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43 A presença de uma meta específica para a educação em tempo integral no âmbito da aprovação do PNE 2014-2024 sinalizou um importante avanço no que diz respeito a essa pauta no âmbito das políticas educacionais. Se até o ano de 2007, o país contava com experiências locais de ampliação da jornada escolar na perspectiva do tempo integral, a partir desse ano, por ocasião do PME houve uma “capilarização do debate na sociedade brasileira” (LECLERC; MOLL, 2012, p. 104) e, por fim, se apresentou no PNE como umas das metas para a melhoria da qualidade da educação. Convém destacar que a Portaria que institui o PNME não revogou aquela que deu origem ao PME, de modo que a sua descontinuidade se deu a partir da suspensão dos repasses de recurso financeiro às escolas para a sua execução (IGLESIAS, 2019). E ainda, o fato de o PNME possibilitar a ampliação da jornada escolar em cinco horas semanas sinaliza que sua implementação, neste formato, não contribuiria efetivamente para o alcance da Meta 6 estabelecida no PNE, em relação à oferta de educação em tempo integral. 5. FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Fonte: shre.ink/mwU5 Nos últimos anos vivemos um contexto em que os direitos da criança têm sido afirmados e as instituições de ensino têm se expandido, condição que torna a formação de profissionais que trabalham com crianças um dos grandes desafios para a área. Mais recentemente, a escolaridade obrigatória alargada a crianças de 4 e 5 44 anos, ou seja, parte da educação inicial, enfatizando a necessidade de acompanhar as estratégias do governo local para implementar tal oferta, com especial atenção ao currículo Pré-escolar a ser processado, bem como para a formação de professores antes da recuperação judicial. Com os requisitos legais propostos pela Lei de Diretrizes e Fundações (LDB) 9.394 (BRASIL, 1996), que estabelece a Educação Infantil como primeira etapa da Educação Básica, a carreira pedagógica adota em seu regulamento a obrigação formar professores para trabalhar com crianças pequenas (KIEHN, 2011), embora a legislação preveja que todos os graduados podem trabalhar na área da Educação Infantil e nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Grande parte dos municípios reconhece essa formação como pré-requisito para o preenchimento das vagas na condução de processos seletivos públicos. É importante refletirmos sobre as características que envolvem o perfil do profissional que trabalha na Educação Infantil, levando em conta as especificidades das crianças de 0 a 6 anos de idade, bem como problematizar os desafios diários envoltos na docência na Educação Infantil. O intuito é partir do reconhecimento da infância como categoria específica no desenvolvimento humano, refletir sobre a necessidade de institucionalização dos processos de cuidar e educar, com destaque para o papel dos profissionais que trabalham com as crianças na Educação Infantil. Nesse cenário, é importante apontar as mudanças ocorridas em relação à formação dos jovens na Educação Infantil, refletir sobre as especificidades desse campo de trabalho e enfatizar a importância da formação do conhecimento sobre como atuar na Educação Infantil para superar o caráter assistencialista que moldou a história da atenção à primeira infância e o viés compensatório que aponta para a retomada. Como salienta Côco (2015, p. 143): [...] a Educação Infantil está imersa no conjunto das pautas em disputa no contexto social e, não sem tensões, vem conquistando visibilidade e reconhecimento social, evidenciando necessidades emergentes, iniciativas de ação, metas futuras e desafios que persistem. Ao longo da história, os estudos dedicados à infância evidenciaram que a criança foi destinada a um espaço diferente dentro das famílias e, consequentemente, na sociedade. Esse ‘novo’ lugar da infância no cenário familiar e social foi fruto, dentre outras questões, do crescente interesse pelas crianças pelo que poderiam se tornar, 45 adultos úteis ao mundo do trabalho. As mudanças socioeconômicas interferiram diretamente no modo de ver e atender as crianças, o que implicou na criação e, até hoje na reconfiguração dos espaços de atendimento à criança pequena e no modo de conceber a infância. 6. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM MOTORA Fonte: shre.ink/mwUI O processo do aprender sempre causou grandes dúvidas e inquietações no ser humano. Há algum tempo tanto os profissionais da educação como da psicologia se desdobram na tentativa de explicá-lo. Atualmente, diversas teorias falam como acontece a aprendizagem e suas variadas formas. O que se sabe esse processo envolve inúmeros aspectos como o biológico, o social, o psíquico e o cognitivo. No entanto, antes de abordar o desenvolvimento cognitivo, considere que o processo de aprendizagem acontece desde o período uterino até o estágio final da vida, sendo contínuo, permanente e cumulativo. 6.1. Conceitos e características e desenvolvimento cognitivo Para o professor atingir seu objetivo ao ensinar, se faz necessário compreender tanto as características do seu aluno como do funcionamento desse processo de ensino-aprendizagem. Del Prette (2012) aponta que ela pode ser não reflexiva (que
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