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78 Assim, é preciso adotar outro tipo de postura para a obtenção de um ambiente seguro e psicologicamente saudável para todos: a culpabilização deve ser substituída pela responsabilidade de ser vigilante sobre os seus atos e aberto ao diálogo. Isso nos leva efetivamente a algumas ações básicas, que permitirão um diálogo positivo, visando a mudanças na cultura da escola e nas práticas cotidianas de todos aqueles ligados ao ambiente escolar — e também nos currículos real e oculto, que são espelhos, em algum nível, do desconforto no ambiente (CHRISPINO, 2007; MARTINS; MACHADO; FURLANETTO, 2016). Eis alguns apontamentos: organizar uma pesquisa para cada grupo (corpo docente, discente, familiares), com o objetivo de pontuar os problemas citados por cada um; incentivar a participação dos familiares e da comunidade em ações de prevenção, com um projeto pedagógico específico para esse fim; organizar um Conselho de Mediação, que envolva pessoas da escola, da família e/ou da comunidade, preparadas em termos de conhecimentos e leis, a fim de conseguir conversar com as partes envolvidas no conflito; contatar órgãos externos para a mediação de situações mais complexas (Conselho Tutelar, Vara da Infância, entre outros); levantar a possibilidade de encaminhamento para um profissional psicólogo/terapeuta, para avaliação e acompanhamento; não deixar de apontar e notificar a responsabilidade estatal por alguns dos conflitos ocorridos no ambiente escolar. 9 A FILOSOFIA, A FORMAÇÃO DO EDUCADOR E AS PRÁTICAS EDUCATIVAS Reflita sobre as seguintes questões: a filosofia pode contribuir para a formação de educadores? Qual é a missão do educador e quais são as práticas pedagógicas que ele deve exercer em sala de aula? Neste capítulo, você vai estudar os objetivos da filosofia da educação, suas possíveis contribuições para a formação do educador 79 e suas ações pedagógicas. Além disso, você vai conhecer os elementos que compõem o cenário atual da educação brasileira. 9.1 O objetivo da filosofia da educação na formação de professores De acordo com Kneller (1966, p. 9): Para educarmos os homens de modo sensato e esclarecido, convém saber no que queremos que eles se tornem quando os educamos. E para sabê-lo é necessário indagar para que vivem os homens — ou seja, investigar qual pode ser a finalidade da vida e o que ela deve ser. Portanto, devemos também inquirir sobre a natureza do mundo e os limites que este fixa para o que o homem pode saber e fazer. A natureza humana, a boa vida e o lugar do homem no esquema das coisas estão entre os tópicos perenes da filosofia. Para o autor, ao refletir o significado da educação para a humanidade, teremos que considerar a sua relação com a filosofia e nos questionarmos sobre como ela contribui para a educação (KNELLER, 1966). Para encontrar a resposta a essa pergunta, você deve primeiramente atentar às bases que compõem a filosofia da educação, a fim de que num segundo momento seja possível refletir acerca da relação dessa disciplina com a formação de professores. Portanto, agora você deve compreender o que é a filosofia da educação, concentrando-se nos elementos constitutivos dessa disciplina. Para tanto, você vai identificar as relações entre a filosofia e a educação. 80 Conforme Kneller (1966, p. 37), [...] a filosofia educacional é especulativa quando procura estabelecer teorias da natureza do homem, sociedade e mundo, por meio das quais ordene e interprete os dados conflitantes da pesquisa educacional e das ciências humanas. O filósofo educacional pode estabelecer tais teorias deduzindo-as da filosofia formal e aplicando-as à educação, ou, então, passando dos problemas particulares da educação para um esquema filosófico capaz de resolvê-los. Conforme apregoa Kneller (1966, p. 37), “[...] a filosofia da educação é prescritiva quando especifica os fins a que a educação deve obedecer e os meios gerais que deve usar para atingi-los”. O autor defende ainda que: [...] a filosofia da educação também é analítica e crítica. Nesta acepção, analisa suas próprias teorias especulativas e prescritivas, bem como as teorias que encontra em outras disciplinas. Examina a racionalidade dos nossos ideais educativos, sua coerência com outros ideais e a parte neles desempenhada pelo pensamento improvisado ou ilusório (KNELLER, 1966, p. 37). Na filosofia da educação, também cabe a reflexão acerca das relações entre metafísica e educação, principalmente para identificar o papel da filosofia na formação do educador, mesmo que o conceito pareça um tanto abstrato. 