ESTÁGIO DE PRÁTICA SUPERVISIONADA TRABALHISTA - PEÇA PRÁTICA U3 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

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AO DOUTO JUÍZO DO TRABALHO DA 9ª VARA DE BELO HORIZONTE - 
MG 
 
Processo n.º 969 
 
 
 
PULA POINT S.A., já qualificada nos autos em epígrafe, em que contende com 
MARIANA SILVA, também qualificado, vem, respeitosamente, perante Vossa 
Excelência, por intermédio de seu advogado adiante assinado, inconformado com a 
decisão que negou o seguimento ao recurso ordinário, vem, respeitosamente, com fulcro 
no art. 897, alínea “b”, da CLT, INTERPOR: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da XX Região. 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, dentre 
os quais se destacam: 
a) O depósito recursal: realizado no valor de 50% do valor do depósito do recurso 
ao qual se pretende destrancar, nos termos do art. 899, §7º, da CLT, conforme 
guia anexa; 
b) A formação do agravo de instrumento: esclarece-se que este agravo é 
instruído com cópia integral dos autos, incluindo as obrigatórias exigidas no art. 
897, §5º, inciso I, da CLT. 
Nos moldes do art. 830 da CLT, o patrono da agravante declara a autenticidade dos 
documentos oferecidos em cópia para formação do presente agravo, sob sua 
responsabilidade pessoal. 
 Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, bem como a 
retratação deste douto juízo. Caso não seja o entendimento, requer a intimação da 
outra parte para apresentar a contraminuta ao agravo de instrumento e 
contrarrazões ao recurso ordinário, no prazo de 08 dias, conforme estabelece o art. 
897, §6º, da CLT, e a posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 
XX Região. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, (Dia), (Mês) de (Ano). 
 
Nome do Advogado 
OAB/(Sigla do Estado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA (XXª) REGIÃO 
MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Processo n.º 969 
Agravante: PULA POINT S.A. 
Agravada: MARIANA SILVA 
 
I – RESUMO DA DEMANDA 
 Cuida-se de reclamação trabalhista proposta por Mariana Silva em face da Pula Point 
S.A., visando a reintegração e o pagamento de horas sobreaviso em favor da agravada. 
 Em sede de primeiro grau, a demanda foi julgada procedente com a fundamentação de 
que a empregada comprovou documentalmente que estava grávida quando do rompimento do 
contrato, desconsiderando que a mesma havia pedido demissão. Além disso, em razão da 
trabalhadora permanecer com celular da empresa permanentemente ligado, o pedido de horas de 
sobreaviso também foi julgado procedente. 
 Inconformada com a decisão, a agravante interpôs o competente Recurso Ordinário. 
Acontece que o seguimento do apelo foi negado pelo juízo de primeiro grau sob a 
fundamentação de que o recurso teria sido interposto um dia após o término do prazo recursal, 
não realizando a contagem em dias não úteis, motivo pelo qual se interpõe o presente agravo de 
instrumento. 
 É o breve relatório, passa-se à fundamentação. 
 
II – DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO PRINCIPAL 
 Primeiramente, frise-se o comprovado cabimento da interposição do agravo de 
instrumento em razão da decisão que denegou a interposição do Recurso Ordinário da 
agravante, com amparo no art. 897, alínea “b”, da CLT: 
 
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: (...) 
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. 
 
Outrossim, a denegação teve como pressuposto a alegada intempestividade por ter sido 
interposto um dia após o término do prazo recursal. Ocorre que, conforme se extrai dos autos, o 
juiz a quo não realizou a contagem da interposição em dias úteis, conforme preconiza o art. 775, 
da CLT: 
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com 
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. 
 
Dessa maneira, a decisão não merece ser mantida, visto que o prazo para a interposição 
do recurso ordinário deverá ser contado em dia útil, sendo, portanto, tempestivo. 
 Diante do cumprimento de todos os pressupostos de admissibilidade do recurso 
ordinário, inclusive em relação à tempestividade, requer o provimento do agravo de instrumento 
e, consequentemente, o processamento do recurso ordinário anteriormente denegado, nos termos 
do art. 897, §7º, da CLT, in verbis: 
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
§ 7o Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso 
principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a 
esse recurso. 
 
III – REQUERIMENTOS FINAIS 
 Ante o exposto, requer o conhecimento do presente agravo, bem como o seu 
provimento, estabelecendo o recebimento e o processamento do recurso ordinário, com a 
consequente reforma da decisão. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, (Dia), (Mês) de (Ano). 
 
Nome do Advogado 
OAB/(Sigla do Estado)