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A2 - Literatura Brasileira Colonial e Romântica

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11/12/2022 19:16 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7938242/ceef0bea-6d52-11e9-ad3e-0242ac11001e/ 1/9
Local: Sala 2 - TJ - Prova On-line / Andar / Polo Tijuca / POLO UVA TIJUCA
Acadêmico: EAD-IL80071-20224A
Aluno: BEATRIZ DE ASSIS DE CARVALHO
Avaliação: A2-
Matrícula: 20191302401
Data: 3 de Dezembro de 2022 - 08:00 Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 9,50/10,00
11/12/2022 19:16 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7938242/ceef0bea-6d52-11e9-ad3e-0242ac11001e/ 2/9
1  Código: 33346 - Enunciado: “O reconhecimento da cidadania indígena brasileira e,
consequentemente, a valorização das culturas indígenas possibilitaram uma nova consciência
étnica dos povos indígenas do Brasil. Ser índio transformou-se em sinônimo de orgulho
identitário. Ser índio passou de uma generalidade social para uma expressão sociocultural
importante do país. Ser índio não está mais associado a um estágio de vida, mas à qualidade, à
riqueza e à espiritualidade de vida. Ser tratado como sujeito de direito na sociedade é um marco
na história indígena brasileira, propulsor de muitas conquistas políticas, culturais, econômicas e
sociais.”(LUCIANO, G. S. O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no
Brasil de hoje. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional, 2006. p. 38-39. Disponível em:
<https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000154565>. Acesso em: 10 dez. 2018.) Pelo excerto
acima, de seção intitulada “Identidade indígena: o orgulho de ser índio”, do livro O índio
brasileiro, de autoria de Gersem dos Santos Luciano, pode-se inferir que: 
 a) No plano econômico, os indígenas continuam sendo reprimidos, marginalizados,
dominados, não restando outra alternativa senão integrar-se ao sistema produtivo capitalista.
 b) A escravidão indígena se manifestava nos tempos atuais pela recusa clara da sociedade
brasileira em reconhecer quaisquer direitos, relegando os povos autóctones à margem.
 c) As conquistas apontadas demonstram que os povos indígenas, aos poucos, passavam a
encontrar um cenário menos repressivo, com o reconhecimento de sua contribuição ampla para
a sociedade brasileira.
 d) Do ponto de vista cultural, os indígenas nunca foram reconhecidos como produtores de
cultura, nem sequer em tempos modernos, o que os impele, sem exceção, a uma profunda crise.
 e) As terras tradicionais dos indígenas jamais foram reconhecidas no plano político; assim,
todos os povos continuam a ser impulsionados para a fronteira e da sociedade e a exclusão.
Alternativa marcada:
c) As conquistas apontadas demonstram que os povos indígenas, aos poucos, passavam a
encontrar um cenário menos repressivo, com o reconhecimento de sua contribuição ampla para
a sociedade brasileira.
Justificativa: Resposta correta: As conquistas apontadas demonstram que os povos indígenas,
aos poucos, passavam a encontrar um cenário menos repressivo, com o reconhecimento de sua
contribuição ampla para a sociedade brasileira.Segundo a publicação acima referida, os povos
indígenas no Brasil viviam, à época, um momento “especial de sua história no período pós-
colonização” (p. 39), visto que suas conquistas eram palpáveis do ponto de vista político,
econômico, social e cultural, o que inclui o plano da representação literária. Distratores:A
escravidão indígena se manifestava nos tempos atuais pela recusa clara da sociedade brasileira
em reconhecer quaisquer direitos, relegando os povos autóctones à margem. Errada, pois não se
poderia falar, conforme a publicação aponta, em uma exclusão e em uma marginalização sem
outras possibilidades de avanço social; pelo contrário, os povos indígenas, no início do novo
milênio, vinham sendo cada vez mais estudados, defendidos e representados.As terras
tradicionais dos indígenas jamais foram reconhecidas no plano político; assim, todos os povos
continuam a ser impulsionados para a fronteira e da sociedade e a exclusão. Errada, pois havia,
em 2006, a sensação de uma trajetória de reconhecimento dos direitos dos povos autóctones à
terra, direito esse que foi reconhecido pela Constituição de 1988. Entretanto, o reconhecimento
desse direito conflita-se com o interesse de supostos proprietários interessados em sua
exploração.No plano econômico, os indígenas continuam sendo reprimidos, marginalizados,
dominados, não restando outra alternativa senão integrar-se ao sistema produtivo capitalista.
Errada, pois essa alternativa vai de encontro ao que é afirmado pelo texto, pois, segundo a
publicação, há possibilidades claras e viáveis que não a institucionalização da repressão, o que
inclui reconhecimento de direitos econômicos, sociais e culturais dos povos originários da terra
brasileira.Do ponto de vista cultural, os indígenas nunca foram reconhecidos como produtores de
cultura, nem sequer em tempos modernos, o que os impele, sem exceção, a uma profunda crise.
Errada, pois, segundo o texto referenciado, os povos indígenas vinham sendo beneficiados com a
implementação de políticas públicas que partem do princípio de que há direitos garantidos por
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lei, como o direito à terra, à educação e à saúde adequados, preparando inclusive as novas
gerações.
2  Código: 34908 - Enunciado: “Dentre os precursores, dois exemplos brasileiros surpreendem: a
maranhense Maria Firmina dos Reis e o baiano radicado em São Paulo Luiz Gama. [...] Já Luiz
Gama traz a público, também em 1859, suas Primeiras Trovas Burlescas de Getulino, em que não
apenas se apresenta como ʻOrfeu de carapinhaʼ e se refere respeitosamente à mulher negra, mas
também se ocupa em satirizar de modo impiedoso as elites escravocratas de seu tempo. Já
prevendo para seus escritos o lugar marginal ocupado mais tarde por outros afrodescendentes,
Gama afirma que seus textos se situam nas ʻabas do Parnaso.̓”(DUARTE, E. A. Literatura afro-
brasileira, configurações. Cândido, Revista da Biblioteca Pública do Paraná. Disponível em:
<http://www.candido.bpp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=994>. Acesso
em: 3 jan. 2019.)
Sobre o autor Luiz Gama (1830-1882), na trilha do excerto acima, pode-se inferir que:
 a) Luiz Gama, na condição de escritor tipicamente romântico, não apresenta elementos
reflexivos em sua obra, concentrando-se especialmente no louvor à amada.
 b) Luiz Gama empregava imagens satíricas para retratar a sociedade brasileira,
procedimento este que pode ser reconhecido como parte de estratégias de resistência pela
literatura.
 c) Chamado de “Orfeu de carapinha”, tinha especial apreço pela estética europeia, de modo
que não produziu estratégias particularmente inovadoras no contexto da literatura brasileira.
 d) O autor se via no centro da tradição da poesia do Ocidente, considerando-se um dos
nomes precursores do Parnasianismo no Brasil, ao lado de Olavo Bilac.
 e) Apesar de afrodescendente, discorrer sobre as injustiças sociais e de viver em período em
que há adensamento do movimento abolicionista, Luiz Gama não participa desse movimento.
Alternativa marcada:
b) Luiz Gama empregava imagens satíricas para retratar a sociedade brasileira, procedimento
este que pode ser reconhecido como parte de estratégias de resistência pela literatura.
Justificativa: Resposta correta: Luiz Gama empregava imagens satíricas para retratar a
sociedade brasileira, procedimento este que pode ser reconhecido como parte de estratégias de
resistência pela literatura.O conceito de “resistência”, trabalhado por Alfredo Bosi por meio de
ensaios críticos, pode ser bem empregado a Luiz Gama, visto que o autor procurou desenvolver
uma literatura que apresentava temas contundentes, como o tratamento dado ao escravo.
Distratores:Chamado de “Orfeu de carapinha”, tinha especial apreçopela estética europeia, de
modo que não produziu estratégias particularmente inovadoras no contexto da literatura
brasileira. Errada, pois Luiz Gama foi um abolicionista comprometido, com qualidades literárias
evidentes. Em sua poesia, procurou apresentar elementos que questionavam a organização
social da época e suas injustiças.Apesar de afrodescendente, discorrer sobre as injustiças sociais
e de viver em período em que há adensamento do movimento abolicionista, Luiz Gama não
participa desse movimento. Errada, pois Luiz Gama foi um dos principais nomes do movimento
abolicionista. Deixou um legado de questionamento das bases da sociedade escravocrata e das
estruturas que sustentavam uma grande desigualdade.O autor se via no centro da tradição da
poesia do Ocidente, considerando-se um dos nomes precursores do Parnasianismo no Brasil, ao
lado de Olavo Bilac. Errada, pois Luiz Gama foi um autor ligado ao Romantismo, tendo atuado
com afinco em processos de libertação de escravos na Província de São Paulo. Os versos do livro
Primeiras Trovas Burlescas do Getulino eram satíricos.Luiz Gama, na condição de escritor
tipicamente romântico, não apresenta elementos reflexivos em sua obra, concentrando-se
especialmente no louvor à amada. Errada, pois os poemas satíricos do autor, presentes sua
primeira obra vinda ao público, Primeiras Trovas Burlescas do Getulino, indicam bem que a
temática de sua obra era profundamente empenhada nos assuntos caros de seu tempo.
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3  Código: 32917 - Enunciado: Canção do exílio Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As
aves, que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm
mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à
noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá. Minha terra tem
primores,Que tais não encontro eu cá;Em cismar - sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu
lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra,Sem que volte
para lá;Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem qu'inda aviste as
palmeiras,Onde canta o Sabiá. (DIAS, G. Canção do exílio. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca
Nacional, s.d. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?
select_action=&co_obra=2112>. Acesso em: 18 out. 2018.) Diante disso, marque a alternativa que
apresenta os principais elementos românticos presentes no poema Canção do exílio, de
Gonçalves Dias.
 a) A natureza oferece o panorama para o encontro e a conciliação final entre história e
poesia.
 b) Há tratamento irônico distanciado do tema, como percebemos pelas negativas da última
estrofe.
 c) O afastamento radical aparece como solução para o sofrimento e a desventura causados
pelo exílio.
 d) Ecos e assonância representam literariamente o canto do “sabiá”, metáfora do
abolicionismo.
 e) A canção aborda a diferença entre o subjetivo e o objetivo, a perspectiva nacional e
estrangeira.
Alternativa marcada:
e) A canção aborda a diferença entre o subjetivo e o objetivo, a perspectiva nacional e
estrangeira.
Justificativa: Resposta correta: A canção aborda a diferença entre o subjetivo e o objetivo, a
perspectiva nacional e estrangeira.A canção aborda a diferença entre o subjetivo e o objetivo, a
perspectiva nacional e a estrangeira.Segundo Rouanet (1999, p. 22-23), o poema “proclama a
diferença entre o eu e o outro, o nacional e o estrangeiro – a polaridade norteadora da
construção de identidade (nacionalidade) no romantismo – que, além de serem reproduzidos
por vários outros poetas românticos, acabaram se institucionalizando de vez na letra do Hino
Nacional (apud FARIA, A. C. de. A fabricação do imortal: Gonçalves Dias e o mito de fundação da
identidade brasileira. Anais do XVI Encontro Regional de História da Anpuh-Rio: Saberes e
práticas científicas, XVI Encontro Regional de História, RJ, 28 jun. a 1º. ago. 2014. Disponível em:
<http://www.encontro2014.rj.anpuh.org/resources/anais/28/1400533667_ARQUIVO_Afabricacaodoimortal-
textoAndreaANPUH2014.pdf>. Acesso em: 18 out. 2018). Distratores:O afastamento radical
aparece como solução para o sofrimento e a desventura causados pelo exílio. Incorreta, pois
a canção do exílio aborda o afastamento entre o elemento subjetivo e o elemento objetivo, ou
entre o nacional e o estrangeiro. Não há, portanto, solução ou encontro, mas lamento pela
distância e pela ausência do nacional, que realça o aspecto formativo.Há tratamento irônico
distanciado do tema, como percebemos pelas negativas da última estrofe. Incorreta, pois não há
ironia e distanciamento no poema de Gonçalves Dias; de outro modo, o lamento pela distância
física aproxima aquilo que se ausenta, ou seja, a nação que lhe teria oferecido seus “prazeres”,
seus “primores ,̓ ou que dá morada à sua construção identitária.A natureza oferece o panorama
para o encontro e a conciliação final entre história e poesia. Incorreta, pois o poema não dá
anteparo para um encontro ou conciliação entre história e poesia; de outro modo, ressalta a
diferença, o afastamento entre tais elementos. A poesia narra a ausência física da nação,
realçando também as características eufóricas das terras brasileiras.Ecos e assonância
representam literariamente o canto do “sabiá”, metáfora do abolicionismo. Incorreta, pois, de
fato, há muitos procedimentos literários no nível fônico do poema, como rimas, ecos e
assonâncias; entretanto, não há qualquer perspectiva abolicionista presente nesse poema,
embora os brasileiros já começassem a questionar as bases do trabalho escravo.
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4  Código: 33325 - Enunciado: “A plasticidade social portuguesa — no esteio do pensamento de
Sérgio Buarque de Holanda — funciona como elemento decisivo para a consolidação do
processo de colonização por que passamos. Essa chave de entendimento permite pensar nos
Autos de Anchieta como reverberações de uma plasticidade religiosa – embora não se perca o
caráter dogmático da fé aqui aportada – que foi fundamental dentro da aculturação no colo
brasileiro.”(SILVA JÚNIOR, A. R. da; MEDEIROS, A. C. M. Micro-história do teatro colonial brasileiro:
Padre Anchieta e a Festa de São Lourenço. Revista Cena, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, n. 12, p. 4, 2012. Disponível em:
<https://seer.ufrgs.br/index.php/cena/article/view/24083/24315>. Acesso em: 18 dez.
2018). Considerando o artigo de autoria de Silva Júnior e Medeiros, pode-se afirmar que os autos
do Padre José de Anchieta colaboraram para:
 a) Ampliar o potencial econômico do teatro performático, de modo a torná-lo um produto a
ser comercializado.
 b) Compreender-se a importância de se efetivar um processo de tradução de culturas, o que
incluía o plano simbólico.
 c) Contradizer a investida histórica dos europeus, visto que eles queriam ensinar
pacificamente, e sem violência, seu modo de vida.
 d) Afastar definitivamente conquistados e conquistadores, de modo a dar ênfase apenas ao
plano econômico da colonização.
 e) Desenvolver um senso crítico sobre a inserção social do indígena na empresa colonial, a
fim de questioná-la.
Alternativa marcada:
c) Contradizer a investida histórica dos europeus, visto que eles queriam ensinar pacificamente,
e sem violência, seu modo de vida.
Justificativa: Resposta correta: Compreender-se a importância de se efetivar um processo de
tradução de culturas, o que incluía o plano simbólico.Como o próprio texto afirma em seguida, à
mesma página: “O caráter ʻdúctil ,̓ flexível, moldável do catolicismo lusitano (FREYRE, 2000)
permitiu que os jesuítas – segmento mais intelectualizado e politizado da Igreja –
transformassem os catecúmenos em atores, o altar em palco, a missa em peça ea pregação em
atuação. [...] Atrelá-las à simbologia indígena, rearticular a catequese e penetrar no imaginário
do outro para converter e conquistar – no esteio do que nos ensinaram os retratistas – foi o maior
exercício etnográfico do Jesuíta.”(SILVA JÚNIOR, A. R. da; MEDEIROS, A. C. M. Micro-história do
teatro colonial brasileiro: Padre Anchieta e a Festa de São Lourenço. Revista Cena, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, n. 12, p. 4, 2012. Disponível em:
<https://seer.ufrgs.br/index.php/cena/article/view/24083/24315>. Acesso em: 18 dez. 2018.) Ou
seja, resta claro que o teatro de Anchieta colaborou para aproximar dois mundos muito diversos,
construindo seus próprios significantes, baseados na performance teatral que colocava lado a
lado conquistados e conquistadores. Distratores:Desenvolver um senso crítico sobre a inserção
social do indígena na empresa colonial, a fim de questioná-la. Errada, pois não é possível afirmar
que a produção simbólica da época, articulada em preceitos muito distantes da ideia de crítica e
de construção da convivência equânime entre os povos, pudesse ser crítica ou questionadora
das bases político-sociais da época.Ampliar o potencial econômico do teatro performático, de
modo a torná-lo um produto a ser comercializado. Errada, pois o teatro performático não
constituía um produto a ser comercializado, mas, sim, era uma engrenagem importante para
conduzir a aproximação dos “brancos civilizados” com relação aos povos autóctones, que
deveriam ser catequizados.Afastar definitivamente conquistados e conquistadores, de modo a
dar ênfase apenas ao plano econômico da colonização. Errada, pois fazia parte do intuito do
processo colonial aproximar-se dos povos originários para estabelecer relações produtivas com
estes; assim sendo, não poderia haver “afastamento definitivo”, sobretudo quando a conquista se
efetivava.Contradizer a investida histórica dos europeus, visto que eles queriam ensinar
pacificamente, e sem violência, seu modo de vida. Errada, pois o artigo não coloca que os
jesuítas colaboraram para contradizer uma investida histórica, nem mesmo que haveria um
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11/12/2022 19:16 Ilumno
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intuito pedagógico de “ensinar um determinado modo de vida”. O texto mostra como
significantes eram repactuados na performance.
5  Código: 33107 - Enunciado: "A mensagem cristã de base, pela qual todos os homens são
chamados filhos do mesmo Deus, logo, irmãos, contraria, em tese, as pseudo-razões do
particularismo colonial: este fabrica uma linguagem utilitária, fatalista, no limite racista, cujos
argumentos interesseiros calcam o discurso do opressor. Ou seja, as razões orgânicas da
conquista, que, com poucas variantes, se reproporia em escala até a última fase do imperialismo
colonial a partir dos fins do século XIX."(BOSI, A. Dialética da colonização. 3. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1992, p. 36.) Com base na afirmação acima sobre a sermonística do Padre
Antônio Vieira, realizada por Alfredo Bosi, pode-se generalizar como fundamento da Literatura
Brasileira no século XVII:
 a) Os escravizados eram estimulados a se rebelarem contra a estrutura colonial, a ponto de
vislumbrarem a possibilidade de abolição da escravatura nos seiscentos.
 b) As narrativas simbólicas apresentavam autonomia completa com relação à função
econômica dos nativos, visto que eles tinham uma sociedade própria.
 c) Indígenas e afrodescendentes eram representados de modo semelhante, com destaque
para posição de questionamento das estruturas coloniais.
 d) A existência de uma pedagogia relacionada à cristianização, orientando as práticas
sociais de modo a organizar a sociabilidade dos povos indígenas para a empresa colonial.
 e) Povos, línguas e culturas não são representados na literatura do período, embora
houvesse um conjunto epistolar fortemente ancorado na realidade da colônia.
Alternativa marcada:
d) A existência de uma pedagogia relacionada à cristianização, orientando as práticas sociais de
modo a organizar a sociabilidade dos povos indígenas para a empresa colonial.
Justificativa: Resposta correta: A existência de uma pedagogia relacionada à cristianização,
orientando as práticas sociais de modo a organizar a sociabilidade dos povos indígenas para a
empresa colonial.O termo “pedagogia religiosa” é empregado por estudiosos da Literatura
Colonial para compreender aspectos da tessitura literária do período, articulando pedagogia e
conversão religiosa. Distratores:Os escravizados eram estimulados a se rebelarem contra a
estrutura colonial, a ponto de vislumbrarem a possibilidade de abolição da escravatura nos
seiscentos. Incorreta, pois a escravidão colonial, quando trabalhada literariamente, visava
sobretudo à integração do elemento autóctone ou afrodescendente aos desígnios da empresa
colonial.As narrativas simbólicas apresentavam autonomia completa com relação à função
econômica dos nativos, visto que eles tinham uma sociedade própria. Incorreta, pois as
narrativas simbólicas, como peças ou sermões, procuravam efetuar uma espécie de tradução
intercultural, com objetivo de integrar os excluídos como elemento produtivo.Indígenas e
afrodescendentes eram representados de modo semelhante, com destaque para posição de
questionamento das estruturas coloniais. Incorreta, pois não havia uma similaridade, muito
menos questionamento; os indígenas eram vistos como passíveis de conversão, ao passado que
africanos deveriam contribuir para o sistema produtivo.Povos, línguas e culturas não são
representados na literatura do período, embora houvesse um conjunto epistolar fortemente
ancorado na realidade da colônia. Incorreta, pois povos, línguas e culturas eram representados
em peças teatrais e em sermões, ao menos de modo indireto. Destaque para o período deve-se
dar aos sermões de Padre Antônio Vieira.
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11/12/2022 19:16 Ilumno
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6  Código: 33338 - Enunciado: “Maria Firmina dos Reis foi desconsiderada durante mais de um
século pela historiografia literária canônica. Nesse período, conforme registra seu biógrafo José
Nascimento Moraes Filho, em Maria Firmina, fragmentos de uma vida, dentre os conterrâneos,
apenas dois a citaram: o historiador Ribeiro do Amaral que, no artigo `A Imprensa no Maranhão:
jornais e jornalistas`, publicado na Revista Tipográfica, em 1913, cita a poetisa Firmina entre os
colaboradores do Semanário Maranhense, esquecendo ou ignorando a prosadora. E Jerônimo de
Viveiros que, no artigo `Quadros da vida maranhense`, publicado no Jornal do dia, em 1963,
considera Úrsula o segundo romance publicado no Maranhão.”(OLIVEIRA, A. B. de. Gênero e
etnicidade no romance Úrsula, de Maria Firmina dos Reis. Belo Horizonte: Universidade Federal
de Minas Gerais, 2007. p.15.) Sobre a autora Maria Firmina dos Reis, tendo por base a pesquisa de
mestrado de Adriana Barbosa de Oliveira, pode-se desenvolver a seguinte apreciação crítica: 
 a) Influenciou o movimento literário modernista por seu romance fragmentário, tendo
participado presencialmente da Semana de Arte Moderna a convite de seus amigos modernistas.
 b) Foi uma grande romancista, aplaudida em seu tempo, admirada por escritores como
Machado de Assis, o que colaborou para sua consagração e sua entrada na Academia Brasileira
de Letras.
 c) Escreveu a trágica história de um amor impossível, empregando recursos como
linearidade e presença de elementos góticos, bem como colocando em debate “o ser mulher” e o
“ser negro”.
 d) Trata-se de uma escritora brasileira tipicamente romântica, com seus temas míticos e
nacionais, reconhecida pelo diálogo que estabelece com o cânone da literatura brasileira.
 e) Morreu desconhecida, e seu livro Úrsula só foi publicado postumamente, como ocorreu
com muitas escritoras do período, graças ao empenho de amigos para que suaobra fosse lida e
divulgada.
Alternativa marcada:
c) Escreveu a trágica história de um amor impossível, empregando recursos como linearidade e
presença de elementos góticos, bem como colocando em debate “o ser mulher” e o “ser negro”.
Justificativa: Resposta correta: Escreveu a trágica história de um amor impossível, empregando
recursos como linearidade e presença de elementos góticos, bem como colocando em debate “o
ser mulher” e o “ser negro”.Maria Firmina dos Reis, professora, é considerada a primeira
romancista brasileira. Praticou vários gêneros (romance, poesia, composições musicais, ensaios
etc.) e, na condição de educadora e afrodescendente, participou da causa abolicionista no
Brasil.Distratores:Trata-se de uma escritora brasileira tipicamente romântica, com seus temas
míticos e nacionais, reconhecida pelo diálogo que estabelece com o cânone da literatura
brasileira. Errada, pois, pelo contrário, como afirma a Adriana Barbosa de Oliveira, Maria Firmina
dos Reis distanciava-se da linhagem da literatura brasileira romântica por não trabalhar com a
formação do país e com a criação de mitos da nacionalidade. Foi uma grande romancista,
aplaudida em seu tempo, admirada por escritores como Machado de Assis, o que colaborou para
sua consagração e sua entrada na Academia Brasileira de Letras. Errada, pois Maria Firmina dos
Reis nasceu e viveu em Maranhão, de modo que não participou da sociabilidade literária situada
no Rio de Janeiro, então capital federal. A ABL não permitia, ademais, a participação
feminina. Influenciou o movimento literário modernista por seu romance fragmentário, tendo
participado presencialmente da Semana de Arte Moderna a convite de seus amigos modernistas.
Errada, pois um dos aspectos da ficção da autora é sua linearidade cronológica, com
estruturação simples. Assim sendo, não poderia influenciar modernistas. Morreu no Maranhão
em 1917, ao passo que a Semana de Arte Moderna aconteceu em 1922. Morreu desconhecida, e
seu livro Úrsula só foi publicado postumamente, como ocorreu com muitas escritoras do
período, graças ao empenho de amigos para que sua obra fosse lida e divulgada. Errada, pois
o romance Úrsula foi publicado em 1859, com pseudônimo “uma maranhense”. Desse modo, não
foi póstumo. Muito anos depois, em 1975, haveria a publicação fac-similar, conduzida por
Horácio de Almeida.
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11/12/2022 19:16 Ilumno
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7  Código: 33312 - Enunciado: Era um sonho dantesco... o tombadilhoQue das luzernas avermelha o
brilho.Em sangue a se banhar.Tinir de ferros... estalar de açoite...Legiões de homens negros como a
noite,Horrendos a dançar... Negras mulheres, suspendendo às tetasMagras crianças, cujas bocas
pretasRega o sangue das mães:Outras moças, mas nuas e espantadas,No turbilhão de espectros
arrastadas,Em ânsia e mágoa vãs! E ri-se a orquestra irônica, estridente...E da ronda fantástica a
serpenteFaz doudas espirais ...Se o velho arqueja, se no chão resvala,Ouvem-se gritos... o chicote
estala.E voam mais e mais... (ALVES, C. O Navio Negreiro. Disponível em:
<https://www.livrariapublica.com/2017/01/o-navio-negreiro.html>. Acesso em: 29 out.
2018.) Com base na leitura do trecho do longo poema O Navio Negreiro, do escritor romântico
Castro Alves, é possível afirmar que o autor colaborou para aliar literariedade e senso crítico no
que concerne à inserção subalterna do negro na sociedade brasileira? Justifique sua resposta,
enfocando procedimentos poéticos empregados pelo poeta romântico (por exemplo, pode-se
mencionar figuras de linguagem como metáforas, metonímias, comparações, paradoxos, ritmo,
rimas, aliterações, assonâncias etc.).
Resposta:
Sim. Castro Alves tentou apresentar um retrato da realidade experimentada pelos negros durante
as viagens nos navios que os traziam para o sistema escravocrata. O poeta utilizou muito bem de
procedimentos poéticos para passar aos leitores os horrores que lá aconteciam. Abaixo destaco
alguns:
Rimas:
"Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho."
Comparações:
"Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar..."
Metáforas:
"Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!"
Justificativa: Expectativa de resposta:O poema O Navio Negreiro, de Castro Alves, é considerado
um dos mais importantes do Romantismo. Também, o texto costuma figurar como um dos mais
impactantes da nossa literatura. O autor muda a ênfase que se costumava oferecer a mitos
heroicos relacionados à construção da nacionalidade, que tendia a enfocar personagens
históricos de origem portuguesa ou indígena. Além de apresentar o negro, vítima da escravidão,
de modo problemático, o faz por meio de uma linguagem literariamente trabalhada, com
procedimentos poéticos que reforçam a força de um conteúdo pungente. No trecho assinado,
observe-se como os sons plosivos (com consoantes /p/, /t/, /k/. /b/, /d/ e /g/) representam os
espancamentos sofridos pelo negro, de modo a enfatizar a dor sofrida do sujeito desprovido de
cidadania em um país em a instituição da escravidão estava, apesar de todos os
questionamentos na esfera pública, ainda legalmente presente.
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8  Código: 33144 - Enunciado: “A ideia de um registro sociológico atravessando cronologicamente
um tempo vazio e homogêneo é uma analogia exata da ideia de nação, que também é concebida
como uma comunidade sólida percorrendo constantemente a história, seja em sentido
ascendente ou descendente.”(ANDERSON, B. Comunidades imaginadas: Reflexões sobre a
origem e a difusão do nacionalismo. Tradução de Denise Bottman. São Paulo: Companhia das
Letras, 2008. p. 56). Diante disso, apresente, no mínimo, duas características que justifiquem
interpretar a nação no contexto de um projeto de “narração de uma comunidade imaginada”,
segundo a perspectiva de Benedict Anderson. 
Resposta:
Para Benedict Anderson, o conceito de nação é abstrato e aberto a interpretações, por isso
destaco como características: a história de um povo e a interação social da comunidade.
Comentários: Oi, Beatriz: Você verá que o gabarito exemplifica com as obras de José de Alencar e
Gonçalves Dias, por considerar tais autores como responsáveis por uma comunidade imaginada
no projeto literário do nosso Romantismo. Leia o gabarito com atenção, ok?
Justificativa: Expectativa de resposta:Os grandes representantes do nacionalismo literário
brasileiro são José de Alencar e Gonçalves Dias. Embora apresentem uma literatura com certo
grau de complexidade na figuração do indígena, é inegável que suas obras se inscrevem em um
projeto literário claro, qual seja: buscar a representação autêntica do elemento indígena, de
modo a “fundar” uma Literatura Brasileira independente da Literatura Portuguesa, a metrópole
do período colonial. Ainda mais, enquadram-se em uma perspectiva nacionalista vigente em
países europeus, como França e Portugal. Dentre as obras que podem ser mencionadas,
destacamos: Canção do exílio, de Gonçalves Dias (poema escrito em 1843, em Coimbra,
Portugal); A Confederação dos Tamoios (poema épico, 1857), de Gonçalves de Magalhães; e os
seguintes romances de José de Alencar: O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874), que,
juntos, compõem a trilogia indigenista.
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