Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 CLASSIFICAÇÃO IRA ESTÁGIO 1 • Creatinina ≥ 0,3 nas ultimas 48h OU • ⬆ creatinina 1,5 a 1,9x o valor de base nos últimos 7 dias OU • Débito Urinário < 0,5 por > 6h IRA ESTÁGIO 2 • ⬆Creatinina 2,0 a 2,9x o valor de base nos últimos 7 dias • Débito Urinário < 0,5 por ≥12h IRA ESTÁGIO 3 • Creatinina ≥ 4,0 OU • ⬆Creatinina 3x o valor de base nos últimos 7 dias • Débito Urinário < 0,3 por ≥ 24h • Anuria ≥ 12h ETIOPATOGÊNIA PRÉ-RENAL MECANISMO: ↓ perfusão renal (↓ vol. sanguíneo intravascular / vasodilatação / ↓ DC) = ↓ TFG • REFLEXO MIOGÊNICO: ⬆ liberação de prostaglandinas = vasodilatação da arteríola aferente = facilita a passagem sanguínea e melhora a perfusão renal • Ativação do SN simpático = vasoconstrição periférica = ⬆ RVP • ⬆ ADH: vasoconstrição periférica + ⬆ reabsorção de sódio e água RENAL MECANISMO: Isquemia prolongada e/ou ⬆ liberação de substâncias nefrotóxicas = necrose tubular aguda = ↓ TFG PÓS-RENAL MECANISMO: Obstrução do fluxo urinário = ↓ TFG QUADRO CLÍNICO Síndrome urêmica: acumulo de escórias nitrogenadas nefrotóxicas = oliguria ou anuria, anemia, hemólise, disfunção plaquetária, confusão mental, convulsões, disfunção na motilidade gastrointestinal (náuseas, vômitos, diarreia, soluço) Sinais de hipervolemia: HAS, edema agudo de pulmão e edema periférico Distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos: hiperpotassemia, hiponatremia, acidose metabólica, hiperfpsfatemia, hipocalcemia DIAGNÓSTICO • Bioquímica urinária • Relação ureia/creatinina • Exame de sedimentação urinária (EAS) • USG de rim • TC de abdome TRATAMENTO • Reposição volêmica (em casos de hipovolemia) • Correção dos distúrbios acidobásicos e hidroeletrolítico • Tratamento da causa base • Dialise MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 2 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 DEFINIÇÃO ↓ TFG < 60ml/min e/ou presença de anormalidades na estrutura renal acima de 3 meses. FISIOPATOLOGIA/COMPLICAÇÕES Insulto renal = perda irreversível de néfrons = ⬆ pressão e fluxo glomerular = proteinúria = fibrose e perda de função renal. ANEMIA: fibrose renal = ↓ produção renal de eritropoetina = ↓ produção de células precursoras da linhagem vermelha =anemia nomocrômica e normocítica OSTEODISTROFIA/ DEFICIÊNCIA DE VIT. D: ↓TFG = ↓ eliminação renal de fosforo = ⬆ formação de osteócitos e de FGF23 (proteína que evita o ⬆ sérico de fosforo) = FGF23 inibe a enzima responsável pela conversão da vitamina D em sua forma ativa (calcitrol) = ↓ vit. D = ↓ absorção de cálcio = ⬆ produção de paratormônio (PTH) = ⬆ reabsorção óssea (desmineralização óssea). ACIDOSE METABÓLICA: ↓ excreção de ácido + ↓ reabsorção de bicarbonato DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Hemograma • Função renal: TFG • Sedimento urinário: células, cilindros, cristais • Albumina: microalbuminúria (30 a 300mg/24h) / macroalbuminúria ( > 300mg/24h) IMAGEM USG dos rins e da bexiga: ⬆ ou ↓ rins, rins policísticos CLASSIFICAÇÃO KDIGO: avalia TFG (0,1,2,3a,3b,4 e 5) e proteinúria (A1,A2,A3) TRATAMENTO PREVENÇÃO DA PROGRESSÃO • ⬆ ingestão de proteínas • Controle da PA (IECA/BRA +diurético) • ↓ ingestão de sódio (< 2g de sódio elementar/dia) • Controle da DM • Evitar drogas nefrotóxicas (AINEs, contraste iodado) • Correção da acidose metabólica (administrar bicarbonato e ⬆ ingesta de frutas e vegetais) TRATAMENTO DA IRC ANEMIA: reposição de ferro quando ferritina <500ng/mL OSTEODISTROFIA: • Restrição alimentar de fósforo (carnes, ovos, leite, grãos, corantes