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Proteinas da Membrana do Globulo Vermelho - Metodos de Estudo ·TEREZA MARIA D. DE MEDEIROS ··ORLANDO CESAR DE O. BARREDa 1. INTRODU~Ao A vida media do eritr6cito e de 120 dias. Durante esse periodo, a fim de poder circular livremente na corrente sangiiinea, a gl6bulo vermelho apresenta considenivel resistencia e flexibilidade que the e conferida par uma rede de protein as situadas na face interna da membrana logo abaixo da bicamada lipidica (Figura A). A membrana do gl6bulo vermelho e constituida par 49% de proteinas, 43% de lipidios e 8% de carboidratos, cuja organiza«;ao destes componentes e essencial para a fun«;ao celular normal e sobrevivencia, alem de determinar as propriedades antigenicas da membrana (11). As proteinas da membrana se associam atraves de liga«;6es bem estabelecidas, configurando uma rede que confere a capacidade do eritr6cito em manter a sua forma e as suas propriedades. Dependendo de sua localiza«;ao em rela«;ao a bicamada lipidica, as proteinas presentes na membrana do gl6bulo , ,.om) c"'" 1 as glicoforinas (A, B e C), as quais transportam receptores de membra- na e antigenos (14). As proteinas perifericas sao as que estao localizadas na face citos6lica au intema da membrana, formando uma rede subjacente a membrana e interagem com protei- nas au por«;ao polar dos lipidios da superficie da membrana, porem mio penetram na camada lipidica. Assim, estas proteinas constituem a citoesqueleto da membrana e sao representadas pela espectrina, anquirina, actina. proteina 4.1. e proteina 4.9. alem da enzima gliceraldeido-3-fosfato desidro- genase (proteina 6) (1, 11). Portanto. as proteinas inte- grais sao aquelas que atravessam au penetram a membrana e as perifericas tern importancia na manuten«;ao da estrutura da mem- brana, formando a seu citoesqueleto. 2. PROTEiNAS PERIFERICAS ESPEQTRINA E a mais importante e a mais abundante do esqueleto da Figura A - Representayao esquematica da membrana eritrocitaria, mostrando a bicamada lipidica com as proteinas integrais imersas, e algumas proteinas perifericas do citoesqueleto (modificado de Singer e Nicholson, 1972). vermelho sao classificadas como proteinas integrais e perifericas (1). Sao chamadas proteinas integrais aquelas que possuem urn segmento hidrof6bico que interage com as lipidios da dupla camada lipidica e, muito freqiientemente assumem uma orienta«;ao trans- membrana com urn segmento polar glicosilado que se estende para fora do gl6bulo vermelho e urn outro segmento em cantata com a face citos6lica da membrana. Estas protein as incluem a protein a 3 (proteina transportadora de ions) e ·Prof. Adjunto do Universidode Federal do Rio Grande do Norte ··Prof. Associodo do Foculdode de Medicino do USP Pesquisodor 1-A do CNPq. membrana eritrocitana. correspon- dendo cerca de 25 a 30% do total proteicoda membrana. Consiste de duas subunidades estruturalmente semelhantes.poremfuncionalmente distintas: alfa-espectrina (proteina 1) e beta-espectrina (proteina 2). com pesos moleculares de 240 e 220 kDa respectivamente (10, 12, 14).Decada uma dessas cadeias ha cerca de 200.000 moleculas par celula. As duas subunidades se associamdemaneira caracteristica: uma molecula de alfa-espectrina se liga par sua extremidade-NH2 a extremidade-COOH de uma mole cuI a de beta-espectrina