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TCC1 Marisa-1 Etapa 3 final completo

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GRUPO SER EDUCACIONAL 
UNINASAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA 
MARISA MOREIRA BATISTA 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE PESQUISA – TCC1 
 
 
 
 
 
 
 
EJA NO ENSINO MÉDIO OBSTÁCULOS E PERSPECTIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife/PE 
2022 
 
SUMÁRIO 
 
 
1INTRODUÇÃO........................................................................................................3 
1.1Tema ..................................................................................................................4 
1.1.2Delimitação do Tema .......................................................................................4 
1.2 Problema de Pesquisa .......................................................................................4 
1.3 Justificativa .........................................................................................................4 
2 OBJETIVOS ..........................................................................................................5 
2.1 Objetivo Geral ....................................................................................................5 
2.2 Objetivos Específicos .........................................................................................5 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................5 
3.1 OBSTÁCULOS E PERSPECTIVAS DA EJA....................................................10 
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................15 
4.1 Caracterização do estudo .................................................................................16 
4.2 Universo da pesquisa.........................................................................................16 
4.3 Instrumentos de coleta de dados ......................................................................16 
5 REFERÊNCIAS ...................................................................................................17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade específica da 
educação básica, que visa assegurar o acesso à educação àquelas pessoas que por 
algum motivo foram privadas de prosseguir os estudos. Nesse sentido o público de 
estudante da EJA enfrenta desafios para ter acesso à educação, ao transporte, à 
tecnologia, entre outros aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais, pois são 
em sua maioria pessoas de classe baixa que dividem o tempo entre, trabalho, filhos e 
estudo, com o intuito de ter acesso ao ensino básico sem descuidar de suas 
obrigações. 
Toda esta realidade abordada neste projeto aponta para o fato de que o 
processo de escolarização executado nas instituições muitas vezes é negligenciado 
pelos órgãos responsáveis, na oferta de aulas em todas as unidades básicas de 
ensino dos municípios e estados, de políticas públicas voltadas para a redução do 
analfabetismo, programas de manutenção e aprimoramento da Educação de Jovens 
e Adultos, investimentos em formação continuada para os professores, relação ativa 
com a comunidade de estudantes para melhor compreensão sobre a realidade e 
construção de planejamento eficiente que alcance os docentes da EJA. 
O objetivo do estudo é analisar a realidade da modalidade EJA no ensino 
médio, seus desafios e benefícios no Município de Aparecida de Goiânia – GO. Para 
tanto partimos da seguinte questão problema: Quais os obstáculos da modalidade 
EJA para os professores? Com isso, percebe-se a importância da EJA, para que haja 
garantia de qualidade no ensino. Como também desenvolver o interesse pela 
educação de jovens e adultos nos alunos, professores e comunidade, visualizar os 
benefícios que ela traz, a fim ofertar um ensino eficiente e prazeroso. 
Este estudo ampliou as convicções sobre a importância da Educação de 
Jovens e Adultos, por meio de técnicas eficientes, políticas públicas voltadas para os 
estudantes e o ensino da EJA será possível romper os parâmetros sociais e 
econômicos, que impossibilitam a continuação na escola. A EJA é uma política 
educacional, fundamentada na reparação do tempo perdido, promovendo igualdade e 
direitos, antes negligenciados pelo Estado. Por isso é preciso que haja parceria entre 
o Estado e o corpo docente, no suporte financeiro e autonomia para desenvolver 
projetos que auxiliem o aperfeiçoamento acadêmico do aluno, também entre professor 
e estudante em uma via de mão dupla, ao mesmo tempo, que ensina aprende, 
 
viabilizando conhecer as experiências do seu colegiado para aplicar técnicas de 
enfrentamento ao analfabetismo. 
O estudo da EJA é baseado na reparação do tempo escolar, sendo que ao 
longo dos anos a Educação de Jovens e Adultos se mostrou eficiente, constituindo a 
única modalidade de ensino voltada para a educação de jovens e adultos. Enfrentando 
os desafios e criando perspectivas com métodos que atendam a necessidade dos 
alunos, conciliando estudo e trabalho, é necessário que a EJA esteja disponível em 
todas as regiões, com os recursos necessários para um ensino eficiente. 
Os docentes da EJA no Ensino Médio têm encontrado obstáculos como a 
evasão escolar, gravidez na adolescência, desestimulação dos alunos devido às 
repetências consecutivas ano após ano, falta de conhecimento sobre os direitos, 
escassez de curso de formação continuada para os professores desta modalidade, 
turma com desníveis de conhecimentos, entre outros fatores. 
 
