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Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ ♥ Objetivos: 1♥ Compreender o ciclo menstrual normal e suas alterações; 2♥ Entender a SOP (etiopatologia, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico, tratamento); 3♥ Correlacionar o mecanismo de ação da Metformina com o tratamento da SOP; 4♥ Relacionar as alterações dos níveis insulínicos com a fisiopatologia da SOP; 5♥ Associar a SOP com outras comorbidades (Obesidade, Dislipidemia, Hirsutismo...) 1♥ Compreender o ciclo menstrual normal e suas alterações; Fases e duração do ciclo menstrual -O primeiro dia de menstruação representa o primeiro dia do ciclo (dia 1). - O ciclo menstrual é regulado pela complexa interação dos hormônios pituitários (LH e FSH) (hormônio luteinizante e hormônio foliculoestimulante) com as hormônios sexuais ovarianos (estradiol e progesterona). -O ciclo ovariano é dividido em duas fases: folicular e lútea. • Fase folicular: começa com o início da menstruação e termina no dia anterior ao aumento do (LH) hormônio luteinizante = apresenta uma duração variável, sendo responsável pela regularidade (ou irregularidade) menstrual. • Fase lútea: começa no dia do pico de LH e termina no início da próxima menstruação = apresenta uma duração fixa de 14 dias. O ciclo menstrual dura de 28 a 35 dias, com aproximadamente 14 a 21 dias na fase folicular e 14 dias na fase lútea. Há pouca variabilidade do ciclo entre as mulheres com idades entre 20 e 40 anos, porém é comumente irregular nos primeiros anos após a menarca e nos últimos anos antes da cessação da menstruação. • FASE FOLICULAR (↓ESTRADIOL ↓PROGESTERONA) A fase folicular inicial: É o momento em que o ovário é menos ativo hormonalmente, resultando em baixas concentrações séricas de estradiol e progesterona. Os baixos níveis de estradiol e de progesterona no início desta fase fazem com que o revestimento uterino (endométrio) degenere/descame e se desprenda na menstruação. -O efeito do feedback negativo dos hormônios da fase lútea anterior resulta em um aumento da frequência de pulso do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ e um aumento subsequente no hormônio folículo estimulante sérico (FSH). - Esse pequeno aumento na secreção de FSH inicia o recrutamento da próxima coorte de folículos, (fase folicular tardia) cada um dos quais contendo um óvulo. Porém apenas um único folículo é selecionado e continua a desenvolver-se se tornando o folículo dominante, enquanto o resto para de se desenvolver e sofre atresia. O folículo dominante aumenta de tamanho em aproximadamente 2 mm por dia até que seu tamanho maduro seja alcançado, 20 a 26 mm. - As concentrações crescentes de estradiol sérico resultam em espessamento gradual do endométrio uterino e um aumento na quantidade e espessura do muco cervical. ↓E, ↓P (ciclo anterior) → feedback- → ↑GnRH → ↑FSH → recrutamento (novo ciclo) → ↑FSH → crescimento folículos → ↑E → ↓FSH, ↓LH → ↑E → folículo dominante. • FASE OVULATÓRIA (↑ LH ↑FSH menor quant)→(pico EST + ↑ PROGEST) -Um aumento nos níveis do LH e FSH marca o início da fase ovulatória. A liberação do óvulo (ovulação) ocorre normalmente entre 16 e 32 horas depois do aumento no nível hormonal. O nível de estradiol chega ao seu ponto máximo e o nível de progesterona começa a subir. Ovulação e meio do ciclo - As concentrações séricas de estradiol continuam a aumentar até aproximadamente um dia antes da ovulação. - Mudança do controle de feedback negativo da secreção do LH pelos hormônios ovarianos para um efeito de feedback positivo repentino resultando em um aumento de 10 vezes nas concentrações séricas de LH e um aumento menor de FSH. • Fase lútea (↓ LH ↓FSH) → FOLICULO FAZ 1°/MEIÓTICA→ ECLODE → LIBERA OÓCITO Formação Corpo Lúteo → Secreta PROGEST: PROGEST + ESTRADIOL espessam e vascularizam endométrio → SN fertilizar óvulo = Corpo Lúteo Degenera (X PROGESTERONA)(estradiol cai) → forma CORPO BRANCO → ↓ ESTRADIOL → novo ciclo. -Os níveis de hormônio LH e FSH caem. - O folículo se rompe soltando o óvulo (oócito), formando um corpo amarelo (lúteo), O oócito é liberado na superfície do ovário aproximadamente 36 horas após o pico de LH. Em seguida, desce pela trompa até a cavidade uterina. - O corpo lúteo (amarelo) secreta progesterona. A progesterona e o estradiol provocam o espessamento do endométrio. Se o óvulo não for fertilizado, o corpo lúteo degenera e deixa de produzir progesterona, o nível de estradiol desce e começa um novo ciclo menstrual. - Se o oócito for fertilizado, ele se implanta no endométrio dias após a ovulação. O embrião inicial começa a produzir gonadotrofina coriônica humana, que mantém o corpo lúteo (hCG) e a produção de progesterona. • não fecundado → ↓LH → ↓P, ↓E → ↑FSH = novo ciclo • fecundado → ↑ hCG → mantém corpo lúteo → ↑P = gestação O declínio na liberação de estradiol e progesterona do corpo lúteo em resolução resulta na diminuição do suprimento sanguíneo endometrial, descamação endometrial e início da menstruação 14 dias após o pico de LH. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ - Em resposta à queda da produção hormonal do corpo lúteo, o eixo hipotálamo-hipófise é liberado do feedback negativo e os níveis do hormônio folículo-estimulante (FSH) aumentam, iniciando assim o próximo ciclo. - As principais causas de distúrbio menstruais são decorrentes de alterações físicas (como tumores, cistos, miomas), hormonais (Síndrome do Ovário policístico, hiperandrogenismo, alterações da tireóide, aumento da prolactina e menopausa precoce) e psicológicas (estresse, anorexia, etc). PRINCIPAIS DISTÚRBIOS MENSTRUAIS: Amenorreia Primária: É também considerada como atraso da menarca. Ela é diagnostica em meninas magras demais ou que praticam esporte em excesso e chegam aos 16 anos sem menstruar por falta de gordura no corpo. Alguma gordura corporal é importante para ativar o processo de produção hormonal necessário ao estabelecimento do ciclo reprodutivo. Sangramento Uterino Disfuncional: Sangramento uterino anormal é aquele que apresenta uma alteração em um ou mais parâmetros: ou seja, um sangramento excessivo em duração, freqüência ou quantidade. Com relação a quantidade, se o sangue menstrual formar coágulos, provavelmente a perda é maior que o normal e quanto mais coágulos maior a perda. Os padrões anormais de sangramento são: • Polimenorréia: menstruação demasiado frequente com intervalo menor de 25 dias. • Oligomenorréia: menos de nove ciclos menstruais ao ano, apresenta as mesmas causas de amenorréia secundária e deve receber, portanto, avaliação idêntica. • Hipomenorréia: fluxo escasso. • Menorragia/hipermenorréia: volume superior a 80 ml ou sangramento superior a 7 dias com intervalos regulares. • Metrorragia: sangramento com intervalos irregulares, mas frequentes, com volume e duração variáveis. • Menometrorragia: sangramento prolongado ocorrendo a intervalos irregulares. • Sangramento intermenstrual: sangramento entre ciclos regulares. → Entre as causas possíveis do sangramento uterino irregular se destacam: distúrbios hormonais, excesso de exercícios ou de peso, presença de miomas, estresse emocional, menarca recente ou aproximação da menopausa. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ A falha na ovulação (ou anovulação) está por trás da maioria dos sangramentos irregulares. Síndrome dos Ovários Policísticos: A síndrome de ovário policístico (SOP) é uma doença na qual há um desequilíbrio nos hormônios sexuais femininos. Esse desequilíbrio hormonal pode causar alterações no ciclo menstrual, alterações na pele, pequenos cistos nosovários, dificuldade para engravidar e outros problemas. Geralmente está associada ao excesso de peso, alterações da glicose, colesterol e predisposição genética. Medicamentos usados para tratar dos hormônios e ciclos menstruais anormais decorrentes da síndrome de ovário policístico incluem: • Pílulas anticoncepcionais ou comprimidos de progesterona, para ajudar os ciclos menstruais a se tornarem mais regulares • Metformina, um medicamento que aumenta a sensibilidade do corpo à insulina, pode melhorar os sintomas da síndrome de ovário policístico e às vezes fará com que os ciclos menstruais sejam normalizados. Para algumas mulheres, ele também pode ajudar com a perda de peso. • Análogos do hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH). Hiperprolactinemia: É uma condição em que a prolactina (hormônio produzido pela hipófise durante a gestação e lactação) é liberada em quantidades excessivas. O maior efeito nocivo do excesso de prolactina é a redução nos níveis dos hormônios sexuais, estrogênio na mulher e testosterona nos homens. A hiperprolactinemia pode causar sintomas em decorrência do excesso de prolactina, como falta de menstruação, baixa libido, secreção de leite pelas mamas, dificuldade de ereção nos homens, ou podem causar sintomas devido efeitos compressivos do tumor sobre as estruturas ao seu redor, causando dor de cabeça e alterações na visão. É preciso lembrar que existem outras causas para produção excessiva de prolactina além do tumor hipofisário, como algumas medicações, hipotireoidismo, insuficiência renal, etc. Uma vez confirmado o diagnóstico de prolactinoma, seu médico irá orientá-lo sobre a melhor forma de tratamento. Geralmente utilizamos medicações, conhecidas como agonistas dopaminérgicos para reduzir a prolactina, melhorar os sintomas e reduzir o tamanho do tumor. A cirurgia fica reservada apenas para algumas situações. 