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Trauma abdominal - resumo lauracatarine

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Laura Catarine – M4 
 Os traumas abdominais penetrantes estão 
relacionados à violência urbana, e os traumas 
contusos ocorrem por mecanismos de alta energia 
 O tratamento de pacientes com trauma abdominal e 
instabilidade hemodinâmica é a abordagem cirúrgica 
por laparotomia exploradora 
 No choque hemorrágico por trauma abdominal 
devemos realizar a ressuscitação volêmica 
 O uso de ácido tranexâmico deve ser considerado 
em pacientes adultos graves com menos de 3 horas 
do trauma 
o Dose: 1 g EV em 10 minutos seguido de 
infusão de 1 g em 8 horas 
 O conhecimento da topografia abdominal é 
fundamental para identificação de lesões em órgãos-
alvo 
 Abdome anterior: 
o Associados a lesões em vísceras ocas 
 Transição toracoabominal: 
o O limite entre cavidades abdominal e 
torácica é o diafragma, que varia de altura 
de acordo com o ciclo respiratório 
o Durante a expiração a transição 
toracoabdominal pode alcançar a altura do 
4-5° espaços intercostais, e ferimentos 
abaixo desse espaço podem levar a lesões 
de vísceras torácicas e intestinais 
 Flancos: 
o Traumatismos penetrantes nessa região 
devem levar a alta suspeita para 
trauma retroperitoneal 
 Cavidade pélvica: 
o Lesões do anel pélvico podem levar a 
sangramentos volumosos por lesões de 
plexos venosos ou arteriais 
 A biomecânica do trauma deve ser sempre 
esclarecida, pois alguns mecanismos possuem 
correlação com lesões intra-abdominais graves 
o Exemplo: Lesões de duodeno causadas por 
trauma contuso 
 A suspeita de comprometimento hemodinâmico 
deve conduzir à pesquisa de fontes de sangramento 
 O paciente pode apresentar dor referida (irritação no 
diafragma): 
o Dor referida em ombro esquerdo – Lesão 
esplênica 
o Dor referida em ombro direito – Lesão 
hepática 
 A avaliação inicia com exame físico: 
o 1 – Exposição completa do abdome 
o 2 – Inspeção: 
 Lesões na pele que indicam 
mecanismo contuso de trauma 
(lesões de cinto de segurança) 
 Orifícios de ferimentos 
penetrantes 
 Entrada de projéteis 
 Distensão abdominal 
 Hematomas 
 Evisceração 
 Sangramento 
o 3 – Palpação: 
 Dor abdominal difusa 
 Dor em apenas um quadrante 
 Fraturas de arcos costais inferiores 
 Achados relacionados com lesões intra-abdominais: 
o Presença de marca do cinto de segurança 
o Dor à descompressão 
o Hipotensão – PAS < 90 mmHg 
 Interpretada como resultado de 
sangramento 
o Distensão abdominal 
o Abdome em tábua 
o Fratura concomitante de fêmur 
 Deve ser realizada a avaliação da pelve: 
Laura Catarine – M4 
o Começa com a palpação da sínfise púbica 
e dos ossos pélvicos 
o Pelves instáveis em pacientes instáveis 
devem ser estabilizadas 
 Realizada com dispositivos 
específico ou com lençol 
posicionado na altura dos 
trocânteres maiores 
o A avaliação da região perineal busca sinais 
sugestivos de lesões 
o Toque vaginal é indicado na suspeita de 
trauma pélvico 
 FAST: 
o É um protocolo, que usa o USG para 
avaliação do abdome à beira do leito 
o Realizado para responder duas perguntas: 
 Há liquido livre na cavidade 
abdominal? 
