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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CURSO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Fisiologia do metabolismo vegetal Metabolismo do carbono: Fotossíntese Síntese de amido e sacarose Profa. Dra. Lindamir Hernandez Pastorini 1 Reações de fotossíntese 2 3 4 Difusão do CO2 5 Cloroplasto 6 7 8 Fase Fotoquímica 9 10 11 E n er g ia – A b so rç ã o d e fó to n s 400-500nm 650 nm 670 nm Sistemas antena G ra d ie n te d e en er g ia Alto Baixo 12 PAR = Radiação fotossinteticamente ativa 13 14 Energia da luz 15 16 17 18 19 20 21 22 23 REAÇÕES LUMINOSAS 24 25 27 28 29 30 31 32 Fotossistemas Dois tipos de fotossistemas Fotossistema I – P700 – Pico ótimo de absorção em 700 nm (vermelho- distante); Fotossistema II – P680 – Pico ótimo de absorção em 680 nm (vermelho). Trabalham de forma simultânea e contínua PSI – localizado nas lamelas do estroma PSII – localizado nas lamelas granais 34 AÇÃO DE ALGUNS HERBICIDAS 36 http://www.plantphys.net/image.php?id=92 http://www.plantphys.net/image.php?id=92 37 38 Fotoinibição Excesso de excitação Chega ao centro de reação do PSII Inativação e Dano Estágios iniciais Reversível Inibição prolongada Desmontado e reparado D1 40 Dissipação por calor Clorofila no estado excitado Reage com O2 Oxigênio singleto (1O2*) Carotenóides Estado excitado decai ao inicial Quenching não-fotoquímico Dissipação da excitação da clorofila por processos outros que não a fotoquímica Grande fração da excitações no sistema antena causadas pela iluminação intensa é eliminada por sua conversão em calor 41 Quenching não-fotoquímico Ciclo da xantofilas L u m in o si d a d e Baixa Alta Violaxantina Anteraxantina Proteínas - antenaZeaxantina + Prótons Alterações na conformação Quenching e dissipação por calor 42 43 Fase Bioquímica - Ocorre nos estroma - Há redução do CO2 - Serão gastos ATP e NADPH + H+ 44 45 46 Ciclo de Calvin ou Ciclo C3 -1º produto formado é o 3PGA (com 3 carbonos) - A ribulose bisfosfato carboxilase/oxigenase ou RUBISCO catalisa a reação e incorporação do CO2 ao açúcar de 5 carbonos, a ribulose 1,5 bisfosfato para formar 2 moléculas de ácido fosfoglicérico (fosfoglicerato) 47 Fases do ciclo C3 a) Carboxilação: adição de CO2 e H2O pela RUBISCO para formar 3 PGA; b) Redução: o grupo carboxil do 3PGA é à triose fosfato (3-fosfogliceraldeído) na presença de ATP e NADPH; c) Regeneração: regeneração da Ribulose 1,5 bisfosfato, a partir da triose fosfato na presença de ATP. 48 Carboxilação 49 Ciclo de Calvin Ribulose-1,5- bisfosfato Carboxilação 3-Fosfoglicerato Redução ATP + NADPH ADP + Pi NADP+ Triose fosfato Regeneração ATP ADP Sacarose, amido Rubisco CO2 + H20 Ciclo C3 50 51 52Taiz et al., 2017 Ribulose 1,5 bisfosfato (3x) 3-Fosfoglicerato (3-PGA) (6x) 1,3-Bisfosfoglicerato (6x) Gliceraldeído 3P (PGal) (6x) Gliceraldeído 3P (PGal) (5x) CO2 (3X) 6 ATP 6 ADP 6 NADPH 6 NADP 3 ATP 3 ADP RUBISCO Fosfoglicerato cinase Gliceraldeído 3 fosfato desidrogenase Diidroxiacetona fosfato DHAP Triose fosfato isomerase + 7 passos Ciclo C3 Carboxilação R e d u ç ã o Regeneração 53 54 Fase de regeneração do Ciclo C3 55 RUBISCO ATIVASE 56 57Taiz et al., 2017 FOTORRESPIRAÇÃO 58 FOTORRESPIRAÇÃO CLOROPLASTO 1,5 RuBP + O2 Fosfoglicolato Glicolato PEROXISSOMO Glicolato Glicina MITOCÔNDRIA Glicina Serina CO2 + NH4 + 59 60 Ciclo C4 ou Ciclo Hatch & Slack Separação espacial entre assimilação e redução ASSIMILAÇÃO: Mesofilo foliar REDUÇÃO: Bainha do feixe vascular 1º composto formado apresenta 4 carbonos: malato ou aspartato. Na bainha do feixe vascular ocorre descarboxilação, sendo que o CO2 entra no ciclo de Calvin. 61 Plantas C4 Milho Cana- de-açúcar Brachiaria brizantha Euphorbia heterophylla 62 Corte transversal em folhas de milho: anatomia Kranz. 