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TRABALHO DE PSICOLOGIA TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR docx

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO MIGUEL
CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR
Disciplina: Psicologia aplicada à nutrição
Professor: Dr. José Arturo Costa Escobar
Aluna: Letícia Kelly de Oliveira Cordeiro
RECIFE
2022
Introdução
A beleza imposta pela sociedade enfatiza a magreza como padrão, o que tem
levado pessoas a insatisfação corporal, e trago efeito psicológicos no individuo. As
redes sociais é um dos mais poderosos veículos de comunicação, e tem trago dietas
milagrosas de emagrecer e tem influenciado as pessoas. Quando se fala em adoção
de dietas refere-se a diversas estratégias e comportamentos para principalmente,
perda de peso, e logo se pensa nas restritivas, que é a principal forma de
emagrecimento para os indivíduos, porém dependendo do caso pode trazer
malefícios psicológicos, metabólicos e também surgimento de transtornos
alimentares, e é comum esses indivíduos fazerem essas dietas sem ajuda
profissional, o que pode ocorrer danos mais severos, com isso se explica os altos
índices de distúrbios da imagem, e o aumento das taxas de transtornos alimentares
na sociedade.
A perda de peso associada à restrição alimentar auto imposta tem o efeito de
preocupação em relação a comida, e isso dominam os pensamentos do individuo,
contribuem para a rígida discriminação dos alimentos em bons ou ruins. Os
indivíduos que fazem dieta restritiva lutam diariamente com a comida, necessitando
controlar a fome, pois pequenas porções dos alimentos não suprem suas
necessidades e esses sinais são normalmente ignorados. O indivíduo impõe uma
rigidez ao estremo em si mesmo, qualquer situação que sai do seu controle pode
desencadear um excesso na quantidade de comida ingerida. Portanto, a
auto-imposição de controle cognitivo dos indivíduos que fazem dieta é o que pode
gerar uma compulsão alimentar futuramente.
Transtorno de compulsão alimentar
O transtorno de Compulsão Alimentar (TCA) é a ingestão exagerada de
alimentos, essa ingestão ocorre mesmo sem a presença de fome ou necessidade
física do alimento, o evento é repetido e intenso. O individuo consome de maneira
compulsivo os alimentos, e são vulneráveis a comer descontroladamente após muito
tempo de restrição, por isso possui mais possibilidade de ter problemas emocionais
como ansiedade e depressão. Há uma ligação entre indivíduos que restringem
demais sua alimentação e indivíduos diagnosticados com transtornos alimentares.
Características do Transtorno de Compulsão Alimentar
O Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA) se dá por episódios recorrentes de
compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado por uma
ingestão, em um período determinado, de uma quantidade de alimento definitivamente
maior do que a maioria das pessoas consumiria no mesmo período sob circunstâncias
semelhantes, associado a uma sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o
episódio. Os principais aspectos notados durante os episódios são: comer mais
rapidamente do que o normal, comer até sentir-se desconfortavelmente cheio, comer
grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome, comer
sozinho por vergonha do quanto se está comendo e sentir-se desgostoso de si mesmo,
deprimido ou muito culpado em seguida. Pacientes com TCA não possuem
comportamento compensatório inapropriado como na Bulimia Nervosa.
Sentimentos
Estudos relataram que indivíduos com TCA demonstram sentimentos de
vergonha e nojo de si, por ter um comportamento sem controle no ato de comer. Além
de outros como depressão, desgosto e sentimento de culpa que se agregam aos
anteriores, resultando no transtorno de compulsão alimentar.
Geralmente as mulheres estão mais associadas a este tipo de problema, pela
grande cobrança do corpo perfeito idealizado pela sociedade padrões de beleza que
acabam desenvolvendo sentimento de insatisfação. Em que esses fatores podem levar a
depressão, ansiedade e transtornos alimentares, que devem ser identificadas e
compreendidas para um tratamento eficaz. O TCA apresenta perspectivas da visão do
indivíduo com o transtorno, subjetividade, e os métodos preestabelecidos no DMS,
objetividade.
Esses episódios de descontrole nos indivíduos são definidos como um subsídio
da subjetividade. E esses acontecimentos influenciam nas aptidões mentais, que uma
vez em declínio, pode alterar suas funções cognitivas que são importantes para regular
esse estímulo irregular do apetite.
Comorbidade
O transtorno alimentar é analisado como um fator de uma piora ou possível
desenvolvimento de determinadas patologias. Os estudos tinham objetivos avaliar
mulheres com foco em auto-imagem, hormônios que desencadeiam a fome,
impulsividade e o TCA. Isso, porque os pesquisadores consideram que o transtorno
envolve a obesidade e designa o vício em se alimentar desordenadamente.