81 Você também deve considerar as relações entre a epistemologia e a educação, no sentido de compreender os objetivos da filosofia para a formação. Para Kneller (1966, p. 40), “Um dos interesses primordiais da educação é descobrir e transmitir conhecimento. Mas nem tudo que circula sob o nome de educação pode corretamente ser rotulado de ‘conhecimento’. Como é importante para o professor, pois, ser capaz de avaliar as bases em que formulam as exigências de conhecimento”. Nesse sentido: O professor também pode discutir os métodos pelos quais o conhecimento é adquirido — através da revelação, autoridade, intuição, razão, os sentidos e a experimentação. O conhecimento derivado da experimentação científica é o mais aceito, hoje em dia. Isso não quer dizer que os outros métodos sejam errados ou inúteis. Pelo contrário, o professor pode demonstrar que os diferentes métodos, na realidade, complementam-se entre si (KNELLER, 1966, p. 39). Notoriamente, devido à importância da peculiaridade e da função dos temas, axiologia, ética e educação também estão extremamente atreladas à formação de docentes. Em que pesem suas amplitudes conceituais, você pode considerar que, segundo Kneller (1966, p. 41), “[...] para a instrução correta na sala de aula, a 82 necessidade de uma sólida teoria social e ética é facilmente aceita como fundamental para a prática educativa”. Para compreender melhor tais relações conceituais, você deve refletir sobre alguns questionamentos, tais como: Deverá um professor realçar o valor da matéria ou do discípulo a quem ensina? Se alguém disser que, para tornar-se um professor de categoria, precisará apenas de ter um conhecimento especializado em sua matéria, que valores gerais estão sendo aqui refletidos? Que espécie de comportamento moral deve o professor apregoar em sua classe? Deve uma pessoa religiosa incentivar o tipo de religião que ela aprova ou o tipo estimulado por um humanismo social genérico e acordado pela sua comunidade? (KNELLER, 1966, p. 41). Qualquer professor que pretenda ser sério em sua vida de trabalho tem de responder a essas perguntas. A lógica, outro tema muito debatido e explorado pela filosofia, também se relaciona com a educação, na medida em que a tarefa de ensinar a pensar e raciocinar se mostra como um grande desafio. A lógica pode ser classificada como lógica formal e lógica dialética, a partir do seu uso como instrumento do conhecimento. Etimologicamente, a palavra lógica vem do grego logos, que significa “palavra”, “expressão”, “pensamento”, “conceito”, “discurso”, “razão”. A ela interessa “apenas investigar a validade dos argumentos e dar as regras do pensamento correto. A lógica é, portanto, uma disciplina propedêutica, é o vestíbulo da filosofia, ou seja, a antessala, o instrumento que vai permitir o caminhar rigoroso do filósofo ou do cientista (ARANHA, 1993). Com base nas concepções que você viu, é possível estabelecer que os objetivos da filosofia da educação com relação à formação do educador residem em: oportunizar a reflexão e a criticidade; promover práticas educativas que consideram a visão de mundo, as experiências de vida e os conhecimentos acadêmicos do sujeito no processo de ensino e aprendizagem; investigar quais problemas necessitam ser tratados a partir de uma abordagem específica. De acordo com Kneller (1966, p. 47): 83 A filosofia da educação guia a teoria e a prática de três maneiras: 1) ordena as descobertas e conclusões das disciplinas relevantes para a educação, incluindo as descobertas da própria educação, dentro de uma concepção compreensiva do homem e da educação que se lhe ajuste; 2) examina e recomenda os fins e os meios gerais do processo educacional; e 3) esclarece e coordena os conceitos educativos básicos. 