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Mediação,Guarda e Adoção

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Mediação: Soluções Alternativas de Conflitos Interpessoais
Conciliação:
▪ Administração por um terceiro imparcial;
▪ Acordo entre as partes com alternativas de solução;
Arbitragem:
▪ Um terceiro busca resolver e arbitrar sobre o conflito;
▪ Estratégia mais comum nos casos de conflitos patrimoniais;
Mediação:
▪ Os próprios envolvidos estabelecem a composição do processo;
Conflito e Processo
● Pressuposto do conflito como um plano comum;
● Conflitos são constitutivos das relações sociais, familiares, do psiquismo;
● Processo psicológico não corresponde, necessariamente, com os trâmites
do processo judicial;
● Diferentes tempos: tempo psíquico e tempo jurídico.
Palavras e Ações Norteadoras da Estratégia de Mediação
Principais objetivos da mediação
Princípios da mediação
▪ a) Princípio da Autonomia e da Vontade (interesses);
▪ b) Princípio da Não Adversidade (sem perde ou ganha);
▪ c) Princípio da Presença do Terceiro Interventor Neutro e Imparcial
(não é impositivo, mas cooperativo);
▪ d) Princípio da Autonomia das decisões e Autocomposição (facilitador):
▪ A mediação não é um processo impositivo, e o mediador não tem o poder de
decisão, tendo a função de facilitar a comunicação, mas não de determinar;
▪ e) Princípio da Não Competitividade e Consensualidade na Resolução do Conflito:
▪ Acordo mútuo;
▪ Concessões de ambas as partes envolvidas;
▪ f) Princípio da Flexibilidade e Informalidade do Processo:
▪ Passar da lógica do confronto para a lógica da colaboração.
Guarda e Adoção
▪ “A adoção, é um tema que fascina porque subverte a ordem da natureza, engana a
biologia, coloca a frente à subjetividade e mostra a superioridade do afeto sobre os genes”;
▪ Aspectos históricos, religiosos, sociais, políticos: colonização, exploração, caridade, mitos,
preconceitos, etc;
▪ O registro ilegal, até os anos 80 no Brasil, constituía cerca de 90% das adoções realizadas
no país (WEBER, 2001);
Adoção
▪ A ideia de proteção integral surgiu com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) em
1990, (Brasil, 1990). Com ele surge então o posicionamento de que crianças e adolescentes
são sujeitos de direito em condição peculiar de desenvolvimento. Passa então a ser dever
do Estado, da sociedade e da família garantir os direitos fundamentais as crianças e
adolescentes, possibilitando que cresçam e se desenvolvam sem prejuízos a sua dignidade;
▪ ECA: Lei 8.069 de 13 de julho de 1990, regulamentou a prática de adoção no Brasil. A
partir desse período, não há diferenciação legal entre filhos adotivos ou biológicos.
▪ A adoção de crianças e adolescentes é um tema que, ao ser abordado pela psicologia,
traz consigo grande subjetividade, por se tratar da criança em seu contexto de abandono e
frustração, diante do longo processo de espera. Além disso, é importante refletir sobre as
questões burocráticas e as consequências psicológicas e emocionais que o abandono e a
espera geram nestas crianças e adolescentes:
▪ Relação entre adoção e caridade;
▪ Adoção e infertilidade;
▪ Adoção e problemas de aprendizagem;
▪ Mitos e medos em relação à revelação da adoção para os filhos;
▪ Histórico de questões legais que diferenciavam filhos biológicos e adotivos;
▪ Desconhecimento sobre herança genética.
Adoção: Relações com a psicologia
▪ A Psicologia entende o processo de adoção como uma constituição, uma formação
familiar, que apresenta como base segura o afeto e uma oportunidade de realização e
desenvolvimento tanto para a criança, como para a família adotante;
▪ As crianças e adolescentes criam grandes expectativas que nem sempre serão supridas
conforme seus anseios. A consequência disto pode ser frustrante. Deste modo, a psicologia
visa promover e preparar esta criança/adolescente com o intuito de reintegrá-lo à família
biológica ou a reinserção em um novo núcleo familiar;
▪ A adoção tem como principal objetivo propor um lar e uma família para as
crianças/adolescentes que não as têm independentemente das condições de saúde, cor,
raça, gênero ou idade. A adoção deixa de ser uma solução para as famílias que não têm
filhos e passa a ser a proposta como uma solução para as crianças/adolescentes que
não têm uma família e necessitam de um lar para viver.