 Há liquido no saco pericárdico e, se 
presente, leva à compressão de 
câmaras cardíacas? 
o Sensibilidade de 74% e especificidade de 
96% 
o Indicação: 
 Todo paciente vítima de trauma, 
principalmente na suspeita de 
tamponamento cardíaco, trauma 
abdominal fechado com 
instabilidade hemodinâmica ou 
trauma abdominal penetrante sem 
indicação cirúrgica emergencial 
o Positivo – Avaliação imediata do cirurgião 
o Avalia 4 janelas: hepatorrenal, esplenorrenal, 
suprapúbica e subxifóidea 
o Limitação do uso do FAST: 
 Pacientes obesos 
 Não identifica adequadamente 
sangramentos retroperitoneais 
 Índices elevados de falso-positivo 
em pacientes com líquido 
abdominal livre previamente, como 
hepatopatas 
o TC de abdome: 
 Complementa o FAST, pois avalia 
o retroperitônio e identifica o sítio 
de sangramento 
 Padrão-ouro 
 Deve-se examinar detalhadamente o abdome, pelve 
e região perineal do paciente 
 Indicação de exames laboratoriais e exames de 
imagem: 
o Dor abdominal 
o Distensão 
o Estigmas de trauma 
o Mecanismo de trauma suspeito 
o Rebaixamento de nível de consciência 
o Lesões distrativas 
o Idosos e pacientes em uso de 
anticoagulantes 
 Raramente necessita de intervenções cirúrgicas de 
emergências 
 Exame padrão-ouro: TC de abdome e pelve com 
contraste endovenoso e fase arterial 
 Pacientes com exame físico normal e trauma de 
baixa energia, deve-se realizar exame físico e FAST 
seriados durante 24h 
 Não solicitar amilase e lipase no trauma pancreático 
 Mecanismos de fratura do anel pélvico: 
o Compressão lateral – 60 a 70% 
o Compressão anteroposterior- 15 a 20% 
o Cisalhamento vertical – 5 a 15% 
o Mecanismos combinados 
 Os traumas pélvicos geralmente são de alta energia 
o Por isso, deve-se investigar se houve TCE 
concomitante 
 Trauma vesical: 
o Pode levar ao extravasamento de urina 
o Avaliação por meio de uretrocistografia 
retrógada ou TC com contraste em fase 
tripla (arterial, venosa e excretora) 
 Na lesão ureteral, a sondagem vesical está 
contraindicada 
o Pode transformar uma ruptura parcial em 
total 
 O fígado é a terceira estrutura em frequência de 
lesões 
 Nos traumas contusos, o fígado é a segunda víscera 
mais acometida 
 Achados: 
o Dor quadrante superior direito 
o Estigmas de trauma no local 
o Dor referida em ombro direito 
o Fraturas de arcos costais próximos ao 
fígado 
o Mecanismo de trauma de alta energia 
 Exame padrão-ouro: TC de abdome com contraste 
 As lesões são graduadas pela AAST 
o Grau 1 a 5 
Laura Catarine – M4 
o Presença ou ausência de extravasamento 
de contraste na fase arterial (blush) 
 Tratamento não cirúrgico é padrão-ouro em 
pacientes estáveis 
 Pacientes estáveis com blush podem ser submetidos 
à arteriografia e embolização por radiologia 
intervencionista 
 Mecanismo mais comum: trauma fechado por 
acidente automobilístico 
 A maioria dos casos é uma lesão isolada 
 Achados: 
o Dor em hipocôndrio esquerdo 
o Fraturas de costelas à esquerda 
o Dor em ombro esquerdo 
o Estigmas de trauma 
 Exame padrão-ouro: TC com contraste 
endovenoso 
 As lesões são classificadas pela AAST: 
o Grau 1 a 5 
o Os graus iniciais possuem melhor resposta 
ao tratamento não cirúrgico 
o Em caso de blush (sangramento ativo) ou 
pseudoaneurisma de circulação esplênica, 
há benefício na embolização ou 
abordagem cirúrgica 
 São os órgãos do sistema geniturinário mais lesados 
por trauma 
 Mecanismo: trauma de desaceleração rápida 
 Achados: 
o Hematúria 
o Trauma de desaceleração rápida 
o Trauma em flanco ou dorso 
o Instabilidade hemodinâmica sem foco de 
sangramento aparente 
 Exame padrão-ouro: TC com fase arterial, venosa e 
excretora ou laparotomia exploradora 
 A lesões são classificadas pela AAST em grau de 1 a 
5 
 Lesões de sistema coletor podem cursar com 
extravasamento urinário e formação de coleções de 
urina 
 Comum em lesão penetrante 
 Rara em traumas contusos 
 Lugares mais lesados: 
o Próximo ao ângulo de Treitz 
o Íleo distal

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