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LINGUAGENS,
CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
P r o f ª V i v i a n T r o m b i n i
2
1. AS COMPETÊNCIAS AVALIADAS 
PELA PROVA DE LINGUAGENS, 
CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
COMPETÊNCIA DE ÁREA 1 – Aplicar as tecnolo-
gias da comunicação e da informação na escola, 
no trabalho e em outros contextos relevantes 
para sua vida.
H1 – Identificar as diferentes linguagens e seus 
recursos expressivos como elementos de carac-
terização dos sistemas de comunicação.
H2 – Recorrer aos conhecimentos sobre as lin-
guagens dos sistemas de comunicação e infor-
mação para resolver problemas sociais.
H3 – Relacionar informações geradas nos siste-
mas de comunicação e informação, consideran-
do a função social desses sistemas.
H4 – Reconhecer posições críticas aos usos so-
ciais que são feitos das linguagens e dos siste-
mas de comunicação e informação.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 2 – Conhecer e usar 
língua (s) estrangeira (s) moderna (s) (LEM) como 
instrumento de acesso a informações e a outras 
culturas e grupos sociais.
H5 – Associar vocábulos e expressões de um 
texto em LEM ao seu tema.
H6 – Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus 
mecanismos como meio de ampliar as possibil-
idades de acesso a informações, tecnologias e 
culturas.
H7 – Relacionar um texto em LEM, as estruturas 
linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 – Reconhecer a importância da produção cul-
tural em LEM como representação da diversidade 
cultural e linguística.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 3 – Compreender e 
usar a linguagem corporal como relevante para 
a própria vida, integradora social e formadora da 
identidade.
H9 – Reconhecer as manifestações corporais 
de movimento como originárias de necessidades 
cotidianas de um grupo social.
H10 – Reconhecer a necessidade de transfor-
mação de hábitos corporais em função das ne-
cessidades cinestésicas.
H11 – Reconhecer a linguagem corporal como 
meio de interação social, considerando os limites 
de desempenho e as alternativas de adaptação 
para diferentes indivíduos.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 4 – Compreender a 
arte como saber cultural e estético gerador 
de significação e integrador da organização do 
mundo e da própria identidade.
H12 – Reconhecer diferentes funções da arte, do 
trabalho da produção dos artistas em seus meios 
culturais.
H13 – Analisar as diversas produções artísticas 
como meio de explicar diferentes culturas, pa-
drões de beleza e preconceitos.
H14 – Reconhecer o valor da diversidade artística 
e das inter-relações de elementos que se apre-
sentam nas manifestações de vários grupos so-
ciais e étnicos.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 5 – Analisar, interp-
retar e aplicar recursos expressivos das lingua-
gens, relacionando textos com seus contextos, 
mediante a natureza, função, organização, es-
trutura das manifestações, de acordo com as 
condições de produção e recepção.
H15 – Estabelecer relações entre o texto literário 
e o momento de sua produção, situando aspec-
tos do contexto histórico, social e político.
H16 – Relacionar informações sobre concepções 
artísticas e procedimentos de construção do tex-
to literário.
H17 – Reconhecer a presença de valores sociais 
e humanos atualizáveis e permanentes no pat-
rimônio literário nacional.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 6 – Compreender e 
usar os sistemas simbólicos das diferentes lin-
guagens como meios de organização cognitiva 
da realidade pela constituição de significados, 
expressão, comunicação e informação.
H18 – Identificar os elementos que concorrem 
para a progressão temática e para a organização 
e estruturação de textos de diferentes gêneros 
e tipos.
H19 – Analisar a função da linguagem predom-
inante nos textos em situações específicas de 
interlocução.
H20 – Reconhecer a importância do patrimônio 
3
linguístico para a preservação da memória e da 
identidade nacional.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 7 – Confrontar opin-
iões e pontos de vista sobre as diferentes lin-
guagens e suas manifestações específicas.
H21 – Reconhecer em textos de diferentes 
gêneros, recursos verbais e não-verbais utiliza-
dos com a finalidade de criar e mudar comporta-
mentos e hábitos.
H22 – Relacionar, em diferentes textos, opiniões, 
temas, assuntos e recursos linguísticos.
H23 – Inferir em um texto quais são os objeti-
vos de seu produtor e quem é seu público-alvo, 
pela análise dos procedimentos argumentativos 
utilizados.
H24 – Reconhecer no texto estratégias argu-
mentativas empregadas para o convencimento 
do público, tais como a intimidação, sedução, co-
moção, chantagem, entre outras.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 8 – Compreender e 
usar a língua portuguesa como língua materna, 
geradora de significação e integradora da orga-
nização do mundo e da própria identidade.
H25 – Identificar, em textos de diferentes gêner-
os, as marcas linguísticas que singularizam as 
variedades linguísticas sociais, regionais e de 
registro.
H26 – Relacionar as variedades linguísticas a 
situações específicas de uso social.
H27 – Reconhecer os usos da norma padrão da 
língua portuguesa nas diferentes situações de 
comunicação.
COMPETÊNCIA DE ÁREA 9 – Entender os 
princípios, a natureza, a função e o impacto das 
tecnologias da comunicação e da informação na 
sua vida pessoal e social, no desenvolvimento 
do conhecimento, associando-o aos conheci-
mentos científicos, às linguagens que lhes dão 
suporte, às demais tecnologias, aos processos 
de produção e aos problemas que se propõem 
solucionar.
H28 – Reconhecer a função e o impacto social 
das diferentes tecnologias da comunicação e in-
formação.
H29 – Identificar pela análise de suas linguagens, 
as tecnologias da comunicação e informação.
H30 – Relacionar as tecnologias de comuni-
cação e informação ao desenvolvimento das so-
ciedades e ao conhecimento que elas produzem.
2. COMO OS CONTEÚDOS SÃO COB-
RADOS NA PROVA DE LINGUAGENS, 
CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS?
Nesta prova, é de grande valia a interpretação 
textual, seja ao analisar textos literários ou não 
literários, bem como gráficos, tirinhas ou gravu-
ras. É por isso que interpretação de texto foi, de 
longe, o tema mais presente nos exames aplica-
dos. Vale ressaltar que a prova do ENEM é, no-
tadamente, uma avaliação contextualizada, isto 
é, sempre há um ou mais textos a serem anali-
sados (verbais, não-verbais ou mistos), além de 
um enunciado bastante explicativo, o qual guia o 
candidato para a resposta mais adequada. 
A prova de linguagens e códigos apresenta, de 
forma geral, três tipos de perguntas:
Interpretação do texto: aquelas cuja resposta 
está no interior do próprio texto. Nesse caso, a mera 
leitura do texto ou mesmo do enunciado já dá certas 
dicas para a resposta adequada. 
Análise do texto: as que pedem uma análise dos 
efeitos de sentido que ele produz (de humor, social, 
político, por exemplo). Ou seja, que necessitam de 
conhecimentos prévios para serem entendidos. Por 
isso, com base em nossas leituras e conhecimentos 
de mundo, fica até mais fácil entender esse tipo de 
questão. 
Intertextualidade: as que pedem uma cor-
relação com outros textos ou obras de arte. Nesse 
caso, pode haver a relação temática entre textos ver-
bais e não-verbais, apenas verbais ou apenas não-ver-
bais, além dos mistos.
4
#FICAADICA - Caso você seja desafiado a interpretar músicas, poemas, propagandas e 
obras de arte, lembre-se que o enunciado da questão e qualquer outra informação, como 
legendas, podem ajudar na análise.
(VAN GOGH. Autorretrao de orelha cortada)
Pressupostos: Há pressuposto quando um 
enunciado depende de uma informação para faz-
er sentido. O pressuposto deve ser interpretado a 
partir de um conhecimento compartilhado entre 
os interlocutores.
Exemplo:
- Quando Joana voltará de viagem?
Isso só faz sentido se considerarmos que Joana 
saiu em viagem, essa é a informação pressupos-
ta. Caso ela não tenha viajado, o enunciado não 
tem sentido. 
Subentendidos: Ao contrário das infor-
mações pressupostas, as informações suben-
tendidas não ficam evidentes no enunciado, são 
apenas sugeridas. O subentendido deve ser in-
terpretado a partir da intençãodo interlocutor e 
a partir do reconhecimento do jogo discursivo, o 
que está implícito em tal frase. Sempre nos dep-
aramos com textos assim, uma vez que a lingua-
gem publicitária, a poesia e as anedotas usam 
dos subentendidos. 
Exemplo:
- Quando sair de casa, não se es-
queça de levar um casaco.
Subentende-se que esteja frio lá fora.
Saber identificar gêneros textuais tradicionais e 
digitais, norma culta e popular, funções e figuras 
de linguagem também costuma ser amplamente 
exigido. Além disso, é necessário possuir conhec-
imentos básicos sobre literatura brasileira (prin-
cipalmente modernismo e contemporaneidade) 
e gramática (a qual sempre aparece de maneira 
contextualizada).
Além da língua portuguesa, ainda são cobrados, 
nessa prova, língua inglesa ou espanhola, con-
ceitos de educação física, tecnologia, cultura 
(cultura brasileira - dança, música, arte, teatro, 
cinema ...) e arte (brasileira e geral).
3.INFORMAÇÕES EXPLÍCITAS (POS-
TO), IMPLÍCITAS (PRESSUPOSTAS E 
SUBENTENDIDAS)
Um texto é formado por informações explícitas e 
implícitas. As informações explícitas são aquelas 
expressadas claramente pelo autor no próprio 
texto; já as informações implícitas não estão 
claras, mas podem ser subentendidas. Muitas 
vezes, para efetuarmos uma leitura eficiente, é 
preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler nas en-
trelinhas. 
Exemplo:
- Joana parou de comer chocolates.
Explicitamente, sabe-se que Joana não come 
mais chocolates; implicitamente, fica evidente 
que ela comia chocolates antes, já que agora não 
come mais.
5
1- 
A capa da revista Época de 12 de outubro de 
2009 traz um anúncio sobre o lançamento do liv-
ro digital no Brasil. Já o texto II traz informações 
referentes à abrangência de acessibilidade das 
tecnologias de comunicação e informação nas 
diferentes regiões do país. A partir da leitura dos 
dois textos, infere-se que o advento do livro dig-
ital no Brasil: 
A) possibilitará o acesso das diferentes regiões 
do país às informações antes restritas, uma 
vez que eliminará as distâncias, por meio da 
distribuição virtual.
B) criará a expectativa de viabilizar a democ-
ratização da leitura, porém esbarra na insu-
ficiência do acesso à internet por telefonia 
celular, ainda deficiente no país.
C) fará com que os livros impressos tornem-se 
obsoletos, em razão da diminuição dos gastos 
com os produtos digitais gratuitamente dis-
tribuídos pela internet.
D) garantirá a democratização dos usos da tecno-
logia no país, levando em consideração as car-
acterísticas de cada região no que se refere 
aos hábitos de leitura e acesso à informação.