formando-se a heterodimero. Cada heterodimero se associa lateral- mente a outro heterodimero, porem demodoinverso (anti-paralelo)para formar tetnlmeros e tambem oligomeros (Figura B). A forma GliCOFORINA C I BANDA 3 I eritr6ides), sendo intensa nos pr6- eritroblastos e prossegue ate a estagio de reticu16cito. A alfa- espectrina e produzida em quan- tidade quatro vezes maior que a beta-espectrina. No entanto, sao incorporadas a membrana em quantidades semelhantes, e a excesso de alfa-espectrina e catabolizado (12, 15). ANQUIRINA E a principal protein a da membrana envolvidana liga(,;aodo esqueleto da membrana a mem- brana. E uma proteina globular, embora assimetrica. com tres segmentos: urn deles com sitio de liga(,;aopara a proteina 3, outro com grande afinidade a beta-espectrina e urn segmento regulador das liga(,;oescom espectrina e banda 3 (1).Portanto, a anquirina permite a intera(,;ao entre a espectrina e a GUCOFORINA C I ~ ?-ESPECTRINA COMPLEXb JUNCIONAL j3-ESPECTRINA ~ COMPLEXO JUNCIONAL Figura B . Esquema mostrando a organiza9ao das espectrinas em heterodimeros (alfa espectrina . beta espectrina) e entre os heterodimeros, formando 0 tetramero de espectrina. tetramerica e a mais estavel e constitui a base do citoesqueleto. Ostetrfuneros sao, portanto. a prin- cipal forma de espectrina na membrana do g16bulovermelho (2). Ogeneda alfa-espectrina esta localizado no cromossomo 1 (segmento q22 e q25) enquanto a gene da beta-espectrina esta localizado no cromossomo 14 (10). Asintese de alfa e beta espectrinas se inicia no estagio de CFU-E (unidade formadora de colonias 82·lAES&HAES proteina 3. exercendo papel funda- mental na manuten(,;ao da estabi- lidade da membrana. Esta presente na quantidade de 100.000 mole- culas par cHula, na propor(,;aode uma molecula de anquirina para cada tetrfunero de espectrina (12). A anquirina do eritr6cito humano e atualmente considerada uma mistura de proteinas de tamanhos diferentes. A principal forma (proteina 2.1) e uma proteina de peso molecular de 210 kDa. Outras formas mais rapidas (proteinas 2.2, 2.3 e 2.6) sao facilmentedetectadas par colora(,;oes proteicas pradronizadas e sao varia(,;oesp6s-translacionais doRNA mensageiro (13). PROTEINA 4.1 A proteina 4.1 esta presente na quantidade de 200.000 c6pias par celula. e eresponsavel par cerca de 6% da proteina total da membrana (2,15).E importante na manuten(,;ao da estabilidade da membrana. E uma proteina com fun(,;ao marcadamente facilitadora de intera(,;oes; refor(,;a a liga(,;ao da espectrina aactina, eaintermediaria da liga(,;aoentre a espectrina e a glicoforina C, liga-se a banda 3 e estabelece liga(,;oescom as lipides carregados negativamente da superficie interna da bicamada lipidica (1). Na eletroforese em gel de poliacrilamida, pelo metoda de Laemmli,aparece sob duas formas, 4.1a e 4.1b com pesos moleculares de 80 e 78 kDa respectivamente (7). A forma 4.1 b predomina nos reticu16citos enquanto a proteina 4.1 a e a principal forma nos eritr6citos (2). PROTEINA 4.2 E responsavel par aproxima- damente 5% da proteina total da membrana e esta presente na quantidade de 200.000 moleculas par celula. Apresenta peso molecu- lar de 72 kDa e sua fun(,;aoparece ser importante em manter as liga(,;oesentre banda 3, anquirina e proteina 4.1 (16). PROTEINA 4.9 OU DEMATINA Tern peso molecular de 48 kDa e faz