2♥ Entender a SOP (etiopatologia, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico, prognóstico, tratamento); ♥INTRODUÇÃO: - A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma endocrinopatia comum que se caracteriza por oligo-ovulação ou anovulação crônica, sinais de excesso androgênico (hiperandrogenismo) e múltiplos pequenos cistos ovarianos. ♥EPIDEMIOLOGIA: - Afeta mulheres na menacme (idade fértil), com prevalência entre 6 e 16% das mulheres nesse período da vida. ♥DEFINIÇÃO: - Foi redefinido o conceito de SOP pela ESHRE/ ASRM (2003), para obedecer a alguns critérios: As mulheres afetadas devem ter Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ pelo menos dois dos seguintes critérios: (1) oligo-ovulação e/ou anovulação; (2) hiperandrogenismo (clínico e/ou bioquímico) e (3) ovários policísticos identificados ao exame ultrassonográfico. - A conferência do NIH definiu SOP como disfunção ovulatória com hiperandrogenismo clínico e/ou hiperandrogenemia, sem levar em consideração o aspecto ultrassonográfico dos ovários. ♥ETIOPATOGÊNESE: - A causa subjacente à SOP não é concreta. Entretanto, suspeita-se de origem genética multifatorial e poligênica (estando envolvidos fatores endócrinos e genéticos, além de fatores ambientais como dieta e atividade física); - Alguns especialistas sugeriram a possibilidade de transmissão autossômica dominante, com expressão em indivíduos do sexo feminino e masculino. - Os genes supostamente envolvidos são aqueles relacionados com a síntese de androgênios e à resistência à insulina. - Possibilidade de desregulação do gene CYP11a em pacientes com SOP. Esse gene codifica a enzima de clivagem da cadeia lateral do colesterol, ou seja, a enzima que executa a etapa limitante da taxa de biossíntese de esteroides. - Evidências também sugerem suprarregulação de outras enzimas na via androgênica biossintética. Além disso, é possível que haja envolvimento do gene receptor de insulina do cromossomo 19p13.2 ♥FISIOPATOLOGIA: • GONADOTROFINAS: - A anovulação em mulheres com SOP é caracterizada por secreção inadequada de gonadotrofinas. Especificamente, alterações na pulsatilidade do hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH, de gonadotropin- releasing hormone) resultam na produção preferencial de hormônio luteinizante (LH) em detrimento do hormônio folículo- estimulante (FSH). - Atualmente, não se sabe se a disfunção hipotalâmica é causa primária de SOP ou se é secundária a feedback anormal dos esteroides. - Em qualquer dos casos, os níveis séricos de LH aumentam, e tal aumento é observado clinicamente em cerca de 50% das mulheres afetadas. Da mesma forma, a proporção LH:FSH aumenta e fica acima de 2 em cerca de 60% das pacientes. Ou seja, hipersecreção de hormônio luteinizante (LH) e hiposecreção do hormônio folículo estimulante (FSH). A hipersecreção de LH leva à estimulação excessiva das células da teca, aumentando a produção de androgênios, principalmente Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ testosterona, de modo desproporcional à sua conversão em estradiol, de modo que ocorre o hiperandrogenismo observado nas pacientes com SOP. Devido à baixa secreção de FSH, o completo crescimento e amadurecimento dos folículos é dificultado, de modo que estes interrompem seu desenvolvimento em estágios intermediários, conferindo ao ovário a morfologia policística característica. Em mulheres diagnosticadas com SOP, observa-se diminuição da sensibilidade dos neurônios hipotalâmicos secretores de GnRH à retroestimulação negativa normalmente estimulada pelos níveis elevados de estrogênios e progesterona, de modo que se justifica o aumento da secreção de GnRH e LH. A essa redução de sensibilidade, se atribui a deficiência na expressão de receptores de progesterona nos neurônios secretores de GnRH. • ANDROGÊNIOS: Tanto a insulina como o LH estimulam a produção androgênica das células da teca ovariana. Como resultado, os ovários afetados secretam níveis elevados de testosterona e androstenediona. Por outro lado, níveis elevados de androstenediona contribuem para o aumento nos níveis de estrona em razão da conversão periférica de androgênios em estrogênios por meio da atividade aromatase. EXPLICANDO A IMAGEM: - Alterações na liberação pulsátil do hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH) podem resultar em aumento relativo na biossíntese e na secreção de hormônio luteinizante (LH) versus hormônio folículo-estimulante (FSH). - O LH estimula a produção androgênica ovariana, enquanto a escassez relativa de FSH evita a estimulação adequada da atividade aromatase dentro das células da granulosa, reduzindo, consequentemente, a conversão de androgênio no