▪ Filho ideal X Filho real;
▪ “Toda criança é adotada” (do ponto de vista simbólico);
▪ Prevalência das questões biológicas;
▪ Adoção: sucessos são atribuídos à criação; falhas atribuídas às questões genéticas;
▪ Medo do pais de serem abandonados pelos filhos adotivos (rejeição);
▪ Dificuldades na revelação da história de vida;
▪ Exercer o papel de cuidador em relação a uma criança independe de ter com ela
relações de consanguinidade;
▪ “Segredos” e a importância da verdade;
Adoção e Famílias
▪ É preciso destacar a importância do acompanhamento psicológico nesta fase, a fim de se
detectar a presença de comportamentos inadequados e qual é a leitura da dinâmica familiar
envolvida nesse processo;
▪ Família: é considerada uma entidade de proteção integral no desenvolvimento de crianças
e adolescentes, pois é na família que são dados os primeiros passos como seres humanos
partícipes da sociedade, na qual, a família denota aconchego e amor;
▪ Convivência familiar e comunitária: é evidenciada dentre as políticas de proteção como
uma garantia de direito fundamental que desempenha um olhar ativo na família como
estratégia de superar o estigma da institucionalização.
▪O direito à convivência familiar e comunitária está presente na Constituição de 1988 e no
Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, 1990), constituindo-se como mais uma
estratégia para superar a cultura da institucionalização e valorizar a família.
▪Na mesma linha de pensamento, sabemos que toda criança e adolescentes têm direito a
convivência familiar seja ela biológica ou adotiva.
▪ Todo sujeito menor de 18 anos tem direito a uma família suplente, que garanta o convívio
familiar e comunitário. Isso pode ocorrer por meio de diferentes medidas, a saber: tutela,
guarda ou adoção.
Práticas Psicológicas e Adoção
▪ Em relação à avaliação jurídica e psicossocial, a adoção se transcreve em aspectos
rigorosos em consonância com a jurisprudência dos aspectos jurídicos e psicológicos que
são auxiliadores neste processo de construções de vínculos familiares, sendo assim, é
importante destacar as práticas psicológicas no processo adotivo;
▪O Psicólogo possui como função interpretar a comunicação e a interação familiar em
processos que envolvem modificação de guarda, perda ou suspensão de pátrio poder, casos
de adoção, emancipação, tutela e outros;
▪O psicólogo desempenha um trabalho primordial de escuta e acolhimento de crianças e
adolescente nas Varas da Infância e da juventude, além das interpelações e manejos diante
de todo processo adotivo onde seu trabalho contribui em 80% dos casos de adotantes e
adotados.
▪ Entrevistas psicológicas, aplicação de testes resultando em um prognóstico; ▪ Realiza
estudo de campo, visitas domiciliares e visitas a abrigos e internatos; ▪ Faz
encaminhamentos à terapia e atendimento especializado;
▪ Acompanha cada caso avaliando a adaptação criança/família;
▪ Emite laudos e pareceres;
▪ Executa o cadastramento de casais interessados em adoção bem como das
crianças adotáveis;
▪ Oferece treinamento de famílias de apoio;
▪ Promove a prevenção da violência familiar e institucional contra crianças e
adolescentes.
