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E-book Revisão Turbo 2 Fase de Trabalho - Exame de Ordem

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2ª FASE OAB | TRABALHO | 36º EXAME 
Revisão Turbo 
Prof.ª Ma. Cleize Kohls 
Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 
SUMÁRIO 
Levantamento de Prova 3 
Revisando Direito Processual 5 
1. Dicas iniciais 5 
2. Dicas da Reclamação Trabalhista 6 
2.1 Ação de Consignação em Pagamento 7 
3. Dicas da Contestação 8 
4. Dicas de Recurso Ordinário 9 
5. Dicas pontuais de Processo do Trabalho 10 
Revisando Direito Material 16 
1. Relação de Trabalho e Emprego 16 
2. Tipos Especiais de Empregado 16 
4. Empregador 19 
5. Sucessão de Empresas 19 
6. Contrato de Trabalho 20 
7. Duração do Trabalho 22 
8. Remuneração e Salário 25 
9. Rescisão do Contrato de Trabalho 27 
10. Estabilidade 28 
11. Prescrição 30 
12. Lei do Desporto 30 
 
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas da Revisão Turbo do curso 
preparatório para a 2ª Fase OAB. Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas 
acompanhado da legislação pertinente. 
 
Bons estudos, Equipe Ceisc. 
Atualizado em dezembro de 2022. 
Levantamento de Prova 
Adicionais 
 
Contrato de Trabalho 
Comparecimento na audiência / Audiência 
Greve e Lockout 
Jornada, duração e horário de trabalho 
Modalidades de salário 
Partes e Procuradores 
Provas 
Recursos 
Término do Contrato de Trabalho 
Revisando Direito Processual 
1. Dicas iniciais 
 
1.1 Acordo Extrajudicial 
 
Feito diretamente pelas partes, com advogados diferentes e levado para homologação (art. 
855-B, da CLT). 
 
1.2 Competência Material – Art. 114, CF 
 
Para fazer uma petição inicial, lembre-se de confirmar se a JT tem competência para o que 
pretende pedir. Na contestação e no RO, veja se não é o caso de alegar a incompetência 
absoluta da JT. Atenção com a execução das contribuições sociais (Súmula 368 do TST). 
 
1.3 Competência Territorial – Art. 651, CLT 
 
Para fazer uma Petição Inicial, lembre-se de confirmar qual é a Vara do Trabalho 
competente – regra: local da prestação dos serviços. 
Em defesa, pode-se alegar a incompetência territorial por meio da exceção (art. 800 da 
CLT). 
 
1.4 Jus Postulandi 
 
Possibilidade de litigar sem advogado. (Casos em que não se aplica - Súmula 425 do TST). 
 
2. Dicas da Reclamação Trabalhista 
 
 
 
 
A Reclamação Trabalhista tem sua fundamentação legal no artigo 840, §1º da CLT, tendo 
o seu rito (sumário, sumaríssimo e ordinário) determinado pelo valor da causa. 
 
 
 
A reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve 
exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido - que deverá ser certo, determinado e 
com indicação de seu valor -, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
Pode ser pedida: a TUTELA PROVISÓRIA, nos termos do CPC, sendo o principal exemplo: 
a reintegração; a JUSTIÇA GRATUITA – se tiver os requisitos; deve pedir HONORÁRIOS DE 
SUCUMBÊNCIA; a PROCEDÊNCIA, a NOTIFICAÇÃO da reclamada e protestar PELA 
PRODUÇÃO DE PROVAS. Realizar a indicação do valor da causa e por fim, fazer o fechamento. 
 
 
 
 
A reclamação deve ser elaborada com a análise dos seguintes artigos: art. 319 do CPC e 
art. 840, §1º da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fundamento Legal 
O que deve conter? 
Estruturação – passo a passo 
► Estrutura Básica 
1. Endereçamento 
2. Nome e qualificação reclamante 
3. Nome e fundamentação da peça 
4. Nome e qualificação da reclamada 
5. Teses 
Preliminares 
Mérito 
Tutela provisória 
Justiça Gratuita 
Honorário de Sucumbência 
6. Pedidos e Requerimentos Finais 
7. Valor da Causa 
8. Fechamento 
 
 
 
A Reclamação Trabalhista já foi cobrada 8 vezes, nos seguintes exames: XII, XIV, XX, XXII, 
XXVII, XXX, XXXIII e XXXIV. 
 
Há alguma outra inicial importante? 
2.1 Ação de Consignação em Pagamento 
 
 
 
A Ação de Consignação em Pagamento tem sua fundamentação legal no artigo 539 do 
CPC. 
 
 
 
A Ação de Consignação em Pagamento é cabível quando o empregador precisa pagar ou 
entregar algum objeto e não consegue e deverá conter a designação do juízo, a qualificação das 
partes, a breve exposição dos fatos acerca da recusa ou dúvida para pagamento, um tópico de 
mérito (com fato, fundamento e pedido), pedidos de notificação, provas, procedência, a 
informação do valor da causa e o fechamento da peça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quantas vezes já caiu na prova? 
 Fundamento Legal 
O que deve conter? 
Estruturação – passo a passo 
► Estrutura Básica 
1. Endereçamento 
2. Nome e qualificação da consignante 
3. Nome da ação fundamentação 
4. Nome e qualificação do 
consignatário 
5. Teses (fatos e fundamentos – 
parcelas que são consignadas) 
6. Pedidos e Requerimentos Finais 
(citação, provas, procedência) 
7. Valor da Causa (valor consignado) 
8. Fechamento 
 
 
 
A Ação de Consignação em Pagamento já foi cobrada 2 vezes, nos seguintes exames: X e 
XXIX. 
3. Dicas da Contestação 
 
 
 
A Contestação serve para rebater os pedidos da inicial e tem sua fundamentação legal no 
artigo 847 da CLT. 
 
