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Doenças Exantemáticas

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Bianca Rocha 30/12/22
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
Período de Incubação Fase Pródromos Fase Exantema
1 – 3 semanas (nas doenças
exantemáticas virais)
Febre, sinais típicos,
catarrais, linfonodomegalia..
Já transmite!
Tipo
Progressão
Descamação
❖ Tipo: MACULOPULARES ou VESICULARES
❖ Exantema + febre: sarampo e rubéola
❖ Exantema + sem febre: eritema infeccioso, exantema súbito
❖ Exantema Vesicular: varicela ou doença mão pé boca
❖ Alterações na cavidade oral: escarlatina, mononucleose infecciosa e doença de Kawasaki
SARAMPO - Parampo36
● Agente: Morbillivirus / Paramyxoviridae = Paramixovírus
● Doença de notificação compulsória imediata!
→ Transmissibilidade
Secreções respiratórias (gotículas e aerossóis) 2d antes até 2d depois do rash
Taxa de transmissibilidade: 90%
Aerossóis: partículas suspensas no ar, podem ser transportadas por correntes aéreas
Transmissão pode ocorrer entre 6 dias antes até 4 dias após o rash cutâneo
→ Incubação:
8 a 12 dias (período em que o paciente já tem a doença, mas é totalmente assintomático)
Obs.: doenças exantemáticas virais: período de incubação costuma variar de 1 a 3 semanas
PRÓDROMOS EXANTEMA
➔ Febre, tosse, coriza, conjuntivite intensa
(fotofobia)
Manchas de Koplik: sinal patognomônico
(pontos brancas na mucosa oral om halo de
hiperemia )
TIPO: MORBILIFORME (lesões máculo-papulares
avermelhadas, elevadas, que tendem a
confluência, mas incompleta.
INÍCIO: fronte, nuca, retroauricular (linha de
implantação dos cabelos)
PROGRESSÃO: craniocaudal lenta
DESCAMAÇÃO: descamação furfurácea
→ Complicações
● Otite média aguda (mais comum)
● Pneumonia (causa óbito)
o Viral - pelo próprio vírus do sarampo (PNM de células gigantes) = criança vem piorando desde o início
o Bacteriana - coinfecção - criança que apresenta melhora, mas tem piora súbita
● Encefalite (alta letalidade; não é comum)
o Panencefalite esclerosante subaguda: vírus permanece em células do SNC e leva a doença degenerativa
fatal após vários anos
→ Tratamento: Vitamina A (2 doses) *(pct com deficiência de vit. A tem mais chance de evoluir com gravidade)
- Notificação imediata + pedir sorologia ao diagnóstico!
- Pacientes internados: lembrar de manter em isolamento por aerossol!
→ Profilaxia
● Pré-exposição imunização (vacina de vírus vivo atenuado)
- 12 meses: tríplice viral
- 15 meses: tetra viral
- Atualmente: dose 0 – entre 6 e 11 meses (não é considerada dose válida para rotina)
● Pós-contato
- Vacina: até 3º dia – para fins de bloqueio a 1ª dose pode ser feita a partir dos 6 meses (vírus vivo atenuado )
- Imunoglobulina padrão: até 6º dia→ (se paciente entrou em contato)
⤷ indicada para grávidas, < 6 meses e imunocomprometidos (que sejam suscetíveis e foram exposto ao vírus)
RUBÉOLA
● Togavírus
● Transmissão: gotículas 5-7d antes até 5-7d depois do rash
Fase Prodrômica
⇨ Linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical
⇨ Enantema: manchas de Forschheimer (lesões petequiais, puntiformes, no palato) →
é bastante característico da rubéola, mas não é patognomônico
Fase Exantemática
Maculopapular rubeoliforme
Início: face
Progressão: craniocaudal rápida
Complicação:
● Artropatia: principalmente em mulheres jovens
● Síndrome da rubéola congênita (surdez, catarata, cardiopatia)!!!
Prevenção
→ Pré-exposição – Vacina: 2 doses (12 e 15m)
→ Pós-exposição – Vacina (até 3d)
ERITEMA INFECCIOSO
● Parvovírus B19 (“criança aparvorada”)
● Ao surgir a erupção cutânea não há mais eliminação viral
● Transmissão: gotículas – NÃO transmite na fase exantemática!
