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Microbiota do organismo • As superfícies do nosso organismo são habitadas por micro-organismos, mesmo quando em estado de saúde. • Esses micro-organismos são bastante distintos devido às características biológicas e propriedades físicas de cada local. • As condições ambientais das diferentes regiões do nosso organismo selecionam e determinam as espécies capazes de colonizar, crescer e torna-se membro da comunidade microbiana de uma determinada região. • Poucas regiões do organismo não apresentam micro- organismos, como por exemplo, a laringe, o cérebro e os órgãos internos. • Adaptação: sistema de defesa contra patógenos invasores x tolerância à microbiota sistêmica. Classificação da microbiota Microbiota residente • Também chamada de indígena, autóctone ou endógena. • Relação de simbiose com o hospedeiro. • Espécies que estão presentes em números elevados • Mais de 1% da microbiota • A microbiota residente tem uma participação ativa na manutenção da saúde por promoverem o desenvolvimento fisiológico do hospedeiro, como o sistema imunológico, e por impedirem a instalação de micro-organismos exógenos. • Benefícios dessa microbiota: • Síntese de compostos benéficos • Auxiliar na digestão • Metabolização de compostos potencialmente nocivos • Gerar ácidos graxos a partir da metabolização de polissacarídeos • Prevenção de colonização de M.O exógenos • Promover o desenvolvimento do sistema imune Microbiota suplementar • Menos de 1% da microbiota • Espécies bacterianas que estão sempre presentes, porém em baixo número, e que podem aumentar, caso ocorram alterações no meio ambiente. • Ex: lactobacilos no biofilme dentário Microbiota transitória • Também chamada de alóctone ou exógena. • São micro-organismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos que habitam a pele ou a mucosa durante horas, dias ou semanas. • São originários do meio ambiente e não produzem doenças, desde que a microbiota residente não seja alterada, caso isso ocorra, os micro-organismos transitórios podem proliferar e produzir doenças. Microbiota bucal • A cavidade bucal é uma das principais portas de entrada do corpo ao ambiente externo. • É a mais complexa do organismo. São aproximadamente 700 espécies microbianas. O que pode gerar uma disbiose na cavidade oral? • Disbiose: quebra na homeostase microbiana (equilíbrio natural com a microbiota) Ex: candidíase oral • Por ser causada por: • Alterações na biologia oral, por causas exógenas ou endógenas • Má higiene oral • Migração e colonização de bactérias orais para outros locais • M.O capazes de causas doenças: patógenos oportunistas. Ex: doença periodontal e cárie. • A maioria das doenças bucais apresenta uma etiologia polimicrobiana. • Fatores como salivação, hábitos e a defesa do próprio organismo podem influenciar na forma como os microrganismos interagem com o hospedeiro, além do fator de virulência (estruturas, produtos ou estratégias que as bactérias utilizam para “driblar” o sistema de defesa do hospedeiro e causar uma infecção). Controle da microbiota bucal • Fatores endógenos: • Presença ou não de dentes • Saliva • Fluido gengival • Alterações nos dentes e mucosas • Fatores exógenos: • Dieta • Fatores mecânicos • Fatores químicos • Fatores relacionados com a microbiota Aquisição da microbiota • Feto asséptico adquire os primeiros M.O implantados do trato genital da mãe (contaminação vertical): • Streptococcus salivarius e streptococcus mitior (transitórios) • Lactobacilus e Candida albicans • O início da microbiota residente ocorre na primeira amamentação (contaminação passiva): saliva, leite, água. Os M.O pioneiros são os: • S.Salivarus • S. Mitis, S.Oralis Eles modificam o ambiente para a comunidade sucessora. • Nos primeiros meses de vida, há apenas bactérias aeróbias: • Estreptococos • Estafilococos • Pneumococos • Lactobacilos • Neisseria • No primeiro ano de vida: • 70% Streptococcus ssp, principalmente S. Salivarius (mucosa) • Restante: Actinomyces, Vellonella spp e Neisseria spp • A erupção dos dentes introduz outros