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– Nefrologia ITU SÍNDROME NEFRÍTICA Hematúria + edema + HAS + proteinúria subnefrótica CISTITE “ITU BAIXA” PIELONEFRITE “ITU ALTA” LITÍASE GNPE GNAI “AGUDA INFEC. NÃO STREPTOCÓCICA” GNRP DEFINIÇÃO Inflamação/infecção na mucosa da bexiga causada a maior parte das vezes por enterobactérias Inflamação/infecção no parênquima renal causada por agentes infecciosos Agregados cristalinos no trato urinário superior podendo se deslocar para o ureter e causar CÓLICA RENAL Complicação pós infecção estreptocócica (piodermite, IVA, escarlatina) Associada a infecções não streptocócicas. Ex: estafilococos, vírus hep B Paciente que desenvolve para síndrome nefrítica e evolui para falência renal de curso acelerado e fulminante EPIDEMIOLOGIA Mais comum em mulheres Mais comum em mulheres Mais comum em crianças Acomete mais meninos de 2-15 anos Comum em adultos e idoso Mais comum em adultos FISIOPATOLOGIA (a) via ascendente: principal; coloniza períneo, introíto vaginal, uretra e ascende para a bexiga (b) via hematogênica: (c) via linfática; (d) inoculação direta por fístula vesicoenteral: conexão trato urinário com intestino Ascenção bacteriana da bexiga, via ureter, para a pelve e parênquima renal ou via hematogênica das bactérias para os rins Supersaturação de substância usualmente solúveis na urina → nucleação (ainda não há cálculo, pode ter liberação urinária) →crescimento e agregação → retenção Deposição de imunocomplexos (IC) nos glomérulos do paciente, o que ativa a cascata do complemento resultando em uma inflamação local. Há 4 formas de os glomérulos serem “atacados” por imunocomplexos” Consequência de alguma infecção Tipo I: depósitos de anticorpo Anti-MBG (doença de goodpasture. GN crescêntica idiopática tipo I) Tipo II: depósitos de imunocomplexos (renais 1º como berger, infecciosa ou pós infeccioso e não infeccioso) Tipo III: Pauci imunes – (a)deposição de IC circulantes formados no sangue por anticorpos do paciente e antígenos (b) formação de IC in situ (c) reação cruzada de anticorpos (d) alteração molecular em antígenos do glomérulo (granulomatose de Wegener) ETIOLOGIA Bacteriana (E. coli, proteus) Bacteriana (E. coli, proteus mirabbilis, krebsiella) Oxalato de cálcio, fosfato de cálcio, ácido úrico, cisteína e estruvita Infecção por cepas nefritogênicas de estreptococos beta hemolítico do grupo A Bactérias (staphylacocus aureus), vírus e parasitas Doença glomerular primária (GN MMP), infecciosa ou pós infecciosa (GNPE, hepatite) e glomerulares multissistemicas (goodpasture, lúpus) ou medicamentosas (rifampicina, hidralazina) SINAIS/SINTOMAS Disúria + polaciúria + urgência + noctúria + desconforto púbico Febre + dor lombar (distensão da cápsula renal) + calafrio + fadiga + náusea + disúria + giordano positivo Náuseas + vômitos + sudorese + hematúria + taquicardia + dor junção ureteroiliaca + terço médio ureter 7-21 dias APÓS infecção estrep. HAS + edema bi palpebral + hematúria macroscópica (SF PURA) + oligúria + baixa de C3 Derivados da infecção + edema +depressão persistente de C3 e C4 + níveis elevados de fator reumatoide e crioglobulinas Febre + astenia + perda de peso + dor muscular + dor abdominal + vômito + HAS + SU – DIAGNÓSTICO Anamnese + exame físico + exame de urina + imagem SE ITU complicada Anamnese + exame físico + exame de urina e imagem Anamnese + exame físico + exame de urina e imagem Anamnese + Exame físico (houve faringite ou piodermite recente? Período de incubação é compatível? Infecção é estreptocócica ? (ASLO, anti- DNAse) houve queda transitória de C3?) Anamnese + Exame Físico + Laboratório Anamnese + laboratório EXAMES Sumário de urina (padrão ouro), urocultura, nitrito positivo, leucócitos>10/campo, hematúria macroscópica EAS, urocultura (contagem maior/igual a 104 UFC/ml), USG rins e vias urinárias (se necessário) Giordano +, EAS, USG (hidronefrose?), TC helicoidal (padrão ouro), hemograma (alta de leucócitos, presença de hemácias) ASLO (amigdalite), Anti DNAase (piodermite); dosagem de C3 e CH50, EAS (hematúria, hemácias dismórficas, cilindros hemáticos, leucocitúria), urocultura; biópsia se o caso dúvida ou gravidade; Dosagem C3 e C4 (geralmente baixos), fator reumatoide, EAS, biópsia se grave; creatinina elevada + hematúria presente + cilindros hemáticos + oligúria que pode evoluir para anúria. Para classificação: Anti MBG (se elevado é tipo I, goodspasture) , C4, CH50 (se complementos reduzidos é tipo II, GN por imunocomplexos), ANCA + (tipo III, GN pauci imune) Biópsia renal (padrão ouro para classificação), TRATAMENTO Inicia tratamento imediato, depois solicita exames de confirmação. Fluoroquilona: norfloxacina 400mg VO 12/12h por 10 Terapia expulsiva: Tansulosina 0,4mg 1x/dia; se cálculo Restrição hidrossalina, diurético de alça Dependente da infecção (geralmente plasmaférese, corticosteroides → prednisona – TABELA ABAIXO. dias; cipofloxacina 500mg VO 12/12h por 10 dias; de ácido úrico → citrato de K+ para manter pH 6,5-7; cirurgia (acima de 2cm) Cólica renal: primeiramente AINE (cetoprofeno IV ou paracetamol VO) se agravar opioides + antiespasmódico (buscopan) + se vômito/náusea metoclopramida. NÃO HIDRATAR PCT → ingesta normal + restrição de Na+ (furosemida 20- 80mg 1x/dia). SE PA não for controlada acrescenta-se outros anti- hipertensivos como vasodilatadores, IECA. antibiótico/ diurético) 1mg/kg/dia e ciclofosfamida 2mg/kg/dia – OBS1: O formação de cálculos é resultado da ocorrência isolada ou em conjunto de 3 mecanismos: • Aumento da [ ] urinária de solutos • Diminuição dos inibidores de cristalização • Aumento de substâncias ou condições promotoras a formação de cálculos OBS2: A cólica renal ocorre por obstrução do fluxo urinário que gera aumento da pressão intraluminal e da distensão da cápsula renal podendo ser acompanhada por contração na musculatura uretral OBS3: o tratamento com quinolola é de apenas 3 dias para cistite aguda além disso ela é evitada por risco de resistência bacteriana Na GNPE a HAS pode levar até 6s para cessar, a hematúria até 1-2 anos, oligúria, no máximo, 7 dias, a proteinúria subnefrótica por levar até 2-5 anos e o complemento em até 8 semanas. – SÍNDROME NEFRÓTICA Hipoalbunemia + edema + proteinúria > 3,5g/24h + hiperlipidemia/lipidúria DOENÇA DE BERGER/ IgA “ALTERAÇÃO ASSINTOMÁTICA” DOENÇA POR LESÃO MÍNIMA GLOMERULOESCLEROSE FOCAL E SEGMENTAR (GEFS) GLOMERULOPATIA MEMBRANOSA GN MEMBRANO- PROLIFERATIVA “MESANGIOCAPILAR” DEFINIÇÃO Inflamação e sangramento no capilar mesangial por uma liberação/secreção de IgA inadequada * principal diagnóstico diferencial de GNPE Nefropatia com fusão e apagamento dos processos podocitários alterando a estrutura normal das fendas de filtração Padrão de lesão glomerular que se caracteriza pelo surgimento de esclerose com colapso capilar Padrão de lesão glomerular com espessamento da membrana basal glomerular (MBG) Padrão característico de lesão com grande aumento da celularidade mesangial/ proliferação mesangial com intensa proeminência destas células por entre as alças capilares e o epitélio visceral (podócitos) EPIDEMIOLOGIA Asiáticos, 15-40 anos Crianças 1-8 anos Adultos 25-35 anos Homens branco de 30- 50 anos GNMP primária: crianças e adultos jovens FISIOPATOLOGIA Descontrole dos mecanismos que regulam a produção as IgA em resposta a algum estímulo ambiental. Supõe-se que seja uma doença de linfócitos T que secretam uma citocina que agem sobreos podócitos inibindo a síntese de poliânions responsáveis pela barreira de carga → perde barreira de carga logo