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Prontuário Médico Colocar o máximo de informações possíveis no prontuário. Inserir informações clínicas e contexto em que o paciente está inserido. É preenchido por toda a equipe profissional. Funciona como documento importante para o médico em que há registro de todas as condutas realizadas nas consultas. Importância do registro Hipócrates 5 a.C.: o registro médico deve refletir exatamente o curso (evolução da doença) e indicar as suas possíveis causas. Resolução CFM 1.331/89 O prontuário médico é um conjunto de documentos padronizados e ordenados, destinados ao registro dos cuidados profissionais prestados ao paciente pelos Serviços de Saúde Pública ou Privado. Portanto, o prontuário não é destinado somente para o médico, mas para toda a equipe de profissionais que atendem determinado paciente. Finalidade do prontuário médico Avaliação do paciente: realizada desde a primeira consulta na unidade e sua evolução até o momento. Comunicação de equipe: facilita a troca de informações entre turnos devido a transcrição dos procedimentos no prontuário. Não é uma comunicação do tipo “deixar um recado para alguém”, deve ser incluído o que o paciente apresenta e o motivo das condutas. Comunicação para equipe administrativa: registra a necessidade de utilização de determinado medicamento. São colocadas justificativas para a utilização de determinada medicação, recurso. Defesa legal: principal documento comprobatório das condutas médicas. A fala verbal não tem a mesma validade do que o registro no prontuário. Sigilo médico: documento restrito ao setor que está sendo utilizado. É um documento do paciente. Fins de pesquisa: auxilia na coleta de dados para fins de pesquisa clínica, pois fornece informações de receituários, atestados, resultados de exames. Constituição Federal Art. 5º, inciso X: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Código de ética médica Art. 39: é vedado ao médico receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível, assim como assinar em branco folhas de receituários, laudos, atestados ou quaisquer outros documentos médicos - só poderia ser emitida ao se ter registro escrito do motivo de receitar o medicamento. Art. 73: é vedado ao médico revelar fato que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento por escrito, do paciente. - Mesmo que o fato seja de conhecimento público. - Mesmo quando testemunha de processo. - Mesmo na investigação de suspeita de crime. O médico não é obrigado a revelar informações além do prontuário. Art. 87: é vedado ao médico deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente. Paciente menor de idade? Art. 74: é vedado ao médico revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente. Resolução CFM 1.331/89 Atualmente está sendo evitada a realização de prontuários em computadores devido a facilidade de obtenção de informações e informações de sistemas. O prontuário médico é documento de manutenção permanente pelos estabelecimentos de saúde. Deve ser mantido por 20 anos após o último registro. O prontuário pode ser substituído por métodos eletrônicos de registro, capazes de assegurar a restauração plena das informações nele contidas. Resolução CFM nº 1.605 de 15 de setembro de 2000 Art. 1: o médico não pode, sem o consentimento do paciente, revelar o conteúdo do prontuário ou ficha médica. Art. 2: em casos de notificação para vigilância, encaminhar apenas para comunicação - somente para fins de notificação. De quem é a responsabilidade pelo prontuário médico? Todos que prestaram assistência têm responsabilidade pelo prontuário. Resolução CFM 1.638/2002: Ao médico assistente e aos demais profissionais que compartilham do atendimento. A hierarquia médica da instituição, nas suas áreas de atuação - a internação ocorre por nome de alguém, geralmente por quem prestou o primeiro atendimento ou alguém do corpo clínico que assume a internação. Chefias de equipe, do setor até o diretor da Divisão Médica e/ou diretor técnico. Resolução CFM nº 1.821/2007 Aprova o Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde, e/ou outra versão aprovada pelo Conselho Federal de Medicina. Autoriza a digitalização dos prontuários dos pacientes desde que obedeça nível de garantia de segurança (assinatura com certificado digital). Estabelece o prazo mínimo de 20 anos, a partir do último registro, para a preservação dos prontuários dos pacientes em suporte de papel que não foram arquivados eletronicamente em meio óptico, microfilmado ou digitalizado. Geralmente são realizados registros em prontuário eletrônico com assinatura digital e prontuários impressos assinados. O prontuário eletrônico deve estar disponível no sistema por pelo menos 20 anos. Conteúdo obrigatório do prontuário ● Identificação do paciente (frente e verso e em todas as folhas - nome, idade, nome da mãe, data de nascimento e atendimento). ● Anamnese e exame físico. ● Exames solicitados e seus resultados (é importante que haja uma cópia de cada uma dos exames no prontuário ou descrevê-los completamente no prontuário). ● Conduta terapêutica (hipótese diagnóstica e motivo desta hipótese e, em uma próxima evolução após os resultados dos exames, o diagnóstico, descrever “em tratamento” e a resolução ou não do quadro clínico). ● Evolução diária do paciente, com data e hoa, procedimentos realizados e identificação dos profissionais que os realizaram (categoria profissional). ● Descrições cirúrgicas, fichas de anestesia. ● Prescrições médicas e de outros profissionais da saúde (fisioterapia, enfermagem). ● Resumo de alta (como chegou, o que foi realizado, exames, hipóteses diagnósticas, terapias, evolução com melhora ou piora - sequência para compreender o desfecho final). ● Fichas de atendimento ambulatorial e/ou atendimento de urgência. ● Registros dos consentimentos esclarecidos (para todos os procedimentos realizados). Nunca esquecer ● Identificação dos profissionais prestadores. ● Assinatura e número de registro do profissional. ● Consentimento informado para realização de procedimentos. ● Identificação do paciente em todas as páginas. Evitar ● Letra ilegível. ● Abreviações desconhecidas por outros profissionais. ● Não justificar condutas. ● Escrita a lápis. ● Rasuras ou uso de corretivo. ● Folhas em branco. A quem pertence o prontuário? A propriedade é do paciente. Médico e instituição tem direito da guarda. Em caso de solicitação, somente uma cópia é entregue. Transferência: nota de transferência (o que o paciente apresenta e porque está sendo transferido), exames e última prescrição. A informatização do prontuário ● Acesso mais restrito aos dados: limitação de acesso por login e senha. ● Recuperação de dados. ● Acesso facilitado a informação. ● Legibilidade. ● Facilidade para pesquisas. ● Economia de espaço. ● Menos dano ao meio ambiente. E quanto aos estudantes? Art. 24: é vedado ao acadêmico de medicina identificar-se como médico, podendo qualquer ato por ele praticado nessa situação ser caracterizado como exercício ilegal da medicnina. Art. 26: a realização de atendimento por acadêmicos deverá obrigatoriamente ter supervisão médica.
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