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Ebó tradicional que antecede ao ritual de BoriEbó tradicional que antecede ao ritual de Bori:: 11 Ebó Ebó Este primeiro ebó que antecede o ritual de Ebori damos o nome de Tóya Kóssi que destina-Este primeiro ebó que antecede o ritual de Ebori damos o nome de Tóya Kóssi que destina- se a remover doenças, pragas, feitiçarias, Bau, Egun, e outras energias de ordem negativa!se a remover doenças, pragas, feitiçarias, Bau, Egun, e outras energias de ordem negativa! 1 "ara de bambu que dever# ser partida, ao comprido, em $, pega-se 1 parte destes $ e1 "ara de bambu que dever# ser partida, ao comprido, em $, pega-se 1 parte destes $ e confecciona-se na ponta deste uma esp%cie de ponta de flec&a, lembre-se embora partidaconfecciona-se na ponta deste uma esp%cie de ponta de flec&a, lembre-se embora partida em $ esta vara continuar# com seu comprimento que normalmente c&ega a 'metros, asem $ esta vara continuar# com seu comprimento que normalmente c&ega a 'metros, as ve(es at% )!ve(es at% )! *inta-se 1 alguidar *inta-se 1 alguidar n+mero e 1 qn+mero e 1 quartin&a com tampa sem uartin&a com tampa sem alça de Efun, .ssun alça de Efun, .ssun e /e /a0!a0! 1 2alin&a 345ngola1 2alin&a 345ngola 1 Euru1 Euru 1 5caç#1 5caç# 1 5cara0%1 5cara0% 1 5ber%m1 5ber%m 1 Bola de 6an0ica1 Bola de 6an0ica 1 Bola de 7ei08o *reto1 Bola de 7ei08o *reto 1 Bola de 5rro(1 Bola de 5rro( 1 .vo1 .vo 1 Bola de 7arin&a1 Bola de 7arin&a Tudo isso em Taman&o e9agerado,Tudo isso em Taman&o e9agerado, E 1 Bacia de *ipocas!E 1 Bacia de *ipocas! 1 Estoura Bal8o 7ogos;1 Estoura Bal8o 7ogos; <odo de 7a(er:<odo de 7a(er: =evar o 7il&o de >anto no mato, no p% de uma ?rvore 7rondosa! Entregar na m8o direita=evar o 7il&o de >anto no mato, no p% de uma ?rvore 7rondosa! Entregar na m8o direita dele a 2alin&a 3@5ngola que ser# segura pelas *atas! Aa m8o Esquerda a "ara de Bambu, odele a 2alin&a 3@5ngola que ser# segura pelas *atas! Aa m8o Esquerda a "ara de Bambu, o 5lguidar pintado nos *%s da ?rvore e unto a Cuartin&a sem nada dentro apenas tampada, e5lguidar pintado nos *%s da ?rvore e unto a Cuartin&a sem nada dentro apenas tampada, e pede-se pede-se ao ao 7il&o 7il&o de de >anto >anto para para mentali(ar mentali(ar tudo tudo que que dese0a dese0a que que saia saia da da ""ida ida dele dele e e dodo 6orpo! E vai se passando todas as comidas começando pelas comidas escuras e terminando6orpo! E vai se passando todas as comidas começando pelas comidas escuras e terminando com as *ipocas! 5o termincom as *ipocas! 5o terminar de ar de passar todas as comidas, o passar todas as comidas, o 7il&o de >anto encosta a =ança7il&o de >anto encosta a =ança de Bambu rente ao Tronco da de Bambu rente ao Tronco da ?rvore, na m8o esquerda ent8o, ficar# a ?rvore, na m8o esquerda ent8o, ficar# a quartiquartin&a! Tin&a! Tira-se ara-se a Tampa, pede-se ao Dyao fale com a boca dentro da quartin&a pedindo para sair tudo deTampa, pede-se ao Dyao fale com a boca dentro da quartin&a pedindo para sair