gera proteinúria seletiva (Albuminúria) Mesmo mecanismo da DLM contudo a lesão afeta a arquitetura das fendas de filtração/barreira de tamanho, o que determina proteinúria não seletiva. Na GEFS secundária o mecanismo de lesão pode ser por sequela de doença especifica que acomete diretamente os glomérulos, sobrecarga de glomérulos A ativação local do sistema complemento forma o complexo C5-9 “complexo de ataque à membrana” que estimula as células epiteliais e mesangiais a produzir proteases e oxidantes, responsáveis pela degradação da matriz da MBG levando à perda da “barreira de tamanho” Expansão e proliferação celular do mesângio que “invade” as alças capilares deixando-as com o aspecto em “duplo contorno” – remanescentes ou hiperfluxo glomerular ETIOLOGIA Estresse ou pós/durante infecção (sem tempo de incubação, critério de diferenciação da GNPE) Relacionada a doenças sistêmicas de forma secundária como linfoma de Hodgkin e AINES ou pode ter causa idiopática Pode ser idiopática OU por sequela direta de uma doença glomerular como nefropatia por IgA, resultante de uma sobrecarga fisiológica de glomérulos que sobram após importante perda como cirurgia e anemia falciforme ou resultante de vasodilatação renal crônica. Pode ser de forma isolada, primária ou idiopática, ou secundária a condições sistêmicas como lúpus, hepatite viral e neoplasias ou mesmo após uso de medicamentos como captopril e sais de ouro - GNMP tipo I: com presença de imunodepósitos subendoteliais paramesangiais de IgG e C3; - GNMP tipo II (DOENÇA DO DEPÓSITO DENSO): depósitos intensamente eletrodensos no interior da membrana basal(constituídos apenas por complemento isolado, sem imunoglobulina); - GNMP tipo III: presença de imunodepósitos subepiteliais se "comunicando" com imunodepósitos subendoteliais através de roturas na MBG. SINAIS/SINTOMAS Hematúria macro intermitente e micro persistente + síndrome nefrítica com complemento normal, dor lombar, disúria, astenia * as crises de hematúria Fusão de processos podocitários; SD nefrótica CLÁSSICA com todos sinais e sintomas; níveis de complemento normais. Possui períodos de remissão e atividade Primária com início abrupto e secundária com início insidioso. Síndrome nefrótica franca em 2/3 dos casos ou então com proteinúria subnefrótica, sem edema, sem hipoalbuminemia, associada à hipertensão Proteinúria maciça com níveis normais de complemento, associada a sinais tromboembólicos (perda de proteínas anticoagulação, antitrombina III na urina), depósito Consumo de complemento que persiste por mais de oito semanas, proteinúria nefrótica associada a hematúria – macroscópica são concomitantes (ou imediatamente subsequentes, 1-2 dias) a episódios de infecção respiratória alta (faringite e amigdalite). arterial, hematúria microscópica, piúria e disfunção renal leve, no 1/3 restante subepitelial de imunocomplexos DIAGNÓSTICO Anamnese + laboratório Anamnese + exame físico + laboratório Anamnese + exame físico + laboratório Anamnese + Biópsia renal Anamnese + Biópsia renal EXAMES EAS, dosagem de IgA (depósitos mesangiais difusos de IgA acompanhados em menor escala por IgG e C3), biópsia EAS, hemograma, complemento (não consome), dosagem IgG e IgM (reduz IgG e aumenta IgM), biópsia SE caso não responsivo ou com recidiva frequente EAS (hematúria microscópica), hemograma, Complemento (níveis normais), dosagem IgG e IgM biópsia SE caso não responsivo ou com recidiva frequente EAS, hemograma, Complemento sérico, USG abd, anti-DNAse Paciente com SD nefrótica → Faz a biópsia → Suspeita de Glomerulonefrite membranosa → é uma forma idiopática ou secundária a uma doença sistêmica ? → exames de "triagem" (a) Laboratório: FAN, complemento sérico Anti-DNA, HBsAg, anti- HCV, VDRL, sangue oculto nas fezes (b) Imagem: RX tórax, US abdominal, (c) se >= 50 anos: mamografia e colonoscopia EAS, hemograma, Complemento sérico, USG abd, – TRATAMENTO Prednisona 1mg/kg em dias alternados por 2-3 meses + ciclofosfamida IECA ou BRA SE paciente hipertenso ou com excreção maior que 1g/dia de proteína + estatinas SE hipercolesterolemia (captopril 12,5-50mg VO 12/12h + atorvastatina cálcica 10-80mg VO 1x/dia) Prednisona 1mg/kg/dia (máx. 80mg) por 8 semanas consecutivas SE recidiva ciclofosfamida 2mg/kg/dia *dramática resposta aos corticoides Prednisona 1mg/kg/dia por 3-4 meses SE recidiva ciclosporina 2- 5mh/kg/dia divididos em duas doses diárias por 12-24meses IECA e BRA indicados em pacientes com proteinúria acima de 1g/dia * A ciclofosfamida não é indicada para o tratamento de GEFSi Prednisona e ciclofosfamida por 6-12 meses IECA e BRA indicados para tratamento adjuvante para controle de pressão arterial e proteinúria se muito alterados. Uso de estatinas para controle glicêmico contra a progressão da nefropatia Prednisona e ciclofosfamida em casos mais graves. IECA e BRA indicados para tratamento adjuvante para controle de pressão arterial e proteinúria se muito alterados. Proteinúria na SD NEFRÓTICA: Pode ser SELETIVA ou NÃO seletiva. Parede dos glomérulos tem 2 mecanismos básicos que determinam a seletividade, as fendas de filtração e a carga negativa da membrana basal. As fendas são responsáveis pela barreira de tamanho impedindo a filtração de macromoléculas, já as de carga dificultam a filtração de partículas com carga negativa. Quando o mecanismo lesivo renal acarreta perda predominante da barreira de carga ocorre a PROTEINÚRIA SELETIVA, ou seja, as custas da albumina que é negativa. Já quando a perda da barreira de tamanho, ocorre PROTEINÚRIA NÃO SELETIVA com perda proporcional de todas as macromoléculas do plasma (albumina, globulina). Edema na SR NEFRÓTICA: UNDERFILL: Albuminúria → hipoalbunemia → diminuição da pressão oncótica plasmática → evasão do fluido intravascular → hipovolemia que aumentaria a atividade do ADH, SRAA e atividade simpática → aumentaria a retenção de Na/H2O causando o EDEMA OVERFLOW: Retenção renal primária de sódio → aumento da volemia com diminuição da atividade do SRAA → EDEMA – INJÚRIA RENAL AGUDA SD urêmica = acúmulo de escórias nitrogenadas + hipervolemia + deseq. hidroel. e ácido básico PRÉ- RENAL RENAL/INTRÍNSECA PÓS RENAL DEFINIÇÃO Alteração funcional, REVERSÍVEL e sem representação histológica. + comum Baixo fluxo renal Dano estrutural, ocasionado por fatores intrínsecos, no próprio parênquima renal. Causa por síndromes compartimentais renais como glomérulo, interstício e tubulointersitício Decorrente de eventos subsequentes a formação de urina e que levam à obstrução do trato urinário. Só ira se desenvolver se a obstrução for bilateral (quando unilateral, o rim contralateral é capaz de suprir a falta do outro) EPIDEMIOLOGIA Mais frequente em adultos Mais comum em pacientes com patologias graves internados em CTI Mais frequente em pacientes idosos com história de prostatismo FISIOPATOLOGIA Situações de diminuição da pressão de perfusão renal e/ou aumento da resistência vascular renal → diminuição do ritmo de FG com acúmulo de escórias nitrogenadas Alteração isquêmica: regulação anormal do fluxo sanguíneo local OU vasoconstrição pré glomerular persistente OU inflamação que reduz o fluxo sanguíneo local para regiões do córtex e medula interferindo na função tubular Após obstrução urinária aguda a pressão no interior dos túbulos renais aumenta de forma súbita e a filtração glomerular AUMENTA devido a produção inicial excessiva de prostaglandinas pelo parênquima renal. Ao promover a vasodilataçãoda arteríola AFERENTE, há aumento da pressão hidrostática no tufo glomerular que aumenta a filtração → fase HIPERÊMICA Após as primeiras horas (12-24h) há síntese de substâncias vasoconstritoras, como angiotensina II e tromboxane A2 que diminuem a filtração glomerular. ETIOLOGIA Hipovolemia (hemorragia, perdas no TGI, queimaduras), uso abusivo de diuréticos, vasodilatação Alterações isquêmicas, nefrotoxicidade, doenças nos vasos Obstrução uretral, obstrução vesical, obstrução bilateral dos – periférica, resistência vascular aumentada (anestesia, cirurgia), Insuficiência cardíaca, uso de IECA, BRA e AINEs e glomérulos, doenças nos grandes vasos e nefrite intersticial aguda. Tipo mais comum da IRA instrínseca → NECROSE TUBULAR AGUDA ureteres (intra uretral, extra uretral; Principal causa é a hiperplasia prostática benigna. SINAIS/SINTOMAS Síndrome urêmica: acúmulo de toxinas dialisáveis + HIPERVOLEMIA + desequilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico • desequilíbrio hidroeletrolítico: hiponatremia (aumento relativo ou absoluto de água livre) • equilíbrio ácido-base: acidose metabólica (acúmulo de fosfatos, sulfatos e ácidos orgânicos + incapacidade dos rins em regenerar bicarbonato e excretar ácidos) Distúrbios neurológicos: irritabilidade, sonolência, confusão mental, convulsão, coma Manifestações pulmonares e cardiovasculares: congestão pulmonar, pneumonia, pericardite, tamponamento pericárdico, arritmias Manifestações digestivas: inapetência, náuseas, vômitos, diarreia DIAGNÓSTICO Anamnese (elevação de ureia e creatinina (Ur/Cr > 40) diante do quadro do paciente) + avaliação laboratorial Anamnese + exame físico + laboratório Nos 3 casos a biopsia só é realizada SE causa da IRA for desconhecida. Anamnese (paciente agudamente anúrico) + exame físico (palpação hipogastro → bexigoma) + USG vias urinárias e rins (mostrar hidronefrose) EXAMES EAS (sem proteinúria ou hematúria, com cilindro hialinos), eletrólitos plasmáticos (sódio urinário baixo, osmolaridade urinária alta, densidade urinária alta, alta relação creatinina, baixa fração excretória de sódio e ureia), relação creatinina/ureia, clearance de creatinina Biomarcadores de danos estruturais dos rins podem ser avaliados nos 3 tipos como o KIM1 e NGAL EAS (na NTA tem cilindros granulosos pigmentares “cilindros marrons”), eletrólitos plasmáticos, relação creatinina/ureia, clearance de creatinina Se rabdomiólise: histórico com algum fator precipitante como politrauma ou isquemia muscular e elevação de níveis séricos de creatinofosfoquinase e aldolase EAS (hematúria e/ou piúria), eletrólitos plasmáticos, relação creatinina/ureia, clearance de creatinina TRATAMENTO Restaurar volemia → SG 0,9% IV rápido → melhora da diurese. Abordar causa base Desobstruir → Cateterismo vesical, duplo J, nefrostomia – AUTORREGULAÇÃO DO TFG: Quando ocorre baixa perfusão real por queda de volume os rins conseguem manter o equilíbrio da filtração por meios adaptativos: • Vasodilatação da arteríola AFERENTE (por citocinas pró inflamatórias) • Vasoconstrição da arteríola EFERENTE (mediada pelo SRAA) Esses processos fazem com que chegue mais sangue ao tufo capilar glomerular com consequente dificuldade de saída de sangue aumentando a pressão hidrostática. CONTUDO: O uso de AINE → inibe síntese de citocinas pró inflamatórias → impede art. AFERENTE de realizar vasodilatação compensatória O uso de IECA/BRA → impedem a arteríola EFERENTE de realizar vasoconstrição NECROSE TUBULAR AGUDA ISQUÊMICA (NTA): • Em geral, ocorre em pacientes em estado crítico ou pós cirurgias • Para levar a NTA a isquemia renal deve ser grave ou prolongada • No caso de sepse, o principal mecanismo é a combinação de vasoconstrição renal + vasodilatação sistêmica • Prognóstico ruim • Tratamento: reposição da volemia e do estado hemodinâmico do paciente RABDOMIÓLISE: • Lesão muscular extensa