 
 
Preliminares processuais (art. 337 do CPC) - problemas com o processo ou 
procedimento, como, por exemplo: inépcia da inicial, incompetência absoluta, perempção, 
litispendência, coisa julgada, falta de interesse ou legitimidade, etc; Prejudiciais de mérito: fique 
de olho nas datas e veja se tem prescrição total ou parcial; Mérito: lembrar da impugnação 
específica e do princípio da eventualidade; Reconvenção: feita na mesma peça – ação do réu 
contra o autor (item na peça); e deve-se pedir honorários de sucumbência, a improcedência dos 
pedidos e protestar pela produção de provas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quantas vezes já caiu na prova? 
 Fundamento Legal 
O que deve conter? 
Estruturação – passo a passo 
1. Endereçamento 
2. Número do processo 
3. Nome e qualificação da reclamada 
4. Nome e fundamentação da peça 
5. Nome e qualificação do reclamante 
6. Teses 
Preliminares processuais 
Prejudiciais de mérito 
Mérito 
Honorários 
Justiça Gratuita 
Reconvenção 
7. Pedidos 
8. Fechamento 
► Estrutura Básica 
Lembrar de 2 princípios: 
 
Princípio da eventualidade: alegar tudo – defesa processual e de mérito. Caso o juiz, 
eventualmente não acolha a primeira. 
 
Princípio da impugnação específica: não permitida a contestação genérica ou negativa 
geral. 
Além disso, tratando-se de contestação com reconvenção, que segue a mesma 
estruturação, acrescendo apenas o artigo 343 do CPC como fundamento legal e com formulação 
de um tópico específico, deve ter expressamente atribuição de valor da causa, mesmo que de 
forma genérica: “Atribui-se à reconvenção o valor de R$ ...”. 
 
 
 
 
A Contestação já foi cobrada 11 vezes, nos seguintes exames: 2010.2, IV, V, VI, VIII, XI, 
XVII, XVIII, XXIII, XXVIII, XXXII. Além disso, foi cobrado no exame XXV Contestação com 
Reconvenção. 
4. Dicas de Recurso Ordinário 
 
 
 
 
O Recurso Ordinário cabe das decisões das varas (sentenças) e do TRT, quando estas 
forem proferidas em processo de competência originária do tribunal e tem sua fundamentação 
legal no artigo 895 da CLT. 
 
 
 
Preliminares processuais – as preliminares no Recurso Ordinário são as de nulidade ou 
matéria de ordem pública; Prejudiciais de mérito: fique de olho nas datas e veja se tem 
prescrição total ou parcial; Mérito: deve-se buscar a reforma da sentença; dos itens que forem 
desfavoráveis; Pedidos: conhecimento e provimento do recurso para reformar a decisão; se tiver 
preliminar, deve ser renovada no pedido; por fim, o fechamento. 
Quantas vezes já caiu na prova? 
 Fundamento Legal 
O que deve conter? 
 
 
 
Peça de interposição: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Peça de razões: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Recurso Ordinário já foi cobrado 11 vezes, nos seguintes exames: 2010.3, VII, IX, XV, 
XVI, XIX, XXI, XXIV, XXV-POA, XXVI, XXXI. 
 
5. Dicas pontuaisde Processo do Trabalho 
 
5.1 Exceções 
 
Previsão Legal: art. 799 e seguintes da CLT. 
• Incompetência territorial (relativa) – prazo de 5 dias da notificação; 
Estruturação – passo a passo 
Quantas vezes já caiu na prova? 
► Estrutura Básica 
1. Endereçamento 
2. Número do processo 
3. Recorrente e qualificação 
4. Nome do recurso e fundamento 
5. Recorrido e qualificação 
6. Pressupostos de admissibilidade 
7. Pedidos 
8. Fechamento 
► Estrutura Básica 
1. Endereçamento 
2. Informações preliminares: número 
do processo, partes e objeto. 
Eminentes Julgadores 
3. Teses (Preliminares, Prejudiciais, 
Mérito) 
4. Pedidos 
5. Fechamento 
 
• Suspeição e impedimento do juiz. 
 
5.2 Audiência 
 
O não comparecimento na audiência do Reclamante gera o arquivamento do processo. 
Já o não comparecimento do Reclamado gera revelia confissão quanto à matéria de fato (art. 
844 CLT). 
Representação e Substituição: art. 843 CLT. 
Preposto: não precisa ser empregado. 
 
5.3 Prazos 
 
Os prazos em processo do trabalho são contados em DIAS ÚTEIS, nos termos do artigo 
775 da CLT. A contagem exclui o dia do começo e inclui o dia do fim. Pode ser suspenso e 
interrompido. 
 