tudo de ruim da vida dele,tampa-se a Cuartin&a e manda-se o Dyao atira-la ao c&8o para que seruim da vida dele,tampa-se a Cuartin&a e manda-se o Dyao atira-la ao c&8o para que se quebre! . próprio Dyao fa( um >arayF com a 2alin&a em seu 6orpo e a oga bem longequebre! . próprio Dyao fa( um >arayF com a 2alin&a em seu 6orpo e a oga bem longe com toda a 7orça! Aeste momento, d#-se na m8o do 7il&o de >anto o Estoura Bal8o quecom toda a 7orça! Aeste momento, d#-se na m8o do 7il&o de >anto o Estoura Bal8o que ser# apontado para bem longe botando para correr ent8o todas as ma(elas que estavam naser# apontado para bem longe botando para correr ent8o todas as ma(elas que estavam na vida daquela pessoa! 3urante todo o processo deste ebó, canta-se para .molu!vida daquela pessoa! 3urante todo o processo deste ebó, canta-se para .molu! ' Ebó Este Ebó destina-se a =ouvar a E9u na encru(il&ada de 6ru( antes do ritual de Ebori! 1 6esto de pal&a vime; G 5cara0%s G 5caças G <oedas G "elas Bancas G 6ores bem "ivas de <ourim incluindo o *reto e "ermel&o G .vos G Bifes de <+sculo 1 *adF de 3endF, de ?gua, de 6ac&aça, de /a0, de <el, de 6amar8o <odo com 3endF e outro de 7ub# com 3endF! G Buc&as de *ólvora misturada com 5ç+car! G *intin&os 6ari0ós! <odo de 7a(er: *assar os 5cara0%s e os 5caç#s e depositar dentro do 6esto, passar ent8o os *ades e depositar por cima das comidas, passar os Bifes e por em cima dos *ades, passar os ovos e por em cima de cada bife, passar as velas e quebr#-las e coloca-las dentro do cesto, passar as moedas e por em cima de cada bife, esfregar a pessoa com os *intin&os e coloc#-los em cima das comidas vivos, Esfregar todos os tecidos na pessoa e fa(er um circulo em volta do cesto com estes tecidos, este ebó ficar# no centro da encru(il&ada! Estourar as G buc&as, dar as costas ao Ebó e seguir para a roça! Tomar um ban&o co(ido de fol&a de bananeira, casca da fruta manga, fol&a de mangueira, man0eric8o e nega-mina! H Esses ebós aqui prescritos s8o b#sicos de todo bori, por%m algumas pessoas vFem a necessidade de se fa(er em casos especficos outros ebós! BANHOS QUE ANTECEDEM AO RITUAL DE BORI Ban!o >56.->56., 7IA6J. E E=E"5ATE 6.D3.>! 5pós primeiro ebó; 3ia anterior ao bori! " Ban!o *5I 3@5=J. E 6J? <5TE 6.D3.>! 5pós segundo ebó; Ao dia do bori pela man&8;! # Ban!o <565L5! >5DM. E *.E. CIDA53.>! 5 tarde antes do bori, em frente ao Dgb# .sayn;! $ Ban!o ! =EDTE 3E 65BN5 6.< E7I<% 5 noite minutos antes do bori;! Arru&ando a &e'a do Bori 5s comidas a serem postas tamb%m ficar# a crit%rio do Babalorisa e ou Dyaloris#, devendo- se respeitar os elementos imprescindveis ao ritual, como <5A?, EKO, EBP, E?, .BD, .N.BP, 5T5NQ, >5DM., 65*EB5,E7I<, .ND 35 6.>T5, 5NN. BN5A6. 