artificiais) • Reposição de 25-OH- vit.D: colecalcifenol (manter valores acima de 30ng/mL) TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL/ DIÁLISE: DRC estágio V • Hemodiálise, diálise peritoneal, transplante renal 3 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 DEFINIÇÃO MESURAÇÃO DIRETA: ⬆ Pressão na veia porta ≥ 6mmHg GRADIENTE DE PRESSÃO VENOSA HEPATICA (Punção da veia jugular interna): > 5mmHg CLASSIFICAÇÃO PRÉ-HEPÁTICA: ⬆ resistência ao fluxo sanguíneo na veia porta e suas confluentes Trombose da veia porta: infecção/cateterismo umbilical Veia mesentérica superior + veia esplênica = veia porta INTRA-HEPÁTICA: ⬆ congestão dentro do sistema porta Pré-sinusoidal: esquistossomose (deposição de ovos do parasita nas vênulas hepáticas = resposta inflamatória = reação granulomatosa nas vênulas hepáticas (localizadas nos espaços-porta)= fibrose de Simmers e obliteração das vênulas portais) Sinusoidal: cirrose hepática (fibrose do espaço de Disse = compressão dos sinusóides e ⬆ da resistência do fluxo porta) Pós sinusoidal: obstrução sinusoidal hepática PÓS HEPÁTICA: congestão na veia cava inferior Síndrome de Budd-Chiart: trombose das veias hepáticas envolvendo diversas causas (desordens mieloproliferativas, gestação, uso de ACO, trombofilias) IC congestiva grave QUADRO CLÍNICO CIRCULAÇÃO COLATERAL: vasos ingurgitados irradiando da cicatriz umbilical VARIZES ESOFÁGICAS: sangramento, hematêmese, melena, anemia ASCITE: ⬆ pressão nos vasos sanguíneos portais = saída do líquido (ascítico) com proteínas dos vasos hepáticos e intestinais = acumulo abdominal ESPLENOMEGALIA: leucopenia, plaquetopenia e anemia ENCEFALOPATIA HEPÁTICA DERRAME PLEURAL: vasodilatação funcional da circulação pulmonar devido à hipóxia. DIAGNÓSTICO • Endoscopia Digestiva Alta (EDA) • USG com Doppler e/ou RM TRATAMENTO TRATAMENTO PROFILÁTICO DA HDA • Betabloqueador (BB) não seletivo: propranolol/nadolol (bloqueiam os receptores B- adrenérgicos = vasoconstrição arteriolar esplênica = ↓ fluxo na veia porta) HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA • Oxigenoterapia • Reposição volêmica • Vasoconstritores esplênicos: somastotatina, octreoite, terlipressina • Ligadura elástica endoscópica/ escleroterapia • Tamponamento com balão de sengstaken- blackmore TRATAMENTO HP CIRÚRGICO • Tratamento endovascular (TPS): prótese vascular por meio da veia julgular até o fígado • Anastomose portocava terminolateral 4 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 DEFINIÇÃO IAM COM SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST: oclusão coronariana total IAM SEM SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST: oclusão coronariana parcial elevação dos marcadores de necrose miocárdica ANGINA INSTÁVEL (AI): oclusão parcial, sem necrose miocárdica, ou seja, biomarcadores de lesão miocárdica negativos FATORES DE RISCO • História familiar (1° grau) de doença arterial coronariana prematura • Síndrome Metabólica • Microalbuminúria (30-300 mg/min) ou macroalbuminúria (>300 mg/min) • Hipertrofia Ventricular Esquerda • Proteina C – reativa de alta sensibilidade >3 mg/L • Doença aterosclerótica subclínica • ITB < 0,9 ETIOPATOGENIA ATEROSCLEROSE: placa ateromatosa revestida por uma capa fibrosa de colágeno = ruptura da placa aterosclerótica = exposição do conteúdo lipídico na luz do vaso = agregação plaquetária + ativação da cascata de coagulação = formação de trombo oclusivo/ suboclusivo QUADRO CLÍNICO ANGINA: dor precordial (pressão/aperto) retroesternal que pode irradiar para o braço