estrogênio potente estradiol. - Níveis elevados de androgênios intrafoliculares resultam em atresia folicular. Níveis circulantes elevados de androgênios contribuem para anormalidades nos perfis lipídicos das pacientes e para o desenvolvimento de hirsutismo e acne. - O aumento de androgênios circulantes também pode ter origem na glândula suprarrenal. Os níveis séricos elevados de androgênios (principalmente androstenediona) são convertidos a estrogênios (principalmente estrona) na periferia. Como a conversão ocorre Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ principalmente nas células estromais do tecido adiposo, a produção estrogênica será maior em pacientes obesas com SOP. - Essa conversão resulta em retroalimentação crônica do hipotálamo e da hipófise, diferentemente das flutuações normais na retroalimentação observadas na presença de folículos em crescimento com níveis de estradiol variando rapidamente. A estimulação do endométrio por estrogênios sem oposição pode levar à hiperplasia endometrial. - A resistência insulínicacausada por anormalidades genéticas e/ou aumento do tecido adiposo contribui para a atresia folicular nos ovários e para o desenvolvimento de acantose nigricante na pele. - A ausência de desenvolvimento folicular resulta em anovulação e subsequente oligomenorreia ou amenorreia. É importante observar que essa síndrome pode se desenvolver a partir de disfunção primária de qualquer órgão do sistema. Por exemplo, a produção elevada de androgênio ovariano pode ser causada por alguma anormalidade intrínseca na função enzimática e/ou estimulação hipotálamo- -hipofisária anormal por LH ou FSH. - O denominador comum é o desenvolvimento de um padrão hormonal não cíclico autoalimentado. • GLOBULINA DE LIGAÇÃO AO HORMÔNIO SEXUAL: - Mulheres com SOP apresentam níveis elevados de globulina de ligação ao hormônio sexual (SHBG, de sex hermone-binding globulin). Essa glicoproteína, produzida no fígado, liga-se a maior parte dos esteroides sexuais. - A síntese de SHBG é suprimida por insulina e por androgênios, corticoides, progesterona e hormônio do crescimento. Devido à produção suprimida de SHBG, há menos androgênios circulantes ligados a proteínas e mais circulam livres e disponíveis para ligarem-se aos receptores nos órgãos-alvo. Por essa razão, algumas mulheres com SOP apresentam níveis de testosterona total na faixa normal, embora sejam clinicamente hiperandrogênica sem razão dos níveis elevados de testosterona livre. - Além do hiperandrogenismo, níveis baixos de SHBG também foram associados a problemas no controle da glicose e a risco de desenvolvimento de DM tipo 2. O mecanismo dessa associação não está totalmente explicado e talvez reflita um papel para a SHBG na homeostase da glicose. •ANOVULAÇÃO: - Embora os níveis androgênicos normalmente estejam elevados em mulheres com SOP, os níveis de progesterona são baixos em razão dos ciclos anovulatórios. O mecanismo preciso que leva à anovulação não foi esclarecido, porém a hipersecreção de LH tem implicações na irregularidade menstrual. Além disso, a anovulação pode resultar de resistência insulínica, levando em consideração que grande parte das pacientes anovulatórias com SOP retoma os ciclos ovulatórios após iniciar tratamento com metformina, um agente sensibilizador da insulina. - Sugeriu-se que mulheres com SOP oligo- ovulatória apresentem um fenótipo mais brando de disfunção ovariana do que aquelas com SOP anovulatória e tenham resposta mais favorável aos agentes indutores da ovulação. Finalmente, a enorme coorte de folículos antrais observadas nas pacientes com SOP pode contribuir para a anovulação. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ - Algumas pacientes que se submeteram à ressecção em cunha ovariana ou à perfuração ovariana laparoscópica, obtiveram melhora significativa na regularidade menstrual. Um estudo demonstrou que 67% das pacientes com SOP apresentam menstruações regulares após a cirurgia, em comparação com apenas 8% antes da cirurgia. ♥ QUADRO CLÍNICO O quadro clínico da SOP é caracterizado por: - irregularidade menstrual; - oligo-amenorréia (ausência de menstruação por 90 dias ou mais) ou amenorréia decorrentes da anovulação crônica; - presença de acne; - seborréia; - alopecia; - hirsutismo. Devido à anovulação crônica pode também ocorrer infertilidade, achado coerente com as alterações hormonais do eixo hipotálamo- hipófise-ovário observadas na síndrome. Em adolescentes, destaca-se a ocorrência do hirsutismo e a irregularidade menstrual, com ciclos maiores que 45 dias ou menores que 21 dias. • DISFUNÇÃO MENSTRUAL: A disfunção menstrual em mulheres com SOP varia de amenorreia a oligomenorreia até menometrorragia episódica com anemia. - Em muitas