6.D3., 5=2.3M., EB.R? E .? *5N5 . .ND! Ten&o por &#bito em arrumar a mesa do bori com uma Eni esteira; forrada com uma toal&a e por cima desta espal&ar muitas fol&as de 5K.K.! 7orrada a mesa com toal&a e fol&as, arrumo ent8o as comidas, pon&o sempre um vaso de rosas brancas, palmas e peregum! . iyao % tra(ido para frente da esteira do B.ND, antes de por os p%s na EAD esteira; dobre os 0oel&os ) ve(es em reverencia a EAS e ent8o pon&a o p% direito primeiro na esteira! >enta-se o iyao, e e9plica-se a ele a finalidade do B.ND, que ali começa um dos principais momentos da vida dele em .ND>?, e que B.ND nada tem a ver com manifestar .ris#, mas sim moldar o .ri, para que possa mais tarde estar preparado para receber .ris# e suas oferendas, na verdade o bori % um Ebó para a cabeça! ele devera por as pernas esticadas para frente, a palma da m8o virada para cima sobre cada perna! 5 toal&a do bori do iyao e o o0# dever8o estar na En dele! . Babaloris# apro9ima-se com a bacia de .<DNO ervas de Bori quinada: capeba, macaça, colUnia, poe0o, elevante, sai8o; sentado num banquin&o o Babaloris# lava as contas do iyao, o .NS do iyao, as m8os do iyao! 5 cantiga para a lavagem de .r % a seguinte : O'o(i) &) da deo T*t* o&i a ba +on, un -a./ T*t* o&i a ba +on, u& -0 Er/ er/ Encerrada a lavagem do .ri, o Babaloris# envolve o ori do Rao com o o0#, moldando desta forma o pano com o formato do ori! Netira do ori e coloca-se entre as pernas do Ebori(ado! 3ando incio ao bori, passe ban&a de ori seguido de acaç# nos seguintes pontos do Ebori(ado: pontos da cabeçaV palmas das m8osV lado esquerdo do peitoV lado direito das costasV umbigoV 0untas dos antebraçosV a9ilasV ded8o de cada p%! Todo este ato % feito com a seguinte cantiga: Or1 en1 2ini 'a 3a eni Or1 en1 2ini 'a 3a I4an Or1 o lore Or1 un 56 o I40 'a 3a En 3i i4a Un to lo3o I40 'a 3a en 3i E(bo&e b* T) un &o borio =ouva-se .r : Or1ooo Or1 a-*r6 7 Or1ooo Or1 a-*r6 7 Or1 ala8ia 7 *assa-se ao ritual de oferecimento tocando os pontos principais do iyao com as vasil&as de comidas do entoando a seguinte cantiga: Or1 A.ur* o Colobó '6re Nu a ba '6re Colobó Or1 A.ur* o Colobó '6re Nu a ba '6re Colobó Eb9 A.ur* o nessa lin&a vai se trocando o nome de tudo que est# na mesa; E vai se repetindoat% ser oferecido tudo que est# na mesa at% os bic&os que ser8o oferecidos! 3#-se inicio ao .b, *ega-se um prato branco com obi de $ gomos e G atar%s, lembre-se que .b tem vida, e portanto para que dF vida ao iyao dever# ser sacrificado, abra com as m8os o .bi de $ gomos, tudo isso em cima do prato que dever# ser segurado pela .0ubona da casa em cima do .r do iyao, tira-se o coraç8o do .b, aquele brotin&o que fica dentro do obi na parte de cima, 0ogando fora em um canto di(-se o seguinte: 2*': b0 2*': b0 unta agora os $ gomos mol&a-se, toca-se o .ri do iyao, a nuca, o peito, os dois ombros,a parte de cima das m8os, dos p%s, pronunciando seguinte: Obi ni bi3u Obi ni biarun Obi 3o'1 a56 Obi 3o'i dina Obi 3o'i 8itibo Obi 3o'i o8ó E diga Wofereço este obi a Dya .ri m8e das cabeças a Baba 50al# o moldador de .r e a .sal#, para que faça do .r de Wfulano de talX mais forte, com sorte e prosperidadeX! ogue no prato pronunciando: Obi '6 Obi re o 7 3urante esse processo de abertura do .bi canta-se: Bara(ad) Obi l0 o3an Bara(ada Obi la o3an 3epois de cantar ) ve(es lança o .bi no prato que estar# em cima do .ri do iyao, lança- se at% dar alafia, se depois de $ tentativas n8o alafiar, 0ogue esse obi na rua para EsY, e parta outro, fa(endo o mesmo ritual acima! 