parte das proteinas do citoesqueleto do g16bulovermelho, juntamente comaespectrina, actina e proteina 4.1 (10). ACTINA (PROTEINA 5) Tern peso molecular de 43 kDa. A actina do gl6bulo vermelho encontra-se aproximadamente em cerca de 400.000 a 500.000 mole- culas por cHula. estando a maior parte associada ao citoesqueleto participando do complexojuncional constituido pelas protein as 4.1 e 4.9. glicoforina C, tropomiosina e aducina 0,2). PROTEINA 6 OU GLICERAL- DEIDO-3-FOSFATO DESIDRO- GENASE (GAPD) It uma enzima monomerica de peso molecular 35 kOa. Em condil;oes fisiol6gicas. dois ter.;:os da GAPOencontram-se ligados ao segmento citos6lico da proteina 3 na forma inativa; a forma ativa e a citos6lica livre (1). TROPOMIOSINA (PROTEINA 7) Atropomiosina eritrocitaria e constituida de dois polipeptideos de pesos moleculares 29 e 27 kOa respectivamente, estando presentes comodimeros em cerca de 70.000 a 80.000 moleculas por cHula, que corresponde a mais ou menos 1% do total de proteina da membrana eritrocitaria (2,12).Terna fun.;:aode estabilizar os filamentos de actina que se dispoem longitudinalmente ao longo da tropomiosina (1). ADUCINA A aducina e uma proteina associada ao citoesqueleto da membrana que contem duas subu- nidades alfa ebeta compesos mole- culares 103 e 97 kDa respectiva- mente. formando urn heterodimero presente na propor.;:aode 30.000 moleculas por celula. Promove a liga.;:ao da espectrina a actin a associando-se a actin a e complexos espectrina-actina (2). 3. PROTEINAS INTEGRAlS PROTEINA3 84·LAES&HAES Tambem denominada protei- na transportadora de ions, e a proteina integral mais freqiiente na membrana dogl6bulovermelhocom cerca de 1.000.000demoleculaspor cHula, eeresponsavelporaproxima- damente 25% da quantidade total deproteinadamembrana. Ternpeso molecular de 90 a 100 kOa e provavelmente se encontra na membrana na forma de tetramero (8.10,12). A proteina 3 cataliza a troca de ions inorganicos atraves da bicamada lipidica. alem de facilitar o transporte de agua. Contem ainda determinantes antigenicos impor- tantes para especificidade dos grupos sangiiineos e reconhe- cimento de celulas senescentes. Finalmente. serve para ancorar 0 citoesqueleto a membrana atraves das proteinas anquirina e 4.1 (8). A por.;:ao citoplasmatica da proteina 3 e urn importante sitio de liga.;:ao para varias enzimas glicoliticas como a gliceraldeido-3- fosfato desidrogenase e aldolase, a hemoglobina e hemicromos (1). GLICOFORINAS As glicoforinas (sialoglico- proteinas) san urn grupo de pro- teinas transmembrana que consti- tuem os principais sialoglicopep- tideos da membrana do eritr6cito humano. Sao constituidas por 60% de carboidratos, com acido sialico comocarboidrato terminal (14).Sua por.;:aoextema contem grupos com cargas eletricas ou receptores. mantidos a uma distancia apro- priadadamembrana. Emsua por.;:ao citos6lica ajudam a ancorar e estabilizar 0 citoesqueleto atraves de suas liga.;:oescoma proteina 4.1. Sao identificadas atraves da colora.;:ao pelo acido peri6dico (base de Schiff-PAS), ap6s eletroforese em gel de poliacri- lamida e denominadas glicoforinas A. B e C (5). PROTEINA 4.5 It uma proteina integral envolvida no transporte da glicose nos eritr6citos O. 14). 4. METODOS DE ESTUDO a estudo das proteinas da membrana foi dificil inicialmente, em vista de sua insolubilidade em meio aquoso de for.;:a ionica fisiol6gica (5). Para estudar as proteinas da membrana. houve urn longo processo de desenvolvimento tecnol6gico.emque 0primeiropasso foiobter. ap6s hem6lise.membranas com pouca hemoglobina ligada, 0 que foi possivel gra.;:as a lavagem repetida dessas membranas com tampoes de baixa for.;:aionica. As prepara.;:oes resultantes. quase isentas de hemoglobina. puderam ser estudadas atraves de sua desnatura.;:ao e posterior eletro- forese em gel de poliacrilamida (1). Todas as proteinas da membrana dogl6bulovermelho san solubilizadas em SOS (sulfato de dodecil s6dico) e separadas por eletroforeseemgeldepoliacrilamida de acordo com0seu peso molecular (5).Amigra.;:aodas proteinas se faz do p610negativo para opositivo, e a separa.;:ao ocorre basicamente em fun.;:ao dos pesos moleculares, podendo ser identificadas as "bandas" ou proteinas 1, 2, 2.1, 3, 4.1.4.2.4.5.4.9.5.6 e 7 em ordem decrescente do seu peso molecular (Figura C). A analise das proteinas da membrana por eletroforeseemSOS- gel de poliacrilamida (SOS-PAGE) requer urn numero de precau.;:oes. Emvirtude da membrana dogl6bulo vermelho exibir atividade de varias enzimas proteoliticas e recomen- davel 0 uso de inibidores de protea- ses no tampao utilizadopara a hem6- lise e 0 preparo das membranas. as metodos de eletroforese emSOS-geldepoliacrilamida (SOS- ~i'11-·ET'-ESI'ECTR'N' -2:3 ANQUIRINAS -2.6 -4.' DEMATINA -5 ACTIN" GLICERAlOEIOO - ;)- - FOSFATO DESIOROGENASE 1+1 Figura C - Representa98.0 esquematica das posi96es adotadas pelas proteinas da membrana eritrocitaria ap6s eletroforese em gel de poliacrilamida (SOS- PAGE). PAGE)utilizados para separac;;ao das proteinas da membrana sao a sistema de Laemmli (6) de tampao descontinuo e a sistema de Fairbanks (5) atraves de urn gradiente de gel de poliacrilamida. As proteinas sao analisadas ap6s colorac;;aocom azul de Coomassie e quantificadas par densitometria. Atraves desses metod as podem ser detectados disturbios protei cas da membrana que levam ao apare- cimentode anemias hemoliticas, tais como esferocitose e eliptocitose heredit<'i.ria. 4.1. PREPARO DO "GHOST" (membrana eritrocitaria) a sangue colhido em ACD e filtrado em coluna de algodao para remoc;;aodos leuc6citos segundo a tecnica de Beutler (3).as eritr6citos sao entao lavados tres vezes em soluc;;aode NaCl O,154M a 4°C, e em seguida feito a isolamento das membranas pelometoda deDodge e colaboradores (4).as eritr6citos sao lisados na proporc;;aode 1:40 a 4°C em tampao fosfato 5mMpH 8.0 com PMSF(fluoretode fenilmetil sulfonil) O,2mMcomo inibidor de proteases. Sao feitas sucessivas lavagens das membranas eritrocit<'i.riasno mesmo tampao de lise par centrifugac;;aoa 25.000gpor lOminutosa4°Catese obter "ghosts" brancos (isentos de hemoglobina). Devem ser conser- vadas a -70°Cquando nao utilizados logo em seguida. 4.2. ELETROFORESE EM GEL DE POLIACRILAMIDAEMPRESENCA DE SDS (SDS-PAGE) Reagentes necessarios: eAcrilamida30%e Bisacrilamida0,8% eTampaoTris-HCll,5MpH8.8 eTampaoTris-HClO,5MpH6.8 eSoluc;aodeSDS10% eSolu¢odePersulfatodeAm6nia10%(APS) eTEMED(Tetrametiletilenodiamina) eTampaoTris-GlicinapH8.3comIOml/ LdeSDS 10% A eletroforese e realizada utilizando-se duas placas de vidro (l6xI4. 