mulheres com SOP, a amenorreia e à oligomenorreia resultam de anovulação (x ovulação). Nesse cenário, a ausência de ovulação impede a produção de progesterona e, evidentemente, a queda da progesterona que desencadeia a menstruação. - A amenorreia pode ser causada por níveis elevados de androgênios nas pacientes com SOP. Especificamente, os androgênios podem neutralizar o estrogênio e produzir endométrio atrófico. Portanto, é comum observar amenorreia e camada fina de endométrio em pacientes portadoras de SOP com níveis androgênicos elevados. - Além de amenorreia, as pacientes com SOP podem se apresentar com sangramento intenso e imprevisível. Nessas mulheres, não há produção de progesterona em função da ausência de ovulação, o que resulta em exposição crônica aos estrogênios e devido a isso, há uma estimulação mitogênica constante do endométrio. - A instabilidade do endométrio espessado resulta em sangramento com padrão imprevisível. Caracteristicamente, a oligomenorreia (menos de oito períodos menstruais em um ano) ou a amenorreia (ausência de menstruação durante três meses consecutivos ou mais) com SOP inicia-se com a menarca. * Em relação ao quadro clínico do problema - Aproximadamente 50% de todas as meninas na pós-menarca apresentam períodos irregulares por até dois anos em razão da imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário. Entretanto, nas meninas com SOP, os ciclos menstruais ovulatórios mensais não se estabelecem no meio da adolescência, e elas caracteristicamente continuam a ter ciclos irregulares. Finalmente, há algumas evidências que pacientes com SOP com ciclos menstruais irregulares podem desenvolver ciclos regulares à medida que o tempo passa. A redução da coorte de folículos antrais à medida que as mulheres entram na faixa dos 30 e 40 anos de idade, pode levar à diminuição simultânea na produção androgênica. • HIPERANDROGENISMO: - O hiperandrogenismo em geral se manifesta clinicamente na forma de: - hirsutismo - acne e/ou alopecia androgênica. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ • ACNE: - A patogênese da acne vulgar envolve quatro fatores: bloqueio da abertura folicular por hipercerato se, produção excessiva de sebo, proliferação de Propionibacterium acnes comensal e inflamação. Em mulheres com excesso androgênico, a estimulação excessiva dos receptores androgênicos na unidade pilossebácea resulta em aumento da produção de sebo, que, finalmente, causa inflamação e formação de comedão. - Assim como no folículo piloso, a testosterona é convertida no interior das glândulas sebáceas a seu metabólito mais ativo (DHT) pela 5a-redutase. A 5a-redutase possui duas isoenzimas: tipo 1 e tipo 2. A isoenzima tipo 1 predomina nas glândulas sebáceas. Nos tipos de pele propensos à acne, como na pele facial, a atividade da isoenzima tipo 1 é mais intensa e, consequentemente, essas glândulas sebáceas produzem mais DHT. - ALOPECIA: - A perda de cabelos evolui lentamente e se caracteriza por afinamento difuso na coroa, com preservação do contorno frontal do couro cabeludo e pela recessão bitemporal. - Sua patogênese envolve excesso de atividade da 5a-redutase no folículo piloso, resultando em aumento nos níveis de DHT. - Há aumento na expressão de receptores androgênicos nessas mulheres . - ACANTOSE NIGRICANTE. - Essa doença de pele caracteriza-se por placas aveludadas espessas de cor marrom acinzentada que se localizam nas áreas de flexão, como parte posterior do pescoço, axilas, dobra abaixo dos seios e região inguinal. -Considerada um marcador cutâneo de resistência insulínica, a acantose nigricante é encontrada em pessoas com ou sem SOP. A resistência à insulina leva à hiperinsulinemia, que provavelmente estimula o crescimento de queratinócitos e fibroblastos dérmicos, produzindo mudanças características na pele. -A acantose nigricante é encontrada com maior frequência em mulheresobesas com SOP (50%) do que em mulheres de peso normal com SOP (5 a 10%). DIAGNÓSTICO DA SOP: - Com frequência, a SOP é considerada um diagnóstico de exclusão. Portanto, há indicação de excluir rotineiramente outros distúrbios potencialmente graves que possam ser confundidos clinicamente com a SOP. Para as mulheres que se apresentem com queixa de hirsutismo, pode-se utilizar um algoritmo. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ Para fins diagnósticos, a dosagem sérica de testosterona pode ser usada para excluir tumores ovarianos. A dosagem da testosterona livre é mais sensível que os níveis de testosterona total como indicador de hiperandrogenismo. - Valores limítrofes de testosterona total além de 200 ng/mL justificam a realização de investigação complementar para lesão ovariana. - Nos casos de mulheres com níveis androgênicos excessivamente elevados, a ultrassonografia pélvica é o método preferencial para excluir a presença de neoplasia ovariana. Como alternativa, pode-se utilizar tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM). Diagnóstico: - Diagnóstico da SOP é frequentemente clínico, por conta dos fatores a serem analisados e dos sintomas que levam as pacientes a procurarem o profissional de saúde. - A maioria possui ciclo menstrual irregular e hiperandrogenismo clínico, sendo o primeiro sintoma caracterizado pela ausência de menstruação por 90 dias ou mais, dando o mesmo um caráter mais objetivo. O PROTOCOLO MAIS UTILIZADO PARA DIAGÓSTICO DE SOP É DO CRITÉRIO DE ROTTERDAM, que levará em consideração a presença de ao menos dois critérios diagnósticos dentre os seguintes: 1) hiperandrogenismo clínico ou laboratorial, 2) oligo-amenorréia 3) ou morfologia ultrassonográfica de policistose ovariana, além da exclusão de outras doenças possíveis diagnósticos diferenciais. -O diagnóstico dos sinais e sintomas de hiperandrogenismo é mais subjetivo, necessitando de certos parâmetros para auxiliar a avaliação, como o Índice de Ferriman-Galleway, uma escala utilizada para quantificar pelos em regiões androgênios dependentes, avaliando nove áreas no total, podendo cada uma dessas somar de 0 à 4 pontos (sendo 0 correspondente à ausência de pelos e 4 ao crescimento acentuado de pelos terminais). - Outra forma de avaliar o hiperandrogenismo é através de exames laboratoriais, ao solicitar a dosagem de testosterona total e globulina carreadora de hormônios sexuais (SHBG) para cálculo do índice androgênico livre (IAL) por meio da fórmula de Vermeulen, em pacientes com hirsutismo moderado à grave ou hirsutismo de qualquer outro grau relacionado à obesidade, distúrbio menstrual, infertilidade, ou de início súbito ou progressão rápida. - Por fim, pode-se utilizar critérios ultrassonográficos para avaliar os ovários e descartar possibilidade de tumores. Para diagnóstico de SOP, de acordo com o consenso de Rotterdam, os critérios ultrassonográficos incluem a existência de 12 Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ ou mais folículos medindo entre 2 a 9 mm de diâmetro e/ou volume ovariano acima de 10cm³. A presença de ao menos um ovário com as características anteriores é suficiente para o diagnóstico. TRATAMENTO - Em adolescentes o tratamento é feito com base nas principais manifestações clínicas da SOP, como: irregularidade menstrual, obesidade, resistência à insulina e hirsutismo/acne. - As opções terapêuticas são diversas, e costumam agir sobre mais de um sintoma, como o que é descrito abaixo. A escolha do tratamento adequado deverá ser realizada de maneira individualizada, com base nos sintomas descritos pela paciente e seu histórico. - O tratamento NÃO FARMACOLÓGICO: costuma estar diretamente relacionado à alterações no estilo de vida, buscando a diminuição do peso em torno de 5-10%, que é comprovadamente uma forma de reduzir os níveis de testosterona, aumento da concentração de SHBG e a normalização dos ciclos menstruais, além de diminuir a resistência periférica à insulina e dislipidemia. - Tratamento Farmacológico: Para o tratamento da irregularidade menstrual e outros efeitos androgênicos, é preconizado o uso de contraceptivos orais combinados, que podem ser associados a drogas antiestrogênicas, como o acetato de ciproterona, a espironolactona, flutamida, finasterida dentre outros, de acordo com as indicações e contraindicações de cada paciente. O contraceptivo oral de escolha deve ser o de maior ação androgênica, além disso, consensos sugerem a utilização de contraceptivos orais combinados contendo de 20 a 30 mcg de etinil estradiol (EE) ou equivalente. - Em associação a essas drogas, pode ser usada também a METFORMINA, um insulino- sensibilizador utilizado principalmente entre adolescentes com resistência à insulina, melhorando os parâmetros metabólicos relacionados à SOP: padrão menstrual, com favorecimento da ovulação e níveis de insulina, androgênios e lipídeos. -Considerando que a SOP é responsável por cerca de 80% dos casos de infertilidade anovulatória, é importante realizar o manejo dessas pacientes, em que o tratamento, além das mudanças no estilo de vida incluem a indução farmacológica da ovulação, considerada a primeira linha de abordagem. Para este fim, podem ser utilizadas drogas antiestrogênicas, inibidores da aromatase ou gonadotrofinas. Como última linha de tratamento para a infertilidade provocada por SOP tem-se a fertilização in vitro, indicada para as mulheres que não engravidam após a indução de ovulação para coito programado, ou na presença de outras causas de infertilidade. 