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Relatório de projeto de adequação da sinalização da rotatória do São Francisco em São Luís - MA

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FACAM – FACULDADE DO MARANHÃO
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
EDUARDO SILVA DE SOUSA
MIKAEL SANTANA AMORIM
JADIEL SOUSA DOS ANJOS
RODRIGO ALMEIDA
RELATÓRIO DO PROJETO DE SINALIZAÇÃO: Rotatória São Francisco 
SÃO LUÍS
2022
EDUARDO SILVA DE SOUSA
MIKAEL SANTANA AMORIM
JADIEL SOUSA DOS ANJOS
RODRIGO ALMEIDA
RELATÓRIO DO PROJETO DE SINALIZAÇÃO: Rotatória São Francisco 
Trabalho acadêmico do curso engenharia civil pela Faculdade do Maranhão - FACAM, Campus São luís - MA, como requisito à obtenção de notas da disciplina projeto viário. 
Orientador: Prof. M.e Felipe Aquino 
Orientador: Prof.______________________
Co-orientador: Prof.____________________
Orientador: Prof.______________________
Co-orientador: Prof.____________________
SÃO LUÍS
2022
SUMÁRIO
1.	CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS	4
1.1.	Vias de trânsito rápido	5
1.2.	Via arterial	5
1.3.	Via coletora	6
1.4.	Via local	6
2.	SINALIZAÇÃO VIÁRIA	6
2.1.	Sinalização vertical	8
2.2.	Sinalização horizontal	8
2.3.	Sinalização Semafórica	9
2.3.1.	Tipos de semáforos	10
3.	METODOLOGIA	11
3.1 Coleta de dados	12
3.2 Análise de dados	12
4.	MATERIAOS E MÉTODOS	13
4.1.	Área de estudo	13
4.2.	Característica do tráfego	15
4.3.	Contagem do tráfego	15
4.4.	Cálculos	15
Cálculos do VMD	16
volume horário	16
Composição de trafego	17
5.	RESULTADOS	17
5.1.	Identificação dos trechos críticos	17
5.2.	Analise Semáforo	19
6.	CONCLUSÕES	24
REFERÊNCIAS	24
1. CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS
Em termos funcionais, Carvalho (2002) cita que são duas as principais características das vias: acessibilidade e mobilidade. Para Caetano (2013), é possível determinar a classificação funcional como um conjunto de ruas e avenidas incluídas em um sistema integrado, onde, separadamente, cada uma dessas características possuem uma categoria e uma importância diferenciada para a cidade como um todo. 
Para Baker (1975 apud Caetano, 2013), é em função da importância ou distância das viagens e também do nível de acesso às propriedades que se dá a classificação das vias em uma determinada categoria. Segundo Parra (2001), para enquadrar certa via em uma determinada categoria é preciso levar em conta o comprimento médio da viagem a ser realizada e também a velocidade média que se alcança nessa operação.
 Conforme art. 60 do Código de Trânsito Brasileiro (1997), as vias abertas à circulação públicas localizadas dentro das áreas urbanas são dividas e classificadas em quatro categorias, apresentadas na sequência em ordem hierárquica: a) vias de transito rápido; b) via arterial; c) via coletora; d) via local. Já para vias rurais existe duas categorias conforme segue: a) rodovias; b) estradas. 
A Figura 1 apresenta a relação entre mobilidade e acessibilidade que se encontra quando se trata de vias urbanas. A via arterial possui a característica de mobilidade maior quando comparada com a característica de acessibilidade, sendo assim sua principal função a de dar mobilidade aos veículos que por ela trafegam. Já quando se observa as características da via local, é possível perceber que a função que tem maior relevância é a função de acessibilidade, com uma pequena parcela de mobilidade.
 Para a via coletora, as características de mobilidade e de acessibilidade têm parcelas semelhantes de contribuição. 
Figura 1 - Relação Mobilidade e Acessibilidade de vias urbanas.
 Fonte: FHWA (1989 apud Ribeiro, 2005). 
1.1. Vias de trânsito rápido 
Para Alves (2005), esse tipo de configuração de via aparece em cidades de grande porte, geralmente aquelas que possuem mais de 100 mil habitantes. É caracterizada pela existência de acessos especiais, trânsito livre, não possui acessibilidade direta aos lotes vizinhos da via e não possui acesso e travessia de pedestres em nível. Característica marcante das vias de trânsito rápido é a alta mobilidade e consequentemente com baixa acessibilidade. 