5.4 Provas 
 
O artigo 818 da CLT traz a quem incumbe o ônus de provar. Se não foi possível para a 
parte produzir uma prova, isso pode caracterizar cerceamento de defesa – pedir nulidade. 
No tocante a prova testemunhal: confira quem pode ser testemunha e quantas podem ser 
ouvidas. Lembre-se de que elas comparecem independentemente de intimação na audiência, só 
sendo intimadas se não forem (art. 825 da CLT). 
A perícia será paga pela parte sucumbente na pretensão objeto da perícia (art. 790-B da 
CLT). 
Intérprete – paga a parte sucumbente, salvo JG (Art. 819, §2º da CLT). 
 
5.5 Nulidades 
 
O artigo 794 e seguintes da CLT trata das nulidades nos processos sujeitos à apreciação 
da Justiça do Trabalho. Estas podem ser: 
• Absolutas – podem ser arguidas a qualquer tempo e conhecidas de ofício. 
• Relativas – arguidas na primeira oportunidade, deve ter prejuízo para a parte. 
 
5.6 Dano processual 
 
A CLT no artigo 793-A assim dispõe: “Responde por perdas e danos aquele que litigar de 
má-fé como reclamante, reclamado ou interveniente”. 
 
5.7 Ação Rescisória 
 
A Ação Rescisória possui sua previsão legal no artigo 836 da CLT, sendo ela cabível nas 
hipóteses do art. 966 do CPC. 
Na AR é necessário o depósito prévio de 20% e só é possível o seu ajuizamento após o 
trânsito em julgado. 
 
6. Recursos 
 
6.1 Pressupostos de Admissibilidade 
 
Legitimidade, Capacidade e Interesse. 
Recorribilidade/Adequação, Regularidade de Representação, Tempestividade e Preparo. 
 
6.2 Depósito Recursal 
 
A CLT no art. 899, §1º dispõe que os recursos serão interpostos mediante prévio depósito, 
que será realizado em conta vinculada ao juízo (§4º). 
O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, 
empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de 
pequeno porte. 
São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades 
filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. 
 
 
6.3 Custas 
 
Art. 789 da CLT – pagas pela parte vencida. 
Isentos: Art. 790-A da CLT. 
 
6.4 Contrarrazões 
 
Previsão Legal: art. 900 da CLT. 
Resposta do recorrido. 
 
6.5 Recurso Adesivo 
 
Possível na Justiça do Trabalho (é uma forma de interposição de recurso). S. 283 do TST. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recurso Ordinário 
Prazo: 8 dias 
Previsão Legal: Art. 895 da CLT 
Cabimento: 
- Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos. 
- Das decisões definitivas ou terminativas dos TRT’s, processos de competência 
originária. 
Detalhe: 
- Procedimento sumaríssimo: imediatamente distribuído. 
- Parecer oral. 
- Certidão de julgamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recurso de Revista 
Prazo: 8 dias 
Previsão Legal: Art. 896 da CLT e Art. 6º da Lei 5.584/70 
Cabimento: 
- Das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos 
TRT’s. 
- Interpretação diversa da lei federal ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme 
do TST ou súmula vinculante do STF. 
-Interpretação divergente de dispositivo de lei estadual, CC, AC, sentença normativa ou 
regulamento empresarial (área territorial que exceda a jurisdição do TRT) 
- Com violação literal de lei federal ou afronta direta e literal à CF. 
Detalhe: 
- Procedimento sumaríssimo: somente será admitido recurso de revista por contrariedade 
a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula 
vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal. 
- Execução: ofensa direta e literal da norma da Constituição Federal. 
-Prequestionamento. 
-Transcendência; 
Atenção: tema disciplinado pela reforma trabalhista. 
Embargos ao TST infringentes 
Prazo: 8 dias 
Previsão Legal: Art. 894 da CLT 
Cabimento: 
- Da decisão não unânime que conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios 
coletivos que excedam a competência territorial dos TRT’S e estender ou rever as 
sentenças normativas do TST. 
 
 
 
Embargos ao TST divergência 
Prazo: 8 dias 
Previsão Legal: Art. 894 da CLT 
Cabimento: 
- Das decisões das turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela SDI, 
ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do TST ou súmula vinculante do 
STF. 
 
Agravo de Instrumento 
Prazo: 8 dias 
Previsão Legal: Art. 897, b, da CLT 
Cabimento: 
- Dos despachos que denegarem a interposição de recursos. 
Detalhe: 
- 50% do valor do depósito recursal do recurso que se pretende destrancar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Liquidação 
Previsão Legal: art. 879 da CLT. 
Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que 
poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. 
Fique atento ao prazo para impugnação: partes – 8 dias. 
 
8. Execução 
Embargos à execução: garantia do juízo e prazo de 5 dias. 
Previsão Legal: art. 884 da CLT. 
 
Recurso das decisões na execução: Agravo de petição. 
Agravo de Petição 
Prazo: 8 dias 
Previsão Legal: Art. 897, a, da CLT 
Cabimento: 
- Das decisões nas execuções. 
Detalhe: 
- Delimitar as matérias e valor impugnados. 
Embargos de Declaração 
Prazo: 5 dias 
Previsão Legal: Art. 897-A da CLT 
Cabimento: 
- Nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos 
pressupostos extrínsecos do recurso. 
Detalhe: 
- Prequestionamento: súmula 297 do TST. 
 