4♥ Relacionar as alterações dos níveis insulínicos com a fisiopatologia da SOP - Resistência à insulina: Embora não seja bem caracterizada, a associação entre resistência insulínica, hiperandrogenismo e SOP foi reconhecida há algum tempo. É difícil determinar a incidência precisa de resistência à insulina em mulheres com SOP em razão de não haver um método simples para verificar a sensibilidade à insulina nos consultórios médicos. Embora a Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ obesidade seja um dos fatores que agravam a resistência insulínica, em um estudo clássico demonstrou-se que tanto mulheres magras como obesas com SOP apresentam taxas elevadas de resistência à insulina e DM tipo 2, em comparação com controles de mesmo peso sem SOP. - Intolerância à glicose e diabetes tipo 2. Mulheres com SOP apresentam maior risco de intolerância à glicose (IGT, de impained glucose tolerance) e DM tipo 2. Com base em testes orais de intolerância à glicose em mulheres obesas com SOP, as prevalências de IGT e DM são de aproximadamente 30 e 7%, respectivamente. 5♥ Associar a SOP com outras comorbidades (Obesidade, Dislipidemia, Hirsutismo...) • HIRSUTISMO: - Nas mulheres, o hirsutismo é definido como presença de pelos terminais escuros e ásperos distribuídos com padrão masculino. - O hirsutismo deve ser distinguido de hipertricose, que é o aumento lanuginoso generalizado, ou seja, presença de pelos macios e ligeiramente pigmentados associado ao uso de alguns medicamentos e a malignidades. - A SOP é responsável por 70 a 80% dos casos de hirsutismo. - Mulheres com SOP normalmente relatam que o hirsutismo se inicia na fase final da adolescência. • Fisiopatologia do hirsutismo: - O aumento nos níveis dos androgênios desempenha papel importante na determinação do tipo e da distribuição de pelos. - Dentro de um folículo piloso, a testosterona é convertida em di- hidrotestosterona (DHT) pela enzima 5a- redutase. - Embora tanto a testosterona como a DHT convertam pelos finos, curtos e não pigmentados em pelosásperos, a DHT é mais eficaz que a testosterona. - A conversão é irreversível, e apenas os pelos de áreas sensíveis a androgênios são alterados dessa forma em pelos terminais. - Como resultado, as áreas mais comuns afetadas com excesso de crescimento piloso em mulheres com SOP incluem lábio superior, queixo, costeletas, tórax e linha alba da parte inferior do abdome. - Especificamente, escutiforme é o nome utilizado para descrever o padrão de distribuição de pelos no abdome inferior. - Nas mulheres, observa-se padrão triangular sobre o monte pubiano, e nos homens, os pelos se estendem sobre a linha alba assumindo a forma de diamante. ***Sistema de pontuação de Ferriman- Gallwey: - Para fins de pesquisa, a quantificação do grau de hirsutismo é feita com base no sistema de pontuação de Ferriman-Gallwey. -De acordo com o sistema modificado, a distribuição anormal de pelos é avaliada em nove áreas do corpo e pontuadas de 0 a 4. - Aumentos na pontuação numérica Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ correspondem a maior densidade pilosa em uma determinada área. - A pontuação pode ser útil para acompanhar a resposta individual aos tratamentos. Como alternativa, muitos especialistas optam por classificar o hirsutismo de forma mais genérica, como brando, moderado ou grave, dependendo da localização e da densidade do crescimento piloso. - DISLIPIDEMIA: - O perfil lipoproteico aterogênico clássico observado na SOP se caracteriza por níveis elevados de lipoproteína de baixa densidade (LDL), de triglicerídeos e aumento na razão entre colesterol total e lipoproteína de alta densidade (HDL), e por níveis reduzidos de HDL. Independentemente do colesterol total, essas alterações aumentam o risco de doença cardiovascular em mulheres com SOP. A prevalência de dislipidemia nos casos de SOP se aproxima de 70%. - OBESIDADE: - Em comparação com controles de idade comparável, as mulheres com SOP têm maior probabilidade de serem obesas, o que se reflete em aumentos no IMC e na proporção entre cintura e quadril. Essa proporção indica padrão androide ou central de obesidade, que, por sua vez, é fator de risco independente para doença cardiovascular. Esse padrão com aumento da circunferência abdominal e pregas cutâneas subcapsulares espessas também se mostrou preditivo de resistência à insulina. Como observado, supõe-se que a resistência à insulina desempenhe papel importante na patogênese da SOP e, frequentemente, é agravada por obesidade. As pacientes afetadas apresentam aumento da relação cintura-quadril, adipócitos volumosos, níveis séricos reduzidos de adiponectina e menor atividade da lipase de lipoproteínas. Portanto, a obesidade exerce efeito sinérgico em relação à SOP e pode agravar a disfunção