Alguns usos são permitidos nas suas proximidades, mas com restrições. Por exemplo, postos de gasolina, áreas para informações turísticas, postos de controle policiais ou de fiscalização (ALVES, 2005). Possuem grandes volumes de tráfego e velocidade próxima a 80km/h, sendo seus acessos são controlados (AASHTO, 1994). 
1.2. Via arterial 
Segundo Caetano (2013), possuem interseções em nível e o controle do tráfego é feito por semáforos, permitindo o acesso a lotes que estão localizados próximos a ela. O principal objetivo da via arterial é dar possibilidade de trânsito entre as diversas regiões da cidade, assim cumpre sua função de fazer a ligação entre áreas distintas, sendo esse seu diferencial quando comparada com as demais vias.
A via arterial serve principalmente de ligação entre vias expressas e vias coletoras, já que tem a função de distribuir o tráfego oriundo da via expressa pela cidade e/ou região próxima a ela. Possui um menor volume de tráfego e a velocidade máxima não ultrapassa 60 km/h (AASHTO, 1994). 
1.3. Via coletora 
A via coletora tem a função de movimentação local de veículos e também de fornecer acesso direto aos lotes vizinhos (AASHTO, 1994). Segundo Alves (2005), a mobilidade e acessibilidade em nível moderado fazem parte de suas características. 
As vias coletoras possuem cruzamentos controlados por semáforos e também possuem cruzamentos em nível. Com sua principal característica sendo a ligação entre vias arteriais e localidades que estão próximas, ou seja, penetra mais a fundo nas zonas residenciais, possui uma baixa velocidade de trafegabilidade, por volta de 40km/h, (AASHTO, 1994). 
1.4. Via local
 Conforme a definição de via local encontrada no CTB (1997), as suas características são as interseções em nível sem a presença de semáforo e seu uso restrito a determinados locais e áreas. Não possui nenhum tipo de ligação e é exclusiva para veículos restritos ou que possam ter algum tipo de interesse específico. São vias onde o tráfego é formado principalmente por veículos locais. Exemplos deste tipo de via são as ruas de um condomínio fechado, vias que dão acesso a residências ou a locais de algum ramo profissional (AASHTO, 1994).
2. SINALIZAÇÃO VIÁRIA 
A sinalização viária assume papel importante dentro do tráfego da malha rodoviária federal principalmente no que diz respeito à segurança viária e às condições de trafegabilidade, uma vez que o usuário da via apresenta diversas características físicas, psicológicas e comportamentais e os veículos possuem diversas características quanto ao seu tamanho, peso e capacidade de operação dentro da via com uma malha rodoviária projetada dentro de um contexto desatualizado da realidade, formando um conjunto que se faz necessário organizar e buscar a interação entre condutor, veículo e via, de forma segura e eficiente. 
De acordo com Abetran (apud Sá Freire, 2011, p. 26 - 27), 
Castilho (2009) afirma que desde o início da humanidade o homem já adotava um modelo de sinalização quando para marcar o sentido da direção, ele deixava pegadas no solo, marcas em troncos de árvores ou em rochas. 
Muitos povos com o decorrer dos anos passaram a utilizar-se de outras formas de demarcação de estradas, tais como, os citados por Moreira e Menegon (apud CASTILHO, 2009), os egípcios que usavam misturas de resinas, pigmentos e areias para a sinalização horizontal de suas estradas. Já os romanos colocavam pedras ou tijolos no centro de suas estradas para manter as carruagens em suas mãos de direção, bem como, placas indicando as distâncias entre as cidades.
Com a invenção do automóvel, surgiu a necessidade de se organizar o tráfego tanto de carros como de pedestres, por meio de regras de sinalização.
A sinalização de trânsito tem papel fundamental, uma vez que sua função é informar e orientar os usuários das vias. O respeito à sinalização garante um trânsito mais organizado e seguro para os condutores e pedestres. Placas, 22 inscrições nas vias, sinais luminosos, gestos e sons compõem o código da sinalização de trânsito. (SÁ FREIRE, 2011, p.9).