E) impulsionará o crescimento da qualidade da 
leitura dos brasileiros, uma vez que as carac-
terísticas do produto permitem que a leitura 
aconteça a despeito das adversidades geo-
políticas.
COMENTÁRIO: Ao usar o verbo “inferir”, espe-
ra-se que o candidato seja capaz de chegar a 
uma conclusão a partir da leitura dos dois tex-
tos. A partir da leitura do gráfico, o candida-
to deve inferir que a telefonia celular abrange 
apenas uma parte do território brasileiro, o que 
atrapalha a democratização do livro digital. Al-
ternativa B.
2- Negrinha
Negrinha era uma pobre órfã de sete 
anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, 
de cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, 
e seus primeiros anos vivera-os pelos can-
tos escuros da cozinha, sobre velha esteira 
e trapos imundos. Sempre escondida, que 
a patroa não gostava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, 
6
não é isso o que acontece nas redes sociais: a 
democracia racial apregoada por Gilberto Frey-
re passa ao largo do que acontece diariamente 
nas comunidades virtuais do país. Levantamen-
to inédito realizado pelo projeto Comunica que 
Muda [...] mostra em números a intolerância do 
internauta tupiniquim. Entre abril e junho, um al-
goritmo vasculhou plataformas [...] atrás de men-
sagens e textos sobre temas sensíveis, como 
racismo, posicionamento político e homofobia. 
Foram identificadas 393 284 menções, sendo 
que 84% delas com abordagem negativa, de ex-
posição do preconceito e da discriminação.
Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso 
em: 6 dez. 2017 (adaptado).
Ao abordar a postura do internauta brasileiro ma-
peada por meio de uma pesquisa em plataformas 
virtuais, o texto:
A) minimiza o alcance da comunicação digital.
B) refuta ideias preconcebidas sobre o brasileiro.
C) relativiza responsabilidades sobre a noção de 
respeito.
D) exemplifica conceitos contidos na literatura e 
na sociologia.
E) expõe a ineficácia dos estudos para alterar tal 
comportamento.
 
COMENTÁRIO: O texto aborda a atitude cor-
dial e hospitaleira pela qual o povo brasileiro é 
reconhecido. Todavia, conforme pesquisa re-
alizada pelo projeto, não é essa a postura que 
os brasileiros assumem nas redes sociais, uma 
vez que há muito preconceito e intolerância em 
suas mensagens, ou seja, justamente o oposto. 
Alternativa B.
rica, dona do mundo, amimada dos pa-
dres, com lugar certo na igreja e camarote 
de luxo reservado no céu. Entaladas as 
banhas no trono (uma cadeira de balanço 
na sala de jantar), ali bordava, recebia as 
amigas e o vigário, dando audiências, dis-
cutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em 
suma – “dama de grandes virtudes apos-
tólicas, esteio da religião e da moral”, dizia 
o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! 
Punha-lhe os nervos em carne viva. [...]
A excelente dona Inácia era mes-
tra na arte de judiar de crianças. Vinha da 
escravidão, fora senhora de escravos – e 
daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o 
bolo e zera ao regime novo – essa indecên-
cia de negro igual.
LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONE, I. Os cem melhores 
contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000 
(fragmento).
A narrativa focaliza um momento histórico-social 
de valores contraditórios. Essa contradição in-
fere-se, no contexto, pela:
A) Falta de aproximação entre a menina e a sen-
hora, preocupada com as amigas.
B) Receptividade da senhora para com os padres, 
mas deselegante para com as beatas.
C) Ironia do padre a respeito da senhora, que era 
perversa com as crianças.
D) Resistência da senhora em aceitar a liberdade 
dos negros, evidenciada no final do texto.
E) Rejeição aos criados por parte da senhora, que 
preferia tratá-los com castigos.
COMENTÁRIO: No texto, a resistência de Dona 
Inácia em aceitar a libertação dos escravos é 
comprovada na passagem “Nunca se afizera ao 
regime novo – essa indecência de negro igual”. 
Destaca-se a ironia de Monteiro Lobato, em 
relação não só aos atos cruéis da renitente es-
cravocrata Dona Inácia, como também aos que 
viam nela “uma virtuosa senhora”. Alternativa D.
3- Na sociologia e na literatura, o brasileiro foi por 
vezes tratado como cordial e hospitaleiro, mas 
7
4.INTERTEXTUALIDADE – 
RELAÇÕES ENTRE TEXTOS
A intertextualidade se dá quando um texto re-
toma todo um texto, parte dele ou o seu senti-
do. Esta pode acontecer por meio da citação, da 
paródia ou da paráfrase.
Exemplo: Nesse exemplo, fica evidente que Chico 
Buarque e Adélia Prado se utilizam do poema de 
Drummond para construir seus textos.
Quando nasci, um anjo torto / Desses que 
vivem na sombra / Disse: Vai Carlos! Ser 
“gauche” na vida (ANDRADE, Carlos Drummond de. 
Alguma poesia. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964) 
Quando nasci veio um anjo safado / O cha-
to dum querubim / E decretou que eu tava 
predestinado / A ser errado assim / Já de 
saída a minha estrada entortou / Mas vou 
até o fim. (BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: 
Cia das Letras, 1989) 
Quando nasci um anjo esbelto / Desses 
que tocam trombeta, anunciou: / Vai car-
regar bandeira. Carga muito pesada pra 
mulher / Esta espécie ainda envergonhada. 
(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)
Analise os textos abaixo, a fim de responder aos 
dois questionamentos.
Texto I
É praticamente impossível imaginarmos 
nossas vidas sem o plástico. Eleestá pre-
sente em embalagens de alimentos, bebi-
das e remédios, além de eletrodomésticos, 
automóveis etc. Esse uso ocorre devido à 
sua atoxicidade e à inércia, isto é: quan-
do em contato com outra substâncias, o 
plástico não as contamina; ao contrário, 
protege o produto embalado. Outras duas 
grandes vantagens garantem o uso dos 
plásticos em larga escala: são leves, quase 
não alteram o peso do material embalado, 
e são 100% recicláveis, fato que, infeliz-
mente, não é aproveitado, visto que, em 
todo o mundo, a percentagem de plástico 
reciclado, quando comparado ao total pro-
duzido, ainda é irrelevante.
Revista Mãe Terra. Minuano, ano I, n. 6 (adaptado).
Texto II
Sacolas plásticas são leves e voam ao 
vento. Por isso, elas entopem esgotos e 
bueiros, causando enchentes. São en-
contradas até no estômago de tartarugas 
marinhas, baleias, focas e golfinhos, mor-
tos por sufocamento. Sacolas plásticas 
8
COMENTÁRIO: Os textos I e II são utilizados em 
perspectivas diferentes nas questões. Na pri-
meira questão é explorado o reconhecimento, 
em textos, de diferentes estratégias argumen-
tativas, empregadas para o convencimento do 
público, a exemplo da intimidação, da sedução, 
da comoção e da chantagem. Nesse caso espe-
cífico, a partir da identificação de argumentos 
que exploram aspectos contrários da utilização 
de plásticos, o leitor deve ter desenvolvido a 
competência leitora para compreender que o 
uso adequado do plástico resulta na preser-
vação de espécies animais prejudicados pelo 
mau uso desse material. 
Já na segunda questão, explora-se a com-
paração das informações e argumentos pre-
sentes nos textos I e II que, embora tratem do 
mesmo objeto de conhecimento, apresentam 
informações divergentes acerca do plástico. 
A partir da leitura dos textos verbais I e II, que 
contextualizam a questão, compreendemos as 
facilidades conferidas pelo uso adequado do 
plástico que possibilita ao ser humano usufruir 
da praticidade conferida pelo material, já que o 
texto I destaca a versatilidade e as vantagens 
do uso do plástico pela sociedade atual, en-
quanto o segundo alerta os consumidores so-
bre os problemas resultantes da utilização de 
embalagens plásticas não recicláveis. O alerta 
constante no segundo texto não indica que o 
cidadão deva excluir de sua vida as vantagens 
conferidas pelo uso do plástico, mas q que esse 
seja utilizado de forma sustentável.
descartáveis são gratuitas para os con-
sumidores, mas têm um custo incalculável 
para o meio ambiente.
Veja, 8 jul. 2009. Fragmentos de texto publicitário do Insti-
tuto Akatu pelo Consumo Consciente.
4- Em contraste com o texto I, no texto II são em-
pregadas, predominantemente, estratégias argu-
mentativas que:
A) atraem o leitor por meio de previsões para o 
futuro.
B) apelam à emoção do leitor, mencionando a 
morte de animais.
C) orientam o leitor a respeito dos modos de usar 
conscientemente as sacolas plásticas.
D) intimidam o leitor com as nocivas consequên-
cias do uso indiscriminado de sacolas plásti-
cas.
E) recorrem à informação, por meio de con-
statações, para convencer o leitor a evitar o 
uso de sacolas plásticas.
5- Na comparação dos textos, observa-se que:
A) o texto I apresenta um alerta a respeito do 
efeito da reciclagem de materiais plásticos; o 
texto II justifica o uso desse material reciclado.
B) o texto I tem como objetivo precípuo apresen-
tar a versatilidade e as vantagens do uso do 
plástico na contemporaneidade; o texto II ob-
jetiva alertar os consumidores sobre os prob-
lemas ambientais decorrentes de embalagens 
plásticas não recicladas.
C) o texto I expõe vantagens, sem qualquer res-
salva, do uso do plástico; o texto II busca con-
vencer o leitor a evitar o uso de embalagens 
plásticas.
D) o texto I ilustra o posicionamento de fabri-
cantes de embalagens plásticas, mostrando 
por que elas devem ser usadas; o texto II ilus-
tra o posicionamento de consumidores co-
muns, que buscam praticidade e conforto.
E) o texto I apresenta um alerta a respeito da 
possibilidade de contaminação de produtos 
orgânicos e industrializados decorrente do 
uso de plástico em suas embalagens; o texto II 
apresenta vantagens do consumo de sacolas 
plásticas: leves, descartáveis e gratuitas.
9
6-
 A feição deles é 
serem pardos, 
maneira d’aver-
melhados, de 
bons rostos e 
bons narizes, 
bem feitos. An-
dam nus, sem 
nenhuma co-
bertura, nem es-
timam nenhuma 
cousa cobrir, 
nem mostrar 
suas vergonhas. 
E estão acerca 
disso com tanta 
inocência como têm em mostrar o rosto.
CAMINHA, P. V. A carta. Disponível em: www.domin-
iopublico.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2009. 
Ao se estabelecer uma relação entre a obra de 
Eckhout e o trecho do texto de Caminha, con-
clui-se que: 
A) ambos se identificam pelas características es-
téticas marcantes, como tristeza e melancolia, 
do movimento romântico das artes plásticas.
B) o artista, na pintura, foi fiel ao seu objeto, rep-
resentando-o de maneira realista, ao passo 
que o texto é apenas fantasioso.