9.2 A formação do educador e a sua ação pedagógica Conforme destaca Kneller (1966, p. 44), “Em educação, formula-se muitas vezes a pergunta: Será mais ‘lógico’ apresentar o conteúdo na base de uma organização objetiva da matéria ou de acordo com a fase de desenvolvimento atingida pelo aluno?”. Exemplificando esse questionamento: Deverá o estudo de física começar sempre depois do de álgebra (ordem lógica), ou estas matérias deveriam ser ensinadas em qualquer momento que se verifique estar o aluno apto para aprendê- las (ordem psicológica)? A fim de responder a esses questionamentos e desvendar os motivos da afirmação de Kneller, bem como as relações tangentes à prática pedagógica, é oportuno analisar as concepções acerca das teorias de aprendizagem. Isso no sentido de compreender seu contexto histórico e as demandas da atualidade, principalmente no tocante à formação do educador, que se reflete em sua prática. A apresentação lógica da matéria baseia-se na teoria de que a ordem lógica e a inteligibilidade já estão integradas nela, a matéria. Os vários componentes da álgebra, por exemplo, estão ordenados logicamente e devemos conhecer certas partes da álgebra antes de sermos capazes de compreender outras. E só aprendemos certas operações de física depois de conhecermos a álgebra (KNELLER, 1966, p. 45). A teoria defendida por esse prisma reforça que, se a aprendizagem ocorrer dessa forma, o desempenho do aluno será lógico e perfeito. A mesma teoria, considerando o outro extremo, rejeita totalmente as influências da psicologia, que altera a ordem sistemática, pois garante que a ordem deve ser preconizada diante da desorganização do cérebro. Nesse aspecto, Kneller (1966, p. 45) traz o seguinte questionamento dos teóricos dessa perspectiva conceitual: “Como, perguntam eles, poderemos permitir a um cérebro desorganizado e sem exercício que dite qual deve ser a organização da matéria?”. O pensamento pedagógico moderno foi expresso como a denominada educação realista, caracterizada principalmente pelos estudos de João Ramos 84 Comênio. Em seus nove princípios sobre a educação realista, o educador tcheco afirmava como sétimo princípio que “A natureza não dá saltos, mas prossegue passo a passo” (COMÊNIO, 1966), o que pressupõe dizer que [...] a) todos os estudos devem ser cuidadosamente graduados nas várias classes, de tal forma que os que vêm primeiro possam preparar o caminho aos que vem depois e iluminá-los. b) que o tempo deve ser dividido cuidadosamente, de modo que cada ano, cada mês, cada dia e cada hora possa ter sua tarefa determinada. c) que a divisão do tempo e das matérias de estudo deve ser rigorosamente respeitada, para que nada seja omitido ou deturpado (GADOTTI, 2001, p. 84). Marcando o início do Iluminismo, após a divisão das ciências retratada por Bacon, “Locke empresta à educação uma importância extraordinária. A criança, ao nascer, era, segundo ele, uma tábula rasa, um papel em branco sobre o qual o professor podia tudo escrever” (GADOTTI, 2001, p. 78). De acordo com Giles (1987 apud FERREIRA, 2001, p. 60), “O Iluminismo representa a reação contra o autoritarismo religioso e político, contra as desigualdades sociais e as rígidas distinções de classe. Para o Iluminismo a razão penetra a realidade, a ponto de desvelar todas as aparentes divergências”. Para Ferreira (2001, p. 60), “O Iluminismo apresenta três grandes pontos: a natureza, a razão e o progresso. É um momento profícuo para reflexões pedagógicas e filosóficas de modo geral”. 85 Reforçando as características da perspectiva tradicional da educação, Mizukami (1986, p. 8) afirma que: Como se sabe, o adulto, na concepção tradicional, é considerado como um homem acabado, “pronto”, e o aluno um “adulto em miniatura”, que precisa ser atualizado. O ensino, em todas as suas formas, será centrado no professor. Esse tipo de ensino volta-se para o que é externo ao aluno: o programa, as disciplinas, o professor. O aluno apenas executa prescrições que lhe são fixadas por autoridades exteriores. 