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Hidrogenação de CO2 para olefinas inferiores UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Departamento de Engenharia Química e de Alimentos EQA5345 - Fenômenos de Superfície https://moodle.ufsc.br/course/view.php?id=165940 2/X 1. Introdução 2. Hidrogenação de Co2 para olefinas inferiores 2.1 Via Fischer Tropsch modificada para conversão de Co2 2.2 Catalisadores e suportes 2.3 Promotores 2.4 Mecanismos de hidrogenação de Co2 sobre catalisadores de FT modificados 2.5 Via de catálise 2.6 Via de reação mediada por metanol 2.7 Zeolita 2.8 Catalisador do tipo núcleo-casca 2.9 Mecanismos sobre catalisadores 3. Perspectivas de pesquisa 3.1 Relações propriedade e estrutura 3.2 Melhoria das Topologias, Forma e Tamanho 3.3 Estratégia Core-Shell emergente 3.4 Técnicas Computacionais e Espectroscópicas avançadas 4. Conclusão 5. Referências Sumário 1. Introdução Matérias-primas para a síntese de hidrocarbonetos e seus derivados Fonte primária de energia são derivados de combustíveis fósseis que causam emissão de GEE (gases de efeito estufa) Acordo de Paris: O objetivo é manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5ºC 1. Introdução Metanol, éter dimetílico, alcanos, ácido fórmico e olefinas inferiores (etileno, propileno, butileno e 1,3- butadieno) Atualmente, os esforços de pesquisa em a redução de CO2 em catalisadores heterogêneos Térmica Eletroquímica Bioquímico Fotoquímica Plasma 1. Introdução Eletrocatalítico Eletroquímica Vantagens - condições operacionais suaves e fácil controle das taxas de reação Desvatagens - limitado pelo alto custo da eletricidade que deve ser gerado a partir de fontes renováveis Vantagens - adequada para conversão limitada de CO2 Desvatagens - menor eficiência em comparação com a taxa de evolução H2 1. Introdução Fotoquímica Bioquímica Vantagens - oferece uma abordagem ecológica para produzir produtos químicos à base de carbono de redução de CO2 Desvatagens - sofre com o alto custo dos catalisadores e cofator Vantagens - luz visível colhida do sol é empregada para gerar elétrons Desvatagens - sofre de baixa eficiência do processo, portanto, em escala industrial a comercialização é amplamente restrita 1. Introdução Plasma Termoquímica Vantagens - é capaz de resolver os desafios envolvidos com a ativação de CO2, devido sua inércia Desvatagens - "trade-off" entre energia e eficiência de conversão Vantagens - técnica convencional para converter CO2 por hidrogenação a uma grande variedade de produtos Desvatagens - garantir que o hidrogênio seja produzido de forma sustentável de matéria-prima renovável e matriz energética de fontes renovavéis 1. Introdução CO2 hidrogenação para olefinas inferiores (CTLO) é uma rota promissora para utilizar recursos de carbono renováveis É desejável a otimização dos catalisadores existentes para gerar alto desempenho, baixo custo e estabilidade nas conversões. O aspecto mais desafiador da reação CTLO em um processo de etapa única é a temperatura devido a ocorrer duas reações simultâneas. O CO2 é inerte e requer alta temperatura para sua ativação. 2. Hidrogenação de Co2 para olefinas inferiores Objetivo Catalisadores Podem ser utilizados catalisador independente ou por meio de um catalisador "tandem", este termo é utilizado para indicar uma combinação de zeólitas com catalisador de síntese Fischer Tropsch (FTS) a qual é constituído base de ferro ou catalisador à base de óxidos metálicos Transformação de CO2 para alcançar diferentes produtos como olefinas leves/pesadas, parafina, aromáticos, etc 2. Hidrogenação de Co2 para olefinas inferiores CO2 + H2 CO Hidrocarbonetos ou Metanol (catalisador "tandem") Etapas 2.1 Via Fischer Tropsch modificada para conversão de Co2 Vários catalisadores modificados de Fischer Tropsch (FT) foram relatados para catalisar efetivamente o processo CTLO, variando de Fe, Cu e Co à base de suportes de óxido de metal Os catalisadores podem sofrer modificações eletrônicas e podem catalisar tanto a formação de CO quanto sua subsequente hidrogenação a hidrocarbonetos A teoria de Anderson-Schulz-Flory (ASF) é normalmente utilizada para explicar a distribuição de produtos no processo FTS O processo CTLO visa otimizar a seletividade para olefinas, suprimir a formação de CO e minimizar a produção de metano 2.2 Catalisadores e Suportes Os materiais utilizados para Fisher-Tropsch são, em sua maioria: óxidos metálicos, estruturas metalorgânicas e nanotubos de carbono dopados com nitrogênio Fornecem altos coeficientes de transferência de calor em massa Podem possuir meso ou microporos, tendo a capacidade de propriedades eletrônicas e melhorar consideravelmente a capacidade catalítica. 