5o alafiar o obi, di(-se ent8o: Al08ia7 Obi oo 7 Ori oo 7 E canta-se : Ob1 a un l0 Baba Ob1 ori Ob1 a lod* Ob1 a un l0 Baba Ob1 ori Ob1 a lod* *Ze um pedaço na boca do iyao com uma atar% para que ele mastigue, o Babaloris# tamb%m mastiga uma banda com ' atares, a .0ubona e o pai ou m8e pequena do iyao tamb%m, dei9e sobrar uma parte que ir# para dentro da tigela de bori do iyao! E outra parte % dividida entre os convidados com 1 atar% e dado para engolir! 5pós mastigado, o bolin&o que est# na boca do iyao % posto em cima da pasta do acaç# que est# na sua m8o esquerda que o Babaloris# 0untar# com o bolin&o que 0# est# no prato, e distribuir# em cima de todos os pontos que foram passados o acaç# e a ban&a de ori,! 3F seguimento agora com o pei9e uma das partes principais do Bori, . pei9e dever# estar arrumado no prato da seguinte forma, prato oval, pei9e lavado, mas com tudo dentro, louva se ori : E50 oo 7 E50 oriooo 7 Ent8o comece a cantar a cantiga do E0#: E50 &o(b0 Mo(b0 Bori eni E50 &o(b0 Mo(b0 Bori e56 6omeça ent8o a tirar as escamas e separe num prato, guelras, barbatanas, rabo do pei9e, cabeça no mesmo prato da escama, as visceras ser8o despac&adas, para a cabeça do bori(ado ir# apenas as guelras e as barbatanas laterais, as barbatanas inferiores e superiores 0unto com a cabeça e o rabo do pei9e e as escamas ir8o para dentro do igb# ori! 7eito assim, dF seguimento agora com o sacrifcio dos animais de penas, a começar pelos ' frangos brancos, seguidos da galin&a d@angola e por ultimo o pombo, os oris dos bic&os que ir8o para dentro do igb# ori s8oV 3@angola e pombo! >egue as cantigas de cada bic&o: E56 'oro 'oro E56 (bal6 a3ara ó 2oron-0 ile E56 (bal6 a3araó 6aindo o e0% ao prato entoa-se ent8o: E56 'oro Ori u& -ao E56 'oro Ori u& -ao 3@angola: 2uen 3uen 3uen Baba bi a bi et; 2uen 3uen 3uen Baba bi a bi oro 2uen 3uen 3uen Baba bi a bi et; 2uen 3uen 3uen Baba bi o&a 5pós a morte da et+ canta-se Eran (bobo Ori'0 8e8e etu Eran (bobo Ori'a 8e8e etu o *ombo, cubra com fol&a de sai8o e mel os ol&os do pombo: Erinl6 6 un a 5a d,e Olu.o o5; &a&a Erinl6 6 un a 5a d,e Olu.o o5; &a&a O5u-0 -ara '6 Olorun O5; &a&a A(o a l0 Olorun iba'e olu.o O5; &a&a Todo os e0%s dos bic&os ir8o para o prato primeiro para depois cair dentro do igb# ori, e a cada animal imolado retira-se um pouco da pena e lambu(a naquele e0% e deposita em cima de cada parte do corpo que est# com obi e aas#! Tempera-se a matança: E-o o5u o5u olo5a a(eite doce ou dendF; E-o o5u o5u olo5a E-o 999999999 Mara in e Mara o4n mel; Mara in e Mara o4n Dundun &a&a ni.a la'e Mara in e ni &ara o4n 9999999999 Mara in a Mara oti o moscatel; Mara in e Mara oti o Dundun &a&a ni.a la'e Mara in ni &ara oti o 9999999999 I4ó i4ó lo56 sal; I4ó I4ó lo56 i4ó 999999999 3ilo8o &o re agua de aas#; o&itoro 3ilo8o &o re o&itoro =ouva-se .r Or1ooo Or1 a-*r6 7 Or1ooo Or1 a-*r6 7 Or1 ala8ia 7 Arru&ando a cabe<a= *egue uma caneca de #gate e coloque um pouco de omitoro #gua de aas#; peça ao bori(ado que segure o igb# ori embai9o do queir9o e despe0e um pouco dessa agua na cabeça dele que cair# dentro do igb# ori!