86 Posteriormente a uma abordagem tradicional, configuram-se tendências para uma abordagem comportamentalista, caracterizada pelo empirismo. Para Mizukami (1986, p. 19): O conhecimento é uma “descoberta” e é nova para o indivíduo que a faz. O que foi descoberto, porém já se encontrava presente na realidade exterior. Considera-se o organismo sujeito às contingências do meio, sendo o conhecimento uma cópia de algo que simplesmente é dado no mundo externo. Mizukami (1986) enfatiza que nesse tipo de abordagem é possível que o professor possa aprender a analisar o comportamento do aluno e com isso compreendê-lo, controlá-lo e até mesmo modificar seus comportamentos. O sistema educacional passa a ter como finalidade, segundo Mizukami (1986, p. 28), “[...] promover mudanças nos indivíduos, mudanças essas desejáveis e relativamente permanentes, as quais implicam tanto a posição de novos comportamentos quanto a modificação dos já existentes”. Durante os séculos XVII e XVIII, de maneira geral, o processo educativo foi limitado devido à falta de um plano global e de uma teoria educacional adequada. Surgem então novos conceitos sobre o homem e a sociedade como alternativa aos conceitos tradicionais. São exigidas técnicas que associem pedagogia e psicologia, um programa de estudos que contemple mais conteúdo e a abertura da escola a todas as classes sociais (FERREIRA, 2001). Entre os diversos teóricos e abordagens desenvolvidas, destaca-se, segundo Ferreira (2001, p. 63), Herbert Spencer (a educação deveria ter sólidas bases científicas e seguir o ritmo dos educandos, capacitando-os para integrarem-se socialmente, mesmo que a partir de severos castigos morais). [...] Este autor acreditava que o processo educativo visava à formação do educando para que assumisse um estilo de vida moralmente válido, por isso um processo que tivesse bases psicológicas, filosóficas e pedagógicas. 87 Contrariando a abordagem tradicional e enfatizando os pressupostos psicológicos do processo educativo e de formação dos educadores, Kneller destaca (1966, p. 46) que: [...] a ordem psicológica relaciona a matéria com as ambições, interesses e experiências do estudante. A aprendizagem começa não com a apresentação de matérias organizadas, mas com a experiência do aprendiz. O processo de aprendizagem, graças à sutil e hábil orientação do professor, é iniciada pelo aluno; seu interesse é suscitado; seus poderes de reflexão recebem o repto de um problema; sua curiosidade é gratificada. O estudante e a matéria “interatuam”. Considerando as filosofias tradicionais da educação, Kneller, (1966, p. 49) destaca: Idealismo, realismo e pragmatismo. [...] Alguns filósofos foram classificados em mais de uma escola. Locke e Kant, por exemplo, foram “idealistas em certos aspectos e realistas noutros”. Podem-se retratar na sequência ainda pelo menos duas filosofias mais recentes, a do existencialismo e análise. 88 Contudo, para Kneller (1966, p. 120): A análise filosófica também exerceu um efeito mais genérico no pensamento educacional. Influenciou o critério, sustentado por muitos teóricos atuais, de que a disciplina da educação deveria declarar a sua independência da filosofia tradicional. Essesteóricos sustentam que, como os problemas da educação surgem no próprio marco da experiência da educação, deveriam ser resolvidos pelos métodos inerentes da própria educação. Tais métodos são intimamente ligados aos da filosofia analítica, porque esta última é objetiva e lógica, ao passo que as filosofias tradicionais são reconhecidamente tendenciosas, abstratas [...], acarretam implicações necessárias à prática educacional. [...] A análise filosófica incentivou o interesse em resolver problemas educacionais com o auxílio das ciências sociais, que fornecem as pistas metodológicas para tratar situações pertinentes ao currículo, instrução, administração