor quantidade de substâncias vasodilatadoras (óxido nítrico, prostaciclina), ativação plaquetária, liberação de tromboxano A2 (vasoconstritor). · Leva a isquemia e hipoperfusão tecidual, injúria celular, responsável por acúmulo de fibroblasto ativados e formação de fibrose. ( Manifestações clínicas ) · Sintomas vasculares, cutâneos e gastrointestinais são os mais comuns na doença. · Sintomas vasculares: · Fenômeno de Raynaud: 95 – 98% dos casos. Caracteriza-se por ser uma isquemia digital episódica desencadeada pelo frio e estresse emocional. · Sintomas cutâneos: Seguem um curso típico de edema, endurecimento e atrofia. · Início: edema duro inflamatório, acompanhado de intenso prurido. Progride em 3 a 5 anos. · Dedos: espessos, perda de pregas cutâneas, pele tensa, queda de pelos = Esclerodactilia. · Úlceras nas pontas dos dedos, encurtamento das falanges distais. · Depósitos de cálcio no tecido subcutâneo = Calcinose · Fácies esclerodérmica: perda da expressão facial, dentes a mostra, lábios finos, nariz afilado. Pele seca, áspera hiperpigmentada e/ou hipopigmentação (salt and pepper). · Telangiectasias: dilatações dos vasos sanguíneos superficiais que colapsam á pressão digital. Ocorrem em face, tórax, palmas das mãos. · PATOGNOMÔMICA: Esclerodactilia com lesões específicas que se estendem além dos dedos, acometendo as regiões proximais às articulações metacarpofalangeanas e metatarsofalangeanas. · Sintomas constitucionais: perda ponderal e fadiga. · Sintomas musculoesqueléticos: poliartralgia, mialgias. · Sintomas gastrointestinais: esofagopatia (DRGE), hipotonia e estase intestinal, divertículos intestinais. · Sintomas cardíacos: miocardiopatia fibrótica difusa e pericardite. · Sintomas pulmonares: fibrose intersticial (+ comum na forma difusa) e hipertensão pulmonar (forma limitada). É a principal causa de ÓBITO na ES. · ( Apresentação clínica )Sintomas renais: crise renal de esclerodermia. IRA oligúrica + HAS acelerada maligna (encefalopatia e oftalmopatia) + anemia hemolítica + trombocitopenia · Forma limitada (cutâneo limitada): CREST · Calcinose + Raynaud + Esofagopatia + Esclerodactilia + Telangiectasias · Lesões cutâneas limitadas as regiões distais aos cotovelos e joelhos, e superiores às clavículas. · Forma mais branda da doença. · Associa com anticorpo Anti-centrômero (ACA) 80% e FAN 90% · Forma difusa (cutâneo-difusa) · Lesões cutâneas típicas em qualquer região do corpo. · Lesões graves nos órgãos internos (especialmente pulmão, rim e coração). · Associa com anticorpo Anti-topoisomerase I (Anti-Scl-70) 40% e FAN 90% ( Exames complementares ) · São importantes os marcadores dos autoanticorpos, além dos mencionados, pode-se encontrar em qualquer apresentação da doença os ac anti-RNA polimerase I e III. · Capilaroscopia: alterada em 98% dos pacientes · TC de tórax ou lavado broncoalveolar: confirma acometimento pulmonar com padrão vidro fosco; excesso de neutrófilos e eosinófilos. ( Diagnóstico ) · Critérios de classificação (ACR+EULAR) de 2013 · Espessamento cutâneo dos dedos das mãos (BILATERALMENTE) que acomete a região proximal das metacarpofalangeanas (9 pontos) OU 9 ou mais pontos ( Tratamento ) · Não há cura – Não há tto específico · Terapia individualizada · Agentes anfibróticos, drogas vasoativas, imunossupressores e estimuladores da motilidade são utilizados – Objetivo é evitar progressão · A penicilamina (dose 250 – 1.500mg/dia) teve bom resultado, mas excesso de efeitos colaterais. · Fenômeno de Raynaud: Cessar tabagismo; cessar uso de BB e descongestionantes nasais, aquecer as extremidades com luvas e meias. · É indicado: Nifedipino 30 – 180mg/dia ou diltiazem 60 – 240mg/dia. Fluoxetina 20-40mg/dia. · Fibrose pulmonar: prednisona + ciclofosfamida (imunossupressor) · Hipertensão pulmonar: antagonistas da endotelina (bosentana), análogos das prostaciclinas (iloprosta), inibidores da fosfodiasterase (sildenafila). · Lesão renal: IECA, mesmo quando indicada diálise. · ( Lupus eritematoso sistêmico (LES) )Lesão gastrointestinal: Tratar DRGE (inibidor de bomba de prótons, procinéticos) e para diarreia crônica por estase (ATB). · Doença inflamatória crônica, multissistêmica, de etiologia desconhecida e natureza autoimune. · Caracterizada por distúrbios da resposta imune ao antígeno ou constituinte próprio, consequente a fatores genéticos, hormonais e ambientais. Contra órgãos, tecidos e células. · Apresentação clínica polimórfica dificultando o diagnóstico em fase inicial · Períodos de exacerbações e remissões · Caráter autoimune, relacionado a fatores genéticos, ambientais, hormonais, medicações. · Predominantemente em mulheres (9:1) jovens na menacme (14 - 45 anos) devido a maior exposição hormonal estrogênica · ( Etiopatogenia/fisiopatologia ) Afrodescendentes - mais frequente e mais agressiva · Sua patogênese permanece desconhecida e parece ser multifatorial · Dentre os possíveis fatores envolvidos, o componente genético tem destaque na predisposição para a doença. Colaborando para essa hipótese a maior frequência em determinados grupos étnicos, ocorrência familiar e em gêmeos monozigóticos. · É frequente o achado de deficiências de frações do sistema complemento (apoptose anormal); deficiência das imunoglobulinas; polimorfismo genético nos fatores reguladores de interferon (IRF); gene HLA-DR2 e DR3; deficiência na produção de diversas citocinas estimuladoras de linfócitos. · A participação hormonal é sugerida pela maior prevalência na população fértil feminina (estrogênio como imunoestimulante). · Entre os fatores ambientais, a exposição solar, em particular, contribui para indução e exacerbação da doença principalmente de manifestação cutânea (causando mutação nos queratinócitos cutâneos). · TRO e ACO aumentam a chance de LES em até 2x // LUZ UV Tipo B · Têm-se também indução por medicamentos (hidralazina, procainamida, metildopa, isoniazida e anticonvulsivantes);tabagismo; infecções, especialmente virais (EBV). · É possível que esses agentes e seus produtos, como antígenos, induzam a ativação celular, exacerbando a doença. · Fatores envolvidos com a etiologia do LES: · Genéticos · Ambientais · Hormonais · Infecciosos · Drogas · A soma desses fatores e outros desconhecidos, resulta em receptores de reconhecimento de padrões moleculares anômalos, afetando o circuito imunorregulador das células. · A interação entre genes suscetíveis e fatores ambientais levam a respostas imunológicas inapropriadas, com hiperreatividade de células T e B e falência no circuito imunorregulatório. · Há presença de autoanticorpos e formação de imunocomplexos circulantes e locais. · Os autoanticorpos são produzidos contra complexos proteicos, DNA, RNA, membranas celulares e moléculas intracelulares. · ( Manifestações clínicas )A ligação entre antígenos próprios e autoanticorpos formaria imunocomplexos patológicos com depósito nos tecidos e interação com o sistema complemento induzindo a um processo inflamatório exuberante e consequente resposta imunológica inadequada. · Constitucionais: · Fadiga · Febre · Emagrecimento · Pele e mucosas: · Fotossensibilidade: erupções cutâneas após exposição solar (Fotossensibilidade >80%). · Rash malar: placa eritematosa em nariz e bochechas (asa de borboleta) – 37-90%. Poupa sulco nasolabial. · Lúpus discóide: lesão crônica com manchas eritematosas elevadas e descamativas. · Úlceras mucosas (30-61%) · Alopécia (52-80%) · Lupus cutâneo subagudo: lesões eritemato- descamativas difusas em MMSS e parte superior do tronco, não ulcerativas. · Vasculite cutânea · Fenomeno de Raynaud (30%) · Livedo reticular e telangiectasias · Articulares/ musculares: · Artrite não erosiva: simétrica, distal e migratória, envolvendo principalmente mãos, punhos e joelhos com rigidez matinal entre 30 e 60 min. 72-94% · Artralgia e mialgia · Artropatia de Jaccoud: deformidade não erosiva e redutível (frouxidão ligamentar) · Osteonecrose (especialmente quadril). · Serosites: · Pleurite – com ou sem derrame pleural · Pericardite – comum, geralmente tem derrame pericárdico sintomático ou não. Dificilmente há tamponamento cardíaco. · Renais: · Proteinúria > 500mg/24h (0,5g/24h) + hematúria ou cilindros celulares · O acometimento renal pode ser diverso, incluindo as síndromes glomerulares, forma rapidamente progressiva, ou até mesmo manifestações isoladas. · I – Mesangial Mínima: forma leve e precoce · II – Proliferativa Mesangial · III – Proliferativa Focal (< 50%) · IV – Proliferativa Difusa (mais grave, mais comum)* · V – Membranosa (LES com SD nefrótica pura e simples) · VI – Esclerótica avançada ( >90%) · Neurológicas / Psiquiátricas: · Convulsões · Psicose · Disfunção cognitiva leve - + comum · Depressão · Cefaléia · Hematológicas: · Anemia hemolítica · Leucopenia < 4.000 · Linfopenia < 1.500 · Plaquetopenia < 50.000 · Linfadenopatia, esplenomegalia, coagulopatia · Gastrointestinais: · Peritonite · Vasculite mesentérica · Pancreatite · Oculares: · Ceratoconjuntivite seca, episclerite, vasculite retiniana. · Imunológicas: · Anticardiolipina; anticoagulante lúpico e antibeta-2-glicoproteína I · Anti-DNA nativo · Anti-SM · FAN (fator antinuclear) > 1:160 a 1:1600. Muito sensível (99%), pouco específico. · Hipocomplementenemia; VHS elevado · Outros anticorpos: · Anti-RNP · Anti-Ro (SS-A) · Anti-La (SS-B) · Anti-histona · Anti-P ribossomal ( Exames complementares ) · Hemograma · Coombs direto, bilirrubinas, DHL, reticulócitos, ferro sérico, B12 e ácido fólico – solicitar quando tem anemia e quer descobrir a causa (doença crônica, carencial, hemolítica) · Cr, urina tipo I e Ptnúria 24h – Avaliação função renal · VHS e PCR – elevados quando manifestação sistêmica · Dosagem de complemento- C3 e C4 costumam estar baixos · RXTX – Derrame pleural, cardiomegalia. · RX de mãos e pés - quando presença de deformidades · ( Diagnóstico )Sorologias virais – Dx diferencial e limitação do TTO · O diagnóstico pode ser feito de duas maneiras: · Critérios de 1997 ACR: necessita de 4 de 11 critérios · Critérios de 2012 SLICC (Systemic Lupus International Collaborating Clinics): · 4 de 17 critérios sendo pelo menos 1 clínico e 1 imunológico OU · Biópsia renal com qualquer um dos padrões de nefrite lúpica + positividade para FAN e/ou anti-DNA nativo. ( Tratamento ) · Fotoproteção ou redução da exposição à luz · Cessar tabagismo · Atividade física regular · Controle de fatores metabólicos – HAS, DLP · Dieta rica em cálcio · Orientação sobre riscos da gestação · Evitar estresse · NÃO usar vacinas de vírus vivos ou atenuados · Anti-maláricos: Todos pctes com LES são candidatos ao seu uso a longo prazo, bons resultados no controle de lesões cutâneas e articulares, melhora da fadiga, diminui índice de recidivas: hidroxicloroquina (5mg/kg/d). Reduzem recidiva da doença. Obs. Toxicidade ocular · Corticóides: Parte fundamental do tratamento de qualquer quadro de LES. Pode ser utilizado tópico, intralesionais, orais e parenterais, dependendo do acometimento. Ex. Artralgia, artrite (prednisona dose baixa), lesão cutânea (tópico), serosites (dose moderada), lesão de órgão (pulsoterapia). Sua ação é dose-dependente: baixas doses funcionam como anti-inflamatórios, e altas doses como imunossupressores. · Citotóxicos: Funcionam como imunossupressores. · Azatioprina: usado na fase de manutenção da doença, em auxílio ao desmame do corticóide · Micofenolato: seguro, utilizado também nas nefrites e manutenção pós uso de ciclofosfamida. · Ciclofosfamida: Utilizados em quadros graves da doença. · Imunoglobulina e plasmaférese – Reações infusionais e nefrite, acometimento hematológico, pulmonar e neurológico. Quando não há resposta ao TTO convencional.
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