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Ceratoconjuntivite infecciosa bovina e Oftalmia ovina: Ceratoconjuntivite infecciosa bovina: Definição: CIB, Pinkeye, Infectious Bovine Keratoconjuntivitis, ocular moraxellosis Principal doença oftálmica de bovinos; Afeta criações de ruminantes em todo o mundo; Perdas econômicas e complicações/seqüelas. Leva a ceratite, conjuntivite, cegueira. Ocorrência de surtos. Muito contagiosa. Vetores: moscas (fica nas patas até 72h). Também chamada Moraxelose ocular. Pode durar até 100 dias e pode afetar os 2 olhos. Pode causar até mesmo exoftalmia. Perdas: 7,7 kg quando um olho é afetado e até 30 kg quando há o envolvimento dos dois olhos. Nos EUA:10 milhões de bovinos/ano à 150 milhões de dólares de prejuízo (SNOWDER et al., 1998). Etiologia: Moraxellacea, Gram -, cocos em pares, produzem hemólise Moraxella bovis*, Moraxella bovoculli, Moraxella ovis. Pode ter infecção mista. Sobre vacinação: as vacinas não cobrem todas as 3 espécies. Produção de enzimas como hemolisina que causa lesão na célula da córnea. Causa hemólise em ágar sangue. Fatores de virulência: Cepas patogênicas possuem fímbrias (pili): aderência *As que não tem pili não são patogênicas. Variabilidade do Ag da fímbria em cada região geográfica: Tipos Q (colonização/adesão) e I (persistência no local da infecção) Q x células da córnea x luz UV Expressão pode ser alternada. Q = rápido; I = intermediário (para persistir ali e criar biofilme). Luz solar – aumenta células escuras na córnea que são as células alvo. 7 sorogrupos: baseado nos antígenos do pili (baixa proteção cruzada) Hemolisina (β-hemolisina) à corneotóxica e leucotóxica Exotoxinas: Dermonecrotoxina, colagenase, DNAse e fosfolipase Cepas piliadas e hemolíticas casos agudos da doença. Isolados não-piliados e não-hemolíticos animais convalescentes e portadores. Somente cepas piliadas podem causar sinais clínicos. Luz UV do sol aumenta o número de células escuras = alvo da Moraxella bovis. Relações antigênicas: Diferentes sorogrupos diferenças nos antígenos das fímbrias. Baixa reatividade sorológica cruzada entre os sorogrupos. Mais de um grupo sorológico pode estar presente na microbiota ocular. Epidemiologia: Doença altamente contagiosa! Alta morbidade; Ocorrência na forma de surtos; 80% do rebanho afetado em 3 semanas; Período de incubação: 1 a 3 dias; Baixa mortalidade. Transmissão por vetores (moscas) - M. bovis sobrevive por até 72h nas patas das moscas por fômites contato direto. Portadores e biofilmes. Fatores predisponentes: Idade (mais novos – sem imunidade). Susceptibilidade racial Bos taurus X Bos indicus (possui mais lisozima – lágrima) Pigmentação (sem relação e sim com susceptibilidade racial). Clima (locais quentes e úmidos) Presença de vetores Condições ambientais (traumatismos oculares; poeira e vento – traumatismos; pastagem muito alta). Imunossupressão. Alta densidade populacional. Deficiência de vitaminas. Pode formar biofilme na conjuntiva ocular e canal ocular. Se obstrui o conduto lacrimal – lacrimeja mais ainda. Outras espécies Isolamento de M. bovoculi e Moraxella sp. em equinos. Patogenia: 1) Cornea normal que sofre exposição a luz U.V. ou vírus da IBR e M. bovis. O resultado é uma lesão e separação das células do epitélio. 2) M. bovis coloniza o epitélio. 3) A bactéria invade o estroma da cornea e neutrófilos são atraídos para a área infectada. Os neutrófilos liberam colagenase aumentando assim o tamanho e a profundidade da úlcera. 4) Perfuração profunda da córnea, resulta em prolapso de íris. Sinais clínicos: Lacrimejamento Fotofobia Ceratite Conjuntivite Opacidade de córnea Cegueira Blefaroespasmo Sinais clínicos: Evolução FASE 1 3 a 5 dias após infecção Lacrimejamento intenso Edema da conjuntiva Blefarospasmo Fotofobia Conjuntivite Redução de apetite Dor moderada FASE 2 24 - 48 após primeiras sinais Opacidade de córnea localizada Vascularização adventícia Dor FASE 3 5 a 7 dias Opacidade total da córnea Úlcera de córnea Disseminação da infecção para o interior do olho Deposição de fibrina Contaminação secundária Secreção purulenta **Em condições experimentais as lesões podem persistir por 102 dias. FASE 4 Recuperação 3 a 5 semanas Complicações Perfuração da córnea; Descemetocele; Prolapso de íris.
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