1.1 TEMA 
 
EJA no Ensino Médio 
 
1.1.1 Delimitação do Tema (título). 
 
Partindo do pressuposto da relevância social, cultural e econômica que a EJA 
proporciona aos estudantes, torna-se importante compreender como funciona a EJA 
no ensino médio e os obstáculos enfrentados para se efetivar essa modalidade de 
ensino. 
 
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA 
 
Quais os obstáculos da modalidade EJA para os professores? 
 
1.3 JUSTIFICATIVA 
 
A temática do projeto partiu do pressuposto de compreender a necessidade, a 
importância da Educação de Jovens e Adultos no Ensino Médio e analisar os desafios 
e perspectivas. A motivação se deu pela observação dos estudos sobre o tema, o 
 
fato de a EJA oportunizar a socialização e efetivação do ensino-aprendizagem e 
cumprir a Constituição Federal de 1988 que afirma em seu artigo 205, que todos tem 
direito a educação, sendo dever do Estado e da família a preparação para que o aluno 
seja inserido no mercado de trabalho. 
Ademais, reduzindo o número de analfabetos, capacitando jovens e adultos 
para o serviço na sociedade, que consequentemente reduz a desigualdade social, 
movimenta a economia, sendo que estes após concluir o Ensino Médio podem e 
escolher diversos campos de atuação, ser microempresários, cursar em 
universidades, entre outros. 
Diante disso, inúmeras foram as contribuições acadêmicas que reforçaram o 
conhecimento antes adquiridos, os dados despertaram para a necessidade e 
urgência de se ter um olhar sério e não com manobras na Educação de Jovens e 
adultos, que não necessita de mais leis e sim a efetivação das existentes, nesta 
modalidade não dever haver partidarismo e sim eficiência e transparência na oferta 
nas escolas municipais e estaduais. 
 
2 OBJETIVOS 
 
Os objetivos do projeto são responsáveis por nortear a busca sobre a 
temática com o intuito de garantir o foco no tema. 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
Analisar a realidade da modalidade EJA no ensino médio, seus desafios e 
benefícios no Município de Aparecida de Goiânia –GO 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Explicar os motivos das desistências dos alunos no decorrer do ano letivo. 
 
• Relatar os obstáculos vivenciados pelos professores em manter a frequência 
significativa e satisfatória. 
 
• Mostrar a importância do EJA para a sociedade. 
 
 
 
3 REVISÃO DE LITERATURA OU FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A Educação de Jovens e Adultos surgiu na época do Brasil Colônia coma 
catequização dos indígenas, alguns anos após a chegada dos portugueses ao país 
os jesuítas sentiram a necessidade de doutrinar os índios que aqui habitavam. E 
ganhou maior relevância com o passar dos anos através de alguns teóricos e 
pesquisadores. A EJA está relacionada à defesa de uma prática educacional de 
igualdade. E a necessidade de oportunizar alunos que não tiveram condições sociais, 
econômicas e culturais para ir à escola, foram criados cursos noturnos para esses 
jovens e adultos analfabetos. (BRASIL, 1988) 
Segundo Di Ricco (1979) os padres jesuítas foram os iniciadores da educação 
no país, os primeiros “educadores” dos nativos. Naquele período, a igreja católica era 
representada, sobretudo pela Companhia de Jesus com a chegada de seis 
missionários jesuítas em 1546. A catequização jesuítica realizava-se nas aldeias e 
moradias indígenas de conteúdos relacionados aos costumes da cultura ocidental, ao 
comportamento e à religiosidade (ROCHA, 2005). 
Nesse sentido os jesuítas foram os guias intelectuais da colônia por mais de 
dois séculos, instituíram um sistema escolar que se restringia a elite branca e aos 
índios aculturados (ROCHA, 2005). Entretanto, tais ações foram encerradas em 1759 
quando, por decisão do primeiro ministro português Marquês de Pombal, os jesuítas 
foram expulsos do Brasil. A pedagogia jesuítica com a Companhia de Jesus “[…] 
atravessou todo o período colonial e imperial e atingiu o período republicano, sem ter 
sofrido, em suas bases, qualquer modificação estrutural […].” (ROMANELLI, 2010, p. 
36). 
Para Rocha (2005), a crítica aos jesuítas movia-se em torno da miséria 
econômica e intelectual do reino pelo qual eles eram responsabilizados. Desde 1555 
havia um monopólio do ensino exercido, cujo conteúdo a serviço da ordem religiosa e 
anticapitalista fugia aos interesses do governo português. Assim, para solucionar o 
problema do ensino, a proposta de Pombal foi fechar as escolas jesuíticas. 
A reforma pombalina (1759) imposta pela Coroa portuguesa extinguiu a 
organização escolar até então sistematizada, contudo, não veio acompanhada por um 
projeto pedagógico substituto ao ensino jesuítico (ROCHA, 2005). 
 