63 HCO3 - + Fosfoenolpiruvato Fixação Ácido C4 (malato, aspartato) Transporte Ácido C4 Descarboxilação CO2 Fixação pelo ciclo de Calvin Ácido C3 Transporte Ácido C3 RegeneraçãoCO2 atmosférico Mesofilo foliar Células da bainha do feixe vascular Ciclo C4 64 65 66 1- PEPcase 2- Malato desidrogenase 3- Enzima málica dependente de NADP+ 4- Piruvato ortofosfato dicinase 5- Aspartato aminotransferase 6- Enzima málica dependente de NAD+ 7- Alanina aminotransferase 8- PEPcarboxicinase 5 7 6 8 5 7 5 5 74 4 67 Ciclo ácido das Crassulaceae ou CAM ou MAC Famílias: Liliaceae, Cactaceae, Euphorbiaceae, Bromeliaceae, Orchidaceae, Portulacaceae e Crassulaceae Plantas adaptadas ao clima com altas temperaturas e baixo teor de água. Abrem os estômatos durante a noite e fecham durante o dia. 68 Crassulaceae Orquidaceae Cactaceae Bromeliaceae /Aloe vera Plantas CAM 69 Crassulaceae/ Bryophyllum Separação temporal entre assimilação e redução. ASSIMILAÇÃO: NOITE REDUÇÃO: DIA Ciclo ácido das Crassulaceae ou CAM ou MAC 70 71 O metabolismo CAM envolve a formação de ácido málico a noite. O CO2 é fixado a noite quando os estômatos estão abertos. (b) Durante o dia o ácido málico sai do vacuolo e é descarboxilado produzindo CO2 e piruvato. O CO2 entra no Ciclo de Calvin. 72 73 HCO3 - + Fosfoenolpiruvato AOA Malato Vacúolo CO2 Ciclo de Calvin Malato Piruvato Amido Cloroplasto Citossol MAC ou CAM 74 CARACTERÍSTI CA C3 C4 MAC ANATOMIA DA FOLHA s/ boa distinção entre as células da bainha do feixe do resto das cél. células da bainha do feixe bem organizadas. rico em organelas vacúolos grandes nas células do mesofilo ENZIMA CARBOXILATIV A RUBISCO PEPcase, posteriormente RUBISCO escuro: PEPcase luz: RUBISCO REQUERIMENT O ENERGÉTICO (CO2: ATP:NADPH) 1: 3: 2 1: 5: 2 1: 6,5: 2 ALGUMAS CARACTERÍSTICAS FOTOSSINTÉTICAS DAS PLANTAS C3,C4 E MAC 75 CARACTERÍSTI CA C3 C4 MAC RAZÃO DE TRANSPIRAÇÃO (gH20/g Matéria seca) 450 -950 250 - 350 50 - 55 RAZÃO CLOROFILA a/b 2,2 0,4 3,5 0,6 2,5 a 3,0 REQUERIMENT O DE Na COMO MICRONUTRIE NTE Não sim Desconhecido 76 CARACTERÍS TICA C3 C4 MAC PONTO DE COMPENSAÇÃ O DE CO2 30 - 70 0 - 10 0 - 5 INIBIÇÃO DA FOTOSSÍNTES E POR O2 SIM NÃO SIM DETECÇÃO DA FOTORRESPIR AÇÃO SIM Somente nas células da bainha do feixe difícil detectar 77 CARACTERÍSTI CA C3 C4 MAC TEMPERATURA ÓTIMA P/ FOTOSSÍNTESE 15 - 25C 30 - 40C 35C PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA (TON/HA/ANO) 22 0,3 39 17 Baixa e altamente variável 78 Plantas Intermediárias ou Facultativas 1- Intermediárias entre C3 e C4: •Anatomia Kranz intermediária; • Taxas reduzidas de fotorrespiração • Pontos de compensação por CO2 entre 8 e 35 μmol mol -1. Flaveria floridiana Flaveria linearis Moricandia arvensis 79 80 81 82 Plantas Intermediárias ou Facultativas A mandioca apresenta características C3-C4, sem estrutura Kranz. Cerca de 40 – 60% do 14CO2 fornecido a planta é recuperado como ácido de 4 C. Manihot esculenta 83 Plantas Intermediárias ou Facultativas Kalanchoe uniflora Yucca gloriosa Welwitschia mirabilis Há plantas com características intermediárias ente C3 e CAM. 84 Plantas Intermediárias ou Facultativas Outras podem mudar de C3 para C4 e de C3 para MAC, como a Eleocharis vivipara que tem metabolismo C3 na forma aquática e C4 na forma terrestre. Eleocharis vivipara 85 Fatores que afetam a fotossíntese • Fatores internos: capacidade de transporte de fotoassimilados; acumulo de açúcares nos cloroplastos; demanda por fotoassimilados (dreno/fonte) • Fatores externos: disponibilidade de água, nutrientes minerais; temperatura; luminosidade;concentração CO2. 86 Síntese de sacarose e amido 87 88 ADPG Amido G1P G6P Frutose-6P Frutose-1,6-bisP Triose fosfato Frutose-1,6-bisP Frutose-6PG6PG1PUDPG Sacarose P Sacarose Síntese de sacarose e amido 89 90 91 92 93 94 95 BIBLIOGRAFIA: BUCHANAN, B.B.; GRUISSEM, W.; JONES, R.L.. 2000. Biochemistry & Molecular Biology of Plants. American Society of Plant Biologists . John Wiley & Sons Inc, 1408p. KERBAUY, G.B. 2004. Fisiologia Vegetal. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan.452p. MARENCO, R.A.; LOPES, N.F. 2005. Fisiologia Vegetal: fotossíntese, respiração, relações hídricas e nutrição mineral. Viçosa: UFV. 425p. TAIZ, L.; ZEIGER, E. 2013. Fisiologia Vegetal. 5ªed. Porto Alegre: Artmed. 918p. 96
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