Tempo Psíquico e Tempo Jurídico
▪ Há uma necessidade de intermediação realizada por profissionais especializados durante o
processo de colocação de criança e adolescentes em família adotiva. Muitas crianças
disponíveis para a adoção não estão preparadas psicologicamente para ligarem-se a outra
família, de modo que se deve priorizar a dimensão do tempo psíquico da criança em relação
ao tempo jurídico;
▪ O papel do psicólogo fica evidente no sentido de acolher, acompanhar, na desmistificação
do filho ideal-real, para que haja o favorecimento no processo adotivo. Os psicólogos
procuram realizar atendimentos e orientações, objetivando facilitar a adaptação entre a
criança e a família. A equipe técnicadeverá ajudar a criança em seu luto pela mãe de
origem, assim como aos futuros pais adotivos que nem sempre conseguem lidar com a
rejeição.
Guarda Compartilhada
▪ Legitimação do divórcio no Brasil: 1977;
▪Os pais são considerados fonte de referência aos filhos, assim os genitores ocupam na
formação infantil, ainda que ocorra o divórcio, é imprescindível que ambos participem de
forma efetiva no desenvolvimento da criança, promovendo um ambiente adequado ao
desenvolvimento infantil;
▪No Brasil, essa modalidade de guarda é recente no ordenamento jurídico, tendo sido
sancionada no ano de 2008 com a lei 11.698;
▪ Embora a guarda compartilhada atualmente seja eficaz para que ambos os genitores
sejam co- responsáveis pela guarda dos filhos, essa decisão deve ser tomada com cautela
levando em consideração a subjetividade de todos os envolvidos, para que a guarda
compartilhada seja bem sucedida atingindo seu objetivo maior, que é o bem estar da criança
e adolescente.
▪ Com frequência, o processo de guarda é permeada pela alienação parental, no qual o
genitor denigre a imagem do outro, deturpando a imagem que a criança tem do seu(a)
genitor(a), destruindo sua reputação, manipulando a criança afetivamente;
▪ A guarda compartilhada visa reforçar a participação efetiva de ambos os pais na criação
dos filhos, reforçando os laços de afetividade, uma vez que a ruptura conjugal pode
respingar na relação entre o cônjuge não guardião e os filhos, afrouxando os laços
sentimentais;
▪Portanto, a guarda compartilhada privilegia o contato frequente da criança com ambos os
pais, bem como que ambos tomem decisões importantes em relação à criança
conjuntamente.
Guarda Compartilhada e Mediação
▪Considerando as questões apresentadas, a mediação familiar surge como um instrumento
alternativo que pode ser eficaz para a solução de conflitos de casais em processo de
separação (Cunha, Soares, Freitas & Schapke, 2014; Rosa, 2012; Splenger, 2012);
▪A mediação serve também aos interesses dos filhos, uma vez que a qualidade da relação
entre pais e filhos após o divórcio está diretamente relacionada com a qualidade da relação
entre os pais pós-separação (Schabbel, 2005);
▪Levando-se em conta que, em muitos casos, o casal em processo de separação conjugal
apresenta compreensões muitas vezes distorcidas, impregnadas pelo imaginário social –
principalmente no que tange aos papéis parentais – sobre a mediação, é possível
problematizar tais construções, permitindo que as partes encontrem a solução que melhor
responda as suas demandas, ampliando as possibilidades de pensar e avaliar a situação
(Cúnico, Mozzaquatro, Arpini & Silva, 2010).
Guarda Compartilhada
▪Os benefícios da guarda compartilhada estão na possibilidade do filho perceber que tem
duas pessoas, as mais importantes da vida dele, que zelam por ele. Outro ponto importante
pode ser o de impedir que a guarda sirva como vingança em casos onde uma das partes
deseja mais o sofrimento do outro do que o convívio com o filho;
▪ Na maior parte dos casos, o momento da separação dos genitores é na fase em que os
menores mais absorvem o que estão vivendo, no caso dos adolescentes é um momento que
começam a tomar decisões, as quais refletirão em todo seu desenvolvimento como ser
humano;
▪O trabalho do psicólogo no processo de guarda compartilhada será principalmente o de
acompanhar a criança e o adolescente para que seja avaliado como está sendo o seu
desenvolvimento na escola, em casa, com familiares e amigos e, consequentemente, se a
guarda compartilhada está sendo benéfica ao menor.

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