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Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ ♥ Objetivos: 1♡ Correlacionar as síndromes paraneoplásicas e sua relação com o câncer; 2♡ Diferenciar os tipos de câncer que afetam o pulmão 3♡ Entender o carcinoma broncogenico epidermoide (definição, quadro clinico, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento); 4♡ Elucidar as consequências do tabagismo com a neoplasia pulmonar; 5♡ Explicar o programa nacional de controle ao tabagismo PNCT. 1♡ Correlacionar as síndromes paraneoplásicas e sua relação com o câncer; SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS → As síndromes paraneoplásicas referem-se a distúrbios clínicos que não podem ser diretamente atribuídos aos efeitos físicos do tumor primário ou metastático. são um conjunto de sinais/ distúrbios clínicos e sintomas, associados ao câncer e que não se relacionam aos efeitos físicos do tumor, locais e metastáticos. Elas podem se manifestar com efeitos de Peptídeos Hormonais ou através de uma Produção de Elementos e Substancias Inflamatórias Imunológicas por parte do organismo em resposta a presença da neoplasia no corpo. → O termo “síndrome paraneoplásica” refere-se ao conjunto de sinais clínicos desenvolvidos em locais distantes da lesão primária, causadas por substâncias produzidas ou estimuladas pelo tumor (DALECK; NARDI, 2016). → A apresentação do quadro clínico pode acontecer simultaneamente ao tumor em si, todavia também pode anteceder ou suceder (antever/anunciar) o diagnóstico do tumor; em algumas situações, o tratamento do tumor pode resolver a síndrome paraneoplásica. Em outros casos, é possível tratar os sintomas paraneoplásicos, mesmo que não seja possível a cura do câncer. → Anorexia e caquexia por câncer também é frequentemente relatada. Ela produz simultaneamente o desarranjo do apetite, perda da reserva lipídica, perda da reserva proteica e falha energética, ou seja, além do indivíduo não se alimentar, também manifesta estado catabólico geral, o que resulta no emagrecimento progressivo *osteopenia/sacrnopenia. (DALECK; NARDI, 2016). - - Sintomas sistêmicos de anorexia, caquexia, perda de peso (observada em 30% dos pacientes), febre e imunossupressão são síndromes paraneoplásicas de etiologia desconhecida ou pelo menos não bem definida. A perda de peso maior que 10% do peso corporal total é considerada um sinal de mau prognóstico. Podem ser causados por: 1) produção de substâncias pelas células tumorais responsáveis por efeitos sistémicos; 2) diminuição de substâncias habitualmente presentes no organismo, que leva ao aparecimento de sintomas; 3) resposta imunitária do hospedeiro ao tumor. → as SPN são disfunções (sintomas clínicos) que acompanham tumores malignos e não estão correlacionados com o impacto do tumor primário ou das suas metástases. Estas síndromes ocorrem pela síntese de elementos produzidos pelo tumor que de forma direta ou indireta causam sintomas à distância; ocorre ainda a redução de substâncias normais ou à resposta do hospedeiro ao próprio tumor. As SPN podem acometer cerca de 8% de todos os Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ doentes com câncer e podem anteceder o diagnóstico de câncer. Tipos: Divisão das Síndromes Paraneoplásicas As SPN podem ser separadas em diferentes grupos, tais como: endócrinas, cutâneas, gastrintestinais, hematológicas, neurológicas, do musculo esquelético e outras como febre, anorexia e perda de peso conforme descritas a seguir: - Endócrinas: para Rubin (2006), as células cancerosas fabricam hormônios peptídicos cuja sua excreção não está sob vigilância regulatória normal. Esses hormônios podem gerar uma descompensação metabólica no organismo. Eles podem ser encontrados no cérebro, no trato gastrintestinal, ou em órgãos endócrinos. As síndromes endócrinas são observadas em 12% dos pacientes; Exemplos: - Síndrome de Cushing: tem fator paraneoplásico de 5- 10% dos casos, devido a secreção ectópica do hormônio ACTH (hormona adrenocorticotrópica), com mais frequência em câncer de pulmão, carcinoma