O fator psicológico é fundamental para o quadro de transtorno alimentar. Foram
feitos alguns estudos e observaram que alguns indivíduos com excesso de massa
corporal com TCA mostraram algumas falhas no sistema cognitivo e maior comorbidade
psiquiátrica do que outro indivíduo sem o TCA, salientando que a depressão é uma da
doença mais mencionada e que geralmente está atribuída aos sentimentos de pessoas
com o transtorno.
Esses atos exagerados podem levar há algumas conseqüências como um ganho
de peso, que desencadeiam outras patologias. Além de ser um problema que envolve o
psicológico, muitos deles apresentam indícios de suicídio que possui número
significativo que não podem ser passados em branco.
O índice de pessoas que apresentam o TCA e a obesidade grave vem crescendo
ao longo dos anos. Isso acontece por conta da alta ingestão de alimentos, que por sua
vez contém um alto valor calórico e consequentemente essas calorias não são
eliminadas.
Eventos estressores
As situações estressoras que ocorreram na vida dos indivíduos com TCA pode
estar relacionado com o início de comportamentos alimentares irregulares e algumas
situações pode estar relacionada com o quadro psicopatológicos. Durante situações
estressantes, pode ocorrer o aumento da compulsão alimentar, pelo fato de que a
ocorrência de estresse, leva a liberação de cortisol que estimula a ingestão de alimentos
e acontecendo o aumento de peso.
Como a ocorrência de término de relacionamentos amorosos, a morte de pessoas
próximas e problemas financeiros. Alguns estudos analisaram que alguns casos de
transtorno de compulsão alimentar, os pacientes tinham casos de abusos sexuais. Outro
fator é a percepção da imagem corporal, eles têm uma preocupação com idéia do corpo
ideal saudável e a supervalorização da forma corporal, tentando seguir os padrões que a
sociedade impõe. Deste modo, auto percepção distorcida e/ou descontente pode ser
fundamental para o diagnóstico de TCA.
O início da vida trabalhista pode influenciar na sensação de prazer e sofrimento,
dependendo das atividades que o indivíduo exerce. Podendo levar o indivíduo a um
processo de adoecimento e culpa, podendo levar para a comida como uma
compensação.
Tratamento indicado para os transtornos de compulsão alimentar
Para o inicio do tratamento é necessária uma equipe multidisciplinar (nutricionista,
psiquiatras e psicólogos) dependendo da gravidade do paciente até outros profissionais.
Fisioterapeuta, caso já tenha afetado os ossos, a musculatura e está com dificuldades
para se mobilizar. Dermatologistas, por causar das lesões dermatológicas que demoram
para cicatrizar. Odontologista se houver enfraquecimento dos dentes devido à baixa
ingestão de cálcio. Com o objetivo de fazer uma reabilitação completa e restabelecer o
equilíbrio novamente para o corpo e o organismo.
Através dos cuidados diários, orientações nutricionais, terapia e troca de hábitos
alimentares pode-se alterar o padrão das refeições adicionando alimentos in natura,
aumentando a quantidade de alimentos aos poucos, redirecionando o foco principal para
a promoção de saúde contínua e não apenaspara um curto tempo. É preciso deixar
claro que o tratamento para compulsão alimentar é mudar o comportamento todos os
dias.
O nutricionista tem o papel primordial na recuperação de indivíduos com
compulsão alimentar através das propostas e estratégias para as mudanças de hábitos
a intervenção nutricional. A inclusão de atividades físicas, planejamento nos horários das
refeições, quantidade suficientes com alimentos de verdade medicamentos e
suplementos que auxiliem na melhora do paciente.
Conclusão
De fato, o transtorno da compulsão alimentar, como é conhecido atualmente, é
uma síndrome do comportamento alimentar com características ainda incertas e às
vezes conflitantes. Diferentes estudos já demonstram alguns sinais e critérios sugestivos
de um diagnóstico sindrômico, contudo faltam diretrizes mais apuradas para organizar
um grupo razoavelmente homogêneo e caracterizá-lo como categoria diagnóstica.
Referências
AZEVEDO, A.P.; SANTOS, C.C.; FONSECA, D.C. Transtorno da compulsão
alimentar periódica. Revista de Psiquiatria Clínica, 31 (4); p. 170-172, 2004.
NUNES, Carlos Pereira et al. fator emocional na obesidade e transtornos de
imagem. Revista de Medicina de Família e Saúde Mental, v. 1, n. 2, 2019.
SILVEIRA, Suane Borges. Aspectos fisiológicos, diagnósticos e tratamentos da
compulsão alimentar: uma revisão da literatura. 2018.Revista Psicologia da Saúde, v.
11, 2019.
SOIHET, Julie; SILVA, Aline David. Efeitos psicológicos e metabólicos da restrição
alimentar no transtorno de compulsão alimentar. Nutrição Brasil, v. 18, n. 1, p. 55-62,
2019.

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