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PEDIATRIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO MARIA EDUARDA NOTARO CAVALCANTI – MED XIV Prontuário médico em pediatria Observações O prontuário é do paciente, o médico ou o hospital tem a guarda. Sempre colocar procedência e naturalidade Dados da história do paciente • Ênfase nos aspectos relacionados à sua condição de saúde. Base de informação • Pacientes ou familiares Registro de procedimentos realizados • Em ordem cronológica • Médicos e outros profissionais de saúde Todo paciente tem direito de ter uma cópia do prontuário médico • O prontuário médico é do paciente • O prontuário deveria acompanhar o paciente durante toda a sua vida. Definição Documento único constituído por um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre os membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada. Registros de procedimentos realizados em ordem cronológica. Documento repositório do segredo médico do paciente. Importância do prontuário Registro de histórias, sinais e sintomas, desenhos e imagens • Possibilita a consulta e acompanhamento por equipe multiprofissional Fonte elucidativa de dúvidas sobre a história pregressa e atual • Para qualquer pessoa, inclusive o paciente Documento preenchido corretamente com qualidade • Informações imprescindíveis • Aspectos técnico-administrativo, legislativo-judicial e éticos Dez regras básicas para o registro das informações 1. As informações devem ser claras, objetivas e coerentes 2. A escrita deve ser feita com caneta 3. Os líquidos corretivos não devem ser utilizados 4. Não deve haver rasuras 5. A letra deve ser clara e especialmente legível • Escrita ilegível? o Desrespeito ao paciente e aos demais profissionais o Inacessibilidade das informações o Possibilidade de interpretação errônea o Consequências prejudiciais para o paciente o Art 87 - Código de Ética Médica: “É VEDADO AO MÉDICO DEIXAR DE ELABORAR PRONTUÁRIO LEGÍVEL PARA CADA PACIENTE” PEDIATRIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO MARIA EDUARDA NOTARO CAVALCANTI – MED XIV § 1o O prontuário deve conter os dados clínicos para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica com data, hora, assinatura e número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina. § 2o O prontuário estará sob a guarda do médico ou da instituição que assiste o paciente. • O preenchimento do prontuário médico é obrigação e responsabilidade intransferíveis do médico, fazendo-se exceção aos hospitais de ensino, onde alunos de medicina o fazem sob supervisão, correção e responsabilidade de médicos, sejam professores de medicina ou do staff do hospital de ensino. 6. O abuso de abreviaturas deve ser evitado 7. Os espaços em branco devem ser evitados 8. Todo registro deve ser seguido da identificação do profissional responsável - nome legível, assinatura e número de inscrição no Conselho Profissional • Ausência de identificação o Inviabiliza a responsabilidade pelas informações e condutas tomadas o Configura-se um ato de infração. o O PRONTUÁRIO CORRETAMENTE PREENCHIDO É A PRINCIPAL PEÇA DE DEFESA DO MÉDICO NO CASO DE DENÚNCIAS DE MAU ATENDIMENTO E NA PRESUNÇÃO DA EXISTÊNCIA DE ERRO 9. As informações devem ser pertinentes e relacionadas ao paciente em questão 10. O registro deve ser cuidadoso e organizado de modo a facilitar o raciocínio clínico • O REGISTRO COMPLETO E ORGANIZADO DE INFORMAÇÕES PERTINENTES É ESSENCIAL PARA POSSIBILITAR AOS PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS O ENTENDIMENTO DA SITUAÇÃO DO PACIENTE E FACILITAR O RACIOCÍNIO CLÍNICO Componentes 1. Identificação do paciente 2. Dados da entrevista: QPD (motivo da consulta), HDA (história da moléstia atual), IS (anamnese especial) 3. História pregressa (pré-natal, natal, pós-natal, alimentação, C e D – crescimento e desenvolvimento, imunização, mórbido) 4. História familiar e social 5. Dados do exame físico (inclui dados antropométricos) 6. Lista de problemas e hipóteses diagnósticas 7. Conduta: Prescrição, exames subsidiários, pareceres 8. Evolução 9. Sumário de alta, transferência ou óbito Exemplo de um prontuário PEDIATRIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO MARIA EDUARDA NOTARO CAVALCANTI – MED XIV PEDIATRIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO MARIA EDUARDA NOTARO CAVALCANTI – MED XIV PEDIATRIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO MARIA EDUARDA NOTARO CAVALCANTI – MED XIV O prontuário eletrônico Parecer CFM No. 14/93, de 16 de setembro de 1993, entende não haver obstáculo na utilização da informática para elaboração de prontuários médicos, desde que seja garantido o respeito ao sigilo profissional. É a principal ferramenta de TICS (Tecnologia de Informação e Comunicação em Saúde) que o médico precisa ou precisará lidar nas suas atividades diárias, seja no consultório, centro diagnóstico ou hospital. É fundamental que seja de alta qualidade, segura. Que possa auxiliá-lo no registro da história clínica e exame físico, bem como na solicitação de exames e prescrição. Outro conceito importante é o Registro Eletrônico de Saúde (RES) que permite o armazenamento e o compartilhamento seguro das informações de um paciente. Os sistemas devem adotar mecanismos de segurança capazes de garantir autenticidade, confidencialidade e integridade das informações de saúde. A certificação digital é a tecnologia que melhor provê estes mecanismos.
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