esquerdo, epigástrio, mandíbula ou região interescapular +10min. EQUIVALENTES ANGINOSOS: dispneia, sudorese, síncope, confusão mental, náuseas. **Comum em pacientes idosos, diabéticos, IR e pacientes com demência. DIAGNÓSTICO ELETROCARDIOGRAMA (ECG): 12 derivações realizado em até 10min após a admissão hospitalar BIOMARCADORES: troponina, CK-MB e mioglobinaOUTROS EXAMES: Teste ergométrico, ecocardiograma, angiotomografia ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO KILLIP: baseado nos achados do exame físico • KILLIIP I: sem B3 ou estertor pulmonar • KILLIIP II: dispneia e estertor pulmonar na ½ inferior ou B3 • KILLIIP III: edema agudo de pulmão • KILLIIP IV: choque cardiogênico TIMI, GRACE, HEART (baixo risco p/ evento cardíaco maior em 6 semanas após a apresentação inicial = heart ≤ 3) TRATAMENTO Oxigênio suplementar (SatO2 < 90%) Analgesia: morfina Nitrato: vasodilatador = melhora perfusão coronariana Antiplaquetários orais (AAS +inibidor de receptor P2Y12) Anticoagulante: heparina de baixo peso molecular Betabloqueador: ↓ FC e contratilidade cardíaca = ↓ consumo de O2 pelo miocárdio IECA: IC com FEVE < 40% TERAPIA DE REPERFUSÃO Fibrinolíticos (estreptoquinase/ateplase) Intervenção coronariana percutânea: stent coronário p/ reestabelecer o fluxo coronariano MONA – BC PREVENÇÃO Estatinas 5 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 ETIOLOGIAS IC SISTÓLICA - cardiopatia dilatada HAS, doença coronariana, doença de Chagas, cardiopatia idiopática...) IC DIASTÓLICA – hipertrofia concêntrica Idade avançada, HAS, fibrose isquêmica, miocardiopatia hipertrófica) Fisiopatologia INSUFICIÊNCIA VENTRICULAR ESQUERDA: ⬆ pós carga do VE (dificuldade de esvaziar o ventrículo) = represamento do sangue vindo das veias pulmonares = ⬆ pressão pulmonar = congestão pulmonar INSUFICIÊNCIA VENTRICULAR DIREITA: congestão pulmonar = ⬆ pós carga do VD = represamento do sangue venoso = congestão sistêmica INSUFICIÊNCIA CARDÍACA BIVENTRICULAR: IC direita + esquerda INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIASTÓLICA: ↓ complacência ventricular INSUFICIÊNCIA CARDÍACA SISTÓLICA: ↓ contratilidade do miocárdio, ⬆ dilatação ventricular, ↓ fração de ejeção MECANISMOS COMPENSATÓRIOS LEI DE FRANK-STARLING: ⬆ volume diastólico = ⬆ distensão diastólica final = ⬆ força de contração cardíaca, evitando ↓ DC CONTRATILIDADE DOS MIÓCITOS REMANESCENTES: ↓ DC = ativa o SN simpático adrenérgico = age nos receptores alfa-1 e beta-1 = ⬆ contração cardíaca HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA: ⬆ pressão = hipertrofia concêntrica (⬆ espessura da parede ventricular, sem ⬆ cavidade) ⬆ volume = hipertrofia excêntrica (⬆ cavidade predomina sobre o ⬆ da espessura da parede) NORADRENALINA: ↓ volume sistólico = ativa o SN simpático = ⬆ liberação de noradrenalina = vasoconstrição compensatória **Substância cardiotóxica = ↓ funcionalidade dos miócitos e induzindo apoptose SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA: ↓ DC = ativação da angiotensina II = vasoconstrição ** Induz apoptose dos miócitos e proliferação de fibroblastos dentro no musculo cardíaco CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A FRAÇÃO DE EJEÇÃO ICFE reduzido: FEVE < 40% + alteração estrutural e disfunção sistólica ICFE intermediário: FEVE 40-49 % + alteração estrutural e/ou disfunção diastólica ICFE preservado: FEVE > 50% + alteração estrutural e/ou disfunção diastólica DE ACORDO COM A GRAVIDADE DOS SINTOMAS I – Assintomática II- Sintomas leves (atividade habituais) III- Sintomas moderados (atividades menos intensas que as habituais) IV- Sintomas graves (repouso) DE ACORDO COM A PROGRESSÃO DA DOENÇA A – Risco de desenvolver IC + ausência de doença estrutural ou sintomas = controlar fatores de risco para IC e monitorar cardiotoxidade B – Doença estrutural + ausência de sintomas = IECA + betabloqueador e antagonista mineralocorticoide C – Doença estrutural + sintomas =tratamento clinico otimizado , considerar cirugia D – IC refratária ao tratamento clinico = transplante cardíaco QUADRO CLINICO CONGESTÃO PULMONAR • Dispneia aos esforços • Ortopneia 6 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 • Dispneia Paroxística Noturna (DPN) • Tosse seca • Fadiga CONGESTÃO SISTÊMICA • Edema de MMII e bolsa escrotal • Ascite • Dor abdominal em HD devido à hepatomegalia congestiva Diagnóstico ECOCARDIOGRAMA: avalia câmaras cardíacas, efetividade da fração de ejeção e função valvular PEPTIDEOS NATRIURÉTICOS: biomarcadores secretados pelo coração mediante sobrecarga pressórica ou volumétrica • BNP < 100 pg/mL e NT-proBNT < 300 pg/mL: IC improvável • BNP 100-500 pg/mL ou NT-proBNT 300-900 pg/mL: IC possível • BNP >500 pg/mL ou NT-proBNT > 900 pg/mL: IC muito provável RADIOGRAFIA DE TORÁX: avaliar cardiomegalia e padrão intersticial de edema pulmonar TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO: restrição de sódio, cessar tabagismo, vacinação e reabilitação cardiovascular FARMACOLÓGICO • IECA/BRA • Betabloqueadores (BB) • Antagonistas dos receptores mineralocorticoides • Inibidores da neprilisina e dos receptores da angiotensina 7 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 CLASSIFICAÇÃO SÍNDROME CLÍNICA DE APRESENTAÇÃO • Insuficiência ventricular esquerda • IC congestiva • Choque Cardiogênico • Edema agudo de pulmão TEMPO DE EVOLUÇÃO • IC aguda nova (IAM, crise hipertensiva) • IC crônica agudizada (infecção, baixa adesão ao tratamento, embolia pulmonar) TIPO DE DISFUNÇÃO VENTRICULAR • ICFE reduzida: FEVE < 40% • ICFE intermediário: FEVE 40-49% • ICFE preservada: FEVE > 50% MODELO CLINICO-DINÂMICO • QUENTE-UMIDO: DC preservado e congesto • QUENTE-SECO: DC preservado e sem congestão • FRIO-UMIDO: ↓ DC e congesto • FRIO-SECO: ↓ DC e sem congestão DIAGNÓSTICO CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM CRITÉRIOS MAIORES • Dispneia Paroxística Noturna • Turgência Jugular • Reflexo hepatojugular • Estertores pulmonares crepitantes • Cardiomegalia ao raio-x de toráx • Edema pulmonar agudo • Galope de 3ª bulha CRITÉRIOS MENORES • Edema de tornozelo bilateral • Tosse noturna • Dispneia aos mínimos esforços • Derrame pleural • Taquicardia PEPTÍDEOS NATRIURÉTICOS: • BNP < 100 pg/mL e NT-proBNT < 300 pg/mL: IC improvável • BNP 100-500 pg/mL ou NT-proBNT 300-900 pg/mL: IC possível • BNP >500 pg/mL ou NT-proBNT > 900 pg/mL: IC muito provável RADIOGRAFIA DE TORÁX: avalia área cardíaca e congestão pulmonar CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Baixo, intermediário e alto risco TRATAMENTO • OXIGENOTERAPIA (Sat02 <90%) • CHOQUE CARDIOGÊNICO (PAS < 90mmHg + sinais clínicos de vasoconstrição periférica): inotrópicos • EDEMA AGUDO DE PULMÃO: diuréticos • PAS >110 → Quente e seco: IECA/BRA + BB →Quente e úmido: vasodilatador + furosemida + BB + IECA/BRA • PAS 85-110 →Quente e úmido: vasodilatador + Furosemida +BB + IECA/BRA → Frio e úmido: vasodilatador + Inotrópicos + Furosemida (redução de BB e suspenção de IECA/BRA na IC aguda nova) • PAS < 85 → Frio e úmido: Inotrópicos + vasoconstritores + Furosemida (suspender BB, IECA/BRA) →Frio e seco: reposição de volume (suspender BB, IECA/BRA) 8 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 FATORES DE RISCO • TEV prévio • Obesidade • Trauma • Imobilização e viagens prolongadas • Câncer • Uso de ACO ou terapia hormonal • IC • Gestação FISIOPATOLOGIA TRÍADE DE VIRCHOW: estase venosa, hipercoagulabilidade, alterações vasculares ⬆ pressão pulmonar (obstrução mecânica + vasoespasmo) = ⬆ pós- carga do VD = dilatação do VD = ´p/manter o DC = ⬆ necessidade de O2 do VD = isquemia do VD = ↓ DC e contratilidade cardíaca = ↓ PA = ↓ perfusão coronariana do VD = IVD QUADRO CLÍNICO •Dispneia súbita • Dor torácica • Síncope • Sinais neurológicos OBS: dispneia + ausculta normal = suspeitar de TEP CLASSIFICAÇÃO • ESCORE DE WELLS: TEP provável > 4 / TEP improvável ≤ 4 • ESCORE DE GENEBRA Diagnóstico D-DÍMERO: produto da degradação da fibrina ANGIOTOMOGRAFIA PULMONAR (ANGIO-TC): exame de escolha p/ TEP CINTILOGRAFIA COM V/a SPECT: usado em gestantes e alérgenos ao contrate da angio-TC ECOCARDIOGRAMA: exame complementar Estratificação de risco • TEP MACIÇO: choque obstrutivo (PAS < 90mmHg + sinais de hipoperfusão) • TEP SUBMACIÇO: PA normal, mas com outras evidências de estresse cardiopulmonar • TEP LEVE: os outros casos TRATAMENTO • Reposição Volêmica • Oxigenoterapia (Sat02 < 90%) • Anticoagulação Parenteral: Heparina • Anticoagulação oral: Varfarina (controle de RNI – entre 2 e 3) ou Rivaroxaban • Trombólise – TEP maciço: Estreptoquinase) 9 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 FATORES PRECIPITANTES • Exposição ambiental: poeiras, ácaros, pelos de animais e poluição • Exposição ocupacional: látex, produto de limpeza • Infecções Respiratórias: influenza, rinovírus • Tabagismo • Má adesão ao tratamento FISIOPATOLOGIA SENSIBILIZAÇÃO Exposição ao alérgeno → apresentação aos linf. T auxiliares pelas células dendríticas → produção de citocinas (interleucinas) → resposta Th2 (humoral) → estimulo da produção de IgE pelos linf. B FASE IMEDIATA Nova exposição ao alérgeno → liga-se ao IgE → liga-se aos receptores nos mastócitos → degranulação com liberação de mediadores inflamatórios → broncoespasmo, ⬆ produção de muco, ⬆ permeabilidade vascular, ⬆ recrutamento de leucócitos (eosinófilos) → obstrução das vias aéreas FASE TARDIA – horas após exposição Chegada dos leucócitos recrutados → liberação de mediadores inflamatórios → remodelamento e fibrose pulmonar QUADRO CLÍNICO • Dispneia • Opressão retroesternal • Sibilos • Tosse • Uso de musculatura acessória **Os sintomas ocorrem com + frequência à noite ou pela manhã, recorre sazonalmente e pode ser desencadeada em resposta a exposições específicas Diagnóstico EPIROMETRIA Antes do uso de broncodilatador • VEF1: < 80% do previsto • CVF: < 75% em adulto e < 86% em criança Após o uso de broncodilatador • VEF1: aumento ≥ 12% e ≥ 200ml em relação ao valor basal • CVF: ≥ 350ml EXAMES COMPLEMENTARES • Radiografia de toráx • Avaliação da etiologia alérgica (IgE) TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO • Educação da doença: explicar caráter sazonal, importância da adesão correta ao tratamento • Controle ambiental: capa anti-ácaro, limpeza adequada dos ambientes, remoção de mofo.. • Cessação do tabagismo FARMACOLÓGICO PREFERENCIAL MANUTENÇÃO CSI (Budesonida) + FORMOTEROL (LABA – agonista beta adrenérgico de longa duração) DEGRAUS 1-2: baixa dose DEGRAUS 3: baixa dose DEGRAUS 4: media dose DEGRAUS 5: considerar adicionar LAMA ALÍVIO/CRISE CSI (Budesonida) + FORMOTEROL (dose baixa de acordo com a necessidade) ALTERNATIVA MANUTENÇÃO