Sem um plano escolar que sustentasse o sistema de ensino, as dificuldades 
persistiam devido à inexistência de uma estrutura administrativa educacional. A 
alternativa foi instituir um regime de “aulas régias”, ou seja, disciplinas isoladas 
ministradas por professores leigos e sem senso pedagógico. (ROCHA, 2005). 
Ademais, somente em 1940 a EJA começou a caminhar para se constituir como 
política educacional, sabendo das diversas dificuldades dos alunos da EJA de 
desenvolver suas habilidades, foram pensadas políticas públicas que promovessem o 
ensino de qualidade, como assegura a Constituição Federal, de 1988; educação como 
direito de todos, dever do estado e da família. (BRASIL, 1988). 
A luta pelo reconhecimento e efetivação da EJA, não é atual, acontece ao longo 
dos anos e através do esforço de uma parcela da sociedade conseguiu-se adquirir 
políticas públicas voltadas para garantir o direito desses alunos de estar em sala de 
aula. 
Para Soares (2002): 
No Brasil, o discurso em favor da Educação popular é antigo: precedeu 
mesmo a proclamação da República. Já em 1882, Rui Barbosa, baseado em 
exaustivo diagnóstico da realidade brasileira da época, denunciava a 
vergonhosa precariedade do ensino para o povo no Brasil e apresentava 
propostas de multiplicação de escolas e de melhoria qualitativa de Ensino 
(SOARES, 2002, p.8). 
 
 A partir da década de 60, muitas outras campanhas começaram a surgir com 
visões diferentes daquelas anteriores, agora a proposta era uma educação igualitária 
e para todos. Apresentam-se programas para erradicar o analfabetismo no país, e 
com essas melhorias conseguir a imagem ideal para o país, como também em 
políticas para melhorar as condições de vida do povo brasileiro, e um pouco mais 
reflexivo em relação ao que se vinha sendo trabalhado. “(...) antes apontado como 
causa da pobreza e da marginalização, o analfabetismo passou a ser interpretado 
como efeito da pobreza gerada por uma estrutura social não igualitária. (...)” (CUNHA, 
1999, p.12). 
Segundo Ribeiro (2001) um problema que permaneceu, desde esse período, é 
que a EJA é vista ou associada a um ensino noturno de segunda linha, de caráter 
complementar e compensatório, onde absorve adultos que não conseguiram concluir 
seus ensinos na idade ideal ou foram reprovados e alguns são tidos até como fracasso 
escolar, e somando-se a isso a falta de incentivo político, levou por algum tempo essa 
educação a uma paralisação em suas modalidades tecnopedagógicas e baixos 
investimentos na EJA. 
 
Essa definição da EJA nos esclarece o potencial de educação inclusiva e 
compensatória que essa modalidade de ensino possui, percebe-se que a EJA tem 
respaldo na lei para a reparação do tempo estudantil de jovens, adultos, idosos, todo 
aquele que não pode estudar no tempo adequado. 
As políticas públicas de educação para a EJA são recentes, “cerca de 50 anos 
de histórias, de lutas” (LIMA, 2017, p. 361), e foram construídas com base em 
campanhas de alfabetização e projetos assinalados por características de 
provisoriedade, pulverização e descontinuidade. As Diretrizes Curriculares Nacionais 
para a EJA reconhecem que a exclusão social tão significativa no Brasil é acentuada 
pela defasagem educacional a que foram submetidos muitos brasileiros, negando seu 
direito de participação no exercício pleno da cidadania e de integração à vida produtiva 
de maneira mais efetiva, com seus direitos garantidos legitimamente (BRASIL, 1996). 
Asseguram que a redução desse contingente não se realizará com ações 
emergenciais, mas com ações sistemáticas e sucessivas que se complementem para 
que a integralidade dos sujeitos educacionais possa ser respeitada. 
A história da EJA se iniciou no Brasil Colônia (BRASIL, 1998), mas as políticas 
públicas são atuais, e através de debates sobre a importância do ensino da EJA 
surgiram conselhos que regulamentam a oferta de cursos e programas educacionais 
como a Resolução nº 01, de 2016 que diz, 
 