Recurso Extraordinário 
Prazo: 15 dias 
Previsão Legal: Art. 102, III da CF 
Cabimento: 
- Violação da Contribuição. 
Detalhe: 
- Esgotamentos das vias recursais próprias. 
Revisando Direito Material 
1. Relação de Trabalho e Emprego 
 
Art. 3º da CLT. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar 
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e 
mediante salário. 
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à 
condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 
 
É necessário observar os requisitos previstos no artigo 3º da CLT para verificar a existência 
de vínculo de emprego, quais sejam: 
 
2. Tipos Especiais de Empregado 
 
a) aprendiz 
O aprendiz é o empregado com formação técnico profissional que possui de 14 até 24 anos 
de idade, conforme previsão do artigo 428 da CLT. 
Esse contrato é de no máximo 2 anos, porém esse prazo, bem como a idade acima 
mencionada, não se aplica ao portador de necessidades especiais (§3º do art. 428 da CLT). 
No tocante a alíquota do FGTS é de2% sobre a sua remuneração (§7º do art. 15 da Lei 
8.036/90). 
 
b) empregado menor 
O empregado menor é o trabalhador de 16 a 18 anos de idade, lhe sendo vedado o trabalho 
noturno, insalubre e perigoso, conforme previsão do artigo 7º, XXXIII da CF. 
Relação de Trabalho
Pessoalidade Não eventual Onerosidade
Subordinação
Jurídica
Pessoa Física
Existindo 2 vínculos empregatícios, para configuração de jornada de trabalho e análise de 
eventuais horas extras, é necessário somar a jornada dos dois vínculos empregatícios (art. 414 
da CLT). 
O menor não pode assinar sozinho o termo de rescisão do contrato de trabalho, conforme 
artigo 439 da CLT. E, em relação a prescrição, esta não ocorre contra o menor (art. 440 da CLT). 
 
c) empregada mulher 
A empregada mulher tem alguns requisitos específicos previstos no artigo 372 e seguintes 
da CLT. Dentre estes requisitos podemos destacar, por exemplo, que é vedado o esforço de 20 
quilos contínuos e 25 quilos eventuais, salvo se tiver algum apoio (Art. 390 da CLT). 
O artigo 391-A da CLT fala acerca da estabilidade da gestante e da adotante, de até 5 
(cinco) meses. Já os artigos 392 e 392-A garante a licença maternidade de 120 dias para a 
gestante e a adotante. 
 
d) empregado doméstico 
O empregado doméstico é aquele que presta atividade para pessoa física ou a família, sem 
gerar lucro, mais de duas vezes na semana, não podendo ser menor de 18 anos de idade, 
conforme prevê o artigo 1º da LC nº 150/2015. 
Contratado em regime de tempo parcial de até 25 horas semanais, podendo fazer até 1 
hora extra por dia, desde que não ultrapasse a jornada de 6 horas diárias (art. 3º da LC nº 
150/15); com intervalo de no mínimo 1 hora e de no máximo 2 horas, podendo ser reduzido 
através de acordo entre as partes para 30 minutos, sendo que, se morar no serviço, pode 
parcelar em duas vezes o intervalo. 
O empregado doméstico que concordar, poderá acompanhar seu chefe em viagens, sendo 
que às horas efetivamente trabalhadas serão acrescidas de 25% (art. 11 da LC nº 150/15). 
Pode ter acordo individual para jornada 12x36. 
 
e) sócio/diretor 
O empregado que é eleito Diretor deve ter o seu contrato de trabalho suspenso, não 
computando o período como tempo de serviço, a não ser que permaneça conforme previsão da 
Súmula 269 do TST. 
 
f) bancário 
O empregado bancário está regulamentado nos artigos 224 a 226 da CLT e Súmula nº 102 
e 287 do TST. Há três tipos de jornada do bancário, dependendo da sua função no banco, 
vejamos: 
Cargo Requisitos Jornada HE Fundamentação 
Escriturário 
e Caixa 
x 6h/diárias e 
30h/semanais 
A partir 
da 
6h/diária 
Caput art. 224 
da CLT 
Gerente de 
Agência 
Cargo de 
confiança + 
gratificação 
de 1/3 
8h/diárias e 
40h/semanais 
A partir 
da 
8h/diária 
§2º do art. 224 
da CLT 
Gerente 
Geral 
Gratificação 
de 40% 
Não tem Não tem Art. 62, II da CLT 
 
 
g) advogado 
A profissão do advogado está regulamentada na Lei nº 8.906/1994. Segundo o artigo 18 o 
advogado empregado não está obrigado a prestação de serviços profissionais de interesse 
pessoal dos empregadores fora da relação de emprego. Acerca da jornada de trabalho deve-se 
atentar para o artigo 20 da referida lei. 
 
h) empregado rural 
A Lei nº 5.899/73 regulamenta o trabalho rural, que define empregado rural como toda 
pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não 
eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário – art. 2º. 
3. Relação de Trabalho 
 
A relação de trabalho ocorre quando existe a prestação de serviço, mas sem a existência 
de vínculo empregatício. 
 
a) avulso 
A previsão legal do trabalhador avulso encontra-se no artigo 7º, inciso XXXIV da CF. Este, 
apesar de não ser empregado, possui todos os direitos como se empregado fosse. Eventual 
conflito que houver entre o trabalhador avulso e o seu contratante, será analisado pela Justiça 
do Trabalho – art. 643 da CLT. 
 