DEGRAUS 1: CSI sempre que um SABA é administrado DEGRAUS 2: CSI (dose baixa) DEGRAUS 3: CSI + LABA (dose baixa) 10 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 DEGRAUS 4: CSI + LABA (dose média/alta) DEGRAUS 5: considerar adição de LAMA ALÍVIO/CRISE SABA (SALBUTAMOL – agonista beta adrenérgico de curta duração) CONTROLE GINA: avalia sintomas diurnos > 2x/semana, despertares noturnos, medicação de resgate > 2x/semana, limitação das atividades • Nenhum item: asma controlada • 1-2 itens: asma parcialmente controlada • 3-4 itens: asma não controlada OUTRAS ESCALAS: ACQ-7 / ACT 11 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 FATORES DE RISCO • Tabagismo: ↓ VEF1 • Poluição do ar interior e exterior • Exposição ocupacional • Fatores genéticos: deficiência de alfa-1 antitripsina (responsável pela inibição das proteases) • Envelhecimento • Infecções respiratórias graves: ↓ função pulmonar • Asma: hipereatividade das vias aéreas FISIOPATOLOGIA Fatores ambientais + fatores do hospedeiro → inflamação crônica das vias aéreas → acumulo de células inflamatórias (macrófagos, neutrófilos, linf. T (CD8) → liberação de mediadores inflamatórios → lesão do parênquima pulmonar e manutenção da inflamação neutrofilica → liberação de proteases + deficiência de alfa-1 antitripsina → destruição do parênquima pulmonar → ↓ capacidade pulmonar p/ realiza trocas gasosas = dispneia Hipertrofia das glândulas mucosas e células caliciformes secretoras de muco → ⬆ secreção de muco = tosse + expectoração COR PUMONALE: ↓ PaO2 → desnaturação da hemoglobina → vasoconstrição pulmonar hipóxica → hipertensão da A. pulmonar → ⬆ pós carga do VD → insuficiência do VD → edema periférico, uso de musculatura acessória, estase jugular, cianose, b2 hiperfonética QUADRO CLÍNICO SINTOMAS • Dispneia progressiva e persistente que piora aos esforços • Tosse crônica • Expectoração SINAIS • Presença de Sibilância • Hipersonoridade a percussão • FTV e MV ↓ ESTERIÓTIPOS PINF PUFFER: enfisematoso (ausência de ruídos adventícios) , magro, ⬆ diâmetro ântero-posterior do tórax (tórax em barril), pletora facial, dispneia do tipo “soprador”, hipoxemia leve BLUE BLOATER: bronquitico (presença de ruídos adventícios), edemaciado, cianótico, hipoxemia grave e retenção de CO2 com frequente exarcebações (Cor Pumonale) DIAGNÓSTICO ESPIROMETRIA: mede a capacidade de inspiração e expiração do individuo VEF1/ CVF < 0,7 = DPOC VEF1 PÓS-BRONCODILATADOR • GOLD 1 (LEVE) = VEF1 ≥ 80% do previsto • GOLD 2 (MODERADO) = 50 % ≤ VEF1 < 80% do previsto • GOLD (GRAVE) = 30% ≤ VEF1 < 50% do previsto • GOLD 4 (MUITO GRAVE) = VEF1 < 30% do previsto EXAMES COMPLEMENTARES • Radiografia e TC de toráx • Gasometria Arterial (Sat02 < 92%) • Dosagem de alfa-1 antitripsina ESTADIAMENTO • Escala de Dispneia (mMRC) • Teste de Avaliação da DPOC (CAT) • N° de Exarcebações/hospitalizações Tratamento LABA: agonista beta adrenérgico de longa ação LAMA: inibidores da acetilcolina SABA: agonista beta adrenérgico de curta duração 12 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 EXARCEBAÇÕES Roflumilaste: VEF1 < 50% do previsto e bronquite crônica com pelo menos 1 hospitalização no ano anterior Azitromicina: ex-fumante VACINAÇÃO • Influenza • Pneumocócica • Covid-19 TRATAMENTO TABAGISMO AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEPENDÊNCIA À NICOTINA • Carga tabágica = n° de cigarros por dia / 20 x n° de anos de tabagismo • Teste de Fagerstrom ABORDAGEM NÃO MEDICAMENTOSA: aconselhamento estruturado -Ausência de sinais e sintomas de abstinência -N° de