*on&a o igb# ori no lugar de volta! *on&a a fol&a de capeba por cima de tudo que est# no ori com um pouco de ebó e enrole o o0# que estava entre as pernas no ori do bori(ado! 6ante para Dya ori: Ori o I4e&an50 ni'e 3eni odo Ori o I4a ori ni'e 3eni odo 6anta-se a seguinte cantiga para .ss8e: Ori ori a 3a8o56 Orio ni3ori'0 Ori ori a 3a8o56 Bab0 Orio a.ori'0 5 pessoa se deita e % coberta com um lençol e % 0ogado sobre o lençol arro( com casca e arro( agul&in&a, descansando enquanto se aguarda o a9% voltar! .s bic&os s8o levados para a co(in&a e temperados com cebola,camar8o seco e a(eite doce e levados ao fogo para que fiquem bem co(idos e corados, por final o pei9e e lambu(ado naquela panela onde se preparou os a9%s e refogado e posto por cima de uma farofin&a tamb%m preparada com aquele mesmo tempero e posto no prato! Esfriado o a9% ele volta para a mesa! . a9% retornando canta-se: A'6 3un 8eleb6 Ta ni&ole ni o ea A'6 3un 8eleb6 Ta ni&ole ni o ea Ba in'e ba in'e 3otun Ba in'e ba in'e 3otun Oni a in&ole A'6 3un 8elebe Ta ni&ole ni o ea *on&a as partes principais de a9% no igb# ori e um pedaço do pei9e! 5rrume duas bolas de oa com pedaço de pei9e e frango e pon&a no ori do bori(ado cantando: Si3u ere.ere Mabori 5eun 6ante para oferecer o man0a e coloque um pedaço no ori: Ori &an5a a5u a.o Ori &an5a A-ere 3oro -a la.o Ori &an5a a5u a.o *on&a um pedaço do man0a dentro do igb# ori! 5rrume o prato do bori(ado com um pouco de cada comida entregue nas m8os dele! *ró9ima cantiga todos que est8o assistindo ao Bori bate cabeça para o igb# ori do bori(ado e 0unta as m8os pedindo a benç8o dele e dese0ando coisas boas para ele! % Oloro 3e5a boro Ori a-ere o Oloro 3e5a boro Ori 5e Oloro 3e5a boro "% A-ere ori o Orio o4e Le'e e3odide A-ere ori o Ori a-ere Le'e e3odide Le'e ori'0 #% Ori 3a8e5a Bori o Ori 3a8e50 Bori o A'e 3ue re3ue A'e 3ue re3ue Ori 3a8e5a Bori o $% Ori 5e E tani .are 59 Ori o Ori 5e le'e ori'0 A-ere ori o >% Ado ril6 ?e&an50 Ado ril6 i4a O4o Ado ril6 ?e&an50 Ado ril6 i4a O4o @% La o& La.a a-ere La o& La.a a-ere A-ere la o&a La.a a-ere % .a na .;re el6da .a .a na .;re el6da .a Mo ad;-e .;re ati od;n&ód;n Mo ad;-e .;re ati /'; &ó'u Mo ad;-6 .;re iba (bob(bo .a n0 .;re el6da .a % A5ala ORI ORI le.0 le.0 le.0 A5ala ORI ORI le.0 le.0 le.0 Mo -6 e4n Eledu&ar* A ORI e3u o Mo -6 e4n Eledu&ar* A ORI e3u o E3u o Orun E3u o O'u-0 E3u o O5ó O5ó bori 4l6 Ir* odi ORI Odi ir* ORI Ir* odi ORI Odi ir* ORI % I4a i4o I4a i4o I4a i4o orun&il0 I4a i4o I4a i4o I4a i4o orun&il0 I8a eda e3o Eda eb9 orun&il0 I4a i4o orun&il0 I8a eda e3o Eda eb9 orun&il0 Eni 'o-e o&o ire Eni 'o-e o&o ire 3aqui em diante louva-se umas $ cantigas para Dyeman0#! . bori só ser# suspenso [ &oras depois, para isto ter# que ter iniciado as 1\ &oras e terminar no m#9imo as '1&! Ob': o