C) a pintura e o texto têm uma característica em 
comum, que é representar o habitante das 
terras que sofreriam processo colonizador.
D) o texto e a pintura são baseados no contraste 
entre a cultura europeia e a cultura indígena.
E) há forte direcionamento religioso no texto e na 
pintura, uma vez que o índio representado é 
objeto da catequização jesuítica.
COMENTÁRIO: Ambos os textos verbal e não 
verbal – a pintura de Eckhout e o texto de Pero 
Vaz de Caminha – tratam do índio, povo nativo 
encontrado na América, o qual seria coloniza-
do e explorado pelos povos europeus. A pintura 
parece ilustrar exatamente o que diz Caminha, 
apresentando o índio completamente despido, 
em posição de extrema naturalidade, com seus 
instrumentos típicos. Alternativa C.
7-
Operários, 1933, óleo sobre tela, 150x205 cm, (P122), Acervo 
Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo
Desiguais na fisionomia, na cor e 
na raça, o que lhes assegura identi-
dade peculiar, são iguais enquanto 
frente de trabalho. Num dos cantos, 
as chaminés das indústrias se alçam 
verticalmente. No mais, em todo o 
quadro, rostos colados, um ao lado 
do outro, em pirâmide que tende a se 
prolongar infinitamente, como mer-
cadoria que se acumula, pelo quadro 
afora.
(Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.)
O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um 
tema que também se encontra nos versos tran-
scritos em:
a) “Pensem nas meninas/ Cegas inexatas/ Pen-
sem nas mulheres/ Rotas alteradas.” (Vinícius 
de Moraes)
b) “Somos muitos severinos/ iguais em tudo e na 
sina:/ a de abrandar estas pedras/ suando-se 
muito em cima.” (João Cabral de Melo Neto)
c) “O funcionário público não cabe no poema/ 
com seu salário de fome/ sua vida fechada em 
arquivos.” (Ferreira Gullar)
d) “Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso 
querer ser nada./À parte isso, tenho em mim 
todos os sonhos do mundo.” (Fernando Pes-
soa)
e) “Os inocentes do Leblon/ Não viram o navio 
entrar (...)/ Os inocentes, definitivamente in-
10
ocentes/ tudo ignoravam,/ mas a areia é 
quente, e há um óleo suave que eles passam 
pelas costas, e aquecem.” (Carlos Drummond 
de Andrade)
COMENTÁRIO: No quadro Operários, de Tarsila 
do Amaral, a linguagem extralinguística sugere 
que a diversidade individual é desconsiderada 
pelo conceito de igualdade de condição de tra-
balho e, consequentemente, desconsiderada 
na vida. A mesma sugestão pode ser encon-
trada nos versos de João Cabral de Melo Neto, 
pois na fala do protagonista podemos observar 
a dissolução da individualidade dos nordestinos 
no trabalho de lavrar a terra. A intertextualidade 
configura-se por meio do diálogo existente en-
tre a tela de Tarsila e o trecho do livro de João 
Cabral de Melo Neto. Alternativa B.
8-
Nesse texto, busca-se convencer o leitor a mu-
dar seu comportamento por meio da associação 
de verbos no modo imperativo à:
A) indicação de diversos canais de atendimento. 
B) divulgação do Centro de Defesada Mulher.
C) informação sobre a duração da campanha.
D) apresentação dos diversos apoiadores.
E) utilização da imagem das três mulheres.
COMENTÁRIO: A campanha apresenta inter-
textualidade na medida que as mulheres imitam 
a conhecida imagem dos três macaquinhos. Os 
verbos no imperativo tentam convencer o leitor 
a um tipo de ação “rompa o silêncio”, “denuncie”, 
“ligue”, “não silencie”, justamente contrária às 
atitudes apresentadas pelas mulheres, ou seja, 
fingir que não vê e não ouve e calar-se. Alter-
nativa E.
5- LINGUAGEM VERBAL, NÃO - VER-
BAL E MISTA
VERBAL: a Linguagem Verbal faz o uso de pala-
vras para comunicar algo, ou seja, o interlocutor 
entende o enunciado apenas por meio da inter-
pretação das palavras
NÃO VERBAL: A Linguagem não-verbal utiliza 
outros métodos de comunicação, além das pa-
lavras. Desse modo, o interlocutor precisa inter-
pretar a linguagem de sinais, as placas e sinais 
de trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a 
expressão facial, um gesto, etc.
11
VERBAL E NÃO-VERBAL / MISTA: é a mis-
tura entre a Linguagem Verbal e a Linguagem 
não-verbal. Nesse tipo de linguagem, o leitor in-
terpreta tanto as imagens, gestos ou expressões 
quanto o que está escrito.
Os infográficos, muito presentes nas provas do 
ENEM, também apresentam linguagem mista:
9- A tirinha denota a postura assumida por seu 
produtor frente ao uso social da tecnologia para 
fins de interação e de informação. Tal posiciona-
mento é expresso, de forma argumentativa, por 
meio de uma atitude:
A) crítica, expressa pelas ironias.
B) resignada, expressa pelas enumerações.
C) indignada, expressa pelos discursos diretos.
D) agressiva, expressa pela contra argumentação.
E) alienada, expressa pela negação da realidade.
COMENTÁRIO: Tem-se uma atitude crítica, uma 
vez que há uma evidente distorção entre o que 
está escrito nos retângulos e as atitudes e 
falas dos personagens. Alternativa A.
12
Essa imagem ilustra a reação dos celíacos (pes-
soas sensíveis ao glúten) ao ler rótulos de ali-
mentos sem glúten. Essas reações indicam que, 
em geral, os rótulos desses produtos:
A) trazem informações explícitas sobre a pre-
sença do glúten.
B) oferecem várias opções de sabor para esses 
consumidores.
C) classificam o produto como adequado para o 
consumidor celíaco.
D) influenciam o consumo de alimentos especiais 
para esses consumidores.
E) variam na forma de apresentação de infor-
mações relevantes para esse público.
COMENTÁRIO: As múltiplas possibilidades de 
reações diante dos rótulos elucida que eles 
aparecem de formas distintas. Assim, como 
os rótulos de produtos que não contém glúten 
apresentam falta de uniformidade no conjunto 
de informações importantes para seu público, 
as reações desses consumidores são diversifi-
cadas, conforme evidenciam as diferentes ex-
pressões dos emoticons. Alternativa E.
6- NORMA CULTA E POPULAR / 
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
Como uma língua pode apresentar várias manei-
ras de ser falada / usada, notamos que, além da 
norma culta, existem também as variações lin-
guísticas em nossa língua. Esse assunto, dado 
a sua riqueza, é muito presente nas provas do 
ENEM, seja em questões da literatura, da música, 
da linguagem publicitária ou dos falares cotidia-
nos dos brasileiros.
10- 0. Nessa 
campanha, a 
principal es-
tratégia para 
convencer o 
leitor a fazer 
a reciclagem 
do lixo é a uti-
lização da lin-
guagem não 
verbal como 
a r g u m e n t o 
para:
Disponível em: www.separeolixo.gov.br. 
Acesso em: 4 dez. 2017 (adaptado).
A) reaproveitamento de material.
B) facilidade na separação do lixo.
C) melhoria da condição do catador.
D) preservação de recursos naturais.
E) geração de renda para o trabalhador.
COMENTÁRIO: A linguagem verbal presente na 
questão tem como objetivo mostrar como a re-
ciclagem na garrafa pet pode se tornar um novo 
produto, por exemplo, um tecido. Assim, a ima-
gem é utilizada como estratégia argumentati-
va para influenciar o comportamento do leitor. 
Além do mais, a função conativa ou apelativa da 
linguagem consiste em influenciar o comporta-
mento do receptor da mensagem. Podem ser 
seus objetivos persuadir o público a comprar 
determinado produto ou serviço, a votar em um 
determinado candidato, a realizar qualquer tipo 
de ação. Gramaticalmente é caracterizada pela 
presença de verbos no modo imperativo, como 
em “Mude de atitude” e “Separe o lixo e acerte 
na lata”. Alternativa A.
11-
13
NA LINGUAGEM COLOQUIAL
Pronúncia simplificada de palavras e expressões: 
oceis, nóis, num vô, tá bão ...
Emprego frequente de palavras e expressões como: 
aí, né, tá, então ...
Uso recorrente da expressão “a gente”, em lugar de 
“nós”. Ex: A gente sempre estuda muito.
Não há preocupação com marcas de concordância. 
Ex: Os menino vai bem.
Mistura de pessoas gramaticais. Ex: Você sabe que 
te enganam.
NA LÍNGUA CULTA
Maior preocupação com a pronúncia: Nós, vocês, 
está bom, não vou, não quer ...
Uso menos comum desses termos.
Predominância no uso da forma “nós”. Ex: Nós sem-
pre estudamos muito. 
Utilização de marcas de concordância. Ex: Os meni-
nos vão bem.
Maior uniformidade no uso das pessoas gramatic-
ais. Ex: Você sabe que o enganam.
Norma culta: Aquela utilizada em situações for-
mais, é ensinada nas escolas e utilizada em escri-
tas oficiais (jornais, revistas, redações de vestib-
ulares, documentos), a fim de garantir que todos 
compreendam o que é de interesse coletivo. Por 
isso, é a norma de maior prestígio e deve ser usa-
da na redação do ENEM.
Variações linguísticas: As demais formas de falar 
existentes na língua são estabelecidas de acor-
do com as condições sociais, culturais, regionais, 
econômicas e históricas de seus falantes. Essas 
variantes, às vezes rejeitadas pelos que dominam 
a norma culta, são válidas desde que respeitem 
os interlocutores, os quais precisam se entender. 
Ou seja, o mais importante é que locutor e inter-
locutor entendam um ao outro de forma plena, 
sem ambiguidades.
14
12- “Acuenda o Pajubá”: conheça o “dialeto se-
creto” utilizado por gays e travestis
Com origem no iorubá, linguagem foi adotada por 
travestis e ganhou a comunidade
“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu 
acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!” 
Entendeu as palavras dessa frase? Se sim, é 
porque você manja alguma coisa de pajubá, o “di-
aleto secreto” dos gays e travestis.
Adepto do uso das expressões, mesmo nos 
ambientes mais formais, um advogado afirma: “É 
claro que eu não vou falar durante uma audiência 
ou numa reunião, mas na firma, com meus cole-
gas de trabalho, eu falo de ‘acué’ o tempo inteiro”, 
brinca. “A gente tem que ter cuidado de falar out-
ras palavras porque hoje o pessoal já entende, 
né? Tá na internet, tem até dicionário…”, comenta.
O dicionário a que ele se refere é o Aurélia, 
a dicionária da Ungua afíada, lançado no ano de 
2006 e escrito pelo jornalista Angelo Vip e por 
Fred Libi. Na obra, há mais de 1 300 verbetes rev-
elando o significado das palavras do pajubá.
