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BENS PÚBLICOS E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Bens Públicos (art. 98,CC) Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Estudaremos a relação do bem com proprietário, sendo ele ente do direito público interno (art. 41,CC). A. P. D. (administração pública direta) União Estados Municípios A. P. I. (administração pública indireta) Autarquia Fundação Associações públicas Sociedade de Economia Mista Empresa Pública Teoria Exclusivista – José dos Santos C. Filho (abaixo como recomendação de leitura pelo professor) - Só é considerado bem público os presentes no art. 98 do Código Civil. Teoria Inclusivista - Inclui os presentes no art. 98, CC, bem como as sociedades de economia mista e empresas públicas por possuírem patrimônio público, responsáveis por prestar serviço de caráter público; - Deve-se atentar a funcionalidade do bem com a relação casuística, ou seja, um bem pode ser público a depender da situação que esteja naquele momento. Exemplo: carro do presidente da Petrobrás é usado para resgatar vítimas de alagamento. Teoria Mista Atinge também o patrimônio das empresas privadas que ligadas ao Estado de algum modo prestam serviços de caráter público, por meio de licitação (contratos administrativos). Exemplo: cooperativas de ônibus. Bens Públicos Podemos dividir os bens em 3 categorias: comuns, dominicais e especiais; Essas divisões ocorrem de acordo com a funcionalidade de cada bem, ou seja, em que esse bem vai ser utilizado e por quem será utilizado; Os bens de caráter especial SEMPRE serão públicos, por essência; BENS DE USO COMUM E ESPECIAL SEMPRE ESTARÃO AFETADOS A UMA FINALIDADE PÚBLICA. Bens de uso comum São bens do Estado, mas destinados ao uso da população. Exemplo: praias, ruas, praças etc. As regras para o uso desses bens serão determinadas na legislação de cada um dos entes pertencentes; Bens de uso especial: São bens móveis ou imóveis, que se destinam ao uso pelo próprio Poder Público para a prestação de serviços. A população os utiliza na qualidade de usuários daquele serviço. Exemplo: hospitais, automóveis públicos, fórum etc. É de responsabilidade de cada ente definir os critérios de utilização desses bens. Bens dominicais Relação de propriedade, bem público em que o Estado possui as mesmas disposições de uma relação privada, podendo dispor-se dele, transacionar, entre outros. São bens desafetados, que não possuem destinação pública. Afetação e Desafetação Se dá por meio de lei (latu sensu) ou ato administrativo. A afetação ocorre quando um bem se torna público, seja como, bem especial ou comum, já a desafetação, ocorre quando um bem deixa de ser público. No caso da afetação temos como exemplo a hasta Pública (leilão). LIMPE: Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência BENS PÚBLICOS NA CF Art. 20 - União Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Art. 26 - Estados Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. MUNICÍPIO NÃO POSSUI ROL TAXATIVO DE BENS PÚBLICOS NA CF/88. Regime Jurídico dos Bens Públicos ● Não onerabilidade; (penhora – 1.225,CC) ● Inalienabilidade ○ art. 100 e 101 CC Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. ● Impenhorabilidade ● Imprescritibilidade ○ art. 102 CC Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. https://www.hastapublica.com.br/ ○ art. 183 (153), parag. 3 e 191 - Público - CF ○ súmula 340 - STF (36) Bens Materialmente Públicos (formalmente) I. Uso privativo bens público 1. Autorização: ato unilateral, discricionário, precário, qualificado e independe de licitação prévia; 2. Regime jurídico II. Autarquia: - Agências reguladoras (Exemplo: ANATEL); - Agência executiva; - Fundação Pública de direito público. Bens de uso comum e especial NÃO PODEM SER ALIENADOS, somente os de uso dominical do povo (art. 100,CC). Os de uso comum e especial DEVEM SER DESAFETADOS em caso de alienação. Bens formalmente públicos são bens que apesar de serem de caráter públicos não possuem função social, podem ser usucapidos. Autorização → Ato Unilateral → Discricionário → Precário → Solicitação → Qualificada REGIME PÚBLICO DOS BENS PÚBLICOS Tipos de Administração pública: - Direta = obrigatoriamente qualquer órgão integrante é pessoa jurídica de direito público (art. 98 CC) (ex: PF, Ministérios, Secretarias..) - Indireta = composta por 5 subespécies - Autarquia: - Agência reguladoras = ANATEL, ANS, Banco Central. - Agências executivas = apresentar plano de estruturação com finalidade de melhorar algum órgão público. Qualificação temporária. - Fundações públicas de direito público = nada mais é do que uma autarquia que recebe o nome de fundação no nome. - Empresa pública: (ex: Correios) pode ser constituída em qualquer formato - Sociedade de Economia Mista: vão para o mercado concorrer com empresas privadas. Só pode ser SA (Sociedade Anônima) (Ex: Banco do Brasil) - Fundação Público: (Ex: Fundação Casa) pessoas jurídicas de direito privado *Associação é diferente de Fundação = as fundações devem ter uma finalidade permanente, não podendo mudar o ramo de atuação ao longo de sua existência. Já a associação é uma organização criada por pessoas que se unem em torno de um objetivo de interesse social. **Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Regulamento) § 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cincoanos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. Súmula 340. Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião." Dessa forma, inexistência de lei federal autorizativa impede que sobre o imóvel se pratiquem atos de posse. **EMBORA EXISTA CORRENTE MINORITÁRIA, EXISTEM AQUELES QUE DISTINGUEM O BEM COMO FORMALMENTE PÚBLICOS, TORNANDO POSSÍVEL O USUCAPIÃO DE BEM PÚBLICO, POR DESCUMPRIMENTO A FUNÇÃO SOCIAL. USO PRIVATIVO DO BEM PÚBLICO U.P.B.P - Camarote da Brahma do Sambódromo. O Sambódromo é público, mas um representante da Brahma pode pedir ao estado que no dia X o camarote se torne dele, por um período determinado, mas que as regras vão ser definidas pela Brahma e usufruto apenas dela. - Casar na praia. Autorização do Estado com finalidade privada. → Ato Unilateral = quem concede é a administração pública e apenas ela. → Discricionário = não tem nenhum requisito. → Precário = pode cessar a qualquer momento. Podendo ou não ter um prazo definitivo. → O estado pode cobrar ou não. → Não licitação = não tem nenhuma licitação para o ato. → Qualificada = Permissão Qualificada: tem um prazo. Nessa regra da autorização, pode gerar indenização. - Ato unilateral - Discricionário - Precário - Com licitação (é o que difere da autorização) e tem finalidade para atender o interesse público (autorização atende interesse privado) OBS: STF entende banca como autorização e como permissão podendo ter finalidade pública ou privada (aquelas que não vendem jornal) Ex: Taxista, feira de rua, barracas do mercado municipal, banca de jornal, etc. Concessão Atende obrigatoriamente finalidade pública. CUEM → ato bilateral, é um contrato\necessária licitação. Concessão de uso especial para fins de moradia. NÃO É USUCAPIÃO, a pessoa só USUFRUI. CUEM não adquire a propriedade, só usa ela por tempo indeterminado e transmite por herança. A pessoa tem que estar no bem até 22.12.2016 por 5 anos com terreno de 250 m2. - Art. 183, § 1 da CF - Art. 77, Lei 13.465 de 17 - Art. 22-A, Lei 9.636 de 98 - Art. 1.225, IX do CC - MP 2.220 de 01 - não pode ser proprietário de outro bem. Ex: pedágio, energia elétrica (ANEEL) e telefonia. Licitações (escolher no mercado) Processo Administrativo Vinculado - ganha a melhor proposta. - Lei 14.133 de 21 - Lei Pregão = está em vacatio legis (2 anos) \ a parte criminal já está vigorando. - Art. 191 - escolhe qual lei usar - Art. 193, II - Lei 8.666 de 93 - ainda em vigor. - Art. 1 (quem tem que seguir a lei) → Regra Geral - Não se aplica às sociedades de economia mista e empresas públicas. - Art. 1 § 1º → são regidas por lei específica (Lei 13.303 de 16) - Art. 5º (22 princípios) - Princípio da eficácia: para atingir resultado, ser eficaz. - Princípio do planejamento: planejar os atos para ser eficaz. Regra é a OBRIGATORIDADE (Art. 37, XXI da CF) EXCEÇÕES - contratação direta (não licitar) Nos casos de CONTRATAÇÃO DIRETA não há necessidade de licitação Dispensa → Valor (até o valor, falar de valor) (art. 75) → Situação (toda uma situação, muito longa) → Fracassada (nenhuma empresa preenche, habilita, a licitação fracassada) → Deserta (não tem ninguém na licitação) revelia. Quando a solicitação for dispensável, pode fazer, mas não precisa. Dispensada → Art. 76, I = é quando não pode fazer licitação. 1º da ação em pagamento 2º doação 3º relação da própria administração pública (não faz sentido, porque escolhe, não tem como licitar) Inexigibilidade de licitação, dispensa e dispensada (formas de exceção, de não licitar). - Art. 72 - para contratar direto, tem que ser provada a contratação direta. Tem que preencher os documentos (planejamento). LICITAÇÕES Inexigibilidade - Art. 74 - Inviabilidade → pressuposto lógico - Ocorre quando for inviável a licitação. Só uma pessoa presta aquele tipo de serviço ou só uma se ofereceu. - Ex: vacina covid, estudos mostram que só a vacina X pode dar para as grávidas, nesse caso a licitação é inexigível, pois apenas UMA VACINA atende aos requisitos das grávidas. - Objeto singular - Serviço ou bem singular Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de: I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivos; II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública; III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação: a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou projetos executivos; b) pareceres, perícias e avaliações em geral; c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; (ex: empresa de auditoria) d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico; h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios de campo e laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros específicos de obras e do meio ambiente e demais serviços de engenharia que se enquadrem no disposto neste inciso; IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento; V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de localização tornem necessária sua escolha. Serviços técnicos de natureza intelectual - Art. 6, XVIII XVIII - serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual: aqueles realizados em trabalhos relativos a: a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos e projetos executivos; b) pareceres, perícias