com liberação de enzimas musculares, eletrólitos, ácidos e pigmentos • Causas mais comuns: trauma, isquemia muscular, exercício físico extenuante, intoxicações e envenenamentos • Grande quantidade de mioglobina liberada pelo tecido muscular lesado é filtrada pelo glomérulo alcançando os túbulos. Com baixo fluxo tubular (sequestro de líquidos devido ao tecido muscular lesado), a concentração deste pigmento no lúmen se torna muito alta podendo promover a NTA • Além de lesar os túbulos renais, a mioglobina também tem efeito vasoconstritor por depletar o NO intrarrenal • Nas primeiras 24-48h diurese do paciente deve ser forçada com vigorosa hidratação com SF 0,9% + administração de manitol (mantem alto fluxo tubular, lavando a mioglobina e reduzindo o epitélio tubular e o sequestro do líquido do músculo lesado) + bicarbonato de sódio com salina 0,45% – DOENÇA RENAL CRÔNICA DEFINIÇÃO Dano renal com TFG<60ml/min e/ou Albuminúria ≥ 30mg/dia por um período igual ou maior que 3 meses. FISIOPATOLOGIA Dois mecanismos lesivos principais: 1) mecanismo desencadeante específico da etiologia subjacente como anormalidades do desenvolvimento, deposição de imunocomplexos, inflamação, exposição a algumas toxinas etc. (INSULTO → PERDA IRREVERSÍVEL DOS NÉFRONS + ATIVIDADE INTRARRENAL DO SRA → AUMENTO DA PRESSÃO → AUMENTO DO FLUXO GLOMERULAR) 2) conjunto de mecanismos progressivos que envolvem a hiperfiltração e hipertrofia dos néfrons (HIPERFILTRAÇÃO ADAPTATIVA → PROTEINÚRIA → FIBROSE RENAL → GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR DIFUSA) ETIOLOGIA Suas causas são processos patológicos lentamente progressivos, porém IRREVERSÍVEIS. As principais causas são nefroesclerose hipertensiva, glomerulopatia diabética, rins policísticos e glomerulopatias primárias. Fatores de risco: pessoas negras, histórico familiar de doença renal SINAIS E SINTOMAS Síndrome urêmica: acúmulo de escórias nitrogenadas + hipervolemia + desiquilíbrio ácido básico • MANIFESTAÇÕES QUE RESPONDEM A DIÁLISE: desiquilíbrio hidroeletrolítico, desiquilíbrio acidobásico, sintomas gastrointestinais, sintomas neurológicos, HAS, sintomas cardíacos, sintomas pleurais e pulmonares, disfunção plaquetária, intolerância à glicose • MANIFESTAÇÕES QUE NÃO RESPONDEM A DIÁLISE: anemia, distúrbios do cálcio e fosfato, prurido cutâneo, dislipidemia, depressão imunológica, estado de hipercatabolismo DIAGNÓSTICO Clínico + laboratorial (TGF <60 ML/MIN e Albuminúria > 30mg/dia) Na histologia: fibrose glomerular e intersticial aliada a atrofia dos túbulos EXAMES Marcadores de anormalidade: Albuminúria, sedimento urinário alterado, distúrbio eletrolítico, histologia alterada, alteração de imagem Sumário de urina USG renal Biópsia não mandatória em todos os casos PTH, Vitamina D TRATAMENTO Estágio 1 e 2 → inibir progressão tratando comorbidades que podem estar comprometendo função renal • IECA e BRA: controle PA + redução da proteinúria • Sinvastatina: controle lipídico Estágio 3 → diagnosticas e tratar complicações da SDU – • Furosemida SE sobrecarga de volume • EPO, ferro, sulfato ferroso e ácido fólico SE anemia • Bicarbonato de sódio SE acidose metabólica • Restrição de fosfato, carbonato de cálcio, calcitriol SE hiperparatireoidismo secundário Estágio 4 → iniciar o preparo para terapia de substituição renal (diálise peritoneal, hemodiálise e transplante) Estágio 5 →mantem tratamento do estágio 3 + restrição de sódio (diminuir retenção volêmica) + restrição de potássio (evitar hipercalemia) + restrição de HCO3 + uso de sulfato ferroso 40mg VO 3x/dia + ácido fólico 2-5mg VO 1x/dia Diálise de urgência: refratariedade de hipervolemia, hipercalcemia, acidose, uremia franca com encefalopatia, pericardite, hemorragia
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