e outros aspectos educacionais. Como teorias contemporâneas, você pode ainda considerar o progressismo. Ele traz uma perspectiva de educação ativa, relacionada aos interesses da criança. Nesse sentido, o processo de aprendizagem é determinado não só pelo professor e pela matéria a lecionar, mas principalmente pela criança individualmente considerada. O perenalismo, por sua vez, apregoa o naturalismo para a educação, que deve se concentrar no desenvolvimento da racionalidade; é, pois, uma preparação para a vida. Já o essencialismo sustenta a existência de determinadas matérias essenciais que todos os homens educados devem conhecer, se dedicando ao reexame das 89 matérias curriculares, distinguindo o essencial do supérfluo nos programas escolares e restabelecendo a autoridade do professor. Por fim, o reconstrutivismo declara que a principal finalidade da educação é “reconstruir” a sociedade de maneira que enfrente a crise cultural desta época (KNELLER, 1966). Segundo Kneller (1966, p. 166): A filosofia liberta a imaginação dos professores, ao mesmo tempo, disciplina o seu intelecto. Ao atribuir os problemas da educação às suas raízes na filosofia, o professor vê esses problemas em perspectiva mais ampla. Pensando filosoficamente, ele aplica o seu espírito, de um modo sistemático, a questões de importância [...]. Um educador que não use a filosofia é inevitavelmente superficial. Um educador superficial pode ser bom ou mau — mas, se for bom, é menos bom do que poderia ser e, se for mau, pior do que precisava ser. 9.3 O cenário atual da educação brasileira Antes de você refletir sobre o cenário atual da educação nacional, deve conhecer um pouco da história dos principais pensamentos pedagógicos brasileiros. Dessa forma, você vai compreender a influência dessas ideias nas práticas contemporâneas. Como você deve imaginar, os pensamentos pedagógicos brasileiros foram influenciados pelas correntes filosóficas da educação que você viu nas seções anteriores deste capítulo. Essas correntes nortearam o desenvolvimento da filosofia da educação numa perspectiva mundial e, naturalmente, ofereceram subsídios teóricos para determinados posicionamentos e práticas no Brasil. Em primeiro lugar, você deve considerar o seguinte: A educação no Brasil teve sua construção estruturada pela catequização dos povos indígenas. Educação essa que, inicialmente, tinha como objetivo primordial a transformação de condutas, focando na alfabetização ou nos processos pedagógicos somente o necessário para o condicionamento de novos comportamentos (CALEGARI, 2014 apud LIMA, 2018, p. 150). 90 Além disso: Os jesuítas também inauguraram, no final do século XVII, a primeira universidade no Brasil. Nesta, foram formados, durante os séculos XVIII e XIX, novos sacerdotes, engenheiros e doutores (FRANCA, 1952). Em 1890, a necessidade de criação de um curso normal superior foi defendida por Caetano de Campos, no entanto tal proposta não se efetivou. Foi na década de 1920 que Sampaio Dória idealizou a construção da faculdade de educação para a formação de inspetores, diretores de escolas normais, ginásios e grupos escolares, além de professores para escolas complementares. Embora esse projeto tenha se tornado lei, ele não teve sua consolidação e somente uma década depois, dentro da faculdade de Filosofia, é que a trajetória do curso de Pedagogia teve seu início (VIEIRA, 2008), coincidentemente em um momento histórico em que o mercado de trabalho passou a se tornar mais exigente, sob a influência do panorama econômico de países mais emergentes (LIMA, 2018, p. 150–151). Com relação ao pensamento pedagógico brasileiro liberal: Na década de 1930, quatro projetos de qualificação do Magistério se afirmaram, entre eles o Instituto de Educação da Universidade de São Paulo, criado por Fernando de Azevedo, em 1934, e a Escola de Educação da Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em 1935, criada por Anísio Teixeira (EVANGELISTA, 2002). No entanto, o golpe de Estado pôs fim aos projetos que se referiam ao curso de Pedagogia como formador de professores, consolidando a criação da Universidade do Brasil em 1937, resultando, a partir desse projeto, na criação da Faculdade de Filosofia. Nesse período, o curso se destinava à formação de quadros técnicos administrativos para a educação e de professor para as escolas normais (LIMA, 2018, p. 151). Quanto ao pensamento pedagógico brasileiro progressista, destacam-se iniciativas relacionadas à educação política versus a instrução. Conforme Gadotti (2001, p. 248), “Paschoal Lemme [foi] iniciador do pensamento [...]