e avaliações em geral; c) assessorias e consultorias técnicas e auditorias financeiras e tributárias; d) fiscalização, supervisão e gerenciamento de obras e serviços; e) patrocínio ou defesa de causas judiciais e administrativas; f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico; h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios de campo e laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros específicos de obras e do meio ambiente e demais serviços de engenharia que se enquadrem na definição deste inciso; Súmula 5 de 2012 - Conselho Pleno OAB “ADVOGADO. DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. CONTRATAÇÃO. PODER PÚBLICO. Não poderá ser responsabilizado, civil ou criminalmente, o advogado que, no regular exercício do seu mister, emite parecer técnico opinando sobre dispensa ou inexigibilidade de licitação para contratação pelo Poder Público, porquanto inviolável nos seus atos e manifestações no exercício profissional, nos termos do art. 2º, § 3º, da Lei n. 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB).” Recomendação 36 de 2016 da CNMP Art. 1º A contratação direta de advogado ou escritório de advocacia por ente público, por inexigibilidade de licitação, por si só, não constitui ato ilícito ou ímprobo, pelo que recomenda aos membros do Ministério Público que, caso entenda irregular a contratação, descreva na eventual ação a ser proposta o descumprimento dos requisitos da Lei de Licitação. MODALIDADE LICITAÇÕES - Art. 28 e 28 parágrafo 2 Art. 28. São modalidades de licitação: I - pregão; II - concorrência; III - concurso; IV - leilão; V - diálogo competitivo. § 2º É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou, ainda, a combinação daquelas referidas no caput deste artigo. Pregão- Bens e Serviços Comuns - Art. 29, paraf. único. - menor preço - maior desconto - Art. 6, XXI, “2” CONCORRÊNCIA → BENS E SERVIÇOS ESPECIAIS - Art. 6, XXXVIII da LLECD - Concorrência Concurso - Art. 30 - Menor conteúdo artístico. - Melhor conteúdo técnico. LEILÃO —---> ALIENAÇÃO —---> BENS MÓVEIS E IMÓVEIS —--> NOVA MODALIDADE - Inservíveis; - Apreendidos; - Diálogo competitivo; - Art. 32 - Art. 6, VLII da LLECD Critério de julgamento O objeto da licitação é SINGULAR, tal qual, por ser exclusivamente realizada por determinada pessoa. Exemplo: O prefeito de São Paulo quer contratar Ivete Sangalo para cantar uma música de renome gravada por ela, e que não possui concorrência, pois possui singularidade na prestação de serviço (“impossibilidade”). PREGÃO CONCORRÊNCIA CONCURSO - Bens e serviços gerais; - Art. 6º, XXX, “a” - Bens e serviços especiais - Concurso artístico. Exemplo: O prefeito abre edital de seleção para composição do hino de um município, ao qual deve preencher todos os requisitos. LEILÃO • Inservíveis: não possuem mais utilidade. FASES DA LICITAÇÃO Art. 17 da Lei Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência: I - preparatória; II - de divulgação do edital de licitação; III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso; IV - de julgamento; V - de habilitação; VI - recursal; VII - de homologação. Existem 5 fases da licitação: I. Preparatória Definir a necessidade de qualquer tipo de bem e serviço; preciso descobrir a necessidade; qual a necessidade. Definir objeto: é a definição da necessidade; especificar qual o objetivo. ex: papel higiênico bom ou barato É nessa definição que vai ser escolhido a necessidade. ex: lapiseira - com borracha / qual o nº do grafite / qual a marca É a realização de um documento memorial, que justifica as licitações. Minuta do Edital: “Não” é o edital, é o esboço/são as cláusulas, é um documento que vai dar a publicidade, gráfico e o desenho onde é. Divulgado para que saiba, as condições do objeto. Princípio da vinculação do edital ou Princípio de Instrumento Convocatório, tem que seguir tudo que está no edital. A minuta do contrato (draft) geralmente é feita pelo jurídico ou administrativo. Ele é o desenho neste momento e tem que estar pronto para o edital final, se a fase preparatória for bem feita ela significa a garantia que a licitação vai ser um sucesso porque foi planejada na fase interna, antes de todo mundo saber. II. Divulgação do Edital É o público; documento onde está tudo que o fornecedor precisa saber para comprar. Ela é a publicidade por onde começa a licitação. É feito de forma digital, existindo um portal específico onde se divulga com a realização de um cadastro para ter o acesso liberado. O jurídico precisa dar ok antes de soltar o edital. Se por algum motivo o jurídico não der o aval - pode ser porque o objeto não é individual, ou falta alguma cláusula - eles devem reter até ter a aprovação. Porém, o jurídico é recomendável, não vinculatório, podendo o edital ser solto mesmo sem aprovação e quem soltar o edital (setor adm) será o responsável. Após a divulgação do edital, aguarda-se as propostas. III. Propostas É o orçamento, mas na lei de licitação chama-se proposta. Tem que seguir os prazos que estão no art. 55 e o prazo a cumprir é de acordo com a prestação de serviço. REGRAS: 1. PRAZO: SEMPRE EM DIAS ÚTEIS. 2. Sempre vamos usar o princípio da proporcionalidade e razoabilidade. O mínimo é definido por lei e o máximo tem que respeitar os princípios mencionados. - O bem mais complexo → maior prazo; - O bem mais simples → menor prazo; Ex: Construção de um novo prédio → longo prazo. Compra de papel higiênico → prazo curto. 