2.2 Catalisadores e Suportes Entre os óxidos metálicos, o mais visado é o ZrO2, por apresentar alta basicidade, o que facilita a adsorção do CO2 Já entre as estruturas metalorgânicas, destaca-se nanocatalisadores grafíticos com núcleo férrico. Estes apresentam grande área sueperficial e volume de poros 2.3 Promotores A utilização de promotores visa a melhora na seletividade e conversão dos catalisadores usados na síntese de Fisher-Tropsch Foi estudado a dopagem de catalisadores férricos com promotores alcalinos, com o objetivo de otimizar a seletividade, ou também aumentar a adsorção do actalisador Entre os promotores usados estão: Potássio, Cobre, Zinco, Manganês e Cromo 2.3 Promotores Potássio A presença de potássio facilitou a conversão do CO2 e aumentou a seletividade para olefinas leves. O potássio altera a densidade eletrônica, desestabilizando a ligação C-O e favorecendo a ligação Fe-C Testes indicaram uma seletividade de 62% com o uso de potássio. Sem o promotor, a seletividade para produção de olefinas era de 15% 2.3 Promotores Cobre O cobre apresenta-se como um facilitador da dispersão de partículas de Ferro. Porém, é seletivo para a conversão de CO2 em olefinas pesadas (C5+) A adição de Cobre em diversas proporções com outros promotores resulta em diferentes melhores em ambas conversões e seletividades para olefinas em geral. Um aumento de 10% na seletividade para produção de olefinas pesadas (C5+) com Cobre como promotor. 2.3 Promotores Zinco Zinco como promotor acabou por diminuir a conversão do CO2, suprimindo a formação de olefinas pesadas. Porém, aumentou significativamente a seletividade para a formação de olefinas leves. A conversão para olefinas leves chegou a 85%! Tal fenômeno pode ser explicado pelo aumento da dispersão de metais, recobrindo o catalizador com sítios ativos e melhorando a hidrogenação do CO. 2.3 Promotores Manganês e Cromo Os íons Mn3+ e Cr3+ agem como substituintes para os íons de ferro do catalisador. O manganês demonstrou aumento significante na conversão, além de um leve aumento na seletividade para olefinas. 2.4 Mecanismos de hidrogenação de Co2 sobre catalisadores de FT modificados Mecanismo de hidrogenação de CO2 para olefinas CO2 adsorve em sítios Fe2+, oxida para Fe3+ formando o grupo carbonila. O H2 adsorve na superfície e ataca a carbonila, produzindo ácido fórmico. Por fim, o H2 é removido, Fe3+ é reduzido para Fe2+ e a olefina é formada 2.5 Via de catálise Tandem O processo tandem, consiste na utilização de múltiplos catalisadores (usualmente dois ou três) para a geração de um produto não acessível em uma única catálise. 2.5 Via de catálise Tandem Combinação de zeólitas com catalisadores metálicos com o metanol como intermediário; Combinação de zeólitas com catalisadores FTS No artigo, a via de catálise Tandem (catálises múltiplas), é classificada em dois tipos: Busca resolver problemas de seletividade. 2.6 Reação Mediada por Entanol Conversão de CO2 para metanol Conversão do metanol em olefinas 2.7 Zeólitas Fonte: https://zeogroup.net/0/pt/company/ A estrutura das zeólitasé baseada em tetraedros de TO4 (T= Si, Al, P, etc.) que se ligam entre si através de átomos de oxigênio. Elementos estruturais (Al, Si, P, etc.) Agente mineralizante (F- , OH-) Agente direcionador da estrutura desejada (amina orgânica, sal de amônio quartenário, entre outros). Síntese 2.7 Zeólitas ZSM-5 (MFI) Estrutura Fonte: https://asia.iza-structure.org/IZA-SC/framework.php?STC=MFI 2.7 Zeólitas SAPO-34 ( CHA) Estrutura Fonte: https://asia.iza-structure.org/IZA-SC/framework.php?STC=CHA Fonte: Artigo 2.8 Catalisadores Core-Shell 2.8 Catalisadores Core-Shell VANTAGENS DE USAR UM CATALISADOR CORE-SHELL Encapsulamento de nanopartículas no componente core, sendo protegidas pelo shell. Isolamento de nanopartículas e prevenção de migração e coalescência durante a reação (dependendo da reação alvo). A casca determina a acessibilidade das espécies de fora para a superfície do componente central. 