b) autônomo 
A previsão do trabalhador autônomo encontra-se no artigo 442-B da CLT. Este presta 
serviço. O fato de trabalhar somente para uma empresa, não caracteriza, por si só, o vínculo. 
 
c) estagiário 
O estágio possui regulamentação na Lei 11.788/2008. O artigo 3º expõe quais são os 
requisitos para a validade do estágio: (a) matrícula e frequência regular do educando em curso 
de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial [...]; (b) 
celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a 
instituição de ensino; e (c) compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e 
aquelas previstas no termo de compromisso. 
O artigo 10 e 11 regulamentam a jornada do estágio e o prazo máximo do seu contrato. 
 
4. Empregador 
 
O empregador tem seu conceito no artigo 2º da CLT. É aquele que contrata e dirige o 
empregado assumindo os riscos do negócio. Empresas sob mesma direção = Grupo econômico 
= responsabilidade solidária. 
O empregador possui os seguintes poderes em relação aos seus empregados no ambiente 
de trabalho: 
 
 
 
5. Sucessão de Empresas 
 
Previsão Legal: art. 10 e 448 da CLT. 
 
 
Poder de
Organização
Poder de
Controle
Poder
Disciplinar
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Contrato de Trabalho 
 
De acordo com o artigo 442 da CLT o contrato de trabalho é o acordo firmado entre 
empregado e empregador para a prestação de serviço obedecendo os requisitos do vínculo 
empregatício; não existindo vínculo de emprego entre a cooperativa e os seus associados. 
 
6.1 Do prazo do Contrato de Trabalho 
 
Em regra, o contrato é por prazo indeterminado (§2º do artigo 443 da CLT), contudo há 
hipóteses de contratação por prazo determinado: 
 
 
 
O artigo 445 da CLT traz que o contrato por prazo determinado será de no máximo 2 
anos, podendo ser renovado uma única vez, sendo que para o contrato de experiência esse 
prazo é reduzido para 90 dias, podendo ser renovado por uma vez. 
 
6.2 Contrato Intermitente 
 
O contrato intermitente está previsto no artigo 452-A da CLT e §3º do artigo 443 da CLT. 
Trabalho intermitente é aquele no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é 
Serviço
Transitório
Atividade
Transitória
Contrato de
Experiência
Responsabilidade do sócio 
Subsidiária: até dois anos após averbada a modificação do 
contrato. 
 
Obedecendo a seguinte ordem: 
1º empresa devedora; 
2º sócios atuais; 
3º sócios retirantes. 
 
Contudo, se comprovada a fraude na modificação societária, a 
responsabilidade do sócio retirante é solidária. 
contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, 
determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado 
e do empregador, exceto para os aeronautas, que são regidos por legislação própria. 
Nesta modalidade, o empregador deve convocar o empregado com 72 horas de 
antecedência e o empregado tem 24 horas para responder - a recusa não caracteriza 
insubordinação. O valor hora não pode ser inferior ao salário-mínimo, bem como dos demais 
funcionários na mesma função. 
 
6.3 Alteração Contratual 
 
Previsão Legal: art. 468 e art. 469 da CLT. 
O contrato de trabalho somente pode ser alterado se o empregado concordar e for mais 
benéfico. Assim, o empregado somente será transferido se concordar e não concordando 
somente poderá ocorrer a transferência se houver previsão contratual ou o empregado for cargo 
de confiança, desde que comprovada a necessidade da transferência. 
O retorno do empregado ao cargo de origem não caracteriza alteração contratual, bem 
como a sua gratificação de função pode ser retirada. 
Na transferência provisória é devido o adicional de transferência de 25%. Já na definitiva, 
é devido apenas ajuda de custo. 
 
6.4 Da interrupção e Suspensão do Contrato de Trabalho 
Previsão Legal: art. 471 até 476-A da CLT.a) Suspensão Contratual: É a sustação temporária dos principais efeitos do contrato de 
trabalho no tocante às partes, em virtude de um fato juridicamente relevante, sem ruptura, 
contudo, do vínculo contratual formado. Exemplo: Greve, aposentadoria por invalidez, 
suspensão, disciplinar, auxílio-doença, serviço militar obrigatório e licença maternidade. 
 
b) Interrupção contratual: É a sustação temporária da principal obrigação do contrato de 
trabalho (prestação de trabalho e disponibilidade perante o empregador), em virtude de um fato 
juridicamente relevante, mantidas em vigor todas as demais cláusulas contratuais. Exemplo: 
Férias, DSR, feriado, atestado médico, lockout e hipóteses do Art. 473. 
 
7. Duração do Trabalho 
 
7.1 Jornada de Trabalho 
 
A jornada de trabalho, em regra, é de 8 horas diárias e 44 horas semanais, podendo haver 
uma variação de 5 minutos para mais ou menos na jornada conforme o artigo 58 da CLT. 
Conta tempo de serviço sempre que estiver trabalhando ou aguardando ordens. O período 
em que está fazendo atividades particulares dentro da empresa não conta tempo (Art. 4 da CLT). 
 
