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12 Iter Criminis - 3 semestre

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Iter Criminis: 
Disciplina: Direito Penal 11 
 O que é iter criminis? 
É os caminhos/fases/percursos/itinerários do crime. 
 Quais as fases atinentes do iter criminis? 
1. Fase da cogitação: se o sujeito meramente cogita e não passa daquilo, não 
há relevância penal por causa do princípio da alteridade. Ou seja, o direito 
penal somente pode se interessar por condutas que venham a atingir bens 
jurídicos de terceiros; 
2. Atos preparatórios: quando você cogita praticar um crime x, para você 
receber uma intervenção penal a seu desfavor por conta desse crime x, você 
tem que no mínimo iniciar a fase de execução. Assim como a cogitação, os 
atos preparatórios são impuníveis, só que ao contrário da cogitação, que 
sempre é impunível, a fase de preparação pode ocorrer punição, se 
determinado ato preparatório por si só constitua um fato típico (prevista em 
lei como crime); 
3. Atos executórios: nem sempre que você se cogita, se prepara e executa, que 
a consumação vai ocorrer. 
- Há situações em que o sujeito inicia a execução, e a consumação não 
ocorre, que são: 
a) Tentativa: inicia a execução de um crime e quer a consumação dele, só 
que ele querendo até o fim, não consegue por circunstancia alheia à 
vontade do agente; 
b) Crime impossível: inicia a execução de um crime e quer a consumação, 
mas o crime é impossível de acontecer; 
c) Desistência voluntaria: deixou de querer aquela consumação; 
d) Arrependimento eficaz: pratica toda a execução, mas após isso toma 
uma atitude para impedir a consumação. 
- Lembrado que, onde existir um destes institutos, não pode existir outro 
ao mesmo tempo. 
4. Consumação. 
 Observação: exaurimento é aquilo que vem após o fim do iter criminis, e o 
seu fim se dá com a consumação. Exemplo: ocultação de cadáver. 
 Não tem como uma pessoa praticar um crime sem primeiro ter 
cogitado/pensado a prática do crime. Então, ele passará para a fase 
seguinte, na qual ele irá preparar para a prática esse crime. Após isso 
iniciará a execução desse crime e depois haverá a consumação. 
- Lembrando que, a partir do momento que o sujeito inicia a execução de um 
crime, significa que ele quer a consumação dele, pois ninguém vai iniciar a 
execução de um crime, não querendo sua consumação. 
 Tentativa (art. 14) 
 O agente inicia a execução, existe possibilidade de consumação, mas esta 
não ocorre porque algo ou alguém a impediu. Assim, o sujeito em nenhum 
Iter Criminis: 
Disciplina: Direito Penal 11 
momento mudou de ideia no sentido de deixar de querer a consumação do 
crime que inicialmente quis. 
- Assim, a lógica aqui é: eu queria consumar o crime, mas não consegui. 
 Qual é a Natureza jurídica? 
Causa de diminuição de pena de 1/3 a 2/3. 
 Crime impossível (art. 17) 
 O agente inicia a execução, mas, neste momento, já se verifica que inexiste 
possibilidade de consumação porque há uma ineficácia absoluta do meio 
empregado, uma absoluta impropriedade do objeto visado ou uma obra de 
agente provocador. 
- Assim, a lógica aqui é: não se pune o que não ocorreu por ser impossível 
de ocorrer. 
 Qual é a Natureza jurídica? 
Causa de atipicidade da conduta inicialmente pretendida. Assim, o sujeito não 
responde pela tentativa do crime que inicialmente quis, mas pode responder por 
outros atos que sejam considerados criminosos. 
 Qual é a teoria adotada? 
É a Teoria objetivo-temperada. 
 Desistência voluntária (art. 15) 
 O agente inicia a execução, mas durante esta, muda de ideia no sentido de 
não querer mais a consumação do crime que inicialmente quis e, por isso, 
desiste de prosseguir na execução sem encerrá-la. 
- Assim, a lógica aqui é: eu podia consumar o crime, nada me impedia, mas 
mudei de ideia durante a execução e desisti. 
 Qual é a Natureza jurídica? 
Causa de atipicidade da conduta inicialmente pretendida. Assim, o sujeito não 
responde pela tentativa do crime que inicialmente quis, mas pode responder por 
outros atos que sejam considerados criminosos. 
 Arrependimento eficaz (art. 15) 
 O agente inicia a execução, encerra a execução e, neste momento, se 
arrepende e atua impedindo a consumação. 
- Assim, a lógica aqui é: eu podia, após encerrar a execução, esperar a 
consumação do crime, mas me arrependi e impedi a consumação. 
 Qual é a Natureza jurídica? 
Causa de atipicidade da conduta inicialmente pretendida. Assim, o sujeito não 
responde pela tentativa do crime que inicialmente quis, mas pode responder por 
outros atos que sejam considerados criminosos. 
 Arrependimento posterior: para ser considerado arrependimento posterior é 
necessário que tenha havido a consumação de determinado crime. 
Nadine
Na Ponte de Ouro o indivíduo infrator não consumou o delito; Já na Ponte de Prata ocorreu a consumação, mas de algum modo foi atenuada a consumação de maneira voluntária por parte dele.
Nadine
A ponte de ouro está presente nos institutos do arrependimento eficaz e desistência voluntária. Segundo ele, o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA) ou impede que o resultado se produza (ARREPENDIMENTO EFICAZ), só responde pelos atos já praticados.
Iter Criminis: 
Disciplina: Direito Penal 11 
- Assim, recebe este nome por acontecer em momento posterior à 
consumação de um crime. 
- Há aqui uma atenuante de pena. Assim, pessoa responde até o ato que 
praticou antes de se arrepender. 
 Tipos de tentativas 
 Os critérios para saber a quantidade de redução da pena, podem ser: 
a) Tentativa branca (incruenta): o alvo (pessoa ou coisa) da conduta 
criminosa não é sequer tocado. Exemplo: bala não encosta na pessoa, 
passa ao lado; 
- Redução de pena de 2/3. 
b) Tentativa vermelha (cruenta): o alvo da conduta criminosa é tocado. 
Exemplo: bala passa de raspão na pessoa; 
- Redução menor que as do caso de tentativa branca. 
c) Tentativa perfeita (crime falho): sujeito pratica todos os atos executórios 
que ele entende como necessário para a consumação do crime acontecer, 
porém não ocorre; 
d) Tentativa imperfeita (inacabada): não praticou tudo que queria praticar 
para a consumação ocorrer. 
 Os tipos de infrações penais que não admitem o instituto da tentativa são: 
✓ Culposas; 
✓ Habituais; 
✓ Omissivas próprias, pois as impróprias admitem; 
✓ Unissubsistentes; 
✓ Preterdolosas.

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