Art. 1º: A presente Resolução define Diretrizes Operacionais Nacionais para 
regulamentar a oferta de cursos e programas de Ensino Médio, de Educação 
Profissional Técnica de Nível Médio e de Educação de Jovens e Adultos 
(EJA), nos níveis do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, na modalidade 
de Educação a Distância (EAD), em regime de colaboração entre os sistemas 
de ensino. (CNE/CEB nº 1/2016) 
 
A resolução mostra as possibilidades para a EJA no Ensino Fundamental e 
Ensino Médio, e não apenas focado nos anos iniciais, contudo em uma continuidade 
sistemática de todas as modalidades de ensino e até mesmo à distância. 
Nas últimas décadas, a Educação de Jovens e Adultos vem sendo delineada 
legitimamente, construindo um espaço de garantia nas políticas educacionais. A 
Constituição de 1988, em seu Art. 208, reconhece a educação como direito de todos; 
esse artigo prevê como dever do Estado a garantia do Ensino Fundamental, 
obrigatório e gratuito, a despeito da idade (Brasil, 1988). A Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional nº 9.394/96 integrou uma mudança conceitual sobre a EJA 
 
antes conceituada como ensino supletivo, hoje em dia se tornou Educação de Jovens 
e Adultos. 
 
A mudança de “ensino supletivo” para “Educação de Jovens e Adultos” não é 
mera atualização vocabular. Houve um alargamento do conceito ao mudar a 
expressão de ensino para educação. Enquanto o termo “ensino” se restringe 
à mera instrução, o termo “educação” é muito mais amplo, compreendendo 
os diversos processos de formação. (SOARES 2002, p. 12) 
 
Apesar de alguns retrocessos, como o Decreto nº 2.208/97, sobre a reforma da 
Educação Profissional, a não inclusão da EJA na contabilização das matrículas para 
os repasses de recursos federais (Fundode Manutenção e Desenvolvimento do 
Ensino Fundamental e Valorização do Magistério, FUNDEF, lei 9424 de 1996), 
gerando redução da oferta de vagas nos municípios, como apontado por especialistas 
da área (Rummert; Ventura, 2007), a Educação de Jovens e Adultos seguiu resistindo 
às iniciativas muitas vezes insípidas, mas que buscavam firmar a EJA no rol das 
políticas públicas. 
Surgiram programas como o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral) 
de 1968, que tinha como objetivo reduzir os índices de analfabetismo e melhorar a 
mão de obra para execução de trabalhos que exigissem dessa parcela social a leitura 
para execução do labor. Esse programa fracassou em seus intentos e só muito tempo 
depois às políticas educacionais voltadas para o público de jovens e adultos foram 
reafirmadas. 
A Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em 1990 na 
Tailândia, trouxe o foco das discussões sobre os pobres e excluídos da sociedade, 
afirmando a educação como direito de todos. Em 2000, por meio do Parecer 11, 
aprovado pela Câmara de Educação Básica, regulamentaram-se as Diretrizes 
Curriculares para a EJA, que qualifica a Educação de Jovens e Adultos e define suas 
funções: reparadora, equalizadora e qualificadora. 
Soares (2002) descreve a função reparadora da EJA, no limite, significa não só 
a entrada no circuito dos direitos civis pela restauração de um direito negado: o direito 
a uma escola de qualidade, mas também o reconhecimento daquela igualdade 
ontológica de todo e qualquer ser humano. 
 
(...) A função equalizadora da EJA vai dar cobertura a trabalhadores e a tantos 
outros segmentos sociais como donas de casa, migrantes, aposentados, 
encarcerados. A reentrada no sistema educacional dos que tiveram uma 
interrupção forçada seja pela repetência ou pela evasão, seja pelas desiguais 
oportunidades de permanência ou outras condições adversas, deve ser 
 
saudada como uma reparação corretiva, ainda que tardia, de estruturas 
arcaicas, possibilitando aos indivíduos novas inserções no mundo do 
trabalho, na vida social, nos espaços da estética e na abertura de canais de 
comunicação (BRASIL, 2000, p. 38). 
 