Salienta-se, como já visto anteriormente, que a dimensão e a escolha dos locais adequados à sinalizaçãodependem, conforme Brasil (2010, p. 37). 
Das características físicas da rodovia (pista simples, pista dupla, número de faixas de tráfego etc.); Velocidade operacional da rodovia; Características da região atravessada pela rodovia (região plana, ondulada ou montanhosa); Tipo e intensidade de ocupação lateral da via (uso do solo urbano ou rural). 
A sinalização viária precisa, por meio de sinais, conforme a legislação vigente, orientar os usuários para que possam entender, obedecer e se manterem seguros, de forma compreensível, fácil, simples. 
Quando a sinalização é correta, o usuário sente-se seguro e contribui para minimizar os erros em tomadas de decisão quando necessárias. 
A sinalização deve indicar o que fazer, de forma simples, objetiva e precisa ao usuário, tendo como objetivo o respeito e a segurança. A sinalização de uma rodovia deve seguir regras de circulação e transmitir a todos os usuários esta regra, de forma que todos possam compreendê-la e obedecê-la. 
Segundo Guerreiro (2012), a sinalização deve fornecer as informações que forem necessárias ao condutor, dentro do seu campo de visão e da necessidade de informação naquele momento, em sintonia com o fluxo da via. 
O objetivo básico da sinalização viária é fazer com que seus usuários atinjam seus destinos com segurança e ordem. Para isso regulamenta os deveres dos motoristas e pedestres impondo limitações e proibições, a fim de advertir sobre condições de perigo, informar o posicionamento do automóvel e direções a serem tomadas, (RENZ, 2015, p.19). 
Na concepção e na implantação da sinalização de trânsito, segundo CONTRAN (2007a, p. 22), é fundamental as condições de percepção dos usuários da via, garantindo a real eficácia dos sinais.
2.1. Sinalização vertical
A sinalização vertical é um subsistema da sinalização viária, “que se utiliza de sinais apostos sobre placas fixadas na posição vertical, ao lado ou suspensas sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente ou, eventualmente, variável, mediante símbolos e/ou legendas preestabelecidas e legalmente instituídas”. (CONTRAN, 2007a, p. 22). 
A sinalização vertical (Figura 4) tem como objetivo, por meio de placas, painéis ou dispositivos auxiliares, próximos ao acostamento ou suspensos sobre a rodovia na posição vertical, transmitir ao usuário a regulamentação a rodovia, advertência quanto a situações que possam comprometer a segurança do usuário, indicações, orientações e informações que possam levar o usuário ao seu destino final, além de mensagens educativas.
2.2. Sinalização horizontal 
Conforme CONTRAN (2004, p. 30) em sua Resolução nº 160/2004 afirma que:
Sinalização horizontal é um subsistema da sinalização viária que se utiliza de linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos sobre o 27 pavimento das vias. Têm como função organizar o fluxo de veículos e pedestres; controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de geometria, topografia ou frente a obstáculos; complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou indicação. Em casos específicos, tem poder de regulamentação.
Complementando, o Guia Prático do Programa Nacional de Segurança e Sinalização Rodoviária - BR-LEGAL determina que 
A sinalização horizontal deve ser adequada de forma a atender critérios que garantam condições mínimas de segurança viária em relação a sua visualização com o veículo em movimento na velocidade praticada no trecho de forma a proporcionar tempo hábil para tomada de decisão do motorista (BRASIL, 2015, p. 23). 
Nesse sentido, a sinalização horizontal (Figura 5) deve transmitir aos usuários da via, mensagens que possibilitem sua percepção e entendimento, assegurando segurança e ordenamento sem desviar a atenção do sentido e fluxo da via.
A sinalização horizontal faz parte dos sinais de trânsito de que trata o art. 87 do CTB e está prevista na Resolução 160/04, do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN - DOU de 11 de junho de 2004 que aprovou o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro – CTB. 
Segundo CET (2013, p. 10), o órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é “responsável pela implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação, não podendo ser aplicadas as sanções previstas neste Código por 28 inobservância à sinalização quando esta for insuficiente ou incorreta, § 1º e caput do art. 90 do CTB. ”
2.3. Sinalização Semafórica 
A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização viária que se compõe de “indicações luminosas acionadas alternada ou intermitentemente por meio de sistema eletromecânico ou eletrônico. Tem a finalidade de transmitir diferentes mensagens aos usuários da via pública, regulamentando o direito de passagem ou advertindo sobre situações especiais nas vias” (CONTRAN, 2014b, p. 22). 
