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América Latina e seus desafios no mundo contemporâneo 1- INTRODUÇÃO Este texto tem como tema os desafios da américa latina no mundo contemporâneo. O objetivo desta proposta textual foi encontrar soluções para os problemas enfrentados pelas nações latinas. O método utilizado para o alcance destes objetivos foi selecionar artigos científicos disponíveis nas plataformas digitais científicas e analisar o que os autores apontam sobre o tema. Foram selecionados artigos de estudos científicos, limitando-os ao tema da America Latina e os contextos econômicos e sociais. Os resultados apontaram o quanto a américa latina é relevante no contexto mundial, tendo em vista sua capacidade de produção de matérias primas e suas riquezas culturais fundamentais ao mundo. 2- DESENVOLVIMENTO A América Latina é a região do continente americano composta pelos países onde é falado as línguas de origem latina como o Francês, Espanhol e Português. A região se alarga do México até a Argentina, esse espaço passou por um intenso processo de exploração e colonização pelas nações europeias, principalmente pelos impérios Espanhol e Português. Esses países exploraram vários recursos naturais como a madeira, a cana-de-açúcar e os metais preciosos, além do regime adotado ser imperialista e escravocrata. Esses fatores influenciaram bruscamente na cultura e na situação econômica e social desses países. Nesta perspectiva, os pontos do contexto econômico e do contexto social se fazem fundamentais para a compreensão desta região, a América Latina. 2.1 Contexto econômico da América Latina Os países latinos são caracterizados pelas altas dívidas externas. Segundo Eduardo de Freitas (s/d) “o endividamento de grande parte dos países latinos teve início no processo de descolonização pelo qual diversos países passaram, as dívidas desses períodos foram contraídas com a finalidade de financiar os gastos para o desligamento com a metrópole. A partir desses empréstimos os países enfrentaram enormes dificuldades para o pagamento das dívidas[...] Diversos países que ingressaram de forma expressiva nas atividades industriais tiveram de estender ainda mais os valores e os prazos das dívidas, nesse caso foram feitas com o propósito de gerar desenvolvimento econômico no país”, de acordo com o DIT (Divisão Internacional do trabalho) os países da América Latina são divididos em dois grupos os países emergentes: apresentam indústria, mas que precisam expandir seus mercados consumidores e investirem em tecnologia e educação, de acordo com Rodolfo Ferreira Alves Pena (s/d) Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Paraná “são considerados emergentes aqueles países subdesenvolvidos que apresentam quadros de crescimento econômico prósperos e características socioeconômicas que diferenciam esses países das demais economias periféricas” . Outro grupo são os países periféricos:são nações pouco industrializadas, que geralmente dependem de um tipo de atividade econômica,a extração e exportação de matérias primas, de baixo valor agregado para países desenvolvidos e tendem a ser fortemente influenciados por nações centrais e suas corporações multinacionais. É necessário a integração regional, que segundo Matias(2005, p.423)“ é um fenômeno surgido na segunda metade do século XX, resultante da necessidade de os países situados na mesma região se congregarem, reunindo capitais, tecnologias, recursos humanos, a fim de protegerem suas economias dos efeitos negativos da mundialização e promoverem medidas conjuntas nos vários campos de atividade para dinamizar o progresso material e social de seus povos e, por esse meio, lograrem o desenvolvimento econômico com justiça social, que implica a melhoria de suas condições de vida”. O aspecto econômico na América Latina é fundamental para seu desenvolvimento, e isto influencia diretamente nas condições de vida das populações, sobretudo no ponto de vista social 2.2 Contexto social da américa latina A américa latina é um local de desigualdade social muito elevada. A população vive com a falta de emprego, educação e saúde, o que dificulta ainda mais o crescimento econômico. Essa situação é é reflexo da colonização latino-americana, que segundo Joseph Stiglitz em entrevista para a BBC News Mundo “a exploração dos colonizadores semeou a desigualdade na América Latina, bem como a distribuição desigual de terras nas economias agrárias contribuiu para "a criação de algumas famílias muito ricas e