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HIPERSENSIBILIDADE É o termo usado para quando ocorre uma resposta imunológica exagerada, causando dano tissular. O principal objetivo do sistema imune é a eliminação do patógeno sem causar danos ao organismo. Porém, a ação das células do sistema imune pode causar dano tissular, ou ainda, ocorrer a falha da eliminação do patógeno e perdurar para infecções crônicas, respostas direcionadas a antígenos próprios ou falhas no mecanismo de intolerância. As doenças de hipersensibilidade são ativadas pela resposta imune adaptativa. Além da ativação do sistema complemento, os LF T produzem e liberam citocinas, enquanto que os LF B produzem e liberam anticorpos. Em processos inflamatórios crônicos pode ocorrer a formação de granulomas. Os granulomas têm o objetivo de conter e/ou eliminar o patógeno recrutando leucócitos e células residentes teciduais. As reações de hipersensibilidade são classificadas em I, II, III e IV. TIPO I Hipersensibilidade imediata (15-30min até 4- 6h). Ocorre a produção de IgE após a exposição ao alérgeno. Ocorrendo muita expressão de mastócitos, basófilos e eosinófilos por conta do IgE e consequente desgranulação, liberando mediadores inflamatórios (leucotrienos e histaminas). Ex. Anafilaxia por picada de insetos, asma alérgica e eczema. TIPO II Hipersensibilidade citotóxica, elas são mediadas por anticorpos. Ocorre quando um anticorpo ou imunoglobulina (IgM e IgG) é produzido em resposta a um antígeno não- danoso, ocorrendo a fagocitose dessa célula. Pode ocorrer quando as células B não sofreram uma seleção positiva-negativa adequada no seu período de maturação. Ex. doenças autoimunes, incompatibilidade sanguínea. TIPO III Hipersensibilidade por depósito de imunocomplexos (3-10h após exposição ao antíigeno). Em um indivíduo saudável, os complexos antígeno-anticorpo são mantidos como complexes solúveis no sangue pelas proteínas C2 e C4 do sistema complemento. Estes complexos imunes ligam-se a receptores do complemento ou de células vermelhas, permitindo seu transporte até o baço, onde os complexos serão removidos e destruídos. A patologia pode ser percebida quando a produção de complexos é maior que o clearance. Ex. Lupus eritematoso, púrpura de Henoch-Schönlein, artrite reumatóide. TIPO IV Hipersensibilidade tardia (48-72h após exposição ou formação de granuloma). O patógeno é apresentado por um macrófago, que age como APC aos linfócitos T CD4+, que liberam citocinas inflamatórias e ativam linfócitos T CD8+, causando dano celular. Se esse estímulo for persistente ocorre a formação de um granuloma (aglomerado de macrófagos). Ex. doenças autoimunes e infecciosas (TB lepra, toxoplasmose, leish), hera-venenosa, metais pesados.
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