2.8 Catalisadores Core-Shell Metanol age como intermediário para formação de olefinas Núcleo = core = catalisador Casca = shell = adsorvente 2.8 Catalisadores Core-Shell Monóxido de carbono age como intermediário para formar olefinas através da síntese de fischer tropsch 2.8 Catalisadores Core-Shell SAPO-34 impede as olefinas inferiores se transformarem em parafinas no ZnCr A casca melhorou a transferência de massa e a disfusão para um efeito sinérgico aprimorado 2.8 Catalisadores Core-Shell 2.9 Mecanismo sobre Catalisadores 3. Perspectivas de pesquisa 3.1 Relação propriedade-estrutura Efeitos catalíticos electrónicos e geométricos Síntese Pontas Relação Catalizador Suporte Metálicos Energia de adsorção Dobras Cantos Arestas Densidade Interações Sítios ativos Fonte: https://doi.org/10.1002/cphc.200600441 Fonte: Autores (Biorender) https://doi.org/10.1002/cphc.200600441 https://doi.org/10.1002/cphc.200600441 3.2 Melhoria das Topologias, Forma e Tamanho A relação Si/Al se relaciona diretamente com a acidez, para otimizar os sítios ácidos Brønsted (responsável principalmente pela catalisação da reação CTLO. Acidez muito fraca Reação de transferência de H Excesso de acidez Locais ativos ou Coque Melhorando a morfologia da Zeólita para melhorar o desempenho . Para se obter um componente catalítico altamente eficiente para a conversão de metanol intermédio em olefinas precisa-se: Controle preciso da estrutura porosa Inter-cristalina nanométrica Atinge-se pelas estratégias de síntese (ultrassom, micro-ondas assistido, modelos, etc 3.3 Estratégia Core-Shell emergente Proximidade e a grande área interfacial entre os dois componentes ativos Ácido Brønsted Precursor Catalisadores Mistura física ou encapsulamento Mistura física Catalisadores de reação CTLO através da via mediada por metanol envolvem dois componentes ativos (óxido de metal e zeólito) https://www.scielo.br/j/ce/a/NwQrNmmyDSMGt V4mqpVZrYz/?lang=pt https://www.metalandcatalyst.com/pt-br/servicos- da-metal-catalyst/ Comprimento de difusão Avanço na concepção de nanopartículas 3-D Inovador e escalável Alto desempenho Baixo custo e estabilidade intrínseca Diminui as emissões de CO2 Produção de energia sustentável a médio prazo. limita a reação do metanol intermédio para formar olefinas sobre o zeólito sítios Metanol+Zeólita pouca seletividade para baixar as olefinas Concha Central Disposição espacial aumenta a frequência de metanol intermediário para ceder os sítios ativos de zeólito. Pesquisas: Concentram-se na síntese de catalisadores microporosos bifuncionais para a hidrogenação de CO2 para olefina inferior 3.4 Técnicas Computacionais e Espectroscópicas avançadas Fonte: http://fisica.ufpr.br/grad/espectroscopia_rx.pdf A técnica de caracterização da dispersão de nêutrons deve ser explorada no campo da investigação CTLO, uma vez que oferece a capacidade de sondar a estrutura e dinâmica dos catalisadores. A utilização de técnicas de dispersão de nêutrons totais (NTS) e de dispersão de nêutrons quase- elásticos (QENS) pode fornecer informação vital como a coordenação entre átomos, a distância entre átomos em estreita proximidade, e dinâmica de difusão. Técnicas de imagens de raios X de última geração (baseadas em Synchrotron). Pode fornecer informação química e morfológica dentro da resolução de 10 nm a mm, sendo desafiante para o ex-situ. Fonte: https://revistapesquisa.fapesp.br/as- primeiras-imagens/ 3.5 Mecanismo da reação do CLTO O mecanismo de hidrogenação do CO2 em catalisadores híbridos apresenta um desafio na modelagem, principalmente devido a complexidade das reações na superfície do catalisador. A implementação de técnicas como a SSITKA (steady-state in situ transient analysis), aliados a modelos computacionais como o DFT e avanços em espectrometria podem ajudar a entender e descrever melhor o mecanismo. 4. Conclusão Impulsionar catalisadores mais econômicos (industrialmente) Ressaltar o uso de técnicas computacionais avançadas e estudos espectroscópicos A síntese por via mediada pelo metanol ainda precisa evoluir Pontos positivos Hidrogenação direta com catalisadores heterogêneos Desafios O catalisador é um desafio para os investigadores Pesquisar mais sobre como diminuir a ativação de CO2 inerte Limitar a ampla distribuição de hidrocarbonetos, mecanização, e produção de CO Os catalizadores à base de Fe são bons para a supressão de CO, tendo uma elevada seletividade de hidrocarbonetos, muito especialmente em a presença do promotor de potássio A seletividade de olefinas entre produtos de hidrocarbonetos é baixa Pesquisa 5. Referências OJELADE, Opeyemi A.; ZAMAN, Sharif F. Uma revisão sobre hidrogenação de CO2 para olefinas inferiores: Compreendendo as relações estrutura-propriedade em sistemas catalíticos heterogêneos. Journal of CO2 Utilization , v. 47, p. 101506, 2021.
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