7.2 Jornada em Regime de Tempo Parcial 
 
No artigo 58-A da CLT há dois tipos de empregados em regime de tempo parcial, conforme 
segue: 
 
 
 
O empregado em regime de tempo parcial irá receber seu salário proporcional a sua 
jornada. 
 
**Quadro de horário (controle de jornada): Conforme o artigo 74, §2º da CLT os 
estabelecimentos com mais de 20 empregados são obrigados a ter controle de jornada. 
 
7.3 Turno Ininterrupto de Revezamento 
 
Essa modalidade nada mais é que trocas constantes de turnos de trabalho e o empregado 
desta, tem sua jornada reduzida para 6/h diárias, conforme o artigo 7º, XIV da CF. A previsão 
legal encontra-se na OJ 275 da SDI-I do TST. 
 
7.4 Jornada Extraordinária 
 
De 27 a 30 horas 
semanais sem 
possibilidade de 
horas extras
Até 26 horas 
semanais com a 
possibilidade de até 6 
horas extras 
semanais
Conforme o artigo 59 da CLT, o empregado pode fazer no máximo 2 horas extras por dia 
com o adicional de no mínimo 50%. O banco de horas pode ser realizado com o sindicato da 
categoria e terá validade de 1 ano, já se for realizado diretamente com o empregado, o prazo de 
validade será de 6 meses. 
Além do banco de horas é lícita compensação de jornada dentro do próprio mês. Para horas 
extras em atividades insalubres precisa de prévia autorização do MTE, salvo jornada 12x36. (Art. 
60 da CLT). 
Não possuem direito a horas extras e controle de jornada os seguintes empregados (artigo 
62 da CLT): 
 
 
 
 
7.5 Sobreaviso e Prontidão 
 
Se após a jornada normal de trabalho, o empregado ficar à disposição do empregador, terá 
ele direito à percepção de sobreaviso ou prontidão, conforme disposto no artigo 244 da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
7.6 Hora Noturna 
 
São devidas vantagens aos empregados que trabalharem no período noturno conforme 
previsão do artigo 73 da CLT e artigo 7º da Lei 5.889/73: 
 
 
 
 
 
 
Trabalhador Externo
Cargo de Confiança 
(que receber 
gratificação de no 
mínimo 40%)
Empregado em 
regime de 
teletrabalho
Sobreaviso 
CASA 
1/3 do valor da hora 
Máximo 24 horas 
Prontidão 
EMPRESA 
2/3 do valor da hora 
Máximo 12 horas 
URBANO 
52:30 
20% 
22h – 05h 
RURAL 
60:00 
25% 
Pec.: 20h-04h 
Lav.: 21h-05h 
 
Vale lembrar que o empregado cumprindo de forma integral a jornada, as horas 
prorrogadas também são consideradas noturnas. 
 
7.7 Intervalos 
 
a) intervalo interjornada: aquele concedido entre uma jornada e outra, de no mínimo 11 
horas, conforme artigo 66 da CLT. A função do intervalo interjornada é possibilitar o 
restabelecimento físico e mental do empregado. Concedido para menos o intervalo, serão 
devidas horas extras (Súmula 110 do TST). 
 
b) intervalo intrajornada: aquele concedido dentro da jornada de trabalho, previsto no 
artigo 71 da CLT. Em caso de não concessão, paga-se o que faltou acrescido de 50% como 
verba indenizatória. 
 
Jornada Intervalo 
Até 04 horas diárias Não tem 
De 04 horas até 06 horas 15 minutos 
Acima de 06 horas Mínimo 01 hora e máximo 02 horas 
 
 
c) férias: intervalo anula para o descanso, que o empregado adquire após um ano de 
trabalho, nos termos do artigo 130 e seguintes da CLT. As férias são concedidas em um único 
período. Caso o empregado concorde, pode ocorrer o parcelamento em até 3 períodos, sendo 
um de no mínimo 14 dias e os outros dois de no mínimo 5 dias. 
As férias não podem ser concedidas dois dias antes de feriado ou do DSR. O pagamento 
deve ocorrer dois dias antes da sua concessão. Os períodos das férias são escolhidos pelo 
empregador, salvo para membros da mesma família (desde que sua saída não prejudique a 
empresa) e o empregado menor (para coincidir com as férias escolares). 
 
d) descanso semanal remunerado: é o descanso devido ao empregado dentro da 
semana, e está previsto na Lei nº 605/1949, art. 7º, XV da CF e art. 67 e 68 da CLT 
 
e) intervalos especiais: algumas categorias profissionais possuem, além dos intervalos 
anteriormente mencionado, alguns especiais conforme seguem: 
 
Categoria Intervalo Previsão Legal 
Mecanógrafo ou 
digitador 
10 min para cada 90 min 
trabalhados 
Art. 72 da CLT 
Súm. 346 do TST 
Trabalhador em 
câmaras frias 
20 min para cada 01:40 
min trabalhados 
Art. 253 da CLT 
Súm. 438 do TST 
Minas de subsolo 15 min para cada 3 h 
trabalhados 
Art. 298 da CLT 
Amamentação Dois intervalos de 30 min Art. 396 da CLT 
 
8. Remuneração e Salário 
 
8.1 Conceito 
 
O artigo 457 da CLT traz o conceito de remuneração que é tudo o que o empregado recebe, 
enquanto salário é somente o que é pago pelo empregador e as gorjetas o que é pago pelos 
clientes. 
 