ovulatória, o hiperandrogenismo e o surgimento de acantose nigricante. ■ Apneia obstrutiva do sono A apneia obstrutiva do sono é mais comum em mulheres com SOP e provavelmente está relacionada com obesidade central e resistência insulínica. Entretanto, algumas pesquisas determinaram que o risco de apneia do sono é 30 a 40 vezes maior em mulheres com SOP, em comparação com controles de peso equivalente. Essa evidência indica ligação Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ entre apneia obstrutiva do sono (AOS) e anormalidades metabólicas e hormonais associadas à SOP. Há dois subtipos de SOP, ou seja, com ou sem apneia obstrutiva do sono. As mulheres com SOP e AOS têm risco muito maior de DM e doença cardiovascular do que aquelas com SOP que não apresentem apneia obstrutiva do sono. ■ Síndrome metabólica e doença cardiovascular: Esta síndrome caracteriza-se por resistência à insulina, obesidade, dislipidemia aterogênica e hipertensão arterial. A síndrome metabólica está associada a aumento no risco de doença cardiovascular (DCV) e DM tipo 2. A prevalência de síndrome metabólica é de aproximadamente 45% em mulheres com SOP, em comparação com 4% em controles ajustados de acordo com a idade. A SOP compartilha várias características endócrinas da síndrome metabólica, embora não haja evidências definitivas de aumento na incidência de DCV em mulheres com SOP. ■ Infertilidade Infertilidade e subfertilidade: - Resultam de ciclos anovulatórios. Além disso, em mulheres com infertilidade secundária à anovulação, a SOP é a causa mais comum. ■ Perda de gravidez: Mulheres com SOP que engravidam apresentam taxa elevada (30 a 50%) de abortamento precoce, em comparação com a taxa média de aproximadamente 15% para a população geral. A etiologia dos abortamentos precoces em mulheres com SOP não é muito clara. Inicialmente, estudos retrospectivos e observacionais mostraram associação entre hipersecreção de LH e abortamento. Entretanto, em um estudo prospectivo demonstrou-se que as tentativas de reduzir os níveis de LH com agonistas de GnRH não causaram efeito benéfico. Outros autores sugeriram que a resistência insulínica talvez esteja relacionada ao abortamento nessas mulheres. Para reduziras taxas de perda, tem-se pesquisado o uso de metformina, um medicamento usado para reduzir os níveis de insulina. A metformina, pertencente ao grupo das biguanidas, reduz os níveis séricos de insulina diminuindo a produção de glicose hepática e aumentando a sensibilidade de fígado, músculos e outros tecidos à absorção e aos efeitos da insulina. 3♥ Correlacionar o mecanismo de ação da Metformina com o tratamento da SOP; • A metformina é um antidiabético da classe das biguanidas e é considerado o tratamento farmacológico de primeira linha para diabetes tipo 2 (sozinho ou em combinação com terapias para a redução da glicose. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ Sabe-se que o medicamento atua no fígado realizando a inibição da via gliconeogênica por bloquear uma lançadeira redox mitocondrial, além de ser um sensibilizador de insulina e também atuar no lúmen intestinal -METFORMINA A metformina, é uma dimetilbiguanida, proveniente da guanidina composto ativo da Galega officinalis, cuja formula molecular C4H11N5HCl, é um dos medicamentos mais prescrito em casos de diabetes melittus tipo 2, atua no metabolismo da glicose através dos seguintes mecanismos: 1) reduz a produção de glicose hepática; 2) reduz a absorção intestinal 3) aumenta a captação e utilização de glicose periférica. Seu mecanismo de ação consiste em estimular a proteína quinase ativada pela monofosfato de adenosina, diminuindo a produção de glicose hepática, melhorando a captação de glicose periférica, além de inibir a lipogênese, e por efeito supressor do apetite, diminui a ingestão de alimentos -Possui ação anti-hiperglicemiante, diminuindo os níveis de glicose sanguíneo e a gliconeogênese hepática. -A metformina que vem sendo muito utilizada atualmente é para a síndrome do ovário policístico, devido grande parte das portadoras apresentarem resistência insulínica. O tratamento com a metformina, tem se mostrado muito eficaz, dentre os benefícios estão a diminuição a resistência à insulina, a redução de níveis de glicose, a diminuição dos níveis de androgênios, como a testosterona, além de regular os ciclos menstruais e também ser eficaz como um indutor da ovulação. Como um agente insulino-sensibilizador, possui a capacidade de aumentar sensibilidade à insulina no tecido adiposo, músculo esquelético e no fígado diminuindo a gliconeogênese, além disso é um agente anti-hiperglicemiante, que diminui níveis elevados de glicose no sangue.
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