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Urgência e Emergência – Internato Aula 2: Neuro – parte 2 de 2 Abordagem das crises convulsivas: A crise convulsiva é a ocorrência de sinais e sintomas transitórios devidos a uma atividade neuronal anormal, excessiva e síncrona no cérebro. A epilepsia é uma predisposição permanente de gerar crises epilépticas. Mas qual a definição de epilepsia? Pelo menos duas crises não provocadas com intervalo >24h Uma crise não provocada e uma probabilidade de crises subsequentes semelhante ao risco geral de recorrência após duas crises não provocadas ocorrendo nos próximos 10 anos Diagnóstico de uma síndrome epiléptica Tipos de crises convulsivas: Inicio focal (perceptivas/disperceptivas/focal evoluindo para tônico-clônico bilateral/inicio motor ou não motor), inicio generalizado motoras ou não motoras, inicio desconhecido e não classificadas. Eletroencefalograma: com eletrodos posicionados sobre o crânio, temos a formação de ondas que podem ser interpretadas. Todos os pacientes com epilepsia devem fazer algum exame de imagem, exceto aqueles com formas típicas de epilepsia generalizada primária. Agora crises focais com inicio após os 40 anos, considerar possível indicação de exame de urgência. Lesões associadas a inicio tardio de crises convulsivas: neoplasias, trauma, malformações vasculares, AVC As crises sintomáticas agudas podem ser por infecções, TCE, neoplasia, drogas, distúrbios metabólicos (hipoglicemia, hiponatremia, IRA e IRC, insuficiência hepática, hipocalcemia, hipomagnesemia, abstinência de álcool e drogas), AVC. Fatores de recorrência de crises convulsivas: etiologia estrutural, alterações de exame neurológico, predomínio de crises durante o sono, atividade epileptiforme no ECG inter-ictal. Diagnósticos diferenciais: sincope vasovagal, narcolepsia, migrânea, espasmo hemifacial, pseudoconvulsoes psicogênicas, ataque isquêmico transitório, delirim, encefalopatia tóxico-metabólica Quando levar para a emergência? Crise >5min, paciente inconsciente ou confuso após crise, sem história previa de epilepsia, trauma, alteração dos sinais vitais Abordagem terapêutica: estabilização do quadro; correção dos fatores desencadeantes, não introduzir objetos na cavidade oral; proteger paciente para evitar traumas. Se >5min iniciar diazepam 10mg EV em bolus ou midazolam 10mg IM (tbm pode nasal* 0,1mg/kg), podendo repetir mais uma vez após o 5º min após a primeira dose (EME). Se após 10 min da 2ªx não melhorou, iniciar fenitoína 15-20 mg/kg , MAX 50mg/min e no máximo 1000mg (cuidado com acesso e fazer diluida em 20min). Se persistir por mais 20min pode repetir fenitoína ou diazepam e considerar fenobarbital 10mg/kg. Se mesmo assim não sair da crise, fazer sedação e entubação orotraqueal.