Características gerais
● Na incubação, o PB19 se replica nos precursores eritroides na MO
● Alguns dias não produz reticulócitos - ⬇ nível da Hemoglobina (crise
aplásica)
● ERITEMA NÃO INFECCIOSO - não contamina ninguém, sem secreção viral
→ Complicações
Crise aplásica: doença hemolítica crônica
Infecção fetal: hidropsia fetal não-imune (resultado de uma anemia grave) = gestante infectada
Síndrome papular purpúrica em luvas e meias
Fase Pródromo Fase Exantemática
Inexistentes ou inespecíficos 3 fases - processo pós-infeccioso
FASE 1 Face esbofeteada (hiperemia / eritema em região malar)
FASE 2
Exantema reticulado / rendilhado (exantema máculo-papular com centro claro)
+ exantema → superfícies extensoras dos membros
Progressão: craniocaudal
Descamação: ausente / discreta
FASE 3 Recidiva do exantema desencadeado por fatores ambientais (sol, calor, atividade física)
EXANTEMA SÚBITO - roséola
● Herpes vírus humano 6 (HHV-6) – permanece latente nas glândulas salivares.
● Típica de Lactentes < 2 anos !! – antes disso, os anticorpos maternos protegem a criança
● Transmissão: gotículas / saliva de portadores crônicos
***95% das crianças são contaminadas pelo HHV6 até os 3 anos!
● Complicação: crise febril
● Diagnóstico diferencial não infeccioso → farmacodermia (Deu ATB sem querer - prurido, eosinofilia)
→ Clínica:
PRÓDROMOS EXANTEMA
FEBRE ALTA (39-40°C)
Some em crise.
Logo após, surge o exantema!
TIPO: MACULOPAPULAR, após o desaparecimento da febre
Início no TRONCO
CENTRÍFUGA (vai para as extremidades)
*Pode ocorrer antes do exantema > diagnóstico diferencial com meningite!
VARICELA 54 “catapora”
● “Varicela 54” – vírus Varicela-Zoster (VVZ) - família dos herpes vírus
● Transmissão: aerossol / contato direto
● Taxa de transmissibilidade: 90%
● Lesões em crostas → não é mais infectante (paciente pode voltar às atividades habituais)
PRÓDROMOS EXANTEMA
● Mais comum em adultos
- Febre (persiste até 3-4d)
- Dor abdominal
TIPO: VESICULAR PLEOMÓRFICO
Mácula → pápula → vesícula → pústula → crosta
PROGRESSÃO: centrífuga ( do corpo); mas com
distribuição centrípeta
Descamação ausente
Pode evoluir pra infecção secundária: cicatriz
mácula → pápula (elevada) → vesícula (conteúdo líquido cristalino) →
pústula → crosta
→ Complicação:
● Infecção bacteriana secundária: cicatriz (+ comum em testa) = (GAS e S. aureus) > persistência da febre
↪ cefalexina, clavulim
● Varicela progressiva: vírus permanece replicando. Lesão visceral + lesões hemorrágicas. Comum em
imunodeprimidos.
● Síndrome da varicela congênita: gestante desenvolve varicela nas primeiras 20 sem de gestação: feto
nasce com lesões cicatriciais e hipoplasia dos membros!!