Não se sabe ao certo quando essa lingua-
gem surgiu, mas sabe-se que há claramente uma 
relação entre o pajubá e a cultura africana, numa 
costura iniciada ainda na época do Brasil colonial.
Disponível em: www.midiamax.com.br. 
Acesso em: 4 abr. 2017 (adaptado)
Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha status 
de dialeto, caracterizando-se como elemento de 
patrimônio linguístico, especialmente por:
A) ter mais de mil palavras conhecidas.
B) ter palavras diferentes de uma linguagem se-
creta.
C) ser consolidado por objetos formais de regis-
tro.
D) ser utilizado por advogados em situações for-
mais.
E) ser comum em conversas no ambiente de tra-
balho.
COMENTÁRIO: O pajubá ganha status de diale-
to por ter sido consolidado em um dicionário: 
Aurélia, dicionário da língua afiada. Isso é con-
firmado quando se repara um registro consoli-
dado num dicionário. Alternativa C.
13-
— Famigerado?
— Famigerado é “inóxio”, é “célebre”, “notório”, 
“notável”…
— Vosmecê mal não veja emminha grossaria no 
não entender. Mais me diga: é desaforado? É 
caçoável? É de arrenegar? Farsância? Nome 
de ofensa? 
— Vilta nenhuma, nenhum doesto. São ex-
pressões neutras, de outros usos…
— Pois… e o que é que é, em fala de pobre, lin-
guagem de em dia de semana? 
— Famigerado? Bem. É: “importante”, que merece 
louvor, respeito. 
(ROSA, Guimarães. Famigerado. in: Primeiras es-
tórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. )
Nesse texto, a associação de vocábulos da lín-
gua portuguesa a determinados dias da semana 
remete ao: 
A) local de origem dos interlocutores.
B) estado emocional dos interlocutores.
C) grau de coloquialidade da comunicação.
D) nível de intimidade entre os interlocutores.
E) conhecimento compartilhado na comunicação.
15
COMENTÁRIO: A questão exige do candidato 
o conhecimento sobre adequação da lingua-
gem à situação em que ela é produzida. O leitor 
percebe facilmente que os interlocutores têm 
grau de instrução diferentes e não pertencem 
ao mesmo grupo social. Isso se evidencia no 
uso metafórico do termo “linguagem de em dia 
de semana”, tecendo analogia com o uso de 
roupas comuns, usadas no dia a dia, compara-
dos a linguagem simples, sem rebuscamentos. 
Alternativa B.
14- A utilização de determinadas variedades linguísti-
cas em campanhas educativas tem a função de atingir 
o público-alvo de forma mais direta e eficaz. No caso 
desse texto, identifica-se essa estratégia pelo (a):
A) discurso formal da língua portuguesa.
B) registro padrão próprio da língua escrita.
C) seleção lexical restrita à esfera da medicina.
D) fidelidade ao jargão da linguagem publicitária.
E) uso de marcas linguísticas típicas da oralidade.
COMENTÁRIO: Por se tratar de uma publicidade 
produzida pelo Ministério da Saúde e publicada 
na rede social Facebook, a linguagem utilizada 
é uma representação da oralidade para tentar 
atingir a maior quantidade possível de interloc-
utores sobre o uso do açúcar com expressões 
como “já está acostumado” e “está difícil”. Al-
ternativa E.
15- Mandinga — Era a denominação que, no perío-
do das grandes navegações, os portugueses 
davam à costa ocidental da África. A palavra se 
tornou sinônimo de feitiçaria porque os explora-
dores lusitanos consideram bruxos os africanos 
que ali habitavam — é que eles davam indicações 
sobre a existência de ouro na região. Em idioma 
nativo, manding designava terra de feiticeiros. A 
palavra acabou virando sinônimo de feitiço, sor-
tilégio.
(COTRIM, M. O pulo do gato 3. São Paulo: Geração 
Editorial, 2009. Fragmento)
No texto, evidencia-se que a construção do sig-
nificado da palavra mandinga resulta de um (a):
A) contexto sócio histórico.
B) diversidade técnica.
C) descoberta geográfica.
D) apropriação religiosa.
E) contraste cultural.
COMENTÁRIO: Toda língua natural modifica-se 
com o tempo: mudam o modo de falar, a ma-
neira de estruturar as frases, o vocabulário e, 
muitas vezes, o significado das palavras. Alter-
nativa A.
7- ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO / FUNÇÕES DA 
LINGUAGEM 
Elementos da comunicação
Ao elaborarmos qualquer texto, oral ou 
escrito, precisamos ter em mente que estamos 
tentando estabelecer uma comunicação com al-
guém. Esse texto sempre apresenta alguém que 
o elabora, o emissor / locutor, e alguém que o lê, 
o receptor / interlocutor. O que o emissor / lo-
cutor escreve / fala é a mensagem. O elemento 
que conduz o discurso para o receptor é o canal 
(no nosso caso, o canal é o papel). Os fatos, os 
objetos ou imagens, os juízos ou raciocínios que 
o emissor expõe ou sobre os quais discorre con-
stituem o referente. A língua que o emissor utiliza 
16
(no nosso caso, obrigatoriamente, a língua portu-
guesa) constitui o código.
Assim, por meio de um canal, o emissor 
transmite ao receptor, em um código comum, 
uma mensagem, que se reporta a um contexto 
ou referente.
Elementos da comunicação: Eles são impre-
scindíveis para que uma comunicação se efetive.
Emissor – quem emite a mensagem.
Receptor – quem recebe a mensagem.
Mensagem – o conjunto de informações trans-
mitidas.
Código – a combinação de signos usados para 
transmitir uma mensagem. A comunicação só 
acontece se o receptor souber decodificar a 
mensagem, a qual pode ser verbal, não-verbal ou 
mista.
Canal de Comunicação – é o meio pelo qual a 
mensagem é transmitida (livro, TV, cordas vo-
cais...)
Contexto – a situação a que a mensagem se ref-
ere, também chamado de referente.
Ruído - qualquer elemento que interfira no pro-
cesso da transmissão de uma mensagem de um 
emissor para um receptor. Os ruídos podem ser 
resultados de elementos internos e externos.
Funções da linguagem
A ênfase num elemento do circuito de co-
municação determina a função de linguagem que 
lhe corresponde:
Cada um desses seis elementos determina 
uma função de linguagem. Raramente se encon-
tram mensagens em que haja apenas uma; na 
maioria das vezes o que ocorre é uma hierarquia 
de funções em que predomina ora uma, ora outra. 
A classificação das funções da linguagem 
depende das relações estabelecidas entre elas 
e os elementos do circuito da comunicação. Es-
quematicamente, temos:
As funções da linguagem podem ajudar na 
eficiência da comunicação, visto que são muito 
úteis na análise e produção de enunciados.
a) Função Poética – É centrada no discurso 
(mensagem), que pode ser sugestivo, conotativo, 
musical e metafórico. É usada em textos literári-
os, principalmente em poesia, mas também pode 
ser empregada em textos em prosa.
Preocupa-se com o plano de expressão da 
mensagem, com sua construção. Uso da lingua-
gem figurada, poética, afetiva, sugestiva, denota-
tiva e metafórica, com fuga das formas comuns. 
Procura atrair pela estética, pela beleza. Valori-
za-se a combinação das palavras.
Exemplo:
17
b) Função Referencial ou denotativa – É cen-
trada na informação, no referente. Transmite um 
dado da realidade com linguagem objetiva, direta 
e denotativa. É usada em matérias jornalísticas.
Certamente a mais comum e mais usada no 
dia a dia, a função referencial ou informativa, tam-
bém chamada denotativa ou cognitiva, privilegia 
o contexto. Ela evidencia o assunto, o objeto, os 
fatos, os juízos. É a linguagem da comunicação. 
Faz referência a um contexto, ou seja, a uma in-
formação sem qualquer envolvimento de quem a 
produz ou de quem a recebe. Sua intenção é uni-
camente informar. É a linguagem das redações 
escolares, principalmente das dissertações, das 
narrações não-fictícias e das descrições objeti-
vas. Caracteriza também o discurso científico, o 
jornalístico e a correspondência comercial.
Exemplo:
c) Função Apelativa ou Conativa – É centrada no 
interlocutor (receptor) e tem como objetivo influ-
enciar seu comportamento. Os verbos aparecem 
no imperativo e também são utilizados vocativos.
A função conativa é aquela que busca 
mobilizar a atenção do receptor, produzindo um 
apelo ou uma ordem. Pode revelar uma vontade 
(“Por favor, eu gostaria que você se retirasse.”), ou 
imperativa, que é a característica fundamental da 
propaganda. 
Exemplo:
18
d) Função Emotiva ou Expressiva – O foco dessa 
função é o próprio emissor, que revela opiniões e 
emoções na primeira pessoa do singular. 
Quando há ênfase no emissor (lª pessoa) e 
na expressão direta de suas emoções e atitudes, 
temos a função emotiva, também chamada ex-
pressiva. Ela é linguisticamente representada por 
interjeições, adjetivos, signos de pontuação tais 
como exclamações, reticências.
As canções populares amorosas, as nove-
las e qualquer expressão que deixe transparecer 
o estado emocional do emissor também perten-
cem à função emotiva.
Exemplos:
e) Função Fática – Tem por objetivo iniciar, pro-
longar ou encerrar um contato. Se a ênfase está 
no canal, para checar sua recepção ou para man-
ter a conexão entre os falantes, temos a função 
fática.
f) Função Metalinguística – Concentra-se no 
texto (código) e utiliza-o para falar dele mesmo. 
A função metalinguística é a mensagem 
que fala de sua própria produçãodiscursiva. Um 
livro convertido em filme apresenta um proces-
so de metalinguagem, uma pintura que mostra o 
próprio artista executando a tela, um poema que 
fala do ato de escrever, um conto ou romance 
19
que discorre sobre a própria linguagem etc. são 
igualmente metalinguísticos. O dicionário é met-
alinguístico por excelência.
Exemplos:
RESUMINDO 16- A imagem da negra e do negro em produtos 
de beleza e a estética do racismo.
Resumo: Este artigo tem por finalidade discutir 
a representação da população negra, especial-
mente da mulher negra, em imagens de produtos 
de beleza presentes em comércios do nordeste 
goiano. Evidencia-se que a presença de es-
tereótipos negativos nessas imagens dissemina 
um imaginário racista apresentado sob a forma 
de uma estética racista que camufla a exclusão 
e normaliza a inferiorização sofrida pelos (as) 
negros (as) na sociedade brasileira. A análise do 
material imagético aponta a desvalorização es-
tética do negro, especialmente da mulher negra, 
e a idealização da beleza e do branqueamento a 
serem alcançados por meio do uso dos produtos 
apresentados. O discurso midiático-publicitário 
dos produtos de beleza rememora e legitima a 
prática de uma ética racista construída e atuante 
no cotidiano. Frente a essa discussão, sugere-se 
que o trabalho antirracismo, feito nos diversos 
espaços sociais, considere o uso de estratégias 
para uma “descolonização estética” que empo-
dere os sujeitos negros por meio de sua valori-
zação estética e protagonismo na construção de 
uma ética da diversidade.