Essa tarefa de propiciar a todos a atualização de conhecimentos por toda a vida 
é função permanente da EJA que pode se chamar de qualificadora. Mais do que uma 
função ela é o próprio sentido da EJA. 
A Educação de Jovens e Adultos, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação, oportuniza o resgate de um direito fundamental do cidadão, que é 
educação. A oferta da EJA é gratuita e o poder público precisa assegurar a 
permanência desses alunos na sala de aula como a excelência na prestação do 
ensino. 
Com isso, o significado de recomeço no dicionário significa: novo começo; 
ação de começar novamente, não é diferente quando falamos de Educação 
de Jovens e Adultos, a concretização de sua trajetória escolar possibilita 
sonhos, objetivos, sentimentos de capacidade, sucesso acadêmico e 
pessoal, essa modalidade de ensino permite que os jovens, adultos e idosos 
se tornem realizados, eficientes e preparados para o mercado de trabalho. 
“consequentemente, a EJA tem de se caracterizar como uma política 
afirmativa de direitos coletivos sociais historicamente negados” (Arroyo, 
2011, p. 29). 
3.1 OBSTÁCULOS E PERSPECTIVAS DOS ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO DE 
JOVENS ADULTOS NO ENSINO MÉDIO 
A maioria dos alunos da EJA são pessoas de classe baixa, com contextos 
políticos, sociais, econômicos e culturais diferentes. Num contexto geral, observa-se 
que, majoritariamente, são pessoas que lutam dia a dia na tentativa de superar suas 
precárias condições de vida, dificuldades expressas nos baixos salários, 
discriminação, desemprego, questões que comprometem o processo de 
alfabetização, de ensino-aprendizagem. 
Farias (2008) os perfis dos alunos da EJA da rede pública são na sua maioria 
trabalhadores proletariados, desempregados, dona de casa, jovens, idosos, 
deficientes. São alunos com suas diferenças culturais, etnia, religião, crenças. 
Assim, percebe-se que a EJA, a começar de suas origens, na base das suas 
práticas, campanhas, programas, até os dias atuais apresentam resquícios da política 
educacional elitizada e vinculada a artifícios classistas. 
 
 
Nossos alunos, das classes de EJA, são muitas vezes pessoas que 
administram sua sobrevivência econômica: fazem “bicos”, são autônomos, 
circulam por diferentes profissões como auxiliares ou ajudantes de pintura, 
construção, serviços domésticos, venda ambulante etc. (BRASIL, 2006, p. 
21). 
 
De acordo com o Censo Escolar de 2018 do Ministério da Educação (MEC) são 
cerca de 3,5 milhões de estudantes reprovados ou desistentes no Brasil (BRASIL, 
2018). Uma das principais causas pode ser a metodologia usada pelo professor em 
sala de aula que não está de acordo à realidade do aluno e a falta de insistência do 
professor em buscar incentivos para despertar o interesse do aluno em continuar 
estudando. 
 
As pessoas jovens e adultas, ao retornarem aos espaços de educação formal, 
carregam consigo marcas profundas de vivências constitutivas de suas 
dificuldades, mas também de esperanças e possibilidades, algo que não 
deveria ficar fora do processo de construção do saber vivenciado na escola. 
(SILVA, 2010, p. 66). 
 
Outro fator é a gravidez precoce, no Brasil cerca de 30% das adolescentes não 
concluíram o ensino fundamental, ou seja, estudaram menos de sete anos (Fundação 
Abrinq, 2018). Elas alegam que darão continuidade aos estudos logo após o término 
da amamentação, todavia isso não acontece e acabam desistindo por completo. É 
importante que a escola tenha um projeto de intervenção para orientar os 
adolescentes da comunidade escolar sobre os riscos de uma gravidez na 
adolescência e suas consequências, através de palestras, seminários com a parceria 
de pais, comunidade e escola a fim de conscientizar os alunos sobre as 
responsabilidades. 
 
O impacto da evasão escolar não se resume apenas à mãe, mas também ao 
pai da criança que ao assumirem a paternidade, muitos rapazes deixam o 
estudo para trabalhar. Em casa, a adolescente cuida dos afazeres 
domésticos. Ambos visualizam claramente que seus projetos de vida estão 
desfeitos. (DESSER, 1993 17-39). 
 