3. O administrador tem que se atentar ao prazo, pois sua contagem se inicia no dia seguinte ao lance do edital. Modos de disputa - art. 56 Art. 56. O modo de disputa poderá ser, isolada ou conjuntamente: I - aberto, hipótese em que os licitantes apresentarão suas propostas por meio de lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes; II - fechado, hipótese em que as propostas permanecerão em sigilo até a data e hora designadas para sua divulgação. NÃO CONFUNDIR MODALIDADES DE LICITAÇÕES COM MODOS. Os modos de disputa são: - ABERTA: os lances são públicos e devem ser sucessivos. - ex: lance de R$ 1.100, o próximo tem que ser R$ 1.200. - FECHADO: as propostas são mantidas em sigilo até o prazo em que se pode enviá-las e quando após o encerramento, as propostas serão abertas e julgadas. - ex: concorrência / bens especiais. IV. Julgamento das propostas O critério está no art. 33, tem que estar no edital de julgamento. Nessa hora, sempre seguir o que está no edital. Art. 33. O julgamento das propostas será realizado de acordo com os seguintes critérios: I - menor preço; II - maior desconto; III - melhor técnica ou conteúdo artístico; IV - técnica e preço; V - maior lance, no caso de leilão; VI - maior retorno econômico. ex: preço e técnica. O que irá definir a escolha, tem que estar previsto no edital. O licitante pode ser desclassificado pelo art. 59 - Propostas com vícios insanáveis - Detalhamento do objeto errado (não interpretar o edital na parte técnica) - Orçamento: é um valor global e apresenta uma proposta diferente no contrato. Exequibilidade: A empresa apresenta proposta de R$ 100, mas no edital o valor mínimo era 50 mil, não vai ser desclassificado, mas terá que provar se consegue cumprir o que o edital pede com o valor proposto. Art. 59. Serão desclassificadas as propostas que: I - contiverem vícios insanáveis; II - não obedecerem às especificações técnicas pormenorizadas no edital; III - apresentarem preços inexequíveis ou permanecerem acima do orçamento estimado para a contratação; IV - não tiverem sua exequibilidade demonstrada, quando exigido pela Administração; V - apresentarem desconformidade com quaisquer outras exigências do edital, desde que insanável. Critérios de desempate pelo art. 60. Art. 60. Em caso de empate entre duas ou mais propostas, serão utilizados os seguintes critérios de desempate, nesta ordem: I - disputa final, hipótese em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta em ato contínuo à classificação; II - avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, para a qual deverão preferencialmente ser utilizados registros cadastrais para efeito de atesto de cumprimento de obrigações previstos nesta Lei; III - desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, conforme regulamento; IV - desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme orientações dos órgãos de controle. V. Habitação - art. 62 Art. 62. A habilitação é a fase da licitação em que se verifica o conjunto de informações e documentos necessários e suficientes para demonstrar a capacidade do licitante de realizar o objeto da licitação, dividindo-se em: I - jurídica; (receita federal, certidões criminais, cíveis, falência) II - técnica; (demolição de um prédio - obrigatório ter engenherio) III - fiscal, social e trabalhista; (reclamações trabalhistas, débitos) IV - econômico-financeira. (se está habilitada) Se a empresa ganha nos critérios, tem que se verificar se tem habilitação nas áreas: jurídica, técnica, trabalhista e economia financeira. art. 17 § 1º A fase referida no inciso V do caput deste artigo poderá, mediante ato motivado com explicitação dos benefícios decorrentes, anteceder as fases referidas nos incisos III e IV do caput deste artigo, desde que expressamente previsto no edital de licitação. No art. 164, o pedido de esclarecimento impugna edital de licitação, podendo ser qualquer pessoa que tenha legitimidade e que seja apresentado 3 dias antes da publicação. Art. 164. Qualquer pessoa é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei ou para solicitar esclarecimento sobre os seus termos, devendo protocolar o pedido até 3 (três) dias úteis antesda data de abertura do certame. Parágrafo único. A resposta à impugnação ou ao pedido de esclarecimento será divulgada em sítio eletrônico oficial no prazo de até 3 (três) dias úteis, limitado ao último dia útil anterior à data da abertura do certame. VI. Homologação art. 71, IV Art. 71. Encerradas as fases de julgamento e habilitação, e exauridos os recursos administrativos, o processo licitatório será encaminhado à autoridade superior, que poderá: I - determinar o retorno dos autos para saneamento de irregularidades; II - revogar a licitação por motivo de conveniência e oportunidade; III - proceder à anulação da licitação, de ofício ou mediante provocação de terceiros, sempre que presente ilegalidade insanável; IV - adjudicar o objeto e homologar a licitação. Depois de tudo aprovado, se inicia o fim da licitação, encaminhando-se para a parte de contratos. § 2º O motivo determinante para a revogação do processo licitatório deverá ser resultante de fato superveniente devidamente comprovado. Revogada: o critério de conveniência e oportunidade. ex: revogação por conta da pandemia; Lançou edital dia 10, dia 20 veio a pandemia, nesse caso pode ocorrer a revogação ATÉ A ASSINATURA DO CONTRATO, entretanto apenas o administrador público que pode revogar. § 3º Nos casos de anulação e revogação, deverá ser assegurada a prévia manifestação dos interessados. Anulação: vai ocorrer por motivos de irregularidade, desde que seja insanável. ex: licitações de 3 empresas formam um quartel e combinam um preço entre si - esquema de licitação. Quem pode anular é a administração pública de ofício ou o poder judiciário. Pode anular por até 5 anos, inclusive após o contrato. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Ocupação Provisória - art. 104 V Lei de Licitação = uma efetiva intervenção da administração pública na propriedade privada, no prestador de serviço contratado. Cláusula exorbitante e extrema; acaba sendo uma “desapropriação”. Estado ocupando bens móveis e imóveis do prestador de serviço, para o serviço PÚBLICO ter continuidade. Não precisa estar no contrato, pois é uma prerrogativa legal, está em lei. Ex: metro, correios, ônibus, etc a) Risco Prestação Serviço - requisitos: - Contraditório e ampla defesa; - Procedimento administrativo; sem grandes formalidades, mas fornece ao prestador de serviço o contraditório e ampla defesa. Cláusula exorbitante em direito privado - Previsão expressa Pode existir, desde que exista previsão contratual acordada previamente pelas partes. Exceção do Contrato não comprido - Extinção - art. 137 Não pode ocorrer exatamente com esse nome, mas na prática existe a exceção que se chama Rescisão unilateral. Exceção Contratual Art 105 - os contratos que excedam mais de um ano financeiro (out de 2021 a out 2022, passa um ano financeiro de 2021 para 2022), o administrador público tem que fazer provisão do pagamento do contrato. Art. 106 - duração máxima de 5 anos Art. 110 - (Art. 6 LIII) prazo de validade para contrato de eficiência (= recebe com base no que ele consegue por eficiência; ex: eu tenho uma empresa e ofereço ao serviço público, eu recebo com base no que eu gerei de economia para o setor público) poderão ter 2 prazos máximos: a) quando contratado fizer investimento até 35 anos (ex: eu forneço usinas a uma empresa para reduzir custos, porém como eu investi dinheiro o prazo é maior, mas eu ainda recebo apenas em cima do que eu economizei para a empresa); b) quando não se investir nada, até 10 anos (ex: eu reviso o contrato de uma empresa e prometo reduzir os gastos e com base nessa economia eu recebo uma porcentagem). Art. 109 - prazo de validade indeterminado nos casos de a) contratos de prestação contínua E b) de empresas que detêm REGIME DE MONOPÓLIO daquele serviço. (ex: com gás) Art. 114 - Os contratos terão validade de até 15 anos para fornecimento de serviços estruturantes de TI (ex: cartucho - 5 anos; armazenamento na nuvem - 15 anos). Garantia Contrato - Art. 96 - Previsão edital A adm pública PODE, mas não deve, ter uma garantia do contrato adm. que tem que estar prevista no edital. O contratado tem o DIREITO DE ESCOLHER QUAL GARANTIA VAI SER PRESTADA. Contratado - tipos de garantia: I. Caução - em dinheiro II. Seguro Garantia III. Fiança Bancária Execução Contrato - a adm pública poderá em contratos adm: - Fiscalização - Orientação - Intervenção - Aplicação Penalidade Art. 117 - gestor de contratos que irá acompanhar o desenvolvimento do contrato. Art. 120 - responsabilidade - o prestador de serviço contratado é responsável pelos dados causados por ele (seus colaboradores) na prestação de serviço público, INDEPENDENTEMENTE de fiscalização ou não. - Art. 37, 6 CF - conflito com o art. 120, pois expõe que a adm pública é responsável objetivamente, porém posteriormente ela poderá cobrar ressarcimento do prestador de serviço que lhe causou dano. - O QUE PREVALECE É A CONSTITUIÇÃO, mas acaba que o art. 120 se encaixa no final do parágrafo do art. 37 da CF. Art. 121 - regra Art. 121, parag 2 - Exceção - contratos de prestação diferidos no tempo de mão de obra e regime de dedicação exclusiva, pode haver responsabilidade solidária (encargos previdenciário) e subsidiária em (encargos trabalhista), desde que a adm pública NÃO FISCALIZE. ex: segurança de exclusividade do desembargador. Extinção - por parte da adm pública; extinção unilateral. art. 137, paraf 2 - a) se o prestador errou ou b) não é mais necessário o serviço; em ambos os casos é necessário a notificação prévia do prestador. - por parte do contratado; extinção unilateral. art. 156 - incisos (I - X; II- supressão superior a 3 meses; III - se a suspensão do contratado somarem mais de 90 dias; IV - ficou mais de 2 meses consecutivos sem receber pagamento) só pode haver a rescisão se for comunicado antes. Penalidades - da adm pública - Advertência - por escrito ou formal - Multa - Impedimento licital e contratual - Declaração inidoneidade SERVIÇO PÚBLICO Atende o interesse da coletividade. O Estado não gera riqueza, mas ADMINISTRA A RIQUEZA. Prestado pela administração pública ou particulares = por mais que seja um bem privado ou construído e administrado por um privado, se fizer SERVIÇO DE NATUREZA PÚBLICA, público. ex: linha amarela do metrô, táxi. Titularidade sempre da administração pública - Art. 37, parág. 