Palavras-chave: Estética, racismo, mídia, edu-
cação, diversidade.
SANT’ANA, J. A imagem da negra e do negro em produtos de bele-
za e a estética do racismo. Dossiê: trabalho e educação básica. 
Margens Interdisciplinar. Versão digital. Abaetetuba, n.16,jun. 2017 
(adaptado).
20
O cumprimento da função referencial da lingua-
gem é uma marca característica do gênero re-
sumo de artigo acadêmico. Na estrutura desse 
texto, essa função é estabelecida pela:
A) impessoalidade, na organização da objetivi-
dade das informações, como em “Este artigo 
tem por finalidade” e “Evidencia-se”.
B) seleção lexical, no desenvolvimento sequen-
cial do texto, como em “imaginário racista” e 
“estética do negro”.
C) metaforização, relativa à construção dos sen-
tidos figurados, como nas expressões “de-
scolonização estética” e “discurso midiáti-
co-publicitário”.
D) nominalização, produzida por meio de proces-
sos derivacionais na formação de palavras, 
como “inferiorização” e “desvalorização”.
E) adjetivação, organizada para criar uma termi-
nologia antirracista, como em “ética da diver-
sidade” e “descolonização estética”.
COMENTÁRIO: A função referencial tem como 
foco o contexto de produção da mensagem, 
além de ter como forma a objetividade da lin-
guagem. O texto pode ser considerado referen-
cial pelo uso da linguagem denotativa. Alterna-
tiva A.
17-
As atrizes
Naturalmente
Ela sorria
Mas não me dava trela
Trocava a roupa
Na minha frente
E ia bailar sem mais aquela
Escolhia qualquer um
Lançava olhares
Debaixo do meu nariz
Dançava colada
Em novos pares
Com um pé atrás
Com um pé a fim
–
Surgiram outras
Naturalmente
Sem nem olhar a minha Cara
Tomavam banho
Na minha frente
Para Sair com outro cara
Porém nunca me importei
Com tais amantes
(…)
com tantos filmes
Na minha mente
É natural que toda atriz
Presentemente represente
Muito para mim
CHICOBUARQUE Carioca, Rio de Janeiro Biscoito 
Fino, 2006 (fragmento)
 
Na Canção, Chico Buarque trabalha uma de-
terminada função da linguagem para marcar a 
subjetividade do eu lírico ante as atrizes que ele 
admira. A intensidade dessa admiração está mar-
cada em:
A) “Naturalmente. Ela sorria/ Mas não me dava 
trela”
B) “Tomavam banho/ Na minha frente/ Para sair 
com outro Cara”.
C) “Surgiram outras Naturalmente/ Sem nem ol-
har a minha Cara”.
D) “Escolhia qualquer um/Lançava olhares / De-
baixo do meu nariz”.
E) “É natural que toda atriz Presentemente repre-
sente/ Muito para mim”.
COMENTÁRIO: A marca de subjetividade en-
contra-se no emprego da 1ª pessoa (eu poético/ 
eu lírico) e na emoção manifesta na expressão 
“muito para mim”, configurando a função emoti-
va. Alternativa E.
18-
Ler não é decifrar, como num jogo de ad-
ivinhações, o sentido de um texto. É, a partir 
do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, 
conseguir relacioná-lo a todos os outros textos 
significativos para cada um, reconhecer nele o 
tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono 
da própria vontade, entregar-se a essa leitura, 
ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra 
não prevista.
(LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do 
21
mundo. São Paulo: Ática, 1993)
Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre 
o processo de produção de sentidos, valendo-se 
da metalinguagem. Essa função da linguagem 
torna-se evidente pelo fato de o texto:
A) ressaltar a importância da intertextualidade.
B) propor leituras diferentes das previsíveis.
C) apresentar o ponto de vista da autora.
D) discorrer sobre o ato da leitura.
E) focar a participação do leitor.
COMENTÁRIOS: O texto utilizado na questão 
é metalinguístico, pois explica o ato da leitura, 
ou seja, usa-se aquela função que serve para 
dar explicações ou tornar a informação ainda 
mais precisa. Alternativa D.
19-
TEXTO I
Fundamentam-se as regras da Gramática Nor-
mativa nas obras dos grandes escritores, em cuja 
linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal 
de perfeição, porque nela é que se espelha o que 
o uso idiomático estabilizou e consagrou.
LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portu-
guesa, Rio de Janeiro José Olympio, 1989
TEXTO II
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. 
As palavras são para mim corpos tocáveis, sere-
ias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez 
porque a sensualidade real não tem para mim in-
teresse de nenhuma espécie – nem sequer men-
tal ou de sonho -, transmudou-se-me o desejo 
para aquilo que em mim Cria ritmos Verbais, ou a 
escuta de Outros. Estremeço se dizem bem. Tal 
página de Fialho, tal página de Chateaubriand, 
fazem formigar toda a minha vida em todas as 
veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de 
um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, 
até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia 
sintáctica, me faz tremer como um ramo ao ven-
to, num delírio passivo de coisa movida.
PESSOA, F. O livro do desassossego São Paulo 
Brasiliense, 1986
A linguagem cumpre diferentes funções no pro-
cesso de comunicação. A função que predomina 
nos textos I e II:
A) destaca o “como” se elabora a mensagem, 
Considerando-se a seleção, Combinação e 
sonoridade do texto.
B) Coloca o foco no “Com o quê” se constrói a 
mensagem, sendo o código utilizado o seu 
próprio objeto.
C) focaliza o “quem” produz a mensagem, 
mostrando seu posicionamento e suas im-
pressões pessoais.
D) O orienta-se no “para quem” se dirige a men-
sagem, estimulando a mudança de seu com-
portamento.
E) enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apre-
sentada com palavras precisas e objetivas.
COMENTÁRIO: O texto I trata das regras da 
Gramática Normativa na obra de grandes escri-
tores. Já o texto II, de Fernando Pessoa, revela 
a emoção ao se fazer a leitura de grandes es-
critores “os retornos verbais”, “na sua fria per-
feição de engenharia sintática, me faz tremer 
...”. Essas características fazem os textos serem 
considerados metalinguísticos, uma vez que o 
código utiliza seu próprio objeto. Alternativa B.
20- Deficientes visuais já podem ir a algumas 
salas de cinema e teatros para curtir, em maior 
intensidade, as atrações em cartaz. Quem ajuda 
na tarefa é o aplicativo Whatscine, recém-che-
gado ao Brasil e disponível para os sistemas 
operacionais iOS (Apple) ou Android (Google). Ao 
ser conectado à rede wi-fi de cinemas e teatros, 
o app sincroniza um áudio que descreve o que 
ocorre na tela ou no palco com o espetáculo em 
andamento: o usuário, então, podeouvir a nar-
ração em seu celular.
O programa foi desenvolvido por pesquisadores 
da Universidade Carlos III, em Madri. “Na Es-
panha, 200 salas de cinema já oferecem o recur-
so e filmes de grandes estúdios já são exibidos 
com o recurso do Whatscine!”, diz o brasileiro 
Luis Mauch, que trouxe a tecnologia para o país. 
“No Brasil, já fechamos parceria com a São Paulo 
Companhia de Dança para adaptar os espetácu-
22
los deles! Isso já é um avanço. Concorda?”
Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 
25 jun.2014 (adaptado).
Por ser múltipla e apresentar peculiaridades de 
acordo com a intenção do emissor, a linguagem 
apresenta funções diferentes. Nesse fragmen-
to, predomina a função referencial da linguagem, 
porque há a presença de elementos que:
A) buscam convencer o leitor, incitando o uso do 
aplicativo.
B) definem o aplicativo, revelando o ponto de vis-
ta da autora.
C) evidenciam a subjetividade, explorando a en-
tonação emotiva.
D) expõem dados sobre o aplicativo, usando lin-
guagem denotativa.
E) objetivam manter um diálogo com o leitor, 
recorrendo a uma indagação.
COMENTÁRIO: A função referencial é chamada 
de denotativa porque tem por objetivo informar. 
Alternativa D.
8- DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação – é o sentido literal, objetivo da pa-
lavra. Costuma-se dizer que é o sentido do di-
cionário e objetiva transmitir uma mensagem 
ao receptor de forma objetiva e clara, evitando 
equívocos na interpretação e desempenhando 
uma função estritamente prática e utilitária. Por 
essas razões, esse tipo de linguagem é muito uti-
lizado em textos referenciais, informativos.
Conotação – é o uso de palavras no sentido fig-
urado, ou seja, que podem ter diferentes signifi-
cados de acordo com o contexto. Assim, textos 
construídos utilizando conotações requerem 
maior habilidade de interpretação. Por isso, esse 
tipo de linguagem é própria de textos emotivos, 
poéticos e conativos.
23
21-
 
O humor presente na tirinha decorre principal-
mente do fato de a personagem Mafalda
A) atribuir, no primeiro quadrinho, poder ilimitado 
ao dedo indicador.
B) considerar seu dedo indicador tão importante 
quanto o dos patrões.
C) atribuir, no primeiro e no último quadrinhos, um 
mesmo sentido ao vocábulo “indicador”.
D) usar corretamente a expressão “indicador de 
desemprego”, mesmo sendo criança.
E) atribuir, no último quadrinho, fama exagerada 
ao dedo indicador dos patrões.
COMENTÁRIO: Mafalda faz uma analogia entre 
o uso do dedo indicador, que metaforicamente 
é símbolo de autoritarismo, e um elemento da 
análise da situação econômica de um país, o 
indicador de desemprego. Ela atribuiu um mes-
mo sentido ao vocábulo “indicador”, embora ele 
possa ser empregado com diferentes significa-
dos de acordo com o contexto. Alternativa C.
9- FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de linguagem são recursos estilísticos 
utilizados no nível dos sons, das palavras, das 
estruturas sintáticas ou do significado para dar 
maior valor expressivo à linguagem.
 
→ Figuras sonoras
Em contextos diferentes, os falantes sentem 
a necessidade de explorar sons para produzir 
feitos de sentido. O uso mais frequente de alguns 
desses efeitos sonoros fez com que passassem 
a designar figuras de linguagem específicas. 
A) Onomatopeia - palavras especiais criadas para 
representar sons específicos (“vozes” de animais, 
ruídos associados a determinadas emoções e 
comportamentos humanos, barulhos da nature-
za, etc.).
B) Aliteração - repetição de um mesmo som con-
sonantal.
 
Segue o seco
[...] A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
24
Segue o seco sem sacar que o 
caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que seco é o Ser Sol
Sem sacar que algum espinho seco 
secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino secará [...]
Brown, Carlinhos e Monte, Marisa. Segue o seco. 