5xO.4cm).ondeepreparado a gel, sendo a gel de corrida au separac;;ao(running gel)com 10%de acrilamida e a gel de alinhamento (stacking gel) com concentrac;;aode 3% onde se faz a molde para aplicac;;aodas amostras. Preparo do gel "Running" gel" Stacking" gel Agua bidestilada (mil 10,9 5,04 Tris-HClpH8.8 (ml) 6,75 Tris-HClpH6.8 (ml) 2,0 SDS10%(microlitroj 270 80 Acrilamida 300f0/BlS0,8% (ml) 9,0 1,0 APS 100mg/ml (microlitro) 89 130 TEMED (microlitro) 6,7 5,0 A acrilamida e polimerizada atraves do persulfato de am6nia, tendo como catalizador a TEMED. Para promover a ligac;;aoentre as filamentos de poliacrilamida, e adicionado N,N'-metileno-bisacri- lamida (BIS) e, como detergente solubilizante, sulfato de dodecil s6dico (SDS). Asolubilizac;;aodas proteinas do "ghost" e feita par adic;;aode soluc;;ao solubilizante contendo O,15Mde tampao Tris-HCl pH 6.8, glicerol 30%, SDS 3%, O,37M de ditiotreitol (DTDe a corante azul de bromofenol 0, 05% na proporc;;aode 1:2, e incubac;;ao em banho-maria fervente, durante 5 minutos. As amostras sao aplicadas no gel, em volumes contend a 80 microgramas de proteina determi- nadas pelo metoda de Lowry e colaboradores (9). A corrida eletroforetica e realizada a 25volts durante 18horas utilizando tampao Tris-glicina O,05MpH 8.3 comSDS. Acolorac;;ao e feita em soluc;;ao de azul de Coomassie 0,05% e a descolorac;;ao em acido acetico a 10%. As faixas reveladas sao lidas emdensit6metro, calculando-se as valores percentuais de cada banda protei ca. 4.2.2. Sistema de Fairbanks (5) It utilizado quando se quer obter alta resoluc;;aona separac;;ao das proteinas de alto peso molecu- lar (alfa e beta-espectrinas, anqui- rinas). A eletroforese e efetuada em gel de corrida com gradiente de concentrac;;ao de acrilamida de 3 a 17%distribuido com auxilio de uma bomba peristaItica. Acorrida eletro- foretica e feita em tampao Tris pH 7.4 com acetato de s6dio, EDTAe SDS. A quantidade de proteina aplicada na cavidade do gel e de 100 microgramas e a tempo de corrida 24 horas. Alem dos metodos de eletro- forese citados, as protein as podem ser extraidas da membrana. As proteinas integrais, que estao emaranhadas na bicamada lipidica, sao extraidas atraves de detergentes fortes como a Triton X-I00; ja as proteinas perifericas sao extraidas par intermedio de tamp6es de concentrac;;ao e pH variaveis (1). agem de drogas de abuso: rio em um painel Triage-7 1. BARRETIO. O.C. de O. - Disturbiosproteicos das anemias esferociticas e eliptociticas. BOLETIMvol. XIV (159): 10- 16. 1992. 2.BENNETI. V. - The spectrin-actinjunction of erythrocyte membrane skeletons. Biochim.Biophys. Acta 988:107. 1989. 3. BEUTLER, E. and WEST. C. - The removal of leukocytes and platelets from whole blood. J.Lab.Clin.Med. 88(2):328-333. 1976. 4. DODGE, J.T.; MITCHELL. C.and HANAHAN. D.J. - The preparation and chemical characteristics of hemoglobin- free ghosts of human erythrocytes. Arch.Biochem.Biophys. 100: 119-130. 1963. 5. FAIRBANKS. G.; STECK, T.L. and WALLACH. D.F.H.- Electrophoretic analysis of the major polipeptides of the human erythrocyte membrane. Biochem- istry 10(l3):2606. 1971. 6. LAEMMLI, U.K. - Cleavage of structural proteins during assembly of the head bacteriophageT4. Nature 227:680,1970. 7. LID, S.C. and DERICK, L.H. - Molecular anatomy of the red cell membrane skel- eton: stn:~ture-function relationships. Seminars in Hematology. 29(4): 231-243, 1992. 8. LOW. 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