Encontra-se outro grupo, dos que não tiveram condições de ingressar em uma 
escola por conta das grandes dificuldades, a vida cotidiana de muitos é difícil e surge 
à necessidade de trabalhar para promover o sustento da família. Dados da 
Organização das Nações Unidas (ONU) comprovam que cerca de 11,8 milhões de 
brasileiros analfabetos hoje grandes parte já é adulta, é preciso que haja políticas 
públicas voltadas para esses alunos, o governo juntamente com os órgãos 
competentes possam proporcionar trabalho de horários opostos, de meio período para 
 
que eles continuem estudando e trabalhando. Grande parte dos alunos da EJA no 
Brasil é de classe baixa. 
 
Homens, mulheres, jovens, adultos ou idosos que buscam a escola 
pertencem todos a uma mesma classe social: são pessoas com baixo poder 
aquisitivo, que consomem, de modo geral, apenas o básico à sua 
sobrevivência: aluguel, água, luz, alimentação, remédios para os filhos 
(quando os têm). (BRASIL, 2006, p. 15). 
 
A desigualdade social é alarmante, além da questão social eles encontram 
obstáculos de se locomover até a escola. O governo tem uma dívida moral, social e 
econômica com esses brasileiros que estão analfabetos. É imprescindível que a 
política educacional EJA tenha recursos e investimentos para restituir o direito à 
educação que eles não obtiveram por conta dos contratempos impostos as camadas 
mais pobres, projetos que assegurem os direitos ao ensino. Como também a 
capacitação dos professores da EJA que precisam ter uma visão ampla do que é 
ensinar e aprender com jovens e adultos. 
 
A educação de adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século 
XXI; é tanto consequência do exercício da cidadaniacomo condição para 
uma plena participação na sociedade. Além do mais, é um poderoso 
argumento em favor do desenvolvimento ecológico sustentável, da 
democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do desenvolvimento 
socioeconômico e científico, além de um requisito fundamental para a 
construção de um mundo onde a violência cede lugar ao diálogo e à cultura 
de paz baseada na justiça. (CEB, 2000a, p. 12). 
 
Outrossim, percebe-se alguns impasses na forma de aprender dos alunos da 
EJA, ao associar os métodos da educação tradicional com à atual, como o uso de 
cartilhas, cópias grandes, carteiras enfileiradas, dificuldade de expressar dúvidas e 
questionar alguns pontos, a visão do professor como detentor do saber entre outros. 
Ocasionando a distorção de pensamento referente às metodologias modernas, que o 
influencia a querer evadir ou deduzir que não está aprendendo. Mediante isso cabe 
ao professor e a instituição escolar buscar conciliar a bagagem de conhecimento que 
o aluno possui, com a sua didática, priorizando a realidade vivenciada pelos 
estudantes da EJA. 
 
[…] quando chegam à sala de aula de jovens e adultos nas escolas de ensino 
regular, continuam sendo discriminados face às dificuldades que encontram 
em acompanhar o ritmo imposto pelo professor que, na maioria das vezes, 
os ensinam como se fossem crianças, desconsiderando a história de vida, a 
experiência e maturidade que adquirem ao longo da vida. (GUEDES et al., 
2010, p. 38). 
 
 
Segundo a Declaração de Hamburgo 
 
A Educação de Jovens e Adultos engloba todo processo de aprendizagem, 
formal ou informal, onde pessoas consideradas adultas pela sociedade 
desenvolvem suas habilidades, enriquecem seus conhecimentos e 
aperfeiçoam suas qualificações técnicas e profissionais para a satisfação de 
suas necessidades e da sociedade. (DH, 2000, p.16). 
 
Em 1997, com a V Conferência Internacional de Educação de Jovens e Adultos, 
realizada na Alemanha, em Hamburgo, enfatizou a necessidade de aperfeiçoar o 
conhecimento sobre a EJA para permitir que os estudantes possam concluir os 
objetivos, auxiliando no desempenho pessoal e profissional. 
Igualmente percebe-se a importância do professor reflexivo/pesquisador no 
ensino para jovens e adultos, uma educação voltada para a população mais pobre, 
como consequência necessita de um olhar atento e sensível para as vivências destes 
alunos para poder intervir de forma técnica nas dificuldades encontradas ao longo do 
percurso escolar. 
 
O conceito de educação de jovens e adultos vai se movendo na direção ao 
de educação popular na medida em que a realidade começa a fazer exigência 
à sensibilidade e a competência científica dos educadores e educadoras. 
Uma dessas exigências tem a ver com a compreensão crítica dos educadores 
de que vem ocorrendo na cotidianidade do meio popular (GADOTTI, 2003, 
p.47). 
 
