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Aluno: Lucas Silva Barbosa Matrícula: 20210030109 Atividade - a avaliativa - iniciar-se-á com leitura dos capítulos 24, 25 e 26 do livro base do curso (Varian, 2012): Monopólio, Comportamento Monopolista e Mercado de Fatores. Após essa leitura, cada discente deverá fazer um resumo de até três páginas de cada capítulo e enviá-los pela plataforma SIGAA em um único arquivo. Os arquivos deverão ser redigidos em word ou software similar com margem padrão, espaçamento 1,5cm entre linhas e fonte times new roman tamanho 12. O monopólio conceitualmente é visto quando há apenas uma empresa em uma estrutura industrial, mas isso não significa que a empresa monopolista pode vender a qualquer tipo de preço e produzir o quanto quiser, mesmo que esteja sempre buscando lucros reais e redução de custos, pois a sensibilidade da demanda dos consumidores restringirão certas ações.Monopôlio O monopolista prefere sempre estar em um ponto em que a Receita Marginal é igual ao Custo Marginal, pois assim não é necessário haver modificações, porque caso o CM fosse maior que a RM, teria de diminuir a produção; porém, se a RM fosse maior que o custo, deveria produzir mais. Esse índice (markup) de receita e custo será dependente da elasticidade da demanda. Repassando essa ideia, pois quando falamos de RM pensamos no lucro, e aí que é cometido o erro. A ideia da RM ser igual ao CM é que o preço, não o lucro, ultrapassa o CM, gerando assim um lucro superior a uma empresa de mercado competitivo. Como o monopolista cobra um preço que ultrapassa o custo marginal, produzirá uma quantidade ineficiente de produto, o que gera a ineficiência de Pareto. A extensão da ineficiência pode ser medida pelo ônus – a perda líquida dos excedentes dos consumidores e produtores, assim, o monopolista até pode vender uma unidade extra por um preço menor, mas para isso não se pode abaixar o preço de nenhuma outra unidade vendida. Esse problema da perda do excedente do consumidor e o ônus podem ser vistos com uma análise simples, a qual em um mercado competitivo o produto é vendido a 2 e o seu custo marginal, seu custo real de ser produzido é 1, o ônus do consumidor seria de 1. Já no mercado monopolista, o preço é vendido a 4, seu custo marginal é 1 de produção, a perda de excedente do consumidor é de 3. A relação entre venda e produção em função do excedente do produtor é preferível na perspectiva competitiva, pois mesmo que haja a queda no preço, os consumidores irão “compensar” comprando mais quantidades a ponto que a área de excedente se torne maior, assim, reduzindo também a perda do excedente do consumidor e gerando uma eficiência de Pareto. Um monopólio natural ocorre quando uma empresa não pode operar a um nível eficiente de produto sem perder dinheiro, pois para produzir de forma eficiente a empresa deve vender o produto ou serviço a cima da curva de custo médio, porém terá lucros negativos, mas se produzir no equilíbrio da curva de custo médio, produzirá muito pouco de forma ineficiente. Muitas empresas de prestação de serviços de utilidade pública constituem monopólios naturais desse tipo e são, portanto, regulamentadas pelo governo. Além disso, a empresa pode operar de forma a igualar a Preço com o Custo Marginal, para cobrir todos os possíveis subterfúgios; porém, isso não é eficiente e reflete uma política de gastos que fica muito cara para o consumidor. O capítulo 24.7 nos propõe uma indagação que logo é respondida e o seu teor principal é o E.M.E, que significa Escala Mínima de Eficiência que mostra se um setor é competitivo ou monopolizado vai depender da natureza daquela tecnologia empregada. Se a Escala Mínima de Eficiência (EME) for pequena em relação à demanda, muitas empresas poderão entregar neste mercado competitivo, mas se a Escala de Eficiência (EME) for grande em relação à demanda, o mercado será monopolista. É essa escala que aponta o nível de produção capaz de minimizar o Custo Médio mantendo os limites viabilizados ao tamanho da demanda. Assim, podemos ter algumas formas de serem criados os monopólios, sendo um deles os cartéis, quando empresas se unem para propor um preço universal a aquele produto. Além disso, também surgem monopólios históricos que são formados por causa de um modelo inicial da empresa que tem tanta qualidade e uma boa produção, que fica inviável para outra empresa entrar no ramo para disputar com ela. E políticas de mercado feitas pelos países que podem ser restritivas ao comércio exterior, geral uma um mercado concorrente muito pequeno, criando assim um monopólio. A ideia do Comportamento Monopolista é de que a todo instante vemos empresas adquirir essa forma de ação, pois não precisa necessariamente ter o poder supremo de algum bem ou serviço. Uma forma de pensarmos isso é o aumento de preço de um certo