Disponível em: <http://marisa-monte.letras.terra.
com.br/letras/47294/>. Acesso em: 8 dez. 2005.
 
C) Assonância - repetição de sons vocálicos.
Sugar Cane Fields Forever
[...] Sou um mulato nato
No sentido lato
Mulato democrático do litoral [...]
Veloso, Caetano. Sugar Cane Fields Forever. Disponível em: <www.
caetanoveloso.com.br>. Acesso em: 8 dez. 2005.
D) Paronomásia - semelhança sonora e gráfica 
entre palavras de significados distintos (parôn-
imos). Exemplo: eminente (superior) / iminente 
(prestes a acontecer, próximo).
 
Menina, amanhã de manhã
(o sonho voltou)
[...] Menina, a felicidade
é cheia de graça
é cheia de lata
é cheia de praça
é cheia de traça.
Menina, a felicidade
é cheia de pano
é cheia de pena
é cheia de sino
é cheia de sono.
Menina, a felicidade
é cheia de ano
é cheia de Eno
é cheia de hino
é cheia de ONU.[...]
Tom Zé e Perna. Menina, amanhã de manhã (o 
sonho voltou). In: ________ et al. Aquela canção: 
12 contos para 12 músicas. São Paulo: Publifolha, 
2005. p. 154. (Fragmento adaptado).
→ Figuras de palavra
Quando usamos uma palavra em um contexto 
pouco esperado, ela pode adquirir um novo sen-
tido. Alguns deslocamentos de contexto são tão 
frequentes na língua, que passaram a ser recon-
hecidos como recursos de estilo chamados de 
figuras de palavra.
A) Metonímia
A metonímia ocorre quando uma palavra é uti-
lizada em lugar de outra, para designar algo que 
mantém uma relação de “proximidade” (contigui-
dade) com o referente da palavra substituída.
Há várias situações em que isso pode ocor-
rer. Algumas das relações que levam a um uso 
metonímico de alguma palavra ou expressão 
ocorrem quando se toma:
• a parte pelo todo: Ele tem duzentas cabeças de 
gado em sua fazenda.
• o continente pelo conteúdo: João é bom de 
garfo.
• o autor pela obra: Sempre que tenho alguma 
dúvida, recorro ao Houaiss.
• a marca pelo produto: Você me empresta o du-
rex?
B) Antonomásia ou perífrase - identificação de 
25
uma pessoa não por seu nome, mas por uma 
característica ou atributo que a distingue das 
demais. Exemplo: Castro Alves, o Poeta dos Es-
cravos.
C) Comparação (símile) - quando elementos de 
universos diferentes são aproximados por meio 
de um termo específico (como, feito, tal qual, qual, 
assim como, tal, etc.).
D) Metáfora – É uma comparação sem o elemen-
to comparativo.
 
E) Catacrese - na falta de uma palavra específica 
para designar determinado objeto, utiliza-se uma 
outra a partir de alguma semelhança conceitual.
→ Figuras de sintaxe (ou de construção)
Nem sempre os textos apresentam frases estru-
turadas do modo esperado. É frequente ocorre-
rem inversões, omissões e repetições que levam 
a uma maior expressividade. As alterações inten-
cionais das estruturas sintáticas são chamadas 
de figuras de sintaxe.
A) Elipse - sempre que o termo omitido puder ser 
identificado a partir do contexto criado pelo texto, 
tem-se uma figura de sintaxe denominada elipse.
26
B) Zeugma - ocorre quando o termo omitido em 
um enunciado foi utilizado anteriormente.
C) Polissíndeto - coordenação de vários termos 
da oração por meio de conjunções, especial-
mente as aditivas (e, nem).
[...] Comíamos. Como uma horda de 
seres vivos, cobríamos gradualmente 
a terra. Ocupados como quem lavra a 
existência, e planta, e colhe, e mata, e 
vive, e morre, e come. 
Lispector, Clarice. A repartição dos pães. Felicidade 
clandestina.
Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 90. (Fragmento).
D) Pleonasmo - o desejo de enfatizar uma ideia 
leva à utilização de palavras ou expressões que, à 
primeira vista, pareceriam desnecessárias.
“Vi, claramente visto, o lume vivo”
Camões, Luís Vaz de. Canto quinto. Os lusíadas. 
Belo Horizonte: Itatiaia, 1990. p. 193. (Fragmento).
→ Figuras de pensamento
Além do trabalho com a linguagem nos níveis 
sonoro, lexical e sintático, também temos a pos-
sibilidade de provocar alterações no plano do 
significado (semântico). Quando manipulamos 
intencionalmente o sentido das palavras e ex-
pressões criamos figuras de pensamento.
A) Hipérbole – é um exagero.
B) Eufemismo – uso de termos que atenuam pa-
lavras ou expressõesdesagradáveis.
C) Prosopopeia – atribuir características hu-
manas a animais e objetos inanimados.
27
(ascendente ou descendente), surge a figura de 
pensamento chamada gradação.
G) Ironia – Consiste no emprego de uma palavra 
ou expressão com sentido diferente e até con-
trário ao habitual. Geralmente provoca um humor 
sutil.
D) Antítese - associação de ideias contrárias, 
por meio de palavras ou enunciados de sentido 
oposto
E) Paradoxo - associação de termos contraditóri-
os, inconciliáveis, a fim de criar um novo sentido.
A diferença entre a antítese e o paradoxo pode 
ser constatada quando observamos que os ter-
mos contraditórios, no paradoxo, referem-se a 
uma mesma ideia. No caso da antítese, temos 
duas ideias que se opõem.
F) Gradação - Quando criamos uma sequência de 
palavras ou expressões criando uma progressão 
28
22-
O nome do inseto pirilampo (va-
ga-lume) tem uma interessante cer-
tidão de nascimento. De repente, 
no fim do século XVII, os poetas de 
Lisboa repararam que não podiam 
cantar o inseto luminoso, apesar de 
ele ser um manancial de metáforas, 
pois possuía um nome “indecoroso” 
que não podia ser “usado em papéis 
sérios”: caga-lume. Foi então que o 
dicionarista Raphael Bluteau inven-
tou a nova palavra, pirilampo, a partir 
do grego pyr, significando “fogo”, e 
lampas, “candeia”.
(FERREIRA, M.B. Caminhos do português: ex-
posição comemorativa do ano europeu das lín-
guas. Portugal: Biblioteca Nacional, 2001)
O texto descreve a mudança ocorrida na no-
meação do inseto, por questões de tabu linguísti-
co. Esse tabu diz respeito à:
A) recuperação histórica do significado.
B) ampliação do sentido de uma palavra.
C) produção imprópria de poetas portugueses.
D) denominação científica com base em termos 
gregos.
E) restrição ao uso de um vocábulo pouco aceito 
socialmente.
COMENTÁRIO: Ao utilizar a expressão “tabu 
linguístico” no enunciado e “vocábulo pouco 
aceito socialmente” em uma das alternativas, 
usa-se o eufemismo. Esse recurso linguístico 
tem por objetivo suavizar uma mensagem que 
pode ser vista como desagradável. Um out-
ro ponto que aparece na questão – ainda que 
muito sutilmente – é a variação histórica da 
língua portuguesa. Toda língua natural modifi-
ca-se com o tempo: mudam o modo de falar, a 
maneira de estruturar as frases, o vocabulário 
e, muitas vezes, o significado das palavras. Al-
ternativa E.
23-
Em casa, Hideo ainda podia seguir fiel 
ao imperador japonês e às tradições 
que trouxera no navio que aportara 
em Santos. […] Por isso Hideo exigia 
que, aos domingos, todos estives-
sem juntos durante o almoço. Ele 
se sentava à cabeceira da mesa; à 
direita, ficava Hanashiro, que era o 
primeiro filho, e Hitoshi, o segundo, 
e à esquerda, Haruo, depois Hiroshi, 
que era o mais novo. […] A esposa, 
que também era mãe, e as filhas que 
também eram irmãs, aguardavam de 
pé ao redor da mesa […]. Haruo rec-
lamava, não se cansava de reclamar: 
que se sentassem também as mul-
heres à mesa, que era um absurdo 
aquele costume. Quando se casa-
sse, se sentariam à mesa a esposa 
e o marido, um em frente ao outro, 
porque não era o homem melhor do 
que a mulher para ser o primeiro […]. 
Elas seguiam de pé, a mãe um pouco 
cansada dos protestos do filho, pois 
o momento do almoço era sagrado, 
não era hora de levantar bandeiras 
inúteis […].
(NAKASATO, O. Nihonjin. São Paulo: Benvirá, 2011)
Referindo-se a práticas culturais de origem 
nipônica, o narrador registra as reações que elas 
provocam na família e mostra um contexto em 
que:
29
A) a obediência ao imperador leva ao prestígio 
pessoal.
B) as novas gerações abandonam seus antigos 
hábitos.
C) a refeição é o que determina a agregação fa-
miliar.
D) os conflitos de gênero tendem a ser neutral-
izados.
E) o lugar à mesa metaforiza as relações de poder.
COMENTÁRIO: De acordo com a narrativa, na 
sociedade japonesa, mulheres exercem função 
social inferior à dos homens. Isso é demonstra-
do por meio da descrição de uma cena em 
que o pai e os filhos fazem a refeição primeiro. 
A metáfora é uma figura de linguagem descrita 
nas gramáticas como a “transferência de um 
termo para uma esfera de significação que não 
é a sua, em virtude de uma comparação im-
plícita”. O fragmento apresentado na questão 
apresenta metaforicamente, simbolicamente 
as relações de poder entre homens e mulheres 
naquela cultura. Alternativa E.
24- Os meios de comunicação podem contribuir 
para a resolução de problemas sociais, entre os 
quais o da violência sexual infantil. Nesse sentido, 
a propaganda usa a metáfora do pesadelo para:
A) informar crianças vítimas de violência sexual 
sobre os perigos dessa prática, contribuindo 
para erradicá-la.
B) denunciar ocorrências de abuso sexual contra 
meninas, com o objetivo de colocar crimino-
sos na cadeia.
C) dar a devida dimensão do que é abuso sexual 
para uma criança, enfatizando a importância 
da denúncia.
D) destacar que a violência sexual infantil pre-
domina durante a noite, o que requer maior 
cuidado dos responsáveis nesse período.
E) chamar a atenção para o fato de o abuso in-
fantil durante o sono, sendo confundido por 
algumas crianças com um pesadelo.
COMENTÁRIO: O recurso expressivo foi explic-
itado no enunciado da questão: metáfora. A fig-
ura de linguagem é utilizada de duas maneiras: 
por meio do texto verbal (“… Pesadelo chega an-
tes do sono”) e do texto não verbal (o monstro 
disforme usado como ilustração). Alternativa C.
25-
Quem procura a essência de um con-
to no espaço que fica entre a obra e 
seu autor comete um erro: é muito 
melhor procurar não no terreno que 
fica entre o escritor e sua obra, mas 
justamente no terreno que fica entre 
o texto e seu leitor.