A figura. Mostra como é o fluxo de veículos na rotatória, qual caminho e direção é possível seguir.
Figura: Fluxo de tráfego
Fonte: Autores
Ela é classificada, de acordo com a sua função: 
 Sinalização semafórica de regulamentação: tem a função de efetuar o controle do trânsito numa interseção ou seção de via, através de indicações luminosas, alternando o direito de passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres; 
 Sinalização semafórica de advertência: tem a função de advertir sobre a existência de obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as medidas de precaução compatíveis com a segurança para seguir adiante. (MOBILIZA, 2017, p. 21).
2.3.1. Tipos de semáforos 
2.3.1.1. Semáforos empregados na sinalização semafórica de regulamentação 
O semáforo, ou grupo focal, é o conjunto obtido pela montagem de um ou mais focos luminosos com suas faces voltadas para o sentido do movimento.
 Veicular (exceto de ciclista) 
 Veicular direcional
 Veicular direção livre 
 Veicular controle de acesso específico
 Veicular controle ou faixa reversível 
 Pedestres 
 Ciclistas 
2.3.1.2. Semáforos empregados na sinalização semafórica de advertência:
Os grupos focais utilizados na sinalização semafórica de advertência devem ser formados por um ou dois focos amarelos em funcionamento intermitente
3. METODOLOGIA 
A Primeira parte do trabalho, foi a obtenção de dados quantitativos, ou seja, realização de algumas visitas ao local com a finalidade de coletar dados e apresentar a caracterização do trafego do local. Nessa etapa foram feitas 3 visitas em horários diferente, sendo umas as 08:00hs da manhã, uma as 12:00hs da tarde e outra as 18:00hs, ambos horários de maior fluxo da rotatória. 
Este trabalho foi desenvolvido em duas etapas. A primeira parte se enquadra em uma pesquisa bibliográfica onde ocorreu o levantamento de dados, pois de acordo com os procedimentos técnicos utilizados, este tipo de pesquisa é “[...] desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos” (GIL, 2002, p. 44). 
Boa parte dos trabalhos exploratórios também podem ser definidas com bibliográfico, o estudo de trafego de veículos em determinado local é sempre necessário pois as cidades estão quase sempre em constante crescimento populacional. Por isso ainda de acordo com o autor os objetivos deste trabalho e pesquisa ainda se enquadra em um trabalho exploratório, descritivo e explicativo. Isto pois o estudo irá trazer maior conhecimento acerca dos métodos estudados, trazendo a descrição das características de cada sistema e possíveis melhorias para a região. Além disso, com o estudo será possível identificar quais os fatores influenciam nos resultados.
Também é possível classificar uma pesquisa de acordo com sua natureza, assim, este trabalho se enquadra em uma pesquisa aplicada. Uma vez que tem como objetivo a geração de conhecimentos para aplicação em problemas específicos em casos reais, já que como descrito anteriormente no Brasil poucos são os conteúdos existentes sobre o tema, sendo assim determinada como uma pesquisa aplicada (SILVA E MENEZES, 2005).
Foi desenvolvido um estudo teórico de cada um dos métodos em questão,mostrando de forma detalhada cada uma das etapas para a aplicação no processo de trabalho, demostrando as principais características, problemas e possíveis soluções que podem ser aplicadas.
3.1 Coleta de dados
Para essa pesquisa os dados foram levantados a partir de visita em campo e análise documental, a visita em campo foi realizada na rotatória do São Francisco local de estudo deste trabalho, para a análise documental foram feitas revisões bibliográficas em artigos e livros.
No primeiro momento foi realizada uma pesquisa bibliográfica em conteúdos existentes sobre o assunto, a pesquisa serviu como rumo para o início do trabalho, logo depois foi feita a coleta de dados para os cálculos usados durante o período de estudo. Alguns livros, artigos, dissertações e normas foram utilizados para a construção do trabalho.
No segundo momento os dados coletados foram jogados em uma base de cálculos definidos normas. 