Bori poder# ser tocado com atabaques e gan do inicio ao fim! 5lgumas casas utili(am montar Dgb# .ri, outras n8o, fa(em apenas ti0ela sagrada, ou se0a a pessoa guarda a ti0ela para toda vida, sempre que for dar bori utili(a a mesma ti0ela! Ao caso de se montar igb# ori, este % o modelo mais tradicional de Dgb# .ri 1 ti0ela branca com tampa ou prato em cima! 1 moeda de prata antiga $ b+(ios 1 cristal de roc&a lmpido 1 coral 1 segu $ conc&as >&ell Esse igb# ori % posto dentro de uma bacia de agate com dois a0Fs grandes em volta! u(o da curvina pedrin&as que ficam na cabeça desse pei9e por dentro;! 5o final de tudo ten&o por &#bito borrifar ?gua sobre toda a mesa do Bori e do Dyao pronunciando durante a borrifaç8o o seguinte: O&i la bun&unF O&i la bu*F O&i3o'/ ta Gre-arando o Carre(o do Bori *ede-se agU ao .ri do Dyao, e retira todo o as% que se encontra no alto do .ri, pon&a dentro do igb# .ri! =ave o .ri do Dyao com omi]ró fresco! E comece a levantar as comidas dos .ris#s cantando: Did* did* did* nan Did* did* did* nan Ori did* nan Did* did* did* nan 5s +ltimas coisas a serem postas na bacia do carrego ser8o as coisas do igb# ori, incluindo as coisas que estavam na cabeça, depois o pei9e, as frutas, os doces e por +ltimo as fol&as da mesa e dos vasos! Borrifar #gua por cima de tudo, enrolar no lençol, e por uma saia de mariU por cima da trou9a! Aeste momento pergunta-se ao 0ogo para onde dever# ser encamin&ado o carrego, mar,praia,cac&oeira, mata ou alto de morro! Co&o Na'ceu Ori .ND em iorub# significa 65BEL5! . .ri est# acima dos .ri9#s, pois nen&um .ri9#, nem mesmo .lodumare atender# um pedido do ser &umano, que n8o ten&a sido autori(ado por seu .ri! 6onta a lenda que os .ri9#s e 5ncestrais se rebelaram, querendo ter os poderes e a sabedoria do 3eus supremo! 6omo mensageiro nomearam E9u, que levou as reivindicaçZes a .lodumar%! Este l&es enviou um poderoso obi, e, orientado por Df#, determinou que após dei9#-lo a noite inteira numa encru(il&ada, os .ri9#s e 5ncestrais deveriam tentar parti-lo para mostrar seu poder! .ri era apenas uma pequena bola, que n8o possua sequer um corpo para se apoiar, e ningu%m o respeitava! *ara conseguir partir o obi, procurou Df#, que o aconsel&ou a fa(er uma oferenda para os .dus, para conseguir a força de todos eles! 5l%m disso deveria espo0ar-se na poeira do c&8o por algumas &oras! Ao dia seguinte todos 0# estavam preparados para tentar partir o obi, quando c&egou .ri, espo0ando-se na poeira! Im a um os .ri9#s foram fracassando na tentativa, pois o obi era muito forte e resistente! .ri se apresentou e, como +ltima opç8o, dei9aram-no tentar! 6om seu peso caiu sobre o obi, que se partiu em seis gomos! Todos ficaram muito feli(es! .lodumar%, ao receber a notcia, imediatamente enviou uma linda almofada, onde .ri se instalou! 