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ESTÁGIO DE PRÁTICA SUPERVISIONADA TRABALHISTA - PEÇA PRÁTICA U2- AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

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AO JUÍZO DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO 
- RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARK HOTEL LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº XX, 
representada por XX, endereço eletrônico XX, com sede em Rio de Janeiro/RJ, por 
intermédio de seu advogado subscritor (conforme procuração em anexo), com endereço 
profissional em Rio de Janeiro/RS, para fins do artigo 77, inc. V, do CPC, vem a este 
juízo, propor, pelo procedimento especial dos artigos 539 a 549 do CPC 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
em face de JULIANA MARIA FIALHO, nacionalidade brasileira, estado civil XX, 
profissão camareira, nascida em XX, inscrita no RG nº XX e no CPF nº XX, portadora 
da CTPS nº XX, inscrita no PIS sob o nº XX, filha de XX, endereço eletrônico XX, 
residente e domiciliada em XX, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. 
 
I - DOS FATOS 
 A consignatária foi contratada pela ora consignante em 01/02/2019, para 
exercício da função de camareira. Contudo, a partir de 30/06/2019, sem qualquer 
motivo aparente, deixou de comparecer ao serviço. 
Embora notificada pessoalmente, via telegrama, para retornar ao exercício da 
atividade laborativa, a consignatária não retornou, motivo pelo qual, decorridos 30 dias 
e caracterizada a justa causa por abandono de emprego, foi formalizada a demissão. 
A consignatária foi novamente instada a comparecer no Departamento de 
Recursos Humanos da Empresa para receber os valores relativos aos dias trabalhados, 
mas permaneceu inerte. 
 Dado que nenhum dos meios utilizados foi exitoso, o ajuizamento da presente 
demanda é a única medida idônea para extinguir a obrigação. 
 
II - DOS FUNDAMENTOS 
 Inicialmente, cumpre informar que a Justiça Trabalhista, conforme o art. 114, I, 
da CRFB/88, é o juízo materialmente competente para ajuizamento da presente 
demanda. 
 A ação de consignação em pagamento, instrumento previsto tanto na lei adjetiva 
quanto no Código Civil, é a via idônea, a teor do que dispõe o artigo 335, II, do CC, 
para que seja adimplida a obrigação cujo credor não comparece ao local e no tempo 
combinados para receber o pagamento: 
Art. 335. A consignação tem lugar: (...) 
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e 
condição devidos; 
 No caso ora narrado, a consignatária não compareceu para retornar aos 
trabalhos, tampouco retirar os valores oriundos dos dias trabalhados, este último sendo 
devido pela consignante, conforme a previsão do art. 458, da CLT: 
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para 
todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras 
prestações "in natura" que a empresa, por fôrça do contrato ou do costume, 
fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o 
pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. 
Assim, a presente demanda é o meio adequado para promover o depósito do 
saldo salarial, na forma do art. 334, do CC: “Considera-se pagamento, e extingue a 
obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos 
casos e forma legais.” 
 Outrossim, em razão dos dias trabalhados pela consignatária, a empregadora, ora 
reclamada, de acordo com a previsão do art. 15, da Lei n.º 8.036/90, restava obrigada 
em a depositar, até o vigésimo dia de cada mês, em conta vinculada, a importância 
correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a 
cada trabalhador. Diante de tal disposição, a empregadora promove pelo depósito na 
conta vinculada da autora dos valores do FGTS referente ao mês anterior trabalhado 
pela empregada. 
 Além disso, conforme narrado, a consignatária ausentou-se do trabalho por mais 
de 30 dias. Nesse sentido, em que pese a legislação trabalhista não disponha a respeito 
do prazo de ausência injustificada para a caracterização do abandono de emprego, a 
jurisprudência é cristalina que a falta de mais de 30 dias é circunstância caracterizadora 
do abandono de emprego. Segue abaixo o entendimento do Tribunal Superior do 
Trabalho: 
 
Súmula nº 32 do TST. ABANDONO DE EMPREGO (nova 
redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Presume-se 
o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao 
serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do 
benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer. 
 
Assim, tendo em vista que a ausência da consignatária constitui o abandono de 
emprego e se trata de motivo de dispensa por justa causa, a rescisão contratual é a 
medida que se impõe, nos termos do art. 482, alínea “i”, da CLT: 
 
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de 
trabalho pelo empregador: (...) 
i) abandono de emprego; 
 
 Demonstrada a situação de rescisão contratual por justa causa, requer a 
consignante que seja promovida a juntada instrumento de rescisão e contrato da 
consignatária, nos termos do art. 477, §2º, da CLT. Além disso, visando a extinção do 
contrato de trabalho, nos termos do art. 477, CLT, requer a juntada do comprovante de 
baixa da carteira digital. 
Considerando-se que a demissão foi feita sem justa causa, pretende a ora 
consignante depositar em juízo – em observância aos artigos 539 e seguintes, do CPC -, 
com objetivo de que seja declarada a extinção da obrigação 
Assim, o consignante pretende depositar com o objetivo de que seja declarada 
extinta a obrigação: 
A) Saldo de salário; 
B) Valores do FGTS referente ao mês anterior trabalhado pela empregada; 
C) Instrumento de rescisão; 
D) Contrato da consignatária; 
E) Comprovante de baixa da carteira digital. 
 Pugna-se, portanto, pelo depósito os itens acima elencados, de modo a ser 
declarada a extinção da obrigação, dado que a consignação em juízo tem efeito de 
adimplemento, conforme o art. 334, do CC/02 c/c o art. 542, I, do CPC. 
 
III - DO PEDIDO 
Diante do exposto, o autor requer a esse juízo: 
A – O deferimento do depósito dos bens e valores indicados, no prazo de 05 dias, na 
forma do artigo 542, I, do CPC/15; 
B – A notificação da consignatária para que promova o levantamento dos valores 
depositados com efeito de quitação ou ofereça resposta em audiência, sob pena de 
revelia e declaração da extinção da obrigação (art. 542, II, do CPC); 
C - A procedência do pedido com a declaração de extinção da obrigação, nos termos do 
art. 546 do CPC; 
D - Que seja julgado procedente o pedido para condenar a RECLAMADA nas custas 
processuais e nos honorários advocatícios no valor de 15%, a teor do art. 791-A da 
CLT. 
 
DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos 
artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a 
testemunhal e o depoimento pessoal da ré. 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$ XX. 
 
Pede deferimento. 
Local, (Dia), (Mês) de (Ano). 
 
Nome do Advogado 
OAB/(Sigla do Estado)

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