 
 
Salário-base é a quantia mínima estipulada, que não será reduzida, salvo acordo ou 
convenção coletiva de trabalho, conforme disposto no artigo 7º, VI da CF. 
 
Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao 
empregado, como também o valor cobrado ela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer 
título e distribuição destinada aos empregados (§3º do artigo 457 da CLT). Ademais, gorjeta é 
verba remuneratória e por isso incide FGTS. 
 
Remuneração Salário Gorjetas
Complementos salariais: Dependem de um fato novo ou fato extra, ex. adicionais. 
 
Salário: Salário base + complementos salariais. 
 
Já nas gratificações mencionadas no §1º do artigo 457 da CLT, temos as seguintes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.2 Salário Utilidade 
 
Salário Utilidade – art. 458 da CLT 
Para o serviço -> Não é verba salarial 
Pelo serviço -> É verba salarial 
 
8.3 Equiparação Salarial 
 
Previsão Legal: artigo 461 da CLT. 
São requisitos para percepção da equiparação salarial, o paradigma: 
a) trabalhar na mesma empresa; 
b) trabalhar no mesmo estabelecimento; 
c) exercer a mesma função; 
d) possuir mesma qualidade de serviço; 
e) não possuir quatro anos de diferença na empresa; 
f) não possuir dois anos de diferença na função; 
g) contemporâneo no cargo ou na função. 
 
Não é devido se na empresa tiver Quadro Organizado em Carreira ou se o paradigma foi 
readaptado a função em razão de um problema de saúde. 
 
8.4 Descontos Salariais 
 
Adicionais Base de Cálculo 
Horas extras Todo complexo salarial 
Hora noturna Urbano: 20% 
Rural: 25% sobre o salário base 
Transferência 25% sobre o salário base 
Insalubridade 10%, 20% ou 40% sobre o salário-mínimo 
Periculosidade 30% sobre o salário base 
De acordo com o artigo 462 da CLT, somente é possível o desconto do salário do 
empregado na hipótese de adiantamento salarial. Se o empregado causar prejuízo ao 
empregador em razão de ato culposo, será devido o desconto se houver previsão contratual; se 
for com dolo, não precisa de previsão contratual. 
 
8.5 Comissões 
 
A comissão é uma forma de pagamento do salário prevista no artigo466 da CLT, sendo 
devida no momento que a transação é finalizada pelo empregado. Há 2 tipos de empregados 
que recebem por comissão: 
 
 
9. Rescisão do Contrato de Trabalho 
 
9.1 Aviso prévio 
 
O aviso prévio está previsto nos seguintes dispositivos: art. 7º, XXI da Lei nº 12.506/11 e 
artigo 487 até 491 da CLT. 
Em regra, cabe apenas nos contratos com prazo indeterminado, salvo estipulação contrária 
(art. 481 da CLT). Ademais é direito do trabalhador o aviso prévio proporcional de no mínimo 30 
dias e no máximo 90 dias, sendo que conta 3 dias para cada ano completo trabalhado. 
 
 
 
 
 
 
 
Observações: 
• Aviso prévio indenizado: conta tempo de serviço e, por isso, durante o seu período 
deposita FGTS. 
COMISSIONISTA 
MISTO: recebe 
salário-base + 
comissões
COMISSIONISTA 
PURO: recebe 
somente comissão
Meses Ano Dias de Aviso 
11 0 30 
13 1 30+3=33 
23 1 30+3=33 
25 2 30+3+3=36 
• Pode ocorrer a justa causa ou a rescisão indireta durante o período do aviso prévio. 
• Pode ocorrer a reconsideração, desde que a outra parte aceite. 
 
9.2 Formas de Rescisão do Contrato de Trabalho 
 
São as principais formas de Rescisão do Contrato de Trabalho por prazo Indeterminado: 
 
Justa Causa Art. 482 da CLT 
Indireta Art. 483 da CLT 
Culpa recíproca Art. 484 da CLT 
Acordo entre as partes Art. 484-A da CLT 
Fato do príncipe Art. 486 da CLT 
 
São as principais formas de Rescisão do Contrato de Trabalho por prazo Determinado: 
 
Antecipada pelo empregador Art. 479 da CLT 
Antecipada pelo empregado Art. 480 da CLT 
 
9.3 Plano de Demissão Voluntária 
 
Previsão Legal: art. 477-B da CLT 
O empregado que aderir ao PDV dá quitação ampla e irrestrita dos direitos decorrentes da 
relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. 
 
10. Estabilidade 
 
10.1 Conceito 
 
Estabilidade jurídica diz respeito à impossibilidade de dispensa do empregado, salvo nas 
hipóteses indicadas na lei. É o direito do empregado de continuar no emprego, mesmo contra a 
vontade do empregador, desde que inexista uma causa objetiva a determinar sua despedida. 
 