3essa forma .ri gan&ou um corpo para sustent#-lo! .ri9#s e 5ncestrais e9clamaram: .ND 5*ENE^ 5 partir desse momento, .ri nasceu! *assou a ser dotado de Da, a e9istFncia, dada por .lodumar%, como pr%mio por ter sido o +nico a conseguir partir o fruto-ventre! OR Cabe<a 81'ica e e'-iritual 5s $1 divindades procuravam por um estado de perfeiç8o, e foram procurar Df# para fa(er a adivin&aç8o para eles, atrav%s do ogo Df# previu que eles fi(essem ebó sacrifcios; nen&uma das divindades quiseram fa(er, só quem fe( foi .ND, e seu sacrifcio foi abençoado! *ortanto .ND % mais forte que as divindades, somente .ND c&egou no estado de perfeiç8o!.ND % forte, mais que os ori9#s! *ara qualquer Rorub#, a palavra .ND tem uso amplo! .ND num primeiro momento quer di(er cabeçaV e simboli(a tamb%m - o #pice de todas as coisasV o mais alto desempen&o, portanto cont%m o superlativo ou se0a o Fnite! *or e9emplo, a cabeça % a parte mais alta e mais importante do corpo &umano, % a moradia do c%rebro que controla o corpo inteiro! . lder ou c&efe de qualquer organi(aç8o % referido como _.lóri_ a cabeça;, .ND % cabeça, cabeça % alta, alto % supremo e o ser supremo % P=P3I<5N` 3eus maior;! Ao corpo &umano .ND se subdivide em duas colocaçZes: 1; a cabeça fsica - % o crnio &umano, onde est# o c%rebro que usamos para o pensamento e controle das outras partes do corpoV consciente ou inconscienteV os ol&os para tudo verV o nari( para respirar e c&eirarV orel&as para ouvirV a boca para alimentar e falarV a lngua para saborearV nossa essFncia masculina ou feminina est# na cabeça, o rosto que dela fa( parte nos distinguem uns dos outros, imprimindo uma identidade individualV sem a cabeça o &omem e mul&er seriam como qualquer __! '; a cabeça espiritual est# subdividida em mais duas partes a saber: 65BEL5 E>*DNDTI5=: AGARINJ 65BEL5 E>*DNDTI5= DATENA5; ORGKRK santo pessoal, destino ou parte divina de cada um: escol&ido no domnio de +L - divindade de OR! ORGKRK % acumulaç8o de destino individualV Dsto %: 2JNL?NF 2JNLB e ?NM! A2UNLE?AN % parte do destino que cada um escol&e por vontade livre arbtrio; própria! A2UNLEBA % parte do destino o qual est# adicionada como complemento de A2UNLE?AN ?NM % aquela parte do destino que nunca pode ser mudado! *or e9emplo - pais, se9o, arma, etc! <as A3unle4an e A3unle(b0 podem ser mel&orado enquanto 4)n&ó n8o pode ser modificado ! . destino ORGKRK est# escol&ido no domnio de +L divindade de .r;! AGARI INJ % de car#ter individual, uma pessoa poderia c&egar a terra com bom destino, mas, sem boa condutaV 5 maldade da cabeça espiritual interna danificar# definitivamente o bom destino, o inverso tamb%m acontece! *or%m o _destino_ pode ser modificado, numa certa medida, quando certos segredos s8o con&ecidos, dentro de um conte9to e con&ecimento da Teologia Rorubana! 6ontudo .NS % o mais importante entre as divindades! Aa ordem de importncia - o primeiro % .rV o segundo % a m8e, e se ela ten&a morrido, seu espritoV em terceiro lugar % o pai, e se ten&a morrido, o seu espritoV em quarto lugar, D7? e a seguir, seu ori9# e as outras divindades! >er &umano - somatória - . 6riador, o procriador, procriadora e ser procriado! Ori Al&a e Ger'onalidade% .ri tem a propriedade de ser controlador! 