de células pequenas, tumores neuroendócrinos, medular da tireoide, pode incluir fraqueza, hipertensão, hiperglicemia, hipotassemia. Esta síndrome comumente surge antes do diagnóstico do câncer; - Hipercalcemia: atinge 10% dos pacientes com câncer, geralmente ocasionada por metástase óssea. Ocorre uma produção de um hormônio similar ao paratormônio por um tumor epitelial (carcinoma de pulmão ou adenocarcinoma de mama).E secreção de vitamina D e hiperparatiroidismo ectópico. - A hipercalcemia resultante de produção ectópica do hormônio da paratireoide (PTH, de parathyroid hormone) ou, mais comumente, do peptídeo relacionado com o PTH, é a complicação metabólica potencialmente fatal mais comum de neoplasias malignas, ocorrendo principalmente com carcinomas escamosos do pulmão. Os sintomas clínicos incluem náuseas, vômitos, dor abdominal, obstipação, poliúria, sede e alteração do estado mental. - Hipocalcemia: complica as metástases osteoblasticas de câncer no pulmão, mama e próstata. Sua causa ainda é desconhecida. - Cutâneas: lesões pigmentadas e ceratoses evidenciam efeitos paraneoplásicos característicos. A maioria das SPN cutâneas e reumatológicas estão condicionadas a acontecerem sem associação maligna. O progresso destes distúrbios podem antever o diagnóstico de câncer. - Anorexia e perda de peso: debilidades comumente observadas em pacientes com câncer, podendo se manifestar antes da identificação do tumor. Os mecanismos responsáveis por esse estado não estão esclarecidos. Contudo, ao contrário da inanição que é causada pela redução do metabolismo, o câncer é sempre acompanhado do aumento da taxa metabólica (RUBIN, 2006). As síndromes paraneoplásicas são comuns em pacientes com câncer de pulmão, sobretudo aqueles com CPPC (câncer de pulmão de pequenas células), e podem ser o achado à apresentação ou o primeiro sinal de recorrência. E as síndromes paraneoplásicas podem simular doença metastática, ou seja, podem ser confundidas com aquelas produzidas por metástases avançadas e, a menos que sejam detectadas, levam a um tratamento paliativo impróprio, em vez de curativo, como a administração de uma terapia inadequada por quimioterápicos. A síndrome paraneoplásica pode ser aliviada com o tratamento bem sucedido do tumor. Em alguns casos, a fisiopatologia da síndrome paraneoplásica é conhecida, em particular quando o tumor secreta um hormônio com atividade biológica. No entanto, em muitos casos, a fisiopatologia é desconhecida. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ Relação com o câncer: → as síndromes paraneoplásicas (SPN) estão classificadas como efeito sistêmico do câncer. Elas podem ser definidas por disfunções clinicas que não estão ligadas diretamente ao impacto físico do tumor. Elas podem ser provocadas pela liberação de substancias sintetizadas pelas células tumorais; redução de substancias tipicamente presentes no organismo que produzem sintomas; ou pela resposta imunológica do hospedeiro ao tumor. → SPN podem não ser fatais, porém elas podem coparticipar da evolução clínica do paciente. É importante discernir essas síndromes, pois elas podem ser reflexos da primeira manifestação clínica de um de tumor maligno (POR ISSO É TÃO IMPORTANTE, POIS PODE AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO PRECOCE). Quando identificadas, o câncer pode ser descoberto em estágio inicial, o que pode ser suficiente para a cura. Quando a própria síndrome promove incapacidade ao paciente os tratamentos podem ter característica paliativa. É importante ressaltar também que certos produtos tumorais (marcadores/substâncias liberadas pelo tumor) que resultam em síndromes paraneoplásicas, proporcionam um meiode vigiar a ocorrência de recidiva do câncer em pacientes submetidos a ressecções cirúrgicas, quimioterapia ou radioterapia. → O QUADRO CLINICO DO CÂNCER pode depender da Ação Física, Metastática e Ação Sistêmica (hormonal e SPN). 1) A Ação sistêmica pode ser dividida em Síndromes Hormonais e Síndromes Paraneoplásicas : a) Síndromes Hormonais: Liberação de Hormônios que pertencem aos tecidