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4- Agravo

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Excelentíssimo Juízo de Direito da 3 Vara Cível da Comarca de Sobral – CE.Luiza Suiara Albano Montezuma
Direito Estagio I – Tarde – E/AB
Prof. Diego Peterson
Processo Nº00008
Jose da Silva, já devidamente qualificado nos autos acima epigrafado, vem perante Vossa Excelência interpor o presente recurso de Agravo de Instrumento, pelas razões fáticas e jurídicas que passa a expor para ao final requer o que segue:
Conforme teor do Art. 1018, § 1º do CPC requer que Vossa Excelência se digne em exercer juízo de retratação para considerando os documentos apresentados comprovando a necessidade de tutela de urgência.
Requer caso não seja exercido o direito de retratação que seja encaminhado o presente agravo de instrumento para julgamento pela instância superior.
Nestes termos pede deferimento.
Sobral, 01 de junho de 2022.
Luiza Suiara Albano Montezuma
OAB 45677
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Ínclitos Desembargadores.
Razões Recursais.
1 – Resumo dos fatos:
José da Silva, passando por sérias dificuldades econômicas, participou de concurso público para o cargo de delegado de polícia, foi aprovado e nas fases iniciais do concurso, o candidato foi submetido a exames médicos, através dos quais se constatou a existência de tatuagem em suas costas. Foi eliminado do concurso em detrimento desse fato.
Após o ocorrido José da Silva ajuizou ação sob o rito comum em face do Estado, na qual requereu a título de tutela provisória de urgência a anulação do ato administrativo que o eliminou do concurso; e, no mérito, que lhe fosse deferida a possibilidade de realizar as demais etapas do certame, com vaga reservada.
Ocorre que o juízo de primeira instância indeferiu a tutela provisória pleiteada sob o fundamento de que a anulação do ato de eliminação e de reserva de vaga não seria possível, uma vez que isso significaria atraso na conclusão do certame e que a Administração Pública possui poder discricionário para decidir quais são as restrições aplicáveis àqueles que pretendem ingressar na referida carreira pública estadual.
2 – Fundamentos Jurídicos:
2.1 - Cabimento do Recurso:
Conforme Art. 1015, V do CPC: Cabe agravo de instrumento das decisões interlocutórias que negarem pedido Tutela Provisória.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
2.2 - Tempestividade do Recurso:
Considerando que a decisão que que denegou a tutela requerida foi publicada no dia 30 de maio de 2022, resta devidamente comprovada a tempestividade do presente recurso, uma que o prazo para interposição do mesmo é de 15 dias, conforme determinação do Art. 1003, § 5º do CPC.
2.3 - Preparo recursal:
Reitera o agravante que não tem condições de pagar as custas judiciais sem prejuízo do próprio sustento e de sai família pelo que requer o deferimento dos benefícios gratuidade judicial para o presente recurso conforme documentos anexados
2.4 – Razões Recursais:
O agravo é cabível, pois se trata de contestar decisão interlocutória na qual o juiz indefere o pedido de Tutela Provisória do réu.
Vale também afirmar que o disposto no art.527, II sobre o agravo ser convertido em retido não deve ocorrer pois no mesmo dispositivo faz a ressalva de que quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação não deve ser considerado tal feito. O examinado perderia o concurso caso não seja deferido seu pedido.
Os argumentos utilizados pelo Juiz foram equivocados pois existem os princípios da adequação/proporcionalidade/razoabilidade que delimitam o poder discricionário da administração afinal, ter tatuagem não tem correlação alguma com a profissão de um médico.
Sobre o argumento de que é discricionário a Administração Pública as restrições aplicáveis aos que pretendem ingressar em carreira pública, também está equivocado, essa afirmação por fere os princípios da legalidade e das violações a cargos públicos, ao contrário disso, deve haver previsão legal para determinar tais restrições conforme os art. 37,I e II da CF/88 que asseguram que só pode ser exigidos requisitos diferentes de acesso quando a natureza ou complexidade do cargo a ser ocupado o exigirem.
Outro argumento utilizado pelo juiz foi sobre o atraso na conclusão do certame caso houvesse anulação do ato e de reserva de vaga, mas, não houve esse pedido, somente o pedido do direito do agravante prestar as demais fases do concurso
O artigo CPC, art. 527, III c/c art. 558 assegura o pedido da tutela em sede recursal com efeito suspensivo ativo pois há o periculum in mora já que poderá causar lesão grave e irreparável afinal o autor da presente ação pode perder o concurso e há também risco ao resultado útil do processo pois há violação ao princípio da legalidade e livre acesso a cargos públicos e da proporcionalidade como já supracitado (art. 37, I e II da CF/88).
3 – Requerimentos:
Diante do exposto requer que seja julgado totalmente procedente o presente recurso de agravo de instrumento para o fim de conceder o direito a tutela provisória ao agravante para que este possa realizar as demais fases do certame,
Nestes termos pede e espera deferimento.
Sobral, 01 de junho de 2022.
Luiza Suiara Albano Montezuma
OAB 45677

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