posto de gasolina em relação aos outros, os quais vendem gasolina, mas o posto que aumentou, pode perder uma certa quantidade de clientes, porém, acaba ainda sim vendendo, pois oferece um produto melhor. Esse comportamento pode ser adquirido com a fixação de preços, uma oferta de um produto único- no sentido de raro- em relação a outros vendedores... Varian, neste capítulo, inicia mostrando como a empresa pode diversificar seu poder de mercado. Comportamento Monopolista Contudo, percebemos que isso acontece na maior parte das vezes quando o produtor produz mais do que o necessário e para não baixar o preço, pois perderia quase todo o seu lucro, ele tenta fazer essa venda em um status superior. Para isso, surge as discriminações. Sendo elas: Discriminação de Preços de Primeiro Grau, Discriminação de Preços de Segundo Grau e a Discriminação de Preços de Terceiro Grau. São formas de conseguir vender em um preço maior possível e ainda continuar competitivo. Tratando de cada uma separadamente, a primeira discriminação seria a de determinação de preços dependendo do quanto o indivíduo está disposto a pagar, também tratada como Discriminação Perfeita de Preços, que podemos traçar uma ideia do que muitos vendedores ambulantes na praia fazem quando percebem que a pessoa é estrangeira, além disso é visto como perfeita, pois o vendedor tenta extrair ao máximo do preço de reserva do consumidor, que seria mais ou menos o quanto o consumidor está disposto a pagar por aquele bem ou serviço. A segunda discriminação é voltada para os produtos, pois depende agora da quantidade que o comprador levará, assim, receberá um desconto na sua compra, o que vemos muito em compras em atacado. E a terceira discriminação tem relevância com a venda da produção para determinados grupos, faixa etária, para tentar atender a todos. Agora que foi explicado, podemos aprofundar em cada uma sendo a primeira a busca mais profunda pelo lucro total que o produtor consegue ter a partir de uma única pessoa. Nessa eficiência de Pareto, o produtor sabe o valor real da reserva de cada consumidor e vai cobrar o máximo que conseguir pelo produto, obtendo assim todo o excedente de mercado ao maximizar seu lucro. Assim, o produtor acaba tendo todo o excedente, enquanto o consumidor fica sem. No segundo caso de discriminação, o preço por unidade produzida não é constante, depende da quantidade que se é comprada. Uma forma de operacionalizar isso é com o preço-quantidade, que são preços variados a diversas quantidades do mesmo produto, gerando assim a autosseleção pelo consumidor. No terceiro ponto podemos ver a discriminação de preços, que nesse caso, será mais voltado a um mercado de produtos variando os preços para certos grupos, não levando em conta a reserva do consumidor, mas sim o grupo que ele está incluso. Dessa forma, é possível vender o produto para todos sem deixar de perder o lucro, mantendo a Receita Marginal superior ou igual, em casos que houve o total exaurimento, ao Custo Marginal. Dessa forma, se adquire para o mercado de preços mais altos a menor elasticidade da demanda. Por exemplo, um jovem estudante da UFRRJ que gasta quase todo o salário em condução e no fim do mês resta pouco dinheiro,será uma demanda mais sensível aos preços, e para este tipo de pessoa é necessário que o produtor consiga variar o preço para menos dando descontos. E para quem não faz parte de certo tipo de grupo que é insensível ao preço, pagará o preço total pelo produto, mantendo assim o excedente do produtor alto, logo, a receita marginal acima do custo marginal. Caminhando com o conteúdo, chegamos à Vinculação de Preços, no capítulo 25.5 do Varian, que aborda como as empresas fomentam mais vendas ao inserir mais de um conteúdo nos seus produtos. Exemplo dado é a venda de dois artigos também, se complementando em relação a preferências diversas dos consumidores. O consumidor A prefere pagar 120 reais em um monitor e 80 reais em controle, já o consumidor B prefere o inverso. O vendedor ao perceber isso, consegue vender os dois produtos juntos a 200 reais. Agradando tanto ao consumidor A quanto ao B. A partir daí, podemos empregar também os tipos de discriminações, caso o vendedor perceba que se der um desconto a um certo grupo de pessoas e aumentar a demanda, ele poderá estar monopolizando também o mercado em relação a outros vendedores que não fazem essa venda casada. Além disso, também vemos as Tarifas Bipartidas que podemos exemplificar com um exemplo o preço para entrar em algum estabelecimento somado ao preço para consumir algum bem ou serviço. Assim, temos o Dilema da Disneylandia que provoca uma fixação de preço para usar os brinquedos do parque, sendo o custo marginal para o funcionamento do brinquedo ser igual a receita marginal, entregando assim ao consumidor um excedente, que será pago com a entrada no