São os principais empregados detentores de estabilidade provisória: 
 
a) Dirigente Sindical 
Previsão Legal: Súmula 369 do TST 
• Estabilidade do registro da candidatura até 1 ano após o término do mandato. 
• Somente pode ser demitido por justa causa e através do ajuizamento do inquérito judicial 
para apuração de falta grave (Súmula 379 do TST) 
• Não tem estabilidade se a candidatura for durante o aviso prévio. 
• Membro do conselho fiscal não tem estabilidade. 
• Somente 7 titulares e 7 suplentes tem estabilidade. 
 
b) Representante Pessoal 
Previsão Legal: Artigo 510-A a 510-D da CLT. 
Empresas com mais de 200 funcionários deverão ter comissões de representantes na 
seguinte proporção: 
 
 
 
 
 
 
 
Não podem ser representantes pessoais: membros da comissão eleitoral, empregados com 
contrato suspenso, que estão no aviso prévio e que possuem contrato por prazo determinado. 
 
c) Membro da CIPA 
Previsão Legal: art. 163 a 165 da CLT e Súmula 339 do TST 
• A CIPA é composta por membros dos empregados e do empregador. 
• Somente membros dos empregados tem estabilidade, por serem eleitos. 
• Estabilidade do registro da candidatura até um ano após o término do mandato. 
• Titulares e suplentes tem estabilidade. 
• Presidente da CIPA não tem estabilidade pois é escolhido pelo empregador. 
• Fechando a empresa, perde o empregado estabilidade. 
• Não precisa ter justa causa para demissão, basta justo motivo. 
 
d) Empregada Gestante ou Adotante 
Nº de 
Empregados 
Nº de 
Representantes 
200 a 3 mil 3 
+ 3 mil a 5 mil 5 
+ 5 mil 7 
Previsão Legal: Súmula 244 do TST 
• Estabilidade da confirmação da gravidez até 5 meses após o nascimento da criança. 
• Quem adota também possui estabilidade. 
• Tem estabilidade mesmo que o contrato seja por prazo determinado e que a gravidez se 
inicie durante o aviso prévio. 
• No caso de morte da criança após o parto, permanece o direito à estabilidade até o quinto 
mês após o nascimento do filho. 
 
e) Acidentado 
Previsão Legal: Súmula 378 do TST 
• Deve receber o auxílio-doença acidentário. 
• Estabilidade de 12 meses após o 
• retorno ao serviço. 
• Tem estabilidade mesmo no contrato por prazo determinado 
 
11. Prescrição 
 
Previsão Legal: art. 11 e 11-A da CLT e Súmula 378 do TST 
• Não existe prescrição para ação de reconhecimento de vínculo trabalhista para fins 
previdenciários. 
• O ajuizamento da ação interrompe o prazo prescricional para os pedidos idênticos. 
• Aplica-se a prescrição intercorrente na Justiça do Trabalho: Prazo de 2 anos. 
• Prazo de 2 anos para entrar com a ação cobrando dos últimos 5 anos. 
• Não existe a prescrição parcial durante o contrato. Se ocorrer um ilícito, terá a parte o 
prazo de 5 anos a contar dele para cobrar na justiça do trabalho. 
 
12. Lei do Desporto - 9.615 de 24 de março de 1998 
O desporto de rendimento pode ser praticado e estruturado de modo profissional e não 
profissional. Como traz o art. 3º, parágrafo 1º, I e II da Lei 9.615/98. 
 
Art. 3o § 1o O desporto de rendimento pode ser organizado e praticado: 
I - de modo profissional, caracterizado pela remuneração pactuada em contrato formal de 
trabalho entre o atleta e a entidade de prática desportiva; 
II - de modo não-profissional, identificado pela liberdade de prática e pela inexistência de 
contrato de trabalho, sendo permitido o recebimento de incentivos materiais e de 
patrocínio. 
 
As atividades profissionais podem ser organizadas pelas entidades e atletas de modo 
independente. 
Art. 26. Atletas e entidades de prática desportiva são livres para organizar a atividade 
profissional, qualquer que seja sua modalidade, respeitados os termos desta Lei. 
Parágrafo único. Considera-se competição profissional para os efeitos desta Lei aquela 
promovida para obter renda e disputada por atletas profissionais cuja remuneração 
decorra de contrato de trabalho desportivo. 
 
 
Os contratos de trabalho dos atletas terá o período de no mínimo três meses e máximo 
cinco anos. Como demonstra o artigo 30, caput, da Lei 9.615/98. 
 
Art. 30. O contrato de trabalho do atleta profissional terá prazo determinado, com vigência 
nunca inferior a três meses nem superior a cinco anos. 
 
 
Pode ocorrer a rescisão do contrato dos atletas que tiverem com as parcelas salariais 
atrasadas, bem como parcelas advindas de contratos de direito de imagem, tendo o atleta 
liberdade de realizar novo contrato, observado o prazo de atraso. 
 
Art. 31. A entidade de prática desportiva empregadora que estiver com pagamento de 
salário ou de contrato de direito de imagem de atleta profissional em atraso, no todo ou 
em parte, por período igual ou superior a três meses, terá o contrato especial de trabalho 
desportivo daquele atleta rescindido, ficando o atleta livre para transferir-se para qualquer 
outra entidade de prática desportiva de mesma modalidade, nacional ou internacional, e 
exigir a cláusula compensatória desportiva e os haveres devidos. 
§ 1o São entendidos como salário, para efeitos do previsto no caput, o abono de férias, o 
décimo terceiro salário, as gratificações, os prêmios e demais verbas inclusas no contrato 
de trabalho. 
§ 2o A mora contumaz será considerada também pelo não recolhimento do FGTS e das 
contribuições previdenciárias.

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