6 da CF = responsabilidade civil é sempre do Estado, por mais que a administração seja privada. Ex: tipo perdido de polícia, a culpa pela vítima será do estado. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Pode transferir a execução = Quando a Administração Pública deseja repassar a execução de determinado serviço público de sua competência para a iniciativa privada pode fazê-lo mediante autorização, permissão ou concessão (art. 21, XII, e art. 175, CF/88). Princípios: - Supremacia do interesse público = - Indisponibilidade do interesse público = o estado não pode negar um serviço público. = não estão positivados em lugar nenhum, mas tem mais poder que CF. Princípios Gerais Limpe = legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Específicos Art. 6, parag. 1 - Lei 8.987 de 95 Art. 6º Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. § 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. - Modicidade das tarifas: o valorque o usuário paga ao serviço público, deve ser módica; acessível e adequado à coletividade; base no salário mínimo. (ex: tarifa]imposto "invisível" é da PM, SUS, etc e “tarifa visível” é o metrô, ônibus, etc) - o judiciário pode interferir no valor, em caso dos valores serem onerosos ao usuário (público). - Continuidade do serviço público: não dá para paralisar, o serviço deve ser contínuo. A harmonia da supremacia deve ser mantida. Paralisação Total ex: greve - não pode paralisar totalmente Serviços essenciais = serviços MILITARES não se aplica, não podem em hipótese nenhuma fazer greve. Art. 142 CF, parag. 3 IV: Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; Paralisação Legítima I- Origem técnica ou segurança de instalações (ex: um usuário se joga nos trilhos do metrô, neste momento existe a paralisação) II - Inadimplemento Aviso Prévio = OBRIGATORIAMENTE tem que existir notificação ao usuário referente ao inadimplemento (ex: notificação da enel) Contraditório e ampla defesa = tem que ser concedida a defesa, não pode ser de forma sumária. - O inadimplemento se aplica tanto para serviço público como privado. - Se for serviço público prestar serviços essenciais não se pode aplicar. Imutabilidade do Regimento Jurídico - Alteração unilateral - Cláusula exorbitante - Não pode invocar direito adquirido - Tem que ser avisado previamente GENERALIDADE = todos devem ser tratados de forma igualitária, mas existe diferenciação. - A TODOS - Economia = tem que se aplicar ao grupo INTEIRO que passa a ser a exceção. - Imparcialidade = pq pode haver exceções (ex: idosos, deficiêntes) Formas de Prestação de Serviço - Centralizada: quando prestado diretamente pelo setor público direto para o setor público (ex:MP, serviço legislativo) - Descentralizar - Desconcentração = a prestação é centralizada, mas a administração pública indireta concede o poder a administração pública indireta. - Descentralização = concessão para prestação de serviço público por um ente privado - Quando transferido a execução do serviço para a administração pública indireta = OUTORGA - Quando transferido a execução do serviço para a administração de pessoa jurídica de direito privado = DESCENTRALIZAÇÃO OU DELEGAÇÃO Distinguir se o serviço pode ser mensurado ou não. IMPOSTOS - uti convelsi = serviços coletivos, que não podem ser mensurados (SUS, PM) TAXAS - serviço exercido e deve ser pago ao direito público - uti singuli (autarquia) ou TARIFAS - serviço exercido e deve ser pago pelo direito privado - uti singuli - Tanta a taxa ou a tarifa se aplica a serviços individuais, que podem ser mensurados (detran, enel). Concessionária de serviço público - agente que recebe do poder concedente a outorga de concessão para prestar serviço público. SERVIÇOS PÚBLICOS Serviço Público - art. 21, X a XV da CF - serviços que são exclusividade da União Serviço Público - art. 25, paraf 2 da CF - único serviço de competência estadual - gás Concessão Contrato administrativo por natureza, então trás mais segurança jurídica. Geralmente feito através de licitação, via de regra na modalidade de concorrência. Será contratado serviço público ou privado, mas que seja destinado para o público. Sujeitos ADP (administração público) - PJDP (Pessoa de Direito Privado) Poder concedente = contratantes → administração pública Concessionários = prestador de serviço → empresa privada ou pública Modalidade de Concessão - Ordinária - tarifa = concessão comum, é a regra; a forma de remuneração do concessionário é feita exclusivamente por meio de tarifa. - Patrocinada - subsídios + tarifa = uma parte o usuário paga (a tarifa), mas o estado dá um subsídio a mais (que na real é o servidor público que paga também) - Administrativa - 100% pago pelo poder concedente, ou seja, o Estado; a administração é pública, mas a utilização final é indireta do servidor público. (ex: presídio) (Participação Pública Privada - PPP) Lei 11.079 de 04 Extinção da Concessão - Termo Contratual = uma concessão que não tem previsão de prorrogação, na data final, ela apenas se encerra. - Encampação = extinção da concessão por uma postura do poder concedente, vai evocar um interesse público para se extinguir o contrato. - Deve oportunizar que o concessionário faça contraditório e