hábitats como as superfícies lisas, fóssulas e fissuras dos dentes e sulco gengival, fixando-se, inicialmente • Streptococcus sanguis e Streptococcus mutans. • Desenvolvimento de novos nichos: mudança na microbiota de aeróbia para anaeróbia facultativa. • Veillonela, Neisseria, Actinomyces, Lactobacillus, Rothia. • Com a puberdade, há um aumento de bactérias peridontopatogênicas por influência hormonal • Actinomyces e odontolyticus e Capnocytophaga • No adulto dentado: • Microbiota com proporções máximas • Microbiota estável e em harmonia • Comunidade clímax Ecologia microbiana • Microbiota específica para cada região do corpo. • A microbiota é distinta em cada local, mesmo em locais próximos • Características biológicas e propriedades físicas de cada local: nutrientes, teor de O2, Ph, umidade, receptores para aderência • Seletividade • Nichos principais: biofilme dentário, sulco gengival, dorso da língua e mucosas da boca • Homeostase microbiana: equilíbrio entre microbiota e hospedeiro Ecossistemas bucais • O ecossistema bucal é representado pelos micro- organismos (fatores bióticos) e o hábitat bucal (fatores abióticos, como temperatura, umidade, Ph, Eh). • A cavidade bucal é diversa e consiste em uma ampla gama de vírus, micoplasmas, bactérias, fungos e até mesmo, protozoários e arqueias. • Epitélio bucal: Cocos Gram-positivos aérobios • Dorso lingual: Cocos Gram-negativos facultativos e anaeróbios • Superfície dental supragengival: Cocos e bacilos Gram-positivos aérobios e facultativos • Região subgengival: superfície dental e superfície dental e epitelial: Cocos e bacilos Gram-negativos anaeróbios Etapas ecológicas na formação de uma microbiota Transmissão aquisição espécies pioneiras sucessão microbiana aumento da diversidade microbiana estabelecimento da comunidade clímax Sucessão microbiana • Sucessão alogênica: é a substituição de um tipo de comunidade por outra porque o hábitat foi alterado por fatores não microbianos, como alterações nas condições locais do meio o por modificações no hospedeiro. Ex: erupção e perda de dentes, restaurações dentárias e aparelhos, mudanças nos hábitos alimentares, uso de fármacos, etc. • Sucessão autogênica: ocorre quando a comunidade residente altera o meio de tal forma que é substituída por outras espécies mais adaptadas ao hábitat modificado. Ex: remoção de nutrientes ou pela formação de ácidos ou outros produtos inibitórios Determinantes na colonização microbiana às superfícies celulares • Habilidade de aderir: receptores análogos • Disponibilidade de nutrientes: qualidade e quantidade • Interação microbiana: competição e cooperação • Disponibilidade de oxigênio • Resistência para: • Fluxo de fluídos da superfície epitelial • Sistema de limpeza mucociliar • Movimento celular-epitelial • Sistema imune local • Antimicrobianos não específicos do hospedeiro • Variação do Ph Características da microbiota • Meios de aderência: • Retenção adesiva: os micro-organismos utilizam- se de mecanismos que possibilitam que as bactérias tornem-se aderidas à superfície dos tecidos bucais. Os principais mecanismos de retenção são representados por: glicocálice bacteriano, presença de pili ou fímbrias, adesinas, camada de hidratação, formação de polímeros bacterianos extra-celulares, utilização de polímeros salivares e a aderência entre micro- organismos de mesma espécie ou de espécies diferentes. • Não adesiva: ocorre por retenção mecânica nas fossas, fissuras de dentes, lesões de cárie, sulco gengival ou bolsa periodontal. Exemplos: lactobacilos, espiroquetas, fungos e Prevotella melaninogenicae também de partículas alimentares. • Atividade funcional: • Acidogêncios: representados por micro- organismos que elaboram ácidos a partir de carboidratos. Estão frequentemente associados a etiologia da cárie dentária. Ex: lactobacilos e alguns estreptococos. • Acidúricos: micro-organismos que sobrevivem em Ph ácido. Também estão frequentemente relacionadas com a cárie dentária. Toleram Ph inferior a 5,5, que é o próprio ecossistema da cárie. Ex: lactobacilos, certos streptococos e leveduras. • Proteolíticos: utilizam proteínas para seu metabolismo. Degradam proteínas, podendo levar à destruição tecidual. Estão geralmente associados com doença periodontal. Ex: Prevotella melaninogenica • Capacidade patogênica • Proliferação em áreas restritas • Disseminação em tecidos vizinhos • Lesões a distância Efeitos de interações entre micro-organismos de espécies diferentes COMENSALISMO +/0 PROTOCOOPERAÇÃO +/+ MUTUALISMO +/+ SINERGISMO +/+ Dois ou mais microrganismos se unem e agem em conjunto para produzir uma doença que nenhum dos dois, isoladamente, poderia causar. Ex: Fusobacterium, Actinomyces, Prevotella e espiroquetas na gengivite. AMENSALISMO/ ANTIBIOSE -/0 COMPETIÇÃO -/- Classificação bacteriana As bactérias podem ser classificadas de acordo com: Morfologia celular • Cocos • Bacilos • Vibriões • Espirilos Coloração • Gram-positivo: • Não perdem a cor azul-arroxeada das paredes celulares quando submetidas a um processo de descoloração depois de serem coloridas pela violeta genciana. • É menos nociva ao organismo • Menos resistente aos antibióticos • Possuem maior adesão • Gram-negativo • Adquirem coloração avermelhada quando submetidas ao mesmo processo • São mais nocivas • Produzem toxinas que causam degradação tecidual • São mais resistentes aos antibióticos Respiração • Aeróbicas: • Fazem respiração celular; precisam de O2. • Anaeróbicas: • Fermentação láctica ou alcóolica. • Não necessitam de O2 • Podem ser: estritas (só crescem na ausência de O2) ou facultativas (podem viver com ou sem a presença de O2) Nutrição Autotróficas Heterotróficas Relação microbiota-hospedeiro Resistência do hospedeiro: • Resposta inflamatória ou imunológica Virulência do patógeno: • São estruturas, produtos ou estratégias que as bactérias utilizam para “driblar” o sistema de defesa do hospedeiro e causar uma infecção. 1. Capacidade de aderência ao tecido: pode ser direta, por meio de adesinas, frimbrias e pilis ou interbacteriana (co-agregação) homotípica ou heterotípica. 2. Capacidade de invasão e multiplicação 3. Capacidade de criar lesão: por meio da liberação de toxinas Exotoxinas: toxinas liberadas durante a reprodução das bactérias. Presentes em bactérias Gram + e Gram - Endotoxinas: complemento da membrana de bactérias Gram – que exerce seus efeitos tóxicos quando a bactéria é destruída 4. Escape imunológico: meios pelos quais as bactérias conseguem vencer os mecanismos de defesa Cápsula: alguns microrganismos possuem uma capsula que bloqueia a fagocitose (mecanismo de defesa do organismo), tornando esses organismos mais virulentos do que as cepas não encapsuladas Leucocidina: degrada neutrófilos Ig A protease: degrada anticorpos Biofilme dentário • É uma comunidade microbiana embebida por uma matriz aglutinante firmemente aderida sobre os dentes ou outras estruturas dentais sólidas, como próteses, aparelhos ortodônticos, restaurações, superfície de implantes ou cálculo salivar. • Também conhecido como placa bacteriana ou placa dental • É precursor direto de diversas patologias • Pode ser removido com a higienização constante Composição do biofilme • Microcolônias: com aspecto de pilares ou cogumelos • Sistema de canais: favorece o fluxo de nutrientes, produtos de excreção, enzimas, metabolitos e oxigênio. • Matriz funcional: formada por polímeros extracelulares das bactérias e do hospedeiro, constituindo-se uma parte orgânica (polissacarídeos bacterianos e proteínas derivadas da saliva e da dieta) e inorgânica (íons de origem salivar e fluido gengival) Diferença entre biofilme e: • Matéria alba: se acumula sobre a placa e é constituída por bactérias que não estão aderidas ao dente, células de descamação, leucócitos e restos alimentares. É frouxamente ligada ao dente e pode ser deslocada da superfície dental por jatos de água e/ou bochecho vigoroso, o que não ocorre com a placa dental. • Cálculo salivar: é resultado da mineralização da placa, sendo constituído basicamente por fosfato de cálcio, carbonato de cálcio e fosfato de magnésio. Devido à sua porosidade e irregularidade, sua superfície apresenta um estroma favorável para continua e intensa deposição do biofilme, fator indispensável de agressão ao periodonto. • Película adquirida: filme orgânico muito delgado, acelular, constituído principalmente pela glicoproteína salivar ou mucina. Deposita-se diretamente sobre a superfície dos dentes, materiais restauradores e epitélio bucal. Ao contrário da placa, a película adquirida não é removida pela escovação dos dentes porque se ela não recobre apenas a superfície dentária, também se adsorve na superfície do esmalte. É removida em limpezas com materiais abrasivos mas volta a se depositar imediatamente após a retirada. Película adquirida • Camada acelular de proteínas que se ligam rapidamente a hidroxiapatita quando exposta à cavidade oral. • Espessura: 0,1 a 1 micrometro. • Não é removível com a escovação. • Serve de base para a subsequente formação do biofilme dental. • Composição química: glicoproteínas, proteínas ricas em prolina, amilase, lisozima, igA-s, lactoferrina, glicosiltransferases e glucanos. • Funções biológicas: • Lubrificação e proteção da superfície do esmalte • Influencia na aderência de micro-organismos bucais • Substrato para micro-organismos adsorvidos • Proteção contra a desmineralização (reservatório de íons protetores, incluindo o flúor) • Atividade antimicrobiana Mecanismos de formação do biofilme Etapas de formação: A. Fase de colonização inicial: adesão de bactérias a superfície B. Fase de acumulação ou estruturação: crescimento bacteriano em micro colônias sésseis C. Maturação do biofilme D. Fase dispersão Fase de colonização inicial • Caracteriza-se por interações bioquímicas específicas envolvendo adesinas geralmente presentes nas fimbrias ou nas fibrilas da superfície celular dos colonizadores iniciais da superfície dental e receptores presentes na glicoproteína salivar que recobre o dente. • Vários mecanismos participam dessa fase: a) Interações através de lectinas (adesinas proteicas presentes nas fibrilas e fimbrias que interagem com carboidratos componentes da glicoproteína salivar) b) Interação eletrostática via cálcio salivar: as bactérias possuem carga (-) e a glicoproteína salivar também é (-) resultando em repulsão que é anulada em razão do cálcio (+) presente na saliva, formando pontes de união. c) Interações hidrofóbicas: mecanismos dependentes da presença de componentes lipídicos nas superfícies bacteriana e dental, que se unem na presença de água, na qual não se solubilizam por seres apolares. • Nessa fase, células planctónicas (que vivem em meio líquido) ligam-se à superfície dental por ligações de baixa afinidade e baixa eficiência (forças de Van der Waals e hidrofóbicas). • Células adsorvidas (aderidas na superfície dental) ligam- se à superfície através de interações de maior afinidade e eficiência, usando adesinas especificas e seus respectivos receptores • Os colonizadores iniciais são: • Streptococcus ssp (>60%) (possuem alto grau de adesão ao dente e a glicoproteína salivar que o recobree facilidade na coagregação de suas células) • S. gordonii, S. sanguinis, S. oralis, S. mitis, S. cristatus, S. mutans), Actinomyces spp, Veillonela spp Fase de acumulação ou estruturação • Nessa fase, muitos microrganismos que não se aderiram inicialmente aos dentes agora são capazes de se aderir, através da coadesão aos microrganismos primários que se estabelecem na fase inicial. São denominados colonizadores secundários. • Ocorre na dependência de 2 fatores: A) Multiplicação dos colonizadores iniciais B) Adesão de novas células bacterianas da mesma espécie (coagregação homotípica) e de espécies diferentes (coagregação heterotípica) das colonizadoras iniciais entre si. • Os mecanismos mais conhecidos de coadesão são: 1. Via polissacarídeos produzidos e acumulados extracelularmente (PEC): S. mutans + S. mutans • Só são aglutinadas pelos PEC as células bacterianas providas de receptores para esses polímeros, como as células de Streptococcus mutans. • Aderência mediada por PEC: os estreptococos mutans utilizam o excesso de sacarose (glicose+frutose) para produzir substancias para se aderir e colonizar a superfície dental. A partir da glicose produzem dextrano (solúvel) e mutano (insolúvel) que permanece mais tempo na placa. O frutano/ levano é produzido a partir da frutose e é solúvel. Esses polissacarídios possibilitam a concentração dos ácidos na interface placa-esmalte e o retardamento do ingresso da saliva na placa, gerando demora na neutralização dos ácidos o que contribui decisivamente para a cariogenicidade. 2. Através de componentes de saliva e do fluido gengival A aderência entre bactérias da mesma espécie pode ser favorecida pela presença de determinadas substancias na saliva Coadesão intraespecífica: S.sanguinis + S. sanguinis, S.gordonii + S. gordonii, S.oralis + S. oralis, Actinomyces spp + Actinomyces spp 3. Via constituintes de superfície de bactérias de diferentes espécies Coadesão interespecífica: S.gordonii + P. gingivalis, Fusobacterium nucleatum + S. sanguinis) Maturação do biofilme • Após as fases de adesão inicial e acúmulo, diversas modificações ambientais ocorrem de forma que os diferentes gêneros e espécies microbianas vão variar em proporção até atingir uma fase de equilíbrio (equilíbrio dinâmico pois envolve constantes modificações fisiológicas para que a comunidade sobrevive ao nicho colonizado, gerando a comunidade clímax). • Sucessão microbiana (biofilme supragengival x biofilme subgengival) formação da placa dental madura • Caracterizada pela presença de estruturas em espiga de milho formada pela co-agregação de bacilos e cocos. Fase de dispersão Ocorre a liberação de células bacterianas do biofilme que retornam à existência planctônica Potencial patogênico Hipótese da placa específica (1976) por Loesche. De acordo com esse conceito, existem diferentes tipos de placas com constituições microbianas diferentes e, por conseguinte, com diferentes tipos de metabolismo e patogenicidade • Placas não associadas a doenças: associada a boa higiene oral. Tem localização supragengival e pequena espessura, sendo constituída praticamente apenas pelos colonizadores iniciais da superfície do dente, como Streptococcus oralis, S. sanguinis, S. gordonii, S. mitis e A. naeslundii. Assim, nesse tipo de placa existe marcante predomínio de formas gram-positivas (85%) e anaeróbias facultativas (cerca de 75%). Oferece resistência a instalação das formas patogênicas. Essa placa é mantida em níveis mínimos de presença bacteriana porque o hospedeiro assim a mantém por meio de uma adequada e periódica higienização dental. • Placa cariogênica: associada ao consumo frequente de sacarose. Tem localização supragengival e é caracterizada pelo aumento do número de bactérias cariogênicas (Streptococcus mutans, lactobacillus) envolvidas por consistente matriz de polissacarídeos extracelulares (glucanos insolúvel e solúvel e frutano) produzidos a partir da saracose. A presença frequente desse açúcar na placa favorece o desenvolvimento de bactérias que utilizam o glucano para colonizar a superfície dental e que apresentam metabolismo predominantemente fermentativo, resultando na produção de grande quantidade de ácido lático e intensa acificicação da placa. • Placa periodontopatogênica: tem localização supragengival, junto à margem gengival e está associada com a deficiência na higienização dental. É caracterizada por uma infecção polimicrobiana com destaque para a Prevotella intermedia (bacilo gram negativo anaeróbio estrito, produtor de pigmento negro) Vantagens do biofilme para os microrganismos 1. Proteção frente a fatores ambientais como: mecanismo de defesa do hospedeiro e substancias toxicas 2. Facilita a obtenção de nutrientes e remoção de metabólitos tóxicos 3. Maior tolerância e resistência bacteriana 4. Aquisição de novos genes, expressão de novas características devido à proximidade e disposição especial 5. Sinalização célula-célula (quórum sensing): capacita os micro-organismos a sentir e adaptar- se a várias situações de stress ambiental e, consequentemente, regular a expressão de genes que influenciam a capacidade de patógenos de causarem doenças
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