3.2 Análise de dados
A análise de dados desse trabalho foi realizada atrás de cálculos, planilhas e gráficos gerados com o resultado, onde nos gráficos e tabelas mostram a comparação do trafego de veículos.
Os resultados desses dados serviram como base para avaliar os diversos fatores que influenciam quando ao trafego de veículos e variação de volume de veículos por horário e pensar em possíveis aplicações e soluções para evitar congestionamentos.
4. MATERIAOS E MÉTODOS
Este trabalho tem a proposta de realizar uma análise no sistema de transporte viário no bairro São Francisco na cidade de São Luís - MA, mais precisamente na rotatória que interliga as avenidas Av. Castelo Branco com Av. Cel. Colares Moreira e Av. Ana Jansen.
A motivação foi o tráfego diário intenso que existe na Av. Castelo Branco com Av. Cel. Colares Moreira e Av. Ana Jansen, uma rotatória que tem a função de ligação da parte central da cidade com, por exemplo, as praias e diversos bairros importantes de São Luís como Jardim Renascença.
4.1. Área de estudo
 A região direcionada para este estudo está localizada na cidade de São Luís - MA que, segundo dados do IBGE (2021), possui 1.115.932 habitantes, sendo a capital do estado, a cidade com maior população.
Como em toda a cidade, esse aumento de trafego pode ser visto nas vias do bairro São Francisco. A Av. Castelo Branco, uma via que possui sentido duplo e é uma das mais movimentadas da cidade, tem ligação direta com a Ponte Governador José Sarney em uma de suas extremidades. 
Figura 1 – Mapa de São Luís.
 Fonte: Adaptado do Google Maps pelos autores.
O trecho da rotatória a ser analisado contribui para o fluxo de carros que trafegam para o centro da cidade e para bairros importantes como Jardim Renascença, ponta da areia e as praias de São Luís, ou até mesmo para pessoas que residem próximos ou precisam se deslocar para bairros vizinhos. A Figura 2 apresenta a rotatória a ser analisada.
Figura 2 – mapa do bairro do São Francisco
Fonte: Google Maps
4.2. Característica do tráfego 
A região a ser estudada é a rotatoria e seu entorno, englobando as vias próximas, que são: Av. Castelo Branco com Av. Cel. Colares Moreira e Av. Ana Jansen. 
O foco escolhido para análise de estudo da rotatória, são os semáfora de entrada da rotatória de cada uma das avenidas mencionadas.
	As vias que estão interligadas pela rotatória são vias artérias que distribuem o trafego pra outros bairros da cidade com isso tendo um grande impacto para o trafego da cidade.
Figura 3 – Rotatória do São Francisco
Fonte: Google Maps
4.3. Contagem do tráfego
Conforme é apresentado o Manual de Estudos de Tráfego do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT, 2006), ocorre durante o dia uma variação de volume de veículos que trafegam pelas vias, sendo possível identificar períodos críticos, denominados picos. Conforme este Manual, nesses horários de pico foi realizado a contagem dos veículos por um período de 1h e com isso realizado as estudos do trafego do local. 
4.4. Cálculos 
Define-se Volume de Tráfego (ou Fluxo de Tráfego) como o número de veículos uma unidade de tempo. É expresso normalmente em veículos/dia (vpd) ou veículos/hora (vph).
Cálculos do VMD
À média dos volumes de veículos que circulam durante 24 horas em um trecho de via é dada a designação de "Volume Médio Diário" (VMD).
Ele é computado para um período de tempo representativo, o qual, salvo indicação em contrário, é de um ano.
Esse volume, que melhor representa a utilização ou serviço prestado pela via, é usado para indicar a necessidade de novas vias ou melhorias das existentes, estimar benefícios esperados de uma obra viária, determinar as prioridades de investimentos, calcular taxas de acidentes, prever as receitas dos postos de pedágio, etc.
Anual (VMDa): número total de veículos trafegando em um ano dividido por 365.
Mensal (VMDm): número total de veículos trafegando em um mês dividido pelo número de dias do mês. É sempre acompanhado pelo nome do mês a que se refere.
Semanal (VMDs): número total de veículos trafegando em uma semana dividido por 7. É sempre acompanhado pelo nome do mês a que se refere. É utilizado como uma amostra do VMDm.