OZ, A. De amor e trevas. São Paulo: Cia. das Letras, 
2005 (fragmento).
A progressão temática de um texto pode ser es-
truturada por meio de diferentes recursos coe-
sivos, entre os quais se destaca a pontuação. 
Nesse texto, o emprego dos dois pontos carac-
teriza uma operação textual realizada com a fi-
nalidade de:
A) comparar elementos opostos.
B) relacionar informações gradativas.
C) intensificar um problema conceitual.
D) introduzir um argumento esclarecedor.
E) assinalar uma consequência hipotética.
COMENTÁRIO: Os dois pontos realmente abrem 
um esclarecimento sobre o primeiro período, 
funcionando como uma explicação sobre onde 
procurar a essência da obra. Alternativa D
30
intenções comunicativas semelhantes. 
Cada gênero textual pode ser diferenciado visual-
mente ou em conteúdo por suas características. 
Algumas delas são a situação, o assunto, a lin-
guagem e o papel dos interlocutores. 
Por exemplo, uma notícia e uma reportagem são 
gêneros textuais com intenções comunicativas 
próximas. Contudo, uma anedota e um manual 
de instruções possuem intenções comunicativas 
muito diferentes.
Não é possível definir quantos gêneros textuais 
existem, até porque eles vão surgindo com as 
nossas necessidades de comunicação. Por isso, 
abaixo, segue uma tabela que ilustra os tipos tex-
tuais (grandes grupos com características espe-
cíficas) e os principais gêneros textuais (grupos 
com maiores especificidades dentro dos tipos 
textuais).
26-
Dia 20/10
É preciso não beber mais. Não é pre-
ciso sentir vontade de beber e não 
beber: é preciso não sentir vontade 
de beber. É preciso não dar de com-
er aos urubus. É preciso fechar para 
balanço e reabrir. É preciso não dar 
de comer aos urubus. Nem esper-
anças aos urubus. É preciso sacudir 
a poeira. É preciso poder beber sem 
se oferecer em holocausto. É preciso. 
É preciso não morrer por enquanto. É 
preciso sobreviver para verificar. Não 
pensar mais na solidão de Rogério e 
deixá-lo. É preciso não dar de com-
er aos urubus. É preciso enquanto é 
tempo não morrer na via pública.
TORQUATO NETO. In: MENDONÇA, J. (Org.) Poe-
sia (im)popular brasileira. São Bernardo do Campo: 
Lamparina Luminosa, 2012.
O processo de construção do texto formata uma 
mensagem por ele dimensionada,uma vez que:
A) configura o estreitamento da linguagem poéti-
ca.
B) reflete as lacunas da lucidez em descon-
strução.
C) projeta a persistência das emoções reprimidas.
D) repercute a consciência da agonia antecipada.
E) revela a fragmentação das relações humanas.
COMENTÁRIO: A repetição regular da frase “é 
preciso”, característica da figura de linguagem 
anáfora, reforça a ideia da agonia vivida pelo eu 
poético antes da morte. Alternativa D.
10-GÊNEROS TEXTUAIS
Orais ou escritos, os textos, mesmo diferentes 
entre si, podem apresentar pontos convergentes. 
São essas relações de diferenças e semelhan-
ças que moldam os diferentes gêneros textuais. 
Assim, os gêneros textuais podem ser definidos 
como as diferentes formas de linguagem em-
pregadas em textos. Isso se configura em man-
ifestações socialmente reconhecidas, as quais 
exercem funções sociais específicas e alcançam 
31
27-
FILHA DO COMPOSITOR PAULO LEMINS-
KI LANÇA DISCO COM SUAS CANÇÕES
“Leminskanções” dá novos arranjos a 24 
composições do poeta Frequentemente, 
a cantora e composta Estrela Ruiz é ques-
tionada sobre a influência da poesia de seu 
pai, Paulo Leminski, na música que ela pro-
duz. “A minha infância foi música, música, 
música”, responde veementemente, lem-
brando que, antes de poeta, Leminski era 
compositor. Estrela frisa a faceta musical 
do pai em Leminskanções. Duplo, o álbum 
somo Essa noite vai ter sol, com 13 com-
posições assinadas apenas por Leminski, e 
Se nem for terra, se transformar, que tem 
11 parcerias com nomes como sua mulher, 
Alice Ruiz, com quem compôs uma única 
faixa, Itamar Assumpção e Moraes Moreira.
BOMFIM, M. Disponível em: http://cultura.estadao.com.br. 
Acesso em: 2 ago. 2014. Adaptado.
Os gêneros textuais são caracterizados por meio 
de seus recursos expressivos e suas intenções 
comunicativas. Esse texto enquadra-se no gêne-
ro:
A) biografia, por fazer referência à vida da artista.
B) relato, por trazer o depoimento da filha do ar-
tista.
C) notícia, por informar ao leitor sobre o lança-
mento do disco.
D) resenha, por apresentar as características do 
disco.
E) reportagem, por abordar peculiaridades sobre 
a vida da artista.
COMENTÁRIO: O texto em análise visa 
a apresentar informações acerca do 
lançamento do álbum “Leminskanções”. 
É, portanto, uma notícia. Alternativa C.
28-
MAIS BIG DO QUE BANG
A comunidade científica mundial recebeu, 
na semana passada, a confirmação oficial 
de uma descoberta sobre a qual se falava 
com enorme expectativa há alguns meses. 
Pesquisadores do Centro de Astrofísica 
Harvard-Smithsonian revelaram ter obtido 
a mais forte evidência até agora de que o 
universo em que vivemos começou mesmo 
pelo Big Bang, mas este não foi explosão, 
e sim uma súbita expansão de matéria e 
energia infinitas concentradas em um pon-
to microscópico que, sem muitas opções 
semânticas, os cientistas chamaram de 
“singularidade”. Essa semente cósmica 
permanecia em estado latente e, sem que 
exista ainda uma explicação definitiva, 
começou a inchar rapidamente […]. No in-
tervalo de um piscar de olhos, por exemplo, 
seria possível, portanto, que ocorressem 
mais de 10 trilhões de Big Bang.
ALLEGRETTI, F. Mais do que big bang. In.: Veja, 26 mar. 
2014. Adaptado.
No título proposto para esse texto de divulgação 
científica, ao dissociar os elementos da ex-
pressão Big Bang, a autora revela a intenção de:
A) evidenciar a descoberta recente que compro-
va a explosão de matéria e energia.
B) resumir os resultados de uma pesquisa que 
trouxe evidências para a teoria do Big Bang.
C) sintetizar a ideia de que a teoria da expansão 
de matéria e energia substitui a teoria da ex-
plosão.
32
D) destacar a experiência que confirma uma in-
vestigação anterior sobre a teoria de matéria 
e energia.
E) condensar a conclusão de que a explosão de 
matéria e energia ocorre em um ponto mi-
croscópio.
COMENTÁRIO: No título do artigo de divul-
gação científica em análise, o locutor refuta a 
ideia de explosão [“mais do que”] e apresenta 
a tese, confirmada no texto, segundo a qual a 
criação do universo deu-se por intermédio de 
uma enorme e rápida expansão de matéria. Al-
ternativa C.
29-
Campanhas de conscientização para o diag-
nóstico precoce do câncer de mama estão pre-
sentes no cotidiano das brasileiras, possibilitando 
maiores chances de cura para a paciente, em es-
pecial se a doença for detectada precocemente. 
Pela análise dos recursos verbais e não verbais 
dessa peça publicitária, constata-se que o car-
taz:
A) promove o convencimento do público femini-
no, porque associa as palavras “prevenção” e 
“conscientização.
B) busca persuadir as mulheres brasileiras, valen-
do-se do duplo sentido da palavra “tocar”.
C) objetiva chamar a atenção para um assunto 
evitado por mulheres mais velhas.
D) convence a mulher a se engajar na campanha 
e a usar o laço rosa.
E) mostra a seriedade do assunto, evitado por 
muitas mulheres.
COMENTÁRIO: Esta é uma peça publicitária 
que visa a convencer as mulheres a se preve-
nirem contra o câncer de mama. Um dos princi-
pais recursos a serviço dessa intencionalidade 
é o uso polissêmico da forma verbal “tocar” que 
tanto se refere ao autoexame [referendado pela 
imagem da mão sobre o seio] quanto à neces-
sidade de se falar acerca do tema “prevenção 
contra o câncer de mama”. Alternativa B.
30- A trajetória de Liesel Meminger é contada por 
uma narradora mórbida, surpreendentemente 
simpática. Ao perceber que a pequena ladra de 
livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e 
rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de 
uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida 
pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúr-
bio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se 
dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre 
no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa 
cair um livro na neve. É o primeiro de uma série 
que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O 
único vínculo com a família é esta obra, que ela 
ainda não sabe ler. A vida ao redor é a pseudor-
realidade criada em torno do culto a Hitler na Se-
gunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração 
do aniversário do Führer pela vizinhança. A Morte, 
perplexa diante da violência humana, dá um tom 
leve e divertido à narrativa deste duro confronto 
entre a infância perdida e a crueldade do mundo 
adulto, um sucesso absoluto — e raro — de crítica 
e de público.
Disponível em: www.odevoradordelivros.com. 
Acesso em: 24 jun. 2014.
Os gêneros textuais podem ser caracterizados, 
dentre outros fatores, por seus objetivos. Esse 
fragmento é um(a):
A) reportagem, pois busca convencer o interlocu-
33
tor da tese defendida ao longo do texto.
B) resumo, pois promove o contato rápido do 
leitor com uma informação desconhecida.
C) sinopse, pois sintetiza as informações rele-
vantes de uma obra de modo impessoal.
D) instrução, pois ensina algo por meio de expli-
cações sobre uma obra específica.
E) resenha, pois apresenta uma produção intelec-
tual de forma crítica.
COMENTÁRIO: O objetivo discursivo do texto 
em análise é apresentar criticamente um texto 
(“A menina que roubava livros”, de Markus Zu-
sak). Para tanto, o locutor descreve algumas 
partes do enredo e opina sobre algumas pas-
sagens. Assim, constrói um resumo comenta-
do, ou seja, uma resenha. Alternativa E.
11- GRAMÁTICA
→ Pronomes
- Pronomes pessoais: caso reto e caso oblíquo
- Pronomes demonstrativos
- Pronomes relativos
- Colocação pronominal
Palavra atrativa – palavra negativa, pro-
nome relativo, pronome demonstrativo, 
pronome interrogativo, conjunção subordi-
nativa.
→ Articuladores textuais / Operadores argumen-
tativos
1. ADIÇÃO, SEQUÊNCIA: e, nem, não só..., mas 
...também, não só, como também, mais ainda, 
além disso, ademais, outrossim, ainda mais, 
também. 
2. OPOSIÇÃO, CONCESSÃO: mas, porém, con-
tudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, 
ainda que, mesmo que, apesar de [que], pelo 
contrário, em contraste, por outro lado, salvo.