Gadotti (2003) faz referência ao fato de a maioria dos alunos da EJA ser de 
baixa renda, se assemelhando a educação popular que visa o ensino de classes 
menos favorecidas, e na intenção de que isso aconteça o professor precisa conciliar 
o conhecimento que o aluno possui a fim de haver efetivação no processo de formação 
acadêmica, pessoal e profissional. 
De acordo com Moll (2004), o descaso com a Educação de Jovens e Adultos 
pode estar, aos poucos, começando a ser revertido pela ação local dos municípios e 
seus parceiros. As ações das universidades com relação à formação do educador de 
jovens e adultos ainda são tímidas se consideradas, de um lado, a relevância que tem 
ocupado a EJA nos debates educacionais e, de outro, o potencial dessas instituições 
como agências de formação. Os trabalhos acadêmicos que se referem à temática, 
analisados por Machado (2000), alertam que a formação recebida pelos professores, 
normalmente por meio de treinamentos e cursos aligeirados, é insuficiente para 
atender às demandas da Educação de Jovens e Adultos. 
 
 
Muitos continuam não tendo acesso à escrita e leitura, mesmo minimamente; 
outros têm iniciação de tal modo precária nestes recursos, que são mesmo 
incapazes de fazer uso rotineiro e funcional da escrita e da leitura no dia a 
dia. Além disso, pode-se dizer que o acesso a formas de expressão e de 
linguagem baseadas na microeletrônica são indispensáveis para uma 
cidadania contemporânea e até mesmo para o mercado de trabalho. (CEB, 
2000a, p. 3). 
 
A formação do educador dá-se na relação cotidiana com os educandos na 
medida em que vai superando ingenuidades iniciais e conquistando maior segurança 
e maturidade ao assumir o seu papel docente: o de favorecer o processo de 
construção e reconstrução do conhecimento. 
 
O conhecimento na ação, ou o conhecimento tácito, seria aquele constituído 
na prática cotidiana do exercício profissional. Concebemos que esse é um 
saber que se constrói com base nos conhecimentos prévios de formação 
inicial, articulado com os saberes gerados na prática cotidiana, de forma 
assistemática e muitas vezes sem tomada de consciência acerca dos modos 
de construção. Para um projeto de formação numa base reflexiva, torna-se 
fundamental conhecer e valorizar esses conhecimentos que são constituídos 
pelos professores, seja através de uma reflexão teórica, seja através desses 
processos eminentemente assistemáticos. (LEAL, 2005, p.114): 
 
Na perspectiva de Giroux (1997), a reflexão amplia o horizonte, incluindo a 
compreensão da sua ação, professores que a estrutura e o funcionamento 
institucional exercem sobre como ele pensa sua prática, bem como o sentido social e 
político do seu trabalho. 
Assim, Oliveira (2007, p.86) aborda essa questão: 
 
[...] atualmente, muitos são os educadores que buscam ampliar este conceito, 
incorporando ao trabalho e à reflexão sobre o tema os jovens e adultos que, 
estando no sistema de ensino regular, são submetidos a propostas e práticas 
inadequadas tanto aos seus perfis socioeconômico-culturais quanto às suas 
possibilidades e necessidades reais. Isto porque a tendência predominante 
das propostas curriculares é a da fragmentação do conhecimento, e a da 
organização do currículo numa perspectiva cientificista, excessivamente 
tecnicista e disciplinarista, que dificulta o estabelecimento de diálogos entre 
as experiências vividas, os saberes anteriormente tecidos pelos educandos e 
os conteúdos escolares. 
 
O professor precisa realmente adaptar/conciliar sua prática de ensino ao 
conhecimento que o aluno traz consigo, pensar aulas dinâmicas com conteúdos, que 
permitam a integração de todas as disciplinas, facilitando o processo de ensino 
aprendizagem, utilizando materiais do cotidiano do estudante, não para omitir outros 
materiais, mas para trabalhar o que é conhecido para ter maior interação e 
desenvolvimento, apresentando novas possibilidades. 
 