Em um dia de Semana (VMDd): número total de veículos trafegando em um dia de semana. Deve ser sempre acompanhado pela indicação do dia de semana e do
volume horário
É o volume registrado em uma hora (normalmente ele é referido à hora de pico); utilizado para: 
1. estudos de capacidade de vias 
2. projetos geométricos 
3. projetos de interseções
4. estabelecer controles de tráfego
Composição de trafego
Medida em porcentagem, corresponde aos diferentes veículos os quais formam o tráfego. Tem importância no dimensionamento das pistas de rolamento, no projeto geométrico das vias, no sistema de transportes entre outros.
A corrente de tráfego é composta por veículos que diferem entre si quanto ao tamanho, peso e velocidade.
É importante conhecer a composição do tráfego porque:
As características vão influenciar na capacidade da via;
As dimensões vão determinar as características geométricas da via;
Os pesos vão determinar as características estruturais da via;
5. RESULTADOS
5.1. Identificação dos trechos críticos
Conforme diz Hoel et. al (2017), pode-se dividir o fluxo de tráfego em duas categorias: fluxo ininterrupto e fluxo interrompido. Sendo o primeiro classificado como via expressa onde não há controles externos e nem interseções em nível, semáforos nem sinais de “Pare” e “Dê a preferência”. O fluxo interrompido, no entanto, é aquele onde é regularmente interrompido por resultados de semáforos, sinais de pare e dê a preferência, interseções onde não há presença de muitos semáforos, entradas e saídas de veículos e outras interrupções.
O CONTRAN (2014) avalia o volume de tráfego como o número de veículos e pedestres atravessando a rua durante uma contagem. Em um sistema de programação de semáforos, o volume de tráfego de veículos é definido pela sentido de tráfego, geralmente compostas por diferentes tipos de veículos.
Para programação de semáforos é importante observar as mudanças de horário Trânsito, principalmente o dia todo e um dia da semana. Este Assim, a contagem deve ser concluída em pelo menos um dia útil. Com base nos dados analisados, um cronograma pode ser determinado fixo, o número de planos de semáforos a serem calculados e o número de dias e dias Em que semana cada programa será implantado (CONTRAN, 2014).
Figura – VMD pela manhã
Fonte: Autores
Figura – VMD meio dia
Fonte: Autores
Figura – VMD noite
Fonte: Autores
Figura – densidade de trafego
Fonte: Autores
Figura – coeficiente de variação horaria e fator de variação horaria
Fonte: Autores
5.2. Análise dos Semáforos
O estudo da sinalização realizado foi executado da seguinte condição, com a contagem dos veículos na circulação da rotatória, no total de 6 (seis) Semáforo no local com tempo de duração variados de 40 a 45 s. Na tabela 1 é descrito o tempo de duração da sinalização e o total de veículos que ultrapassaram pelo o mesmo em um período de tempo pré-determinado.
Tabela 1 - Semáforodo ponto A
Fonte: Autores
Na tabela a seguir apresentar os dados no ponto B, o método de contagem é o mesmo do anterior, a ponto do local é do sentido do bairro renascença para o centro da grande ilha e o ponto interno é a realização do retorno para o centro. 
Tabela 2 - Semáforo do ponto B
Fonte: Autores
O ponto C apresentou-se o fluxo do trafego mais fluído com o decorrer do tempo o fluxo começou a diminuir em quantidade de veículos no local, pois o ponto C é no sentido do bairro São Francisco, São Luís, para o centro da mesma, o horário do estudo realizado é considerado um momento que o movimento civil é alto, devido ao deslocamento para suas moradias.
Tabela 3 – Semáforo do ponto C
Fonte: Autores
Na tabela 4 é mostrado a quantidade de veículos total percorridos por toda a sinalização do ponto A, B e C. o maior número de veículos é no Ponto A no intervalo de 01:00 horas, entanto o horário do estudo é no momento que a população estão saindo o centro da cidade (locais de trabalho) para suas residências.
Tabela 4 - Quantitativo de veículos
Fonte: Autores
No gráfico é mostra o maior fluxo de veículos nos pontos com uma concentração maior no ponto A e menor fluxo no ponto B.