ampla defesa = abrir processo administrativo Provavelmente, caso ocorra a extinção existirá o dever de indenização do concessionário. - O motivo da extinção deve ser real, não havendo desvio de finalidade. - Caducidade = extinção da concessão por conta da inexecução do contrato, seja parcial ou total, por parte do concessionário. - Rescisão = extinção da concessão por conta da inexecução do contrato por parte do poder concedente. - Anulação = nos casos de ilegalidade, tendo efeito retroativo (ex tunc). - Falência ou extinção = falência da pessoa jurídica de direito privado ou extinção por meio, por exemplo, de aquisição da empresa prestadora de serviço por outra empresa e começa a prestar outro serviço. - Falecimento = na prática não acontece, mas para fins doutrinários, se a PPP for uma pessoa autônoma, ela pode vir a falecer e o contrato se extingue. Reversão - art. 36 da lei 8.987 de 95 Possibilidade de, ao término da concessão, os bens empregados para o serviço público, passam a ser bens do patrimônio do poder concedente (ex: cabines, câmeras do pedágios se tornam do estado ao final de uma concessão). Existem regras: - Continuidade - Prevista no edital E no contrato = o gasto dos bens que PODEM vir a ficar para o poder concedente. - Valor amortizado Permissão (ex: taxista, banca do mercado municipal) - Através de licitação para adquirir a permissão. - Ato administrativo precário e discricionário = não tem tanta formalidade e nem segurança. A qualquer momento a administração pública pode encerrar o serviço. Por mais que seja ato administrativo, pode ter contrato de locação, por exemplo, mas que não terá nenhuma ligação com o direito administrativo. - Risco da precariedade x rentabilidade - Não necessita de grandes investimentos e o investimento não está ligado a algo aderente ao solo (ex: estrutura). INTERVENÇÃO DO ESTADO EM PROPRIEDADE PRIVADA Função social própria (descumprimento) → punição - Pode perder sem cumprir a função Interesse na coletividade (vai perder a coisa, mas o coletivo ganha, porque vão fazer um metrô. → NÃO É UMA PUNIÇÃO O proprietário ganha um valor para desocupar aquela propriedade. Propriedade - função social Requisitos para descumprimento: - Urbana Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes. (Regulamento) (Vide Lei nº 13.311, de 11 de julho de 2016) § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizaçãoe os juros legais. - Rural Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Forma Supressiva de domínio O proprietário perde a propriedade e deixa de ser o proprietário. ex: desapropriação. Forma não supressiva de domínio O proprietário perde a propriedade, mas continua sendo o proprietário. ex: tombamento Desapropriação Indireta - É VEDADO Apossamento administrativo. Art. 46. É nulo de pleno direito o ato de desapropriação de imóvel urbano expedido sem o atendimento do disposto no § 3o do art. 182 da Constituição, ou prévio depósito judicial do valor da indenização. *A propriedade é posse + título* Desapropriação Forma originária - reseta os proprietários e um matrículas anteriores. Art. 5, XXIV da CF - o proprietário recebe do estado - Necessidade, utilidade e interesse público. - Regra Geral: pagamento de indenização PRÉVIA, JUSTA e EM DINHEIRO. O pagamento é de acordo com o valor do mercado. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição ; - Supremacia do interesse público; - Função social = cumprimento ou punição - Se não atender a função, pode perder a propriedade. - Desapropriação através de decreto. Competência Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: II - desapropriação; Desapropriar - todos os entes federativos podem solicitar. Exceções ANEEL - Pode desapropriar para instalar antenas de eletricidade Art. 10. Cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, declarar a utilidade pública, para fins de desapropriação ou instituição de servidão administrativa, das áreas necessárias à implantação de instalações de concessionários, permissionários e autorizados de energia elétrica. DMIT - Pode desapropriar para fornecer transporte aéreo. Art. 88. Os Diretores deverão ser brasileiros, ter idoneidade moral e reputação ilibada, formação universitária, experiência profissional compatível com os objetivos, atribuições e competências do DNIT e elevado conceito no campo de suas especialidades, e serão indicados pelo Ministro de Estado dos Transportes e nomeados pelo Presidente da República. Executar a Desapropriação Todo mundo pode (Autarquias, concessionárias..) pode olhar o que precisa para desapropriar. MACETE: Legislar = União Promover = Entes Federativos Executar = Todos → por meio de decreto. ADI e Concessionários. Fundamentos - art. 5 XXIV da CF ● Necessidade pública - só pode ser aquele bem escolhido para a desapropriação. Esse bem + urgência. ● Utilidade pública - podem existir outros imóveis para a desapropriação, mas aquele bem é a MELHOR escolha. ● Interesse Público - atender a coletividade. Art. 1º A desapropriação por interesse social será decretada para promover a justa distribuição da propriedade ou condicionar o seu uso ao bem estar social, na forma do art. 147 da Constituição Federal. Formas de Desapropriação pelo descumprimeto da função - Punição - Política Urbana - art. 102, § 4º da CF. § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Plano diretor para saber se é urbano ou rural a região. 