● SNC: ataxia cerebelar aguda e encefalite (+ grave)
● Síndrome de Reye
❖ Pré-exposição
Vacina: 2 doses < 7 anos
*A dose 1 protege contra forma grave e a dose 2 protege de ter a doença
❖ Profilaxia pós-contato
● Vacina: até 5 dias após exposição (indicada para > 9 meses sem contraindicações - vírus vivo)
Obs: não fornece para fins de bloqueio, apenas p/ surtos
● Imunoglobulina: até 4 dias
o Imunodeprimidos
o Grávidas
o RN PMT (< 28 sem: sempre recebe que tiver contato / IG ≥ 28 sem: se mãe nunca teve varicela)
o RN de mãe com varicela de (5d antes - 2 dias após parto)
o Controle de surto hospitalar em < 9 meses
Tratamento
● ACICLOVIR VO – encurta a fase da viremia
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA
● Coxsackie A16 - familia entovírus
● Vesículas em mãos e pés, pápulas em região glútea
● Lesões ulceradas na cavidade oral (espalhadas em toda cavidade)
ESCARLATINA - é bacteriana
● Streptococcus B-hemolítico do grupo A (S. pyogenes) – GNPE, FR
● Produção de exotoxina / eritrogênica
● Período de incubação: 2-5 dias
● Transmissão: contato direto ( posso ter + de 1 vez na vida)
➔ Clínica
PRÓDROMOS EXANTEMA CONVALESCÊNCIA
Febre elevada
FARINGITE ESTREPTOCÓCICA
(petéquias no palato mole)
ENANTEMA: LÍNGUA EM MORANGO
(papilas hiperemiadas e hipertrofiadas)
→ 1º Língua em morango branco
→ 2º Língua em morango vermelho
TIPO: exatema MICROPAPULAR
(pele com aspecto de lixa)
SINAL DE PASTIA: acentuação do
exantema nas áreas de dobras
SINAL DE FILATOV: palidez
perioral
PROGRESSÃO: CENTRÍFUGA
(pescoço)
Descamação: LAMELAR
ou LAMINAR
● Tratamento: PENICILINA BENZATINA ou Amoxicilina 10 dias
● Principal diagnóstico diferencial: doença de Kawasaki
MONONUCLEOSE INFECCIOSA
Vírus Epstein Baar = EBV – família dos herpes vírus
Transmissão: contato íntimo oral (“doença do beijo”)
Período de incubação: 30-50dias (“mais prolongado”)
➔ Clínica (se confunde com amigdalite)
● Febre, fadiga
● Faringite exsudativa
● Linfadenopatia generalizada
● Esplenomegalia e hepatomegalia (- comum)
● Sinal de Hoagland: edema palpebral
*** Exantema após uso de Amoxicilina
Laboratório: Linfocitose com linfócitos atípicos (LT)
Anticorpos heterofilos (Paul-Bunnel) - > 4 anos
Sorologia específica: anti-VCA IgM, anti-EA IgG, anti-EBNA IgG
➔ Complicação: Rotura esplênica
➔ Avaliação complementar
Linfocitose com linfócitos atípicos
Sorologia
o Acs heterofilos: pacientes com > 4 anos (Ac capazes de se ligar em hemácias de outras espécies animais)
o Sorologia específica: indicado para teste de Acs heterofilos negativo ou crianças < 4 anos
DOENÇA DE KAWASAKI
A causa da doença ainda não é bem estabelecida.
➔ Diagnóstico é CLÍNICO!
FEBRE (5 DIAS)
+
Conjuntivite bilateral ñ exsudativa
Alterações em lábios / cavidade oral
Adenomegalia cervical
Exantema polimorfo
Alterações em extremidades
➔ Diagnóstico Diferencial
➔ Tratamento: Imunoglobulina + AAS
DOENÇA PRÓDROMOS EXANTEMA COMPLICAÇÕES
SARAMPO
(Paramixovírus)
Tosse
Fotofobia
Koplik
Linha do cabelo
Descamação
furfurácea
Otite média aguda
Pneumonia
RUBÉOLA
(Togavírus)
Linfadenopatia ---
Artropatia
Rubéola congênita
ERITEMA INFECCIOSO
(Parvovírus B19)
---
Face esbofeteada
Exantema
rendilhado
Recidiva
Crise aplásica
Artropatia
EXANTEMA SÚBITO
(Herpes vírus humano tipo 6)
Febre alta –
some em crise
Início no tronco Crise febril
ESCARLATINA
(S. pyogenes)
Exotoxina pirogênica
Faringite
Língua em
morango
Micropapular
Filatov (peribucal)
Pastia (pregas)
Supurativas
Febre reumática
GNPE
VARICELA
(Vírus varicela-zoster)
---
Vesículas
Pleomorfismo
Infecção 2ária
Varicela progressiva
SNC: ataxia cerebelar

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