cigarros/dia ≤ 5 -Consumo de 1° cigarro do dia ≥ 1h após acordar -Adolescentes, gestantes e lactentes ABORDAGEM MEDICAMENTOSA TERAPIA DE REPOSIÇÃO DE NICOTINA (TRN): • Goma de mascar/pastilha: até 5 cigarros/dia • Adesivo de nicotina: > 5 cigarros/dia CLORIDRATO DE BUPROPIONA 13 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 CLASSIFICAÇÃO PNEUMONIA COMUNITÁRIA: infecçãofora do ambiente hospitalar ou com surgimento em até 48h após admissão hospitalar PNEUMONIA NOSOCOMIAL/HOSPITALAR: infecção após 48h da admissão hospitalar FATORES DE RISCO • Idade avançada • Tabagismo • DPOC • Alcolismo • DM • ↓ nível de consciência • IC congestiva • Doença cérebro-vascular ETIOLOGIA PNEUMONIA COMUNITÁRIA BACTÉRIAS TÍPICAS: S. pneumoniae e H. influenzae BACTÉRIAS ÁTIPICAS: Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, Legionella pneumophiis VÍRUS: influenza, rinovírus PNEUMONIA NOSOCOMIAL BACTÉRIAS GRAM - : E. coli, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter spp., Proteus, Serrata marceps FISIOPATOLOGIA VIRULÊNCIA X DEFESA DO HOSPEDEIRO Colonização das vias aéreas superiores → microaspiração (partículas menos densas) + fatores predisponentes + ⬆ virulência → colonização das vias aéreas inferiores → proliferação do microrganismo → recrutamento de leucócitos (macrófagos) → liberação de mediadores inflamatórios ( TNF-alfa, interleucinas, fatores quimiotáticos p/ neutrófilos) → recrutamento de neutrófilos → perpetuação do processo inflamatório agudo MECANISMOS DE DEFESA • Epitélio faríngeo: Fibronectina (receptor para adesão das bactérias gram +) **Quando há redução desse receptor, favorece a colonização de bactérias gram – • Reflexo da tosse • Sulfactante alveolar: rico em IgG e IgM com efeito antibacteriano • Macrófagos alveolares QUADRO CLÍNICO SINTOMAS • Febre alta • Tosse • Expectoração purulenta • Dor pleurítica ** Atentar-se aos pacientes idosos (desorientação repentina, ↓ capacidade funcional, descompensação de doenças prévias). SINAIS • Estertoração pulmonar • Taquipneia (FR > 24) • Taquicardia (FC > 100) • Som bronquial • ⬆ FTV • Submacicez • Broncofonia e pectoriloquia fônica (⬆ sussurro) DIAGNÓSTICO RADIOGRAFIA DE TÓRAX CONSOLIDAÇÃO: Opacidade pulmonar (hipotranparência) + broncograma aéreo • Broncopneumonia: consolidação alveolar multifocal • Pneumonia lobar: consolidação alveolar extensa, geralmente ocupando um lobo inteiro TC DE TORÁX: exame complementar em caso de duvida DETERMINAÇÃO ETIOLÓGICA - apenas em casos graves que não respondem ao tratamento empírico 14 MODULO II: DISPNÉIA, DOR TORÁCICA E EDEMAS ANA LUIZA ALVES PAIVA -6° PERÍODO 2022/2 • Hemocultura • Cultura de escarro • Lavado broncoalveolar • Pesquisa de antígeno urinário ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO Avaliam a necessidade de internação FINE: 2 etapas (fatores de risco + aspectos clínicos/laboratoriais = pontuação de I a V, sendo IV e V indicado à hospitalização) CURB -65: pontua de 0 a 5, sendo que escore > 1é indicado à hospitalização Confusão mental: presente Ureia > 50 mg/dL Respiração: FR > 30 Baixa PA: PAS < 90 e/ou PAD < 60 65: idade > 65 anos TRATAMENTO AMBULATORIAL Sem fator de risco: MACROLÍDEO OU BETA- LACTÂMICO Doenças associada e/ou uso de antibiótico nos últimos 3 meses: QUINOLONA OU BETA- LACTÂMICO + MACROLÍDEO INTERNADOS NÃO GRAVE: QUINOLONA OU BETA- LACTÂMICO + MACROLÍDEO UTI Sem fatores de risco: BETA-LACTÂMICO + QUINOLONA OU MACROLÍDEO Com risco de Pseumodomas sp.: BETA- LACTÂMICO + QUINOLONA PREVENÇÃO Vacina Influenza Vacina Pneumocócica
Compartilhar