A educação continuada permite novas técnicas de capacitação dos professores 
através de estratégias de criar recursos e projetos a fim de qualificar e facilitar o 
ensino-aprendizagem. A esse respeito, Haddad (2001, p. 191-192) afirma que: 
 
A educação continuada é aquela que se realiza ao longo da vida, 
continuamente, é inerente ao desenvolvimento da pessoa humana e 
relaciona-se com a ideia de construção do ser. Abarca, por um lado, a 
aquisição de conhecimentos a aptidões e, de outro, atitudes e valores, 
implicando no aumento na capacidade de discernir e agir. Educação 
continuada implica repetição e imitação, mas também apropriação, 
ressignificação e criação. Enfim, a ideia de uma educação continuada 
associa-se a própria característica distintiva dos seres humanos, a 
capacidade de conhecer e querer saber mais, ultrapassando o plano 
puramente instintivo de sua relação com o mundo e com a natureza. 
 
Haddad (2001) aborda a importância da formação continuada para todos os 
profissionais, como algo contínuo e que possibilita estratégias eficientes na sua prática 
diária de educação, uma formação que precisa se tornar um hábito parapoder ajudar 
os alunos no processo de escolarização, como agregar valores aos profissionais, 
alunos e sociedade. 
As perspectivas da EJA é possibilitar e efetivar um ensino que alcance todas 
as idades valorizando o conhecimento, habilidades, cultura, abrindo caminhos a fim 
de que eles possam adquirir novos conhecimentos, sendo um dos maiores desafios à 
permanência dos alunos na sala de aula, a descontinuidade fragmenta os conteúdos 
anteriormente apreendido. A educação pode melhorar a relação social dos estudantes 
através da interação, na troca de experiências, no despertar para o mercado de 
trabalho e como consequente na qualificação da mão de obra, norteando suas ações 
na sociedade. A visão dos alunos da EJA que não puderam por vários motivos serem 
alfabetizado no tempo certo, é que seria possível retomar os estudos depois e assim 
realizar o sonho de concluir o Ensino Médio, uma faculdade e ter uma profissão. 
 
 
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Os procedimentos metodológicos foram os instrumentos utilizados para a 
elaboração do projeto, métodos que garantiram a fundamentação teórica. 
 
 
 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
A metodologia utilizada foi à pesquisa bibliográfica; de estudo exploratório com 
abordagem de cunho qualitativo. Segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa 
bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, 
revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. A sua finalidade é fazer com que o 
pesquisador entre em contato direto com todo o material escrito sobre um determinado 
assunto, auxiliando o cientista na análise de suas pesquisas ou na manipulação de 
suas informações. Ela pode ser considerada como o primeiro passo de toda a 
pesquisa científica. 
Segundo Selltiz et al. (1965), enquadram-se na categoria dos estudos 
exploratórios todos aqueles que buscam descobrir ideias e intuições, na tentativa de 
adquirir maior familiaridade com o fenômeno pesquisado. Nem sempre há a 
necessidade de formulação de hipóteses nesses estudos. Eles possibilitam aumentar 
o conhecimento do pesquisador sobre os fatos, permitindo a formulação mais precisa 
de problemas, criar novas hipóteses e realizar novas pesquisas mais estruturadas. 
Nesta situação, o planejamento da pesquisa necessita ser flexível o bastante para 
permitir a análise dos vários aspectos relacionados com o fenômeno. 
Para Triviños (1987), a abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados 
buscando seu significado, tendo como base a percepção do fenômeno dentro do seu 
contexto. O uso da descrição qualitativa procura captar não só a aparência do 
fenômeno como também suas essências, procurando explicar sua origem, relações e 
mudanças, e tentando intuir as consequências. 
 
4.2 UNIVERSO PESQUISADO 
 
Os livros: Educação de Jovens e Adultos: um campo de direitos e de 
responsabilidade pública de Arroyo; Educação de jovens e adultos: correntes e 
tendências de Moacir Gadotti; Os professores como intelectuais: rumo a uma 
pedagogia crítica da aprendizagem de Giroux e A aplicação do método materialista-
histórico-dialético na Educação de Jovens e Adultos de Guedes, artigos, 
documentários, entre outros. 
 
 
4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 
 
Instrumento de 
coleta de 
dados 
Universo pesquisado Finalidade do Instrumento 
 
Documentos 
 
Manuais, relatórios, 
documentos, artigos, livros, 
etc. 
O conceito de Eja, aspectos 
históricos, obstáculos dos 
alunos e docentes 
 Quadro 1- Instrumento de coleta de dados. 
Fonte: CAVALCANTI e MOREIRA (2008) 
 
5 REFERÊNCIAS 
 
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responsabilidade pública. In: GIOVANETTI, M.; GOMES, N.; SOARES, L. 
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