5l%m de guiar a vida, comanda todas as atividades, fsicas ou n8o! Ele arma(ena em um só local todas as informaçZes necess#rias para a e9istFncia do &omem! Aele encontramos o 5s% força; que forma a personalidade do ser e fa( com que cada um pense e &a0a de forma diferente! .ri guarda todas a s c&aves para o F9ito da vida do &omem, ou se0a, inteligFncia, bons pensamentos e memória! Estas s8o qualidades do &omem que integram .ri! .ri tem a funç8o de gestar o 5s% do &omem, ou se0a, ele amadurece todos os *ensamentos, transformando-os ou aprimorando toda e qualquer id%ia que passe *or ele! .ri % independente do ser corpo fsico; e embora este0a ligado a ele, suas funçZes comandam todas as outras! .ri recebeu trFs coisas essenciais para sua e9istFncia: 5 preparaç8o para a vida na 5iye terra; 5 preparaç8o para a Du morte; e 5 preparaç8o para a vida no .rum c%u; Dsto possibilita que no 5iye e9ista a uni8o .ri 5ra corpo cabeça;! <as atenç8o: mesmo que &a0a separaç8o, no caso de morte, .ri nunca morre! Ao caso de morte, .ri e Eled# alma; se 0untam e, caso necess#rio, reali(am rituais como: 5sese viglia;: para que possa &aver a separaç8oV .ris# .lori sen&or da 6abeça; e .ri, para que a alma ou o esprito possa seguir seu camin&o no *lano astral! *or ser uma parte concentradora de energias ben%ficas e mal%ficas, deve-se Ter todo cuidado ao dei9ar o .ri na m8o de estran&os, mesmo que se0a para Im simples carin&o ou ritual! =embrem-se que o sucesso ou fracasso depende do .ri e suas qualidades! 5lgumas saudaçZes: .lorire - pessoa de boa cabeça .lori Buruu - pessoa possuidora de cabeça ruim! Cuando encontramos uma pessoa que, apesar de enfrentar na vida uma s%rie de dificuldades relacionadas a açZes negativas ou maldade de outras pessoas, continua encontrando recursos internos, força interior e9traordin#ria, que l&e permitam a sobrevivFncia e, inclusive, muitas ve(es, mant%m resultados adequados de reali(aç8o na vida , podemos di(er, PENI?AN 2O E 2I ERU I ASOF ORI ENI NI SO NIP, ou se0a, _as pessoas n8o querem que vocF sobreviva, mas o seu ORI trabal&a para vocF_, tra(endo, essa e9press8o, um indicador muito importante de que um .ND resistente e forte % capa( de cuidar do &omem e garantir-l&e a sobrevivFncia social e as relaçZes com a vida, apesar das dificuldades que ele enfrente! Esta % a ra(8o pela qual o BORI, forma de louvaç8o e fortalecimento do .ND utili(ada em nossa religi8o, % utili(ado muitas ve(es, precedendo ou, at%, substituindo um EBO! Dsso se fa( para que a pessoa encontre recursos internos adequados, esta força interior de que falamos, se0a adequaç8o ou a0ustamento de suas condiçZesfrente s situaçZes enfrentadas, se0a quanto ao fortalecimento de suas reservas de energia e consequente integraç8o com suas fontes de vitalidade! Q importante di(er que % o ORI que nos individuali(a e, por conseqFncia, nos diferencia dos demais &abitantes do mundo! Essa diferenciaç8o % de nature(a interna e nada no plano das aparFncias fsicas nos permite qualquer referencial de identificaç8o dessas diferenças!