. A tese central de suas obras é que não há educação democrática a não ser em uma sociedade verdadeiramente democrática”. Na mesma linha de pensamento pedagógico, Álvaro Vieira Pinto defendia que: [...] a educação implica uma modificação de personalidade e é por isso que é tão difícil aprender. Ela modifica a personalidade do educador, ao mesmo tempo em que vai modificando a do aluno, e ainda que a educação reflita a totalidade cultural que a condiciona, é também um processo autogerador de cultura (apud GADOTTI, 2001, p. 250). Gadotti (2001, p. 253) destaca ainda, nessa perspectiva, as contribuições de Paulo Freire, que sustenta uma “[...] concepção dialética em que educador e educando aprendem juntos numa relação dinâmica na qual a prática, orientada pela teoria, reorienta essa teoria, num processo de constante aperfeiçoamento”. 91 Rubem Alves (O prazer na escola), Maurício Tragtenberg (A educação libertária) e Dermeval Saviani (A especificidade da prática pedagógica) também se destacaram no pensamento pedagógico progressista. Saviane, conforme Gadotti (2001, p. 264), “[...] destaca a necessidade de se elaborar uma teoria educacional a partir da prática e de tal teoria ser capaz de servir de base para a construção de um sistema educacional”. Ainda segundo Gadotti (2001, p. 268): O traço mais original deste século, na educação, é o deslocamento da formação puramente individual do homem para o social, o político, o ideológico. A pedagogia institucional é um exemplo disso. A experiência de mais de meio século de educação nos países socialistas é outro exemplo. A educação deste fim de século tornou-se permanente e social. Entretanto, mesmo com o desenvolvimento de diversas teorias, métodos e subsídios conceituais formulados pelos grandes pensadores pedagógicos brasileiros, 92 a prática educativa e a educação em geral no Brasil ainda estão marcadas por ações que não correspondem às necessidades presentes e tampouco aos resultados que remetam a uma educação de qualidade. Na boa medicina, os tratamentos e remédios são prescritos com base no que diz a melhor pesquisa disponível. Por que, na educação, o ensino é baseado em palpites e em tradição, em vez de se basear nas pesquisas existentes? Esta parece ser uma das razões para o mau desempenho das escolas (CASTRO, 2013, p. 17). Para José Guilherme Merquior, citado por Castro (2013, p. 17): [...] os problemas [no Brasil] são sempre apresentados de maneira abstrata, principista e apriorista. Portanto, o coeficiente de análise empírica, de exame concreto de realidades verificáveisé muito pequeno. [...] Falam de noções abstratas [...] O resultado é que se restaurou no Brasil o estilo escolástico de debate. Uma das melhores definições de escolástica como estilo retórico diz que ela era uma maneira precisa de falar de coisas vagas. Como você viu, diversos elementos filosóficos contribuíram para a construção e o desenvolvimento de diferentes concepções pedagógicas e, consequentemente, para a evolução e a formação do educador. Além disso, a filosofia ampliou as possibilidades de práticas educativas a serem aplicadas. Entretanto, ainda há grandes desafios para a promoção de uma educação brasileira de qualidade. Afinal, como você sabe, a educação nacional se encontra cada vez mais precária e dependente da ação e do papel dos profissionais envolvidos no processo educativo. 93 BIBLIOGRAFIA ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. ANDRADE, C. C. 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