1. O estado pede para parcelar (usar uma parte) ou edificações compulsórias (modificar) 2. Institui IPTU progressivo até 5 anos (vai aumentando 15%) - objetivo de forçar cumprir a obrigação 3. Desapropria e paga, mas pago em título da dívida pública em até 10 anos expedido pelo Senado. Quem pode promover - só o MUNICÍPIO Objetivo - sempre punir o proprietário (ex: senhor no terreno com placa de vende-se no jardim para não ficar sem função e correr o risco de desapropriar) - Reforma Agrária - art. 184 e 186 da CF Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Quem pode promover - só a UNIÃO Grande requisito para descumprir - terra sem finalidade, geralmente são grandes porções de terra. Desapropria e paga, com título da dívida agrária até 20 anos. Geral O Estado não tem competência em nenhum dos casos. A desapropriação GERALMENTE é sob BENS IMÓVEIS e pode até desapropriar o BEM PÚBLICO. Decreto - 3.365 de 41, art. 2 §2º Hierarquia entre os entes. Não pode pulos, nem regressão. Sempre PJ e $. UNIÃO —------— ESTADO —-------— MUNICÍPIO *Não confundir com penhora e usucapião, pois esses não se aplicam a bens públicos* Fase Administrativa ou Declaratória O poder expropriante irá cumprir atos para conseguir a desapropriação, sendo eles: 1. Decreto Expropriatório: o chefe do poder executivo do expropriante expede o decreto com as informações pertinentes à desapropriação. 2. Regime Jurídico Especial: no período da expedição do decreto até o fim da desapropriação de fato, se inicia o regime em que existirão regras específicas. a. Direito de penetração: o poder expropriante tem direito de solicitar uma expedição na propriedade livremente. 3. Fixação do estado da coisa: se o proprietário fizer a. benfeitorias voluptuárias = não será pago à indenização. b. benfeitorias úteis = tem que comunicar e solicitar AUTORIZAÇÃO ao poder expropriante. c. benfeitorias necessárias = só fazer sem comunicar ou solicitar autorização. Prazo de Caducidade Perda do efeito do decreto por inércia do poder. O poder expropriante tem um prazo para efetivar a desapropriação. Desapropriação para: ● Fins de Necessidade ou Utilidade Pública: 5 anos ● Fins de Interesse Público: 2 anos A contagem se inicia a partir da data de expedição do decreto. Após 1 ano da data de caducidade, o poder pode iniciar um novo processo de desapropriação. Tredestinação ● Lícita: não altera a finalidade, mas a propriedade que irá ser construída. (ex: escola → hospital) ● Ilícita: a finalidade é completamente diferente da expressa ao decreto (ex: hospital → praça) Fase Judicial O proprietário pode recorrer à expedição do decreto em duas hipóteses: ● Valor da desapropriação: valor oferecido pelo poder é inferior ao do mercado. ● Vício no processo: se houver a tredestinação ilícita ou não é publicado o decreto. *O poder judiciário não pode interferir no mérito da desapropriação, apenas julgar o valor ou se houve vício. FORMAS NÃO SUPRESSIVAS DE INTERVENÇÃO PÚBLICA Servidão Administrativa O estado vai intervir na sua propriedadee você terá que aceitar. Características: ● Interesse Público: uma das partes sempre será o Estado. ● Gratuita: em regra não cabe indenização, pois é uma intervenção. ● Indenização a depender: em regra não cabe, mas depende se ao intervir foi causado algum prejuízo a alguém. ● Definitiva: Está prevista em lei e tem natureza definitiva. ● Registro: Tem que dar publicidade ao decreto. Requisição Administrativa Art. 5, XXX da CF A autoridade poderá requerer bens ou serviços com finalidade pública. ● Perigo público iminente: um exemplo é em uma perseguição policial, a policia pega emprestado uma moto de um civil. ● Indenização ulterior: após utilizar o bem ou serviço verifica-se se ocorreu danos e, em caso positivo, precisa indenizar. ● Natureza temporária: após a utilização a autoridade devolve o bem. Tombamento A finalidade é o que significa o patrimônio. ● Patrimônio imaterial (ex: samba, memórias, ruas e casas de ouro preto, etc) ● Decreto 25-37 ● Natureza definitiva Existem 3 tipos de tombamento: 1. Ofício: próprio poder público tomba o imóvel público (ex: fórum hely lopes) 2. Voluntário: o particular pede para tombar um bem dele. 3. Compulsório: o poder público solicita o tombamento por decreto. Podem ser: ● Geral: uma ÁREA TODA é tombada (bairro, cidade) ● Individual: um ÚNICO BEM, imóvel é tombado, independente de ser só a fachada, o imóvel todo e etc. Prejuízos: ● Direito de fiscalização: o poder público pode fiscalizar quando quiser. ● Reforma: só pode fazer alguma alteração após aprovação do poder e tem que ser IDÊNTICO ao original. ● Vizinho: até vizinhos de lugares tombados podem sofrer interferência. Ocupação Provisória O poder público irá ocupar sua propriedade para criar apoio a obras ou serviços públicos. ● Gratuito ou oneroso ● Indenização a definir: se ocorrer danos ● Natureza temporária Limitação Administrativa Limitação no direito de propriedade. ● Geral: todo mundo que está na situação deve respeitar (ex: prédios da Paulista aos domingos) ● Não gera dever de indenização: por ser geral, cabe ao proprietário respeitar a limitação. ● Poder polícia administrativa: o estado limita o poder do proprietário.