parque. Dessa forma, a empresa maximiza o lucro numa perspectiva do quanto o consumidor está disposto a pagar pelo bem estar de estar dentro do brinquedo. Pode-se perceber também a Competição Monopolística, que de fato é difícil existir uma empresa que detenha todo o monopólio de um produto no geral; porém, existem produtos com qualidades variadas de diferentes empresas, citado como exemplo por Varian a Coca-Cola. Mesmo que seja portadora do registro do produto refrigerante Coca-Cola, existem outras empresas que também produzem refrigerante. A característica monopolista entra aí, porque existem produtos similares, mas só há um exatamente como Coca-Cola no mercado. E enquanto não produzirem mais refrigerantes que entreguem a mesma qualidade, a Coca-Cola sempre terá o seu reinado. Assim, conforme for existindo outros refrigerantes, a curva de demanda irá se deslocar para “dentro”, pois anteriormente quando ela era a única, ditava o preço pela unidade e agora esse preço decaí, pelo fato de existir uma concorrência monopolística. Esse entendimento para a Economia é difícil, portanto, lidam com duas observações as quais são que não há eficiência de Pareto, porque sempre pode haver uma redução no preço, tendo em vista que estará sempre entrando alguém no mercado, como por exemplo, para vender refrigerantes. E assim o lucro nada tem a ver com a eficiência, mas conforme o preço aumentar e estiver acima da curva de custo marginal, a tendência é expandir-se para aumentar a produção. E a segunda observação é que a empresa sempre atuaria à esquerda do nível de produção, quando o custo começa a cair, antes da curva voltar a subir numa produção de larga escala, isso acarretaria para a empresa um lucro exorbitante, mas prejudicaria bastante o consumidor que receberia um valor muito alto, numa produção de custo tão baixo, sem poder exigir redução, pois seria a única empresa disponível no mercado. Assim, podemos também ter a perspectiva de produtos por localização, mas trazendo uma metáfora de antemão já se pode explicar o assunto a partir da ideia de duas rádios que competem ouvintes, mas tocam músicas diferentes. Caso uma toque Funk e outra Pagode, uma delas tente tocar um ritmo de equilíbrio como um PagoFunk, ela perderá seus ouvintes que gostam apenas de Pagode. Então, nem sempre ceder o monopólio é válido para a empresa. A tendência é sempre o extremo no movimento de monopólio, existindo um comércio de um produto naquela região, a ideia é ir a um lugar oposto aquela região para ter o controle dos clientes, mas não disputar o controle. “A empresa que maximiza lucros sempre quer fazer com que a receita marginal de cada ação que realiza se iguale ao custo marginal daquela ação, partindo desse pressuposto, podemos chegar no caso do monopolista, a receita marginal associada ao aumento do emprego de um fator é chamada de produto da receita marginal. Para o monopolista, o produto da receita marginal será sempre menor do que o valor do produto marginal pelo fato de a receita marginal decorrente do aumento da produção ser sempre menor do que o preço.”. Dito isso por Varian, podemos ver que o ideal maximizador do monopolista é manter a curva da Receita Marginal com a do Custo Marginal reduzindo a variação de insumos em contrapartida a isso maximizando seu lucro. Mercado de Fatores “Assim como o Monopólio consiste num mercado com um único vendedor, o Monopsônio consiste num mercado com um único comprador.”, em um mercado competitivo uma empresa é tomadora de preços, já o monopsionista é o fixador de preços. Para o monopsonista, a curva de custo marginal associada a um fator será sempre mais inclinada do que a curva de oferta daquele fator, por isso, o monopsonista empregará sempre uma quantidade ineficientemente pequena do fator de produção, o que antes era no caso de produção agora se torna no mercado de fatores em relação a ineficiência de Pareto. Saltando para uma venda entre dois monopolistas sendo o primeiro produtor e o segundo o revendedor, se o monopolista upstream vender um fator para um monopolista downstream, o preço final do produto será alto demais graças ao fenômeno do markup duplo. Exemplificando o que foi dito por Varian, o monopolista downstream não teve Custo Marginal, porém ainda sim pode obter um lucro menor do que o monopolista upstream, pois caso tente aumentar o preço do produto, reduzirão os consumidores; porém, caso tente comprar mais produtos do monopolista upstream, verá os produtos aumentando o seu preço conforme for demandando mais produção. Mas na perspectiva do monopolista upstream, caso ofertasse mais produtos, teria de baixar o preço. A ideia central deste módulo é mostrar que, caso juntassem os dois monopolistas tanto o downstream quanto o upstream, teriam mais lucros, ao fundirem-se, poderiam reduzir o preço do produto e aumentar a produção.