3. CONCLUSÃO: portanto, dessa forma, dessemodo, por tudo isso, com tudo isso, assim, em 
vista disso, então.
4. CAUSA, EXPLICAÇÃO E CONSEQUÊNCIA: 
porque, já que, como, posto que, uma vez que, 
devido a, porquanto, pois, senão, em virtude de, 
como desdobramento, consequentemente, por 
consequência, por conseguinte.
34
5. TEMPO, PROPORÇÃO: quando, enquanto, du-
rante, assim que, logo [que], depois, imediata-
mente, afinal, hoje, frequentemente, constan-
temente, às vezes, à medida que, à proporção 
que.
6. CONDIÇÃO, HIPÓTESE: se, caso, desde que, 
eventualmente, contanto que, exceto se, a 
menos que, a não ser que, senão,
7. COMPARAÇÃO E CONFORMIDADE: como, 
conforme, consoante, segundo, de acordo com, 
assim como, [mais,menos] do que, da mesma 
forma, analogamente, tal qual, tanto...quanto, 
segundo que, como se.
8. CERTEZA, ASSEVERAÇÃO: sem dúvida, 
certamente, realmente, visivelmente, notoria-
mente, é sabido que, evidentemente, sabida-
mente, com certeza, necessariamente, defini-
tivamente, incontestavelmente, é claro que, é 
óbvio que.
9. NECESSIDADE: convém, é necessário, é dev-
er, é preciso, urge, é urgente, é imperioso, nec-
essariamente.
10. FINALIDADE, INTENÇÃO: para [que], a fim de 
[que], com vistas a, com o propósito de, com o 
intuito de, de modo que, de forma que, de ma-
neira que, de sorte que. 
11. DÚVIDA, QUASE ASSEVERAÇÃO: talvez, 
quiçá, é provável, provavelmente, é provável 
que, não é certo.
12. ILUSTRAÇÃO, ESCLARECIMENTO: por ex-
emplo, a saber, isto é, quer dizer, em outras pa-
lavras, ou seja.
13. PARA APRESENTAR IDEIA: de início, em pri-
meiro lugar, primeiramente, por um lado. 
14. PARA CONTINUAR COM O MESMO ASSUN-
TO: de fato, da mesma forma, além disso, do 
mesmo modo, com efeito, é importante ressal-
tar que. 
15. PARA MUDAR DE ASSUNTO: por outro lado, 
no que diz respeito a, quanto a, acerca de, no 
que se refere a.
16. PARA ORDENAR E DISTINGUIR: em primeiro 
lugar, em segundo lugar, primeiramente, segui-
damente por, um lado, por outro lado.
17. PARA DAR DETALHES OU PORMENORIZAR: 
em suma, em resumo, em poucas palavras, re-
capitulando, sucintamente.
18. PARA APRESENTAR OPINIÃO: é possível 
afirmar que, é certo que, é inegável que, pode-
se afirmar que, é certo afirmar que, é relevante 
ressaltar que.
19. PARA DISCORDAR OU REFUTAR: é impor-
tante ressaltar, porém, não é conveniente afir-
mar, tal julgamento não parece.
→ Palavras de opinião [modalizadores] podem 
reforçar sua linha argumentativa:
1. ADVÉRBIOS E ADJETIVOS TOMADOS NO 
GRAU COMPARATIVO - tão... quanto, tanto... 
quanto, mais (do) que, menos (do) que...
Ex: O direito à informação é tão importante quan-
to a liberdade de expressão.
2. VERBOS QUE DENOTAM CERTEZA/DÚVIDA 
- é certo, é provável, parece, não há dúvidas...
Ex: É certo que opiniões devem ser comprovadas 
na dissertação.
3. VERBOS QUE DENOTAM DESEJO/VONTADE 
- é desejável
Ex: intertextualidade na dissertação do ENEM é 
mais do que desejável.
4. VERBOS QUE DENOTAM RECONHECIMEN-
TO DE NECESSIDADE - é necessário, faz-se 
necessário, é imperioso, é urgente...
Ex: Por tudo isso, é necessário que a sociedade 
se mobilize com vistas a…
5. NUMERAIS QUE RELATIVIZAM, ESCALO-
NAM, RESTRINGEM - perto de, mais de, ape-
nas [numeral]...
Ex: Cerca de 25% dos infartos podem ser preve-
nidos pela ingestão de aspirina.
6. ADVÉRBIOS DE ASSEVERAÇÃO (CERTEZA) 
- realmente, evidentemente, naturalmente, efe-
tivamente, sem dúvida, de fato...
Ex: Na sociedade civilizada, discurso de ódio não 
deve ser proferido em hipótese alguma.
ADVÉRBIOS DE QUASE ASSEVERAÇÃO 
(DÚVIDA) - provavelmente, possivelmente, 
eventualmente, talvez, quase sempre...
Ex: Eventualmente o discurso do ódio vem acom-
panhado de falta de instrução.
35
7. ADVÉRBIOS QUE INDICAM DELIMITAÇÃO - 
de (por) um lado, na perspectiva de, em geral, 
socialmente, praticamente...
Ex: Por um lado, percebe-se que parte da socie-
dade tende a…
8. ADVÉRBIOS QUE INDICAM OBRIGATORIE-
DADE - necessariamente, obrigatoriamente...
Ex: Essa lei será necessariamente modificada.
→ Verbos
31- Essas moças tinham o vezo de afirmar o con-
trário do que desejavam. Notei a singularidade 
quando principiaram a elogiar o meu paletó cor 
de macaco. Examinavam-no sérias, achavam o 
pano e os aviamentos de qualidade superior, o 
feitio admirável. Envaideci-me: nunca havia rep-
arado em tais vantagens. Mas os gabos se pro-
longaram, trouxeram-me desconfiança. Percebi 
afinal que elas zombavam e não me susceptibili-
zei. Longe disso: achei curiosa aquela maneira de 
falar pelo avesso, diferente das grosserias a que 
me habituara. Em geral me diziam com franqueza 
que a roupa não me assentava no corpo, sobrava 
nos sovacos.
RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1994.
Por meio de recursos linguísticos, os textos mo-
bilizam estratégias para introduzir e retomar ide-
ias, promovendo a progressão do tema. No frag-
mento transcrito, um novo aspecto do tema é 
introduzido pela expressão:
A) “a singularidade”
B) “tais vantagens”.
C) “os gabos”.
D) “Longe disso”.
E) “Em geral”.
COMENTÁRIO: As três primeiras expressões 
destacadas (em itálico) no texto em análise são 
36
elementos de retomada. Veja: “a singularidade” 
= “afirmar o contrário daquilo que desejavam”; 
“tais vantagens” = “o pano e os aviamentos de 
qualidade superior, o feitio admirável”; e “os ga-
bos” = as vantagens referidas anteriormente. 
Ao utilizar a sequência “Longe disso”, entretan-
to, o locutor não realiza uma retomada, mas in-
troduz uma avaliação da situação apresentada 
anteriormente = “achei curiosa aquela maneira 
de falar pelo avesso, diferente das grosserias a 
que me habituara” Por último, a expressão “em 
geral” serve para introduzir um exemplo das 
grosserias a que o narrador se habituara. Alter-
nativa D.
32- Certa vez minha mãe surrou-me com uma 
corda nodosa que me pintou as costas de man-
chas sangrentas. Moído, virando a cabeça com 
dificuldade, eu distinguia nas costelas grandes 
lanhos vermelhos. Deitaram-me, enrolaram-me 
em panos molhados com água de sal — e houve 
uma discussão na família. Minha avó, que nos vis-
itava, condenou o procedimento da filha e esta 
afligiu-se. Irritada, ferira-me à toa, sem querer. 
Não guardei ódio a minha mãe: o culpado era o 
nó.
RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1988.
Num texto narrativo, a sequência de fatos con-
tribui para a progressão temática. No fragmento, 
esse procedimento é indicado pela:
A) alternância das pessoas do discurso que de-
terminam o foco narrativo.
B) utilização de formas verbais que marcam tem-
pos narrativos variados.
C) indeterminação dos sujeitos de ações que car-
acterizam os acontecimentos narrados.
D) justaposição de frases que relacionam seman-
ticamente os acontecimentos narrados.
E) recorrência de expressões adverbiais que or-
ganizam temporalmente a narrativa.
COMENTÁRIO: No fragmento, o narrador vale-
se de três tempos verbais na construção de seu 
relato [pretérito perfeito do indicativo, pretéri-
to imperfeito do indicativo e pretérito mais-
que-perfeito do indicativo]. Por intermédio do 
pretérito perfeito [surrou, pintou, deitaram, 
enrolaram, houve, condenou, afligiu, guardei], 
apresenta as ações transcorridas. Já com os 
pretéritos imperfeitos [distinguia, visitava], 
analisa tais eventos. Por último, com o pretérito 
mais-que-perfeito [ferira-me], indica a causa da 
agressão da mãe [irritada]. Alternativa B.
33- Para os chineses da dinastia Ming, talvez as 
favelas cariocas fossem lugares nobres e se-
guros: acreditava-se por lá, assim como em boa 
parte do Oriente, que os espíritos malévolos só 
viajam em linha reta. Em vilelas sinuosas, por-
tanto, estaríamos livres de assombrações maldi-
tas. Qualidades sobrenaturais não são as únicas 
razões para considerarmos as favelas um mod-
elo urbano viável, merecedor de investimentos 
infraestruturais em escala maciça. Lugares com 
conhecidos e sérios problemas, elas podem ser 
também solução para uma série de desafios das 
cidades hoje. Contanto que não sejam encaradas 
com olhar pitoresco ou preconceituoso.As fave-
las são, afinal, produto direto do urbanismo mod-
ernos e sua história se confunde com a formação 
do Brasil.
CARVALHO, B. A favela e sua hora. Piauí, n. 67, abr. 
2012.
Os enunciados que compõem os textos en-
cadeiam-se por meio de elementos linguísti-
cos que contribuem para construir diferentes 
relações de sentido. No trecho “Em vielas sinuos-
as, portanto, estaríamos livres de assombrações 
malditas”, o conector “portanto” estabelece a 
mesma relação semântica que ocorre em:
A) “talvez as favelas cariocas fossem lugares no-
bres e seguros”.
B) “acreditava-se por lá, assim como em boa par-
te do Oriente”.
C) “elas podem ser também solução para uma 
série de desafios das cidades hoje”.
D) “Contanto que não sejam encaradas com olhar 
pitoresco ou preconceituoso”.
E) “As favelas são, afinal, produto direto do urban-
ismo moderno”.
COMENTÁRIO: O articulador “portanto” dá ideia 
de conclusão, fechamento de raciocínio, assim 
37
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como “afinal”. Por isso, deve-se assinalar a al-
ternativa “e”. Em tempo: “talvez” = dúvida; “as-
sim como” = comparação; “também” = adição; e 
“contanto que” = condição.
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