Gráfico 1 - Quantitativo de veículos
Fonte: Autores
Tabela 5 - Sinalização modificado
Fonte: Autores
Gráfico 2 - Sinalização modificado
Fonte: Autores
6. CONCLUSÃO
O presente trabalho foi elaborado tendo por base pesquisas bibliográficas e coleta de dados, bem como normas específicas da lei brasileira. Desta forma, foram consultadas diversas bibliografias tendo-se ainda recorrido a visitas da rotatória do bairro São Francisco, com o objetivo de recolher toda a informação relevante e necessária à execução de um projeto de instalação de sinais mais eficientes visando reduzir o engarrafamento do local. No decorrer do trabalho surgiram algumas dificuldades, nomeadamente no que diz respeita a dados recentes sobre o funcionamento dos semáforos. De forma a ultrapassar estes problemas, recorreu-se à consulta de artigos e pesquisas já existentes que, embora não dizendo respeito à situação da rotatória em particular, não estão, de todo, desajustados aquela realidade.
O presente trabalho focou no tempo em que cada semáforo fica aberto e fechado e o fluxo de carros na rotatória nos horários de pico, tendo sido testados as diversas fases de dimensionamento com os dados coletados e algumas soluções presentes em outras cidades que poderão fazer parte do futuro deste dessa rotatória visto que a cidade está em constante crescimento. 
Desta forma, só através de uma profunda análise do impacto individual de cada variável (vias coletoras, fluxo de veículos, tempo de ciclo, coordenação), se torna capaz a realização de um projeto mais detalhado, este estudo também se revelou bastante enriquecedor no aprofundamento de múltiplos conhecimentos técnicos, revestindo-se de inúmeros pormenores que escapam à observação da pessoa comum.
Concluiu-se que várias são as componentes de dimensionamento passíveis de condicionar uma correta gestão do trafego daquele local, pelo que o projeto deve ser pensado como um todo, o que torna imprescindível uma análise prévia que contemple múltiplas variáveis.
REFERÊNCIAS
AASHTO. American Association State Highway and Transportation Officialls. A policy on Geometric Design of Highways and Streets, Washington, D.C., USA: [s.n.], 1994.
ALVES, E. V. Metodologia de análise de acidentes de trânsito com base na classificação funcional da via: Estudo de caso no distrito sede de FlorianópolisSC usando modelo logístico multinominal. 2005. 151 f. Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
BAKER, R. F. Handbook of Highway Engineering. New York, NY United States: Van Nostrand Reinhold, 1975
BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico. Divisão de Capacitação Tecnológica. Manual de projeto geométrico de rodovias rurais. Rio de Janeiro. 1999. 195p.
CAETANO, F. D. Classificação de vias urbanas: O código de trânsito brasileiro e os planos diretores municipais no estado do Paraná. 2013. 65 f. Curso de Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba.
CARVALHO, N. M. S. M. D. Planeamento e traçado de vias urbanas. Porto: MCV, 2002.
CASTILHO, Felipe Bosco. Legibilidade e retrorrefletividade das placas de sinalização viária. 2009. 115p. Dissertação. (Mestrado em Engenharia de Transportes) - Curso de Pós-graduação em Engenharia de Transportes, Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. São Carlos, 2009. 
CET. Companhia de Engenharia de Tráfego. Manual de sinalização urbana. São Paulo: CET, v. 5. 2013.
CONTRAN. Resolução nº 160, de 22 de abril de 2004. Aprova o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro. Brasília: Contran, 2004. 83 p.
GUERREIRO, Gerardo Celso Mestre. Sinalização de interseções rodoviárias de nível. Dissertação (Mestrado Integrado em Engenharia Civil). Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Porto, 2012.
MOBILIZA. Resumo do manual brasileiro de sinalização de trânsito. 
PARRA, Z. Transporte coletivo público urbano: seleção de alternativas tecnológicas. 2001.Curso de Engenharia de transportes, Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro.
RENZ. Eduardo Martins. Avaliação da retrorrefletividade de pintura de demarcação viária horizontal em trechos da BR 287 e RS 509. 2015. 77p. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil. Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria.
SÁ FREIRE, Renato Teixeira de. Trânsito: um problema urbano. Trabalho de Conclusão (Curso de Especialização em Engenharia Urbana). Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2011.
Sinalização vertical de regulamentação. 2ª edição – Brasília: Contran, 2007a. 220 p.

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