muitas famílias muito pobres". Isto interferiu na desigualdade social intensa neste lado do mundo. Com a entrada da industrialização, delineada pelo capital, esta situação se aprofundou ainda mais. Para Viana, Fonseca e Silva (2017) em tempos mais atuais, estes autores sugerem quanto às questões sociais que os governos da maioria dos países da América Latina e Caribe foram capazes de ampliar os investimentos sociais e introduzir inovações nas políticas de proteção social nas duas últimas décadas, com resultados positivos em termos de cobertura e impacto das ações. Entretanto, as restrições impostas pelo atual cenário de crise fiscal, juntamente com a ascensão de governos ideologicamente mais alinhados com o discurso neoliberal em diversos países da região, apontam para um novo recuo do Estado na área social, comprometendo os avanços obtidos no período recente. Em suas discussões, estes autores argumentam que, embora os diferentes países tenham adotado soluções diferenciadas no campo da proteção social, o caráter híbrido das políticas (com grande participação do setor privado no financiamento, oferta e gestão dos serviços) e a prevalência de modelos segmentados (com acesso diferenciado em função da posição social dos indivíduos) têm sido os traços predominantes da proteção social na América Latina e Caribe, limitando as possibilidades de maior equidade e justiça social. 3. DISCUSSÃO O autor Joseph Stiglitz indica que o processo de colonização interferiu tanto economicamente, quanto socialmente nas regiões da américa latina levando a há uma profunda desigualdade social e econômica. O autor Eduardo Freitas indica assim como Joseph Stiglitz que o processo de colonização interferiu na situação econômica e social, para Eduardo Freitas a colonização interferiu por meio do acúmulo de dívidas externas para o desligamento com as metrópoles. Para Viana, Fonseca e Silva (2017) o caráter híbrido das políticas e a prevalência de modelos segmentados têm sido os traços predominantes da proteção social na América Latina, sendo assim limitando as oportunidades para uma maior igualdade social. Há de se observar que os problemas que são intensamente identificados na América Latina correspondem às questões econômicas e sociais. As altas dívidas externas de cada país gera dependência econômica aos países desenvolvidos credores e aos conglomerados econômicos (megas empresas multinacionais).Por outro lado, a falta de industrialização nos países periféricos faz com que a produção seja basicamente de produtos primários de baixo valor, o produto é exportado para um país desenvolvido, passa por um processo de refinamento, encarecendo o produto, depois é importado. pelo país periférico. fazendo com que a troca comercial seja desigual, produzindo um déficit, ou seja, não há crescimento econômico.Sob outra perspectiva os países emergentes precisam expandir seus mercados consumidores e investirem em tecnologia e educação.Para o enfrentamento desses demais obstáculos é necessário a integração regional. Devido a desigualdade social nos países latinos ser muito elevada, a população vive com a falta de emprego, educação e saúde, o que dificulta ainda mais o crescimento econômico, para o melhoramento da situação de vida das populações os governos precisam começar um processo de investimento em políticas públicas e adotar medidas para reverter o proceso neo-liberal. 4- CONCLUSÃO A Partir dos autores utilizados neste trabalho, conclui-se que os desafios da América Latina no mundo contemporâneo são as dívidas externas alarmantes, a desigualdade sociale econômica, a dependência econômica de Nações desenvolvidas principalmente as do hemisfério norte, e a falta de união entre os países. 5- REFERENCIAS MATIAS, Eduardo Felipe P. A Humanidade e suas Fronteiras. Do Estado Soberano à Sociedade Global”. São Paulo: Paz e Terra, 2005. VIANA, FONSECA, e SILVA Espaço Temático: Políticas Sociais na América latina• Cad. Saúde Pública 33 (Suppl 2) • 2017 Stiglitz, Joseph. Por que a América Latina é a 'região mais desigual do planeta' Gerardo Lissardy. BBC NewsBrasil, publicado na internet em 16 fevereiro 2020 Pena, Rodolfo Ferreira Alves. Países Emergentes , https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/paises-emergentes.htm, Freitas, Eduardo de. Dívida Externa dos Países da América Latina,https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/a-divida-externa-dos-paises-am erica-latina.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/paises-emergentes.htm