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DIREITO DAS 
SUCESSÕES 
INTRODUÇÃO: 
A utilidade do testamento é para quando se quer dar 
uma destinação aos bens diferente do que a lei prevê. 
Se o testamento for feito abrangendo a totalidade dos 
bens, mas há herdeiros necessários, esse testamento 
não será desconsiderado, porém será reduzido para 
abranger apenas metade do patrimônio deixado. 
A meação do cônjuge 
sobrevivente não é herança. 
Sendo assim, se casados pela comunhão de bens, os 
bens adquiridos pertencem 50% para cada cônjuge. Se 
apenas um falecer, o cônjuge sobrevivente tem direito 
a 50% correspondente à sua meação e os herdeiros 
terão direito a 50% (25% sucessão legítima e 25% 
sucessão testamentária). 
VOCAÇÃO HEREDITÁRIA 
É o chamamento/convocação de uma pessoa viva para 
ocupar o lugar de sucessor de alguém que faleceu. Esse 
chamamento pode ser dar de duas formas: pela lei 
(legítima) ou por testamento. O que legitima o herdeiro 
a vocacionar é o parentesco ou a sociedade conjugal. 
A ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA É: 
• Descendentes (+ cônjuge dependendo do 
regime de bens) 
• Ascendentes (+ cônjuge) 
• Cônjuge ou companheiro 
• Colaterais (até 4º grau) 
Antes do Código Civil de 2002 o cônjuge permanecia na 
terceira posição da ordem sucessória. Com a mudança, 
houve uma supervaloração do cônjuge (e 
posteriormente do companheiro) que, dependendo do 
regime de bens, concorre com os descendentes quanto 
aos bens particulares. O cônjuge sempre concorre com 
os ascendentes. 
Quando o de cujus falece “ab intestato” ocorre apenas 
a sucessão legítima. Quando o de cujus tiver deixado 
testamento, normalmente a sucessão testamentária se 
dará concomitantemente com a sucessão legítima, pois 
o testamento fica restrito à metade do patrimônio 
deixado pelo de cujus. 
Para que haja sucessão exclusivamente testamentária 
são necessários dois requisitos: a) que o de cujus tenha 
deixado testamento e b) que não haja herdeiros 
necessários. 
TERMOS ESSENCIAIS: 
a) Sucessão a Título Universal: É sucessor 
universal aquele que recebe o todo ou quota 
parte (uma fração) do patrimônio do de cujus. A 
sucessão universal pode se de forma: 
• Legítima (a sucessão legítima é sempre 
universal) 
• Testamentária 
b) Sucessão a Título Singular: Sempre se dá por 
testamento, onde o de cujus deixa um bem 
específico para o sucessor específico. Exemplo: 
deixo casa X para cicrano. A sucessão singular 
se dará de forma: 
• Testamentária (sucessor é o legatário) 
c) Herdeiro Legítimo: Aquele que recebe por lei 
todo ou quota parte do patrimônio do falecido. 
A vocação está na lei. Exemplo: Filhos A, B e C 
recebem 1/3 cada do patrimônio do de cujus. 
d) Herdeiro Testamentário: Aquele que recebe, 
por testamento, todo ou quota parte do 
patrimônio do de cujus. Exemplo: Testamento 
(50% bens) e herdeiros A, B e C recebem 1/3 do 
50% dos bens cada. 
e) Legatário: Aquele que recebe, por testamento, 
bem específico (legado) do falecido. Exemplo: 
Testamento (50%) dos bens e deixo casa X ao 
legatário A. 
OBS: Se não houver herdeiros necessários do de cujus 
(ascendentes, descendentes ou cônjuge - 
companheiro), poderá ser objeto do testamento 100% 
dos bens, e não apenas 50%. 
Abertura da Sucessão: A abertura da sucessão se dá no 
exato momento da morte (“droit de saisine”). Não há 
relação jurídica sem sujeitos, por isso, quando alguém 
morre, imediatamente os sucessores passam a ocupar a 
relação jurídica, mesmo que ainda não se saiba quem 
são os sucessores. 
Com isso, surgem duas questões: a comoriência e o 
nascituro. 
• Comoriência (art. 8º CC): Ocorre quando, em um 
espaço de tempo muito próximo, morrem duas ou 
mais pessoas sucessíveis entre si e não se consegue 
identificar quem faleceu primeiro. Exemplo: pai e 
filho falecem em um acidente de trânsito. A 
solução encontrada foi fazer as sucessões como se 
o outro já houvesse falecido. No exemplo, abrir-se-
ia a sucessão do pai como se o filho fosse pré-
morto e a sucessão do filho como se o pai fosse 
pré-morto. 
• Nascituro: A lei preserva os direitos sucessórios do 
nascituro, caso algum dos genitores faleça ante 
que irão se confirmar se ele nascer com vida. Ainda 
que o bebê tenha morrido logo após de nascer, ele 
herdou dos genitores pelo princípio da saisine. Se 
não nascer com vida não herda. A destinação do 
patrimônio do genitor será diferente entre esses 
dois casos. 
O nascimento com vida, para o direito brasileiro, 
segundo Carvalho Santos, ocorre com a separação 
do feto do corpo da mãe (com ou sem corte do 
cordão umbilical) + respiração. 
Para que alguém seja chamado a suceder, em regra, 
deve ser uma pessoa que esteja em vida, ou ao menos 
em concepção (caso do nascituro). 
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, 
desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. 
Dispõe sobre o princípio da saisine. Observa-se nesse 
artigo, que a lei não abrange os legatários (não 
transmite os bens de imediato). 
Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último 
domicílio do falecido. 
É a regra adotada pelo direito brasileiro: 
abre-se a sucessão no lugar do último domicílio do de 
cujus. Se o de cujus tiver mais de um domicílio, abre-se 
em qualquer um deles. 
Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por 
disposição de última vontade. 
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação 
para suceder a lei vigente ao tempo da abertura 
daquela. 
A sucessão será regulada pela lei que estava em vigor 
quando do falecimento. 
Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, 
transmite a herança aos herdeiros legítimos; o 
mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem 
compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão 
legítima se o testamento caducar, ou for julgado 
nulo. 
O testamento é um ato formal, devendo ser escrito e 
assinado por duas testemunhas. Se for feito por vídeo, 
por exemplo, é inexistente. Se for assinado por apenas 
uma testemunha é apenas nulo. Quando alguém morre 
e deixa testamento, o advogado deve levá-lo ao Poder 
Judiciário, através de um processo de jurisdição 
voluntária, para registrar o testamento. 
O testamento pode ser público, feito no cartório de 
registro civil, ou cerrado, que será sigiloso e as 
testemunhas serão apenas para confirmar que o 
testamento foi feito. Nesse último caso, o testamento 
será lacrado (antigamente era costurado) e somente o 
juiz poderá romper o lacre. Ambos deverão ser levados 
ao judiciário para análise. 
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o 
testador só poderá dispor da metade da herança. 
Art. 1.790. Foi considerado inconstitucional pelo 
STF em março de 2017 e, desde então, houve a 
igualação total do convivente ao cônjuge. 
VOCAÇÃO HEREDITÁRIA 
SUCESSÃO LEGÍTIMA 
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas 
nascidas ou já concebidas no momento da 
abertura da sucessão. 
Trata da sucessão legítima, determinando que, pelo 
princípio da saisine, o sucessor deve estar vivo ou ao 
menos concebido à época do falecimento. 
OBS: Enunciado 267 – No caso dos embriões 
congelados, tais ocupam o mesmo lugar dos nascituros. 
Assim, se o inventário já tiver sido aberto sem sua 
presença, os futuros herdeiros oriundos desses 
embriões deverão chamar os demais herdeiros e 
realizarem nova partilha. O mesmo ocorre com o filho 
desconhecido, que aparecer depois de já aberto ou já 
terminado o inventário. 
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA 
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem 
ainda ser chamados a suceder: 
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas 
indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao 
abrir-se a sucessão; 
Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, 
os bens da herança serão confiados, após a 
liquidação ou partilha, a curador nomeado pelo juiz. 
§ 1o Salvo disposição testamentária em contrário, a 
curatela caberá à pessoa cujo filho o testador 
esperava ter por herdeiro, e, sucessivamente, às 
pessoas indicadasno art. 1.775. 
§ 2o Os poderes, deveres e responsabilidades do 
curador, assim nomeado, regem-se pelas disposições 
concernentes à curatela dos incapazes, no que 
couber. 
§ 3o Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-
lhe-á deferida a sucessão, com os frutos e 
rendimentos relativos à deixa, a partir da morte do 
testador. 
§ 4o Se, decorridos dois anos após a abertura da 
sucessão, não for concebido o herdeiro esperado, os 
bens reservados, salvo disposição em contrário do 
testador, caberão aos herdeiros legítimos. 
Quem não possui legitimidade testamentária (nem 
herdeiros nem legatários): 
Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros 
nem legatários: 
I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, 
nem o seu cônjuge, ou os seus ascendentes e irmãos; 
II - as testemunhas do testamento; 
III - o concubino do testador casado, salvo se este, 
sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge 
há mais de cinco anos; 
IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou 
escrivão, perante quem se fizer, assim como o que 
fizer ou aprovar o testamento. 
Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias 
em favor de pessoas não legitimadas a suceder, 
ainda quando simuladas sob a forma de contrato 
oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa. 
Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas 
os ascendentes, os descendentes, os irmãos e o 
cônjuge ou companheiro do não legitimado a 
suceder. 
ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 
INTRODUÇÃO 
A aceitação é ato jurídico em sentido estrito, porque 
não se define seus efeitos. É um ato jurídico unilateral e 
necessário pelo qual o herdeiro confirma sua intenção 
de receber o acervo que lhe é transmitido. A aceitação, 
a partir do código de 2002, passa a ser irrevogável. 
A aceitação e a renúncia da herança são atos puros e 
simples, ou o herdeiro aceita todo o quinhão que lhe 
cabe ou renúncia todo o quinhão que lhe cabe. Quando 
se abre o inventário, a primeira obrigação do 
inventariante é realizar a liquidação das dívidas 
deixadas pelo de cujus. 
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem 
como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, 
pode ser objeto de cessão por escritura pública. 
Para que eu possa vender ou doar meu direito à 
sucessão aberta, essa cessão deve ser feita por 
instrumento público e, se for casada ou estiver em 
união estável, deve ter a anuência do cônjuge ou 
companheiro. 
Direito de Acrescer: Se um dos herdeiros renuncia à 
herança, sua parte é acrescida à dos outros. Os filhos do 
que renunciou não têm direito de representação. 
Renunciar “em favor de” não é renuncia, é cessão. 
Porque quando se renuncia não se pode escolher para 
quem vai sua parte. 
Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua 
quota hereditária a pessoa estranha à sucessão, 
se outro co-herdeiro a quiser, tanto por tanto. 
Direito de preferência do co-herdeiro à quota parte que 
outro herdeiro queira ceder, enquanto a herança é 
indivisível. 
ESPÉCIES DE ACEITAÇÃO 
• Expressa: A aceitação da herança será expressa 
quando feita por declaração escrita, termo nos 
autos, ou escritura pública ou particular (não é 
admitida aceitação oral). 
• Tácita: Quando o herdeiro, embora não se 
manifeste expressamente, pratica atos próprios 
da qualidade de herdeiro. Ou seja, pratica atos 
incompatíveis com a postura de quem pretende 
renunciar a herança. 
• Presumida: Caso algum interessado não tiver 
certeza se o herdeiro irá aceitar ou não a 
herança, poderá requerer a intimação do 
silente, postulando a sua manifestação em até 
30 dias. Não se manifestando no prazo 
concedido, ter-se-á por aceita a qualidade de 
De cujus
Renunciou
Não pode 
representar
Não pode 
representar
Recebe 
100%
De cujus
Renunciou
Herda por 
direito 
próprio (1/2)
Herda por 
direito 
próprio (1/2)
sucessor, uma vez que a aceitação será 
presumida. 
CARACTERÍSTICAS DA ACEITAÇÃO 
• Personalíssima: Salvo as exceções de aceitação 
indireta (sucessão do herdeiro aceita, por 
exemplo), a aceitação é ato exclusivo do 
herdeiro. 
• Unilateral: A aceitação não precisa se 
comunicar a outra pessoa para que produza 
efeitos. 
• Indivisível: Não é admitida no direito brasileiro 
a aceitação parcial da herança (art. 1.808 CC). 
Contudo, quando o sucessor ocupar a posição 
de herdeiro e legatário, poderá aceitar um e 
renunciar outro, visto que são duas situações 
jurídicas distintas. Se o herdeiro for legítimo e 
testamentário, também poderá aceitar uma 
herança e renunciar a outra. 
• Incondicional: A aceitação não admite ficar 
submetida à condição ou termo (art. 1.808 CC). 
• Irretratável: Uma vez aceita (por qualquer de 
suas modalidades), não mais se admite a 
reconsideração pelo herdeiro. 
RENÚNCIA DA HERANÇA 
INTRODUÇÃO 
A renúncia é o ato pelo qual o sucessor manifesta a sua 
recusa ao direito hereditário. 
ESPÉCIES DE RENÚNCIA 
A renúncia é um ato jurídico unilateral e formal, pois 
exige o expresso e explícito pronunciamento do 
sucessor acerca da não aceitação da herança que lhe 
cabe. Tal manifestação pode ser dar de duas formas: 
• Escrita, através de instrumento público ou 
termo judicial lançado nos autos do inventário. 
• Pronunciamento perante solene do titular da 
herança perante o juiz de direito. 
Por força do artigo 80 do CC, a sucessão aberta é 
considerada como bem imóvel, pois ao renunciar a 
herança o herdeiro poderá estar renunciando um bem 
imóvel, portanto, se o sucessor for casado (exceto no 
regime da separação total de bens), deverá acostar a 
anuência do cônjuge para com a renúncia. Sanção: Se 
não houver a anuência do cônjuge, a pena será de 
anulabilidade do ato (renúncia). Se não houver a 
anuência do cônjuge em um primeiro momento, a 
renúncia poderá ser ratificada posteriormente e se 
convalidará o ato. 
CARACTERÍSTICAS DA RENÚNCIA 
• Unilateral: A renúncia também não precisa se 
comunicar a outra pessoa para que produza 
efeitos. Contudo, neste caso, é necessária a 
outorga uxória (do cônjuge não sucessor). 
• Indivisível: Assim como não é possível aceitar 
apenas uma parte, não é possível renunciar 
apenas parte da herança. Ela é indivisível. 
• Formal e expresso: Se dá através de 
instrumento público, termo judicial ou 
pronunciamento perante juiz de direito. A 
renúncia nunca será presumida, deverá ser 
expressamente manifestada. 
• Incondicional: Não se submete à condição ou 
termo. 
A renúncia não gera direito de representação. Se o pai 
renunciar, os netos não poderão representá-lo pela 
quota renunciada. EXCEÇÃO: Se o renunciante for o 
único herdeiro legítimo, seus filhos poderão herdar 
por direito próprio. 
 
 
De cujus
Renunciou
Herda por 
direito próprio 
(1/3)
Herda por 
direito próprio 
(1/3)
Renunciou
Herda por 
direito próprio 
(1/3)
Se houver dívida e os herdeiros renunciarem, os 
credores poderão assumir o lugar transitoriamente do 
herdeiro, adquirindo parte da herança até o montante 
da dívida. O valor restante não será dado ao herdeiro 
que renunciou – prevalece a renúncia. 
EFEITOS DA RENÚNCIA 
• O quinhão hereditário do renunciante passa a 
compor o acervo comum, como se não existisse 
o herdeiro renunciante. 
• Na sucessão legítima, havendo colaterais da 
mesma classe, a estes será acrescida a parte do 
renunciante. Sendo ele o único herdeiro da 
classe, ou se todos também renunciarem, serão 
chamados os sucessores da classe seguinte, os 
quais receberão por direito próprio por cabeça. 
• Não haverá direito de representação do 
herdeiro renunciante. 
• Na sucessão testamentária, o testador pode 
indicar um substituto ao herdeiro renunciante 
ou o quinhão pode ser acrescido aos demais 
herdeiros testamentários. Fora essas hipóteses, 
a herança voltará ao monte mor seguindo para 
os herdeiros legítimos, ou, caso não existam, ao 
Poder Público. 
EXCLUSÃO POR INDIGNIDADE 
NOÇÕES GERAIS 
A exclusão por indignidade se dará por meiode uma 
ação declaratória, a qual afirmará a indignidade do 
herdeiro ou legatário, retirando o direito à herança de 
quem é sucessor capaz, em virtude de atos de 
ingratidão. A exclusão só pode se dar por ação própria. 
Há também a deserdação, que é uma forma de 
exclusão, nos casos em que o de cujus, através do 
testamento, retira os direitos sucessórios de um 
herdeiro necessário. 
Para que haja a exclusão ou a deserdação, a pessoa 
deve ter cometido algum dos atos dispostos previstos 
taxativamente no artigo 1.814 do Código Civil. 
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros 
ou legatários: 
I - que houverem sido autores, co-autores ou 
partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a 
pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, 
ascendente ou descendente; 
Se houver sentença condenatória transitada em julgado 
no criminal, esta faz coisa julgada no cível, uma vez que 
não há como absolver o autor na ação declaratória de 
indignidade. Se a sentença for absolutória (por falta de 
provas, por exemplo), ainda assim o herdeiro poderá 
ser condenado na ação de indignidade. 
II - que houverem acusado caluniosamente em 
juízo o autor da herança ou incorrerem em crime 
contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou 
companheiro; 
III - que, por violência ou meios fraudulentos, 
inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor 
livremente de seus bens por ato de última vontade. 
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em 
qualquer desses casos de indignidade, será declarada 
por sentença. 
LEGITIMIDADE PARA PROPOR A AÇÃO 
DECLARATÓRIA DE INDIGNIDADE 
Art. 1.815 §1º O direito de demandar a exclusão 
do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro 
anos, contados da abertura da sucessão. 
Possui legitimidade para propor a ação declaratória de 
indignidade qualquer pessoa que tenha interesse 
econômico (vantagem patrimonial) com o afastamento 
do herdeiro. O prazo estipulado é decadencial – 04 anos 
para demandar a exclusão do herdeiro, contados da 
abertura da sucessão (= data da morte). 
§2º Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério 
Público tem legitimidade para demandar a exclusão 
do herdeiro ou legatário. 
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os 
descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se 
ele morto fosse antes da abertura da sucessão. 
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá 
direito ao usufruto ou à administração dos bens que 
a seus sucessores couberem na herança, nem à 
sucessão eventual desses bens. 
Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de 
bens hereditários a terceiros de boa-fé, e os atos de 
administração legalmente praticados pelo herdeiro, 
antes da sentença de exclusão; mas aos herdeiros 
subsiste, quando prejudicados, o direito de 
demandar-lhe perdas e danos. 
Enquanto não transitar em julgado a sentença 
declaratória de indignidade o herdeiro é herdeiro e 
poderá dispor dos bens e estes atos de disposição serão 
válidos. Se prejudicar os demais herdeiros, os mesmos 
poderão ingressar com perdas e danos. 
Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a 
restituir os frutos e rendimentos que dos bens da 
herança houver percebido, mas tem direito a ser 
indenizado das despesas com a conservação deles. 
(Equiparado ao possuidor de má-fé). 
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que 
determinem a exclusão da herança será admitido a 
suceder, se o ofendido o tiver expressamente 
reabilitado em testamento, ou em outro ato 
autêntico. 
Reabilitação do Indigno: A causa da exclusão por 
indignidade pode se dar uma por um ato anterior ou 
posterior à morte. Se aquele que foi ofendido, ainda em 
vida, por ato autêntico (no testamento, mediante 
escritura pública ou através de declaração perante 
tabelião ou juiz (fé pública)), perdoar o ato praticado, o 
herdeiro poderá ser reabilitado. 
Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, 
o indigno, contemplado em testamento do ofendido, 
quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da 
indignidade, pode suceder no limite da disposição 
testamentária. 
Quando o de cujus ofendido, após ter conhecimento da 
ofensa que gerou a indignidade, testar quinhão ao 
indigno, receberá esta deixa testamentária, mas tal 
ação não gera a presunção de reabilitação (reabilitação 
tácita não existe). 
 
HERANÇA JACENTE E HERENÇA VACANTE 
HERANÇA JACENTE (ART. 783 DO CPC) 
A herança será jacente a partir da abertura da sucessão, 
enquanto os herdeiros forem desconhecidos, ou, sendo 
conhecidos, todos renunciarem à herança. Portanto, a 
herança será jacente até que apareça um herdeiro que 
se habilite. 
Declarada a jacência, o juiz determinará a arrecadação 
dos bens e nomeará curador da herança. 
Art. 741. Ultimada a arrecadação, o juiz mandará 
expedir edital, que será publicado na rede mundial de 
computadores, no sítio do tribunal a que estiver 
vinculado o juízo e na plataforma de editais do 
Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 3 
(três) meses, ou, não havendo sítio, no órgão oficial e 
na imprensa da comarca, por 3 (três) vezes com 
intervalos de 1 (um) mês, para que os sucessores do 
falecido venham a habilitar-se no prazo de 6 (seis) 
meses contado da primeira publicação. 
HERANÇA VACANTE 
Passado 01 ano da declaração de jacência, a herança 
passa a ser vacante e patrimônio é transferido ao 
município através da declaração de vacância. Essa 
propriedade do município será considerada resolúvel, 
até completar 05 anos da abertura da sucessão (data da 
morte). 
A declaração de vacância afasta os clateria s da herença 
(não poderão mais se habilitar). 
Na hipótese de todos os sucessores conhecidos 
renunciarem à herança, ela será, desde logo, declarda 
vacante. Não haverá o período de jacência. 
Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder 
renunciarem à herança, será esta desde logo 
declarada vacante. 
 
 
 
 
 
 
De cujus
Indigno
Representa 
(1/4)
Representa 
(1/4)
Recebe 1/2
Falecido
De cujus 1/3 1/3
Pré-
morto
Metade 
de 1/3
Metade 
de 1/3
De cujus
Pré-morto
1/4
Indigno
1/4
Deserdado
1/4 1/4
DIREITO DE REPRESENTAÇÃO 
Dois podem ser os modos de suceder: 
• Por direito próprio por cabeça 
• Por representação por estirpe 
No direito de representação, há alguém que receberia 
por direito próprio, mas que por alguma causa deixa de 
receber. Causas que geram a representação: 
• Pré-morte (herdeiro anterior faleceu antes do 
de cujus) 
• Indignidade (sentença que declarou o herdeiro 
indigno) 
• Deserdação (exclusão testamentária do 
herdeiro) 
Em regra, o direito de representação somente se dá na 
classe dos descendentes. Contudo, há uma exceção 
(art. 1.853 CC): Na classe dos colaterais, quando houver 
o afastamento de um irmão, os filhos do irmão podem 
representá-lo. 
Somente os filhos de irmão, concorrendo com os tios, 
podem representar. Importante: O direito de 
representação, na colateral, limita-se aos filhos do 
irmão, não estendendo-se aos netos. 
Nesse caso, todos do mesmo grau estavam impedidos 
de alguma forma. Sendo assim, cada neto recebe ¼ da 
herança por direito próprio por cabeça. 
 
Nesse caso, o herdeiro de 1º grau vivo receberá o 
equivalente ao seu quinhão, ao passo que os netos dos 
irmãos receberão sua quota do quinhão de seu genitor. 
 
RENÚNCIA E O DIREITO DE REPRESENTAÇÃO 
A renúncia, em regra, não gera direito de 
representação. Exceção: se todos do mesmo grau 
estiverem impedidos também. 
 
Nesse caso, todos do mesmo grau estão impedidos de 
alguma forma de receber a herança. Assim, cada neto 
receberá sua quota por cabeça (direito próprio). 
 
Aqui, o herdeiro vivo recebe seu quinhão por direito 
próprio ½ da herança, como se o irmão renunciante não 
existisse. Os filhos do herdeiro pré-morto recebem sua 
quota parte do quinhão de seu genitor (½ : ½ = ¼), por 
representação. 
 
Se o único herdeiro renunciar (todo1º grau), seus filhos 
receberão a herança por direito próprio por cabeça. 
Não se trata de representação. 
De cujus
1/3 direito 
próprio
Indigno
1/3
Deserdado
1/6 1/6
De cujus
Pré-morto
1/4
Indigno
1/4
Renunciou
1/4 1/4
De cujus
Renunciou
Não pode 
representar
1/2 Pré-morto
1/4 1/4
De cujus
Renunciou
1/3 1/3 1/3
De cujus
1/3 Pré-morto
Renunciou
1/6 1/6
1/3
OBS: Se o de cujus for casado com comunhão de bens, o 
patrimônio será dividido pela metade, pois a outra 
meação será do cônjuge supérstite. 
Nesse caso, os herdeiros de 1º grau recebem por direito 
próprio por cabeça, ao passo que os bisnetos dividem o 
quinhão de seu avô por representação, vez que a 
renúncia de seu genitor não foi em relação ao de cujus. 
ORDEM DA SUCESSÃO LEGÍTIMA 
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na 
ordem seguinte: 
I - aos descendentes, em concorrência com o 
cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o 
falecido no regime da comunhão universal, ou no da 
separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo 
único); ou se, no regime da comunhão parcial, o 
autor da herança não houver deixado bens 
particulares; 
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
III - ao cônjuge sobrevivente; 
IV - aos colaterais. 
O cônjuge não concorrerá com os descendentes se for 
casado com o regime de separação obrigatória de bens 
e comunhão universal, ou se, no regime da comunhão 
parcial, não tiver deixado bens particulares. A lógica é 
que: se os cônjuges tiverem patrimônio comum, o 
cônjuge supérstite não herdará, visto que já tem a 
meação. 
Nas hipóteses do regime de comunhão parcial, 
separação total convencional e separação final dos 
aquestos, o cônjuge concorre com os herdeiros 
SOMENTE em relação aos bens particulares (no caso de 
separação total não haverá bens comuns, somente 
particulares). 
DIFERENÇA ENTRE CASAMENTO E UNIÃO 
ESTÁVEL NO DIREITO SUCESSÓRIO 
O Código Civil aos tratar da sucessão do companheiro, 
desigualava o cônjuge do companheiro. O STF, em 
março de 2017, igualou-os totalmente para efeitos 
sucessórios, tornando-se inaplicável o art. 1.790 do CC. 
No que diz ao direito sucessório, a diferente é que na 
união estável há como vantagem a dispensa das 
formalidades legais exigidas no casamento, porém, 
como desvantagem, há a possibilidade de contestação 
da alegada união estável, visto que o casamento 
proporciona maior segurança jurídica. 
SUCESSÃO DO DESCENDENTE 
A sucessão sempre se dá por classes e de maneira 
excludente, visto que o grau mais próximo exclui o mais 
remoto. 
A sucessão legítima ocorre quando alguém morre “ab 
intestato” ou quando, havendo testamento, este não 
abrange a totalidade dos bens. No direito das sucessões 
a afetividade entre os parentes é presumida, portanto 
sempre herdará o parente de grau mais próximo. 
CÔNJUGE E O DIREITO REAL DE HABITAÇÃO 
(ART. 1.831 CC) 
Se no acervo hereditário houver apenas um bem imóvel 
deixado, o cônjuge sobrevivente adquire o direito de 
usufruto vitalício, pois o imóvel será de propriedade dos 
descendentes. É um instituto assistencial, portanto 
independe do regime de bens do casamento. Se o de 
cujus tiver mais de um imóvel, o cônjuge sobrevivente 
não adquire o direito real de habitação. 
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes 
(art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão 
igual ao dos que sucederem por cabeça, não 
podendo a sua quota ser inferior à quarta parte 
da herança, se for ascendente dos herdeiros com que 
concorrer. 
 
O cônjuge sobrevivente receberá (concorrerá) como 
mais uma cabeça em relação aos bens particulares. 
De cujus
1/3 filho 1/3 filho
1/3 
cônjuge
De cujus
Filho Filho Filho Filho
1/4 
cônjuge
De cujus
Direito 
próprio 1/2
Renunciou
Não 
representa 
Não 
representa
Pré-morto
Representa 
1/2
Se o cônjuge supérstite for pai ou mãe de todos os 
filhos herdeiros, fica reservado a ele no mínimo ¼ da 
herança. 
Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau 
mais próximo excluem os mais remotos, salvo o 
direito de representação. 
Art. 1.834. Os descendentes da mesma classe têm os 
mesmos direitos à sucessão de seus ascendentes. 
Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem 
por cabeça, e os outros descendentes, por cabeça ou 
por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo 
grau. 
 
A renúncia, em regra, não gera direito de representação 
e o quinhão do herdeiro renunciante será acrescido ao 
dos demais herdeiros. 
 
De cujus
Direito 
próprio 1/3
Indigno
Representa 
1/6
Representa 
1/6
Pré-morto
Representa 
1/3
Resolução de questões de prova: 
1) Existe diferença entre as expressões herdeiro 
testamentário e sucessor testamentário? 
2) Leticia, viúva, deixou ao falecer três filhos: Samuel, 
que tem dois filhos, Lucas que tem um filho, e Maria 
que tem dois filhos. Lucas, que matou cruelmente a 
mãe, foi considerado indigno por sentença proferida em 
ação ordinária. Sabendo-se que Samuel renunciou à 
herança, pergunta-se quem sucederá a falecida? E em 
que modo? Como será feita a partilha de bens, 
explique. 
3) O que é comoriência? Quais as consequências de 
determinar-se que, em determinado caso houve 
comoriência? 
4) Maria Antônia e Alessandra vivem em união estável 
há seis anos. Durante a união, adquiriram um bem 
imóvel e um automóvel (mas residem no apartamento 
que Maria Antônia adquirira antes da união), além de 
móveis e utensílios domésticos. Adotaram, também um 
menino de 5 anos, Manoel. Alessandra quer pôr fim à 
união, mas Maria Antônia se nega a tratar do assunto. 
Alessandra te procura como advogado e pergunta: qual 
o procedimento para encaminhar o fim da união? Que 
direitos tenho em relação aos bens e à guarda de 
Manoel? 
5) Eleonora faleceu deixando como herança apenas 
uma coleção de jóias. Eduardo, seu único filho deseja 
abrir mão da herança a fim de beneficiar sua avó, mãe 
de Eleonora que é viúva. Qual o procedimento 
adequado e menos custoso ao fim pretendido por 
Eduardo? 
1. Belisario faleceu sem deixar descendentes nem 
ascendentes vivos. Viveu e morreu solteiro. Tem 
dois irmão, Dilma, solteira e sem filhos, e Felício, 
que tem dois filhos. Deixou também um tio, miro, 
irmão do seu pai. Sabendo-se que Dilma foi 
declarada indigna e que Felício renunciou a 
herança, responda: quem receberá a herança, de 
que modo e em que fração? 
2. Há diferença entre os conceitos herdeiro 
testamentário e legatário? Caso positiva a resposta, 
quais? Se negativa, por que? 
3. Marcos, casado com Joana, pai de Cleber e avô de 
Cintia (filha de Cleber), em seu testamento, 
deserdou Cleber, e deixou a totalidade de seus bens 
à sua amante Maria Luísa. Cintia, após a morte de 
seu avô, disputa a herança com Joana e Maria Luisa. 
Quem receberá a herança e de que modo? 
4. Osíris deseja deixar à sua mulher Ambrosina todos 
os seus bens disponíveis. Para isto, faz um 
testamento publico em que de fato deixa tudo para 
sua mulher. Após realizado o testamento, 
Ambrosina descobre que Osíris era um notívago 
compulsivo, que a traia com diversas mulheres. 
Ambrosina, então, com uma pá, agrediu fisicamente 
Osíris. Agora, depois de ter sofrido diversas ofensas 
físicas, não mais quer contemplar sua esposa em 
seu testamento e te procura como advogado para 
saber quais as opções. Como orientarias teu 
cliente? Justifique. 
5. Admite-se para, efeitos sucessórios, a 
concomitância da sucessão legitima com a 
testamentária. Certo ou errado? Justifique. 
 
Respostas das primeiras 5 questões: 
1) Existe sim diferença entre herdeiro 
testamentário e sucessor testamentário. 
Sucessor é gênero do qual herdeiro é uma 
espécie, portanto o sucessor testamentário, 
pode ser tanto um herdeiro como um legatário, 
sendo este aquele sucessor a quem o de cujus 
deixou um bem em específico. Ao passo que, o 
herdeiro é aquele que a lei define, conforme a 
ordem de sucessão do art. 1.821 do CC. E, 
apesar de a lei já o definircomo sucessor, esse 
herdeiro será testamentário quando o de cujus 
deixar testamento que o abrange. 
2) A renúncia não gera direito de representação, 
portanto nem Samuel nem seus filhos 
receberão qualquer parte da herança (Art. 
1.811 CC). Já quanto a indignidade, haverá 
direito de representação para os descendentes 
do indigno sucedendo-o como se morto fosse 
antes da abertura da sucessão. Dessa forma, 
como na classe dos descendentes do de cujus 
ainda há Maria, ela sucederá por direito 
próprio, recebendo 50% dos bens, já que houve 
a renúncia de Samuel. E os outros 50% ficarão 
para o filho de Lucas, por direito de 
representação a seu por que foi declarado 
indigno. 
3) A comoriência ocorre quando duas (ou mais) 
pessoas que são sucessores recíprocos morrem 
praticamente juntas e não se consegue precisar 
na perícia quem morreu primeiro, assim, se 
considera que morreram juntos. Com essa 
consideração (comoriência) surge consequência 
ao direito sucessório de forma que deverá fazer 
a sucessão de cada pessoa como se a outra 
tivesse morrido primeiro. 
4) O fim da união poderá ser reduzido mediante 
acordo entre as companheiras, o qual deverá 
ser levado a homologação judicial, tendo em 
vista os interesses do filho menor. Contudo, se 
Maria continuar a se negar em tratar do 
assunto, caberá ação de dissolução de união 
estável, na qual ela será citada e, caso não 
responder será julgado à sua revelia. Quanto 
aos bens, em primeiro lugar é necessário 
verificar se houve estipulação diversa do regime 
de bens entre as companheiras. Caso não haja, 
o regime legal é o de comunhão parcial, 
portanto o apartamento onde residem 
pertence a Maria, já que adquiriu antes da 
união e o automóvel e demais bens adquiridos 
após a união deverão ser divididos entre as 
companheiras. Já quanto a guarda de Manoel, 
as companheiras poderão acordar a este 
respeito, optando pela guarda compartilhada 
ou unilateral, ou caso não haja acordo, o juiz é 
que decidirá como beneficiar o menor. 
5) Em primeiro lugar é necessário dizer que a 
renúncia translativa não é admitida, sendo esta, 
a renúncia pelo qual o renunciante determina 
para quem ele quer que vá o seu quinhão; Isso 
na verdade é uma aceitação seguida de cessão. 
Mas no caso apresentado Eleonora não possui 
cônjuge ou companheiro e Eduardo é filho 
único. Diante disso, dispõe o artigo 1.810 do CC, 
que a parte do herdeiro renunciante acresce à 
dos outros da mesma classe, mas sendo ele o 
único da classe, devolve-se aos da subsequente. 
Portanto, sabendo que o ascendente é o 
próximo depois dos descendentes na ordem da 
sucessão, basta que Eduardo renuncie a 
herança expressamente por instrumento 
público, que é o procedimento menos custoso e 
a herança passará integralmente à sua avó já 
que é viúva. 
 
Sucessor Testamentário: quem recebe a vocação 
hereditária por força da disposição de última vontade 
do de cujus (testamento chama à herança) pode ser 
herdeiro ou legatário. 
Herdeiro Testamentário: recebe uma universalidade de 
bens por testamento, todo o patrimônio do de cujus ou 
quota parte deste. 
Herdeiro Legítimo: é chamado à suceder pela lei, a 
vocação hereditária vem de determinação legal. 
Sucessor à título singular: também chamado de 
legatário, sucede o de cujus por força de disposição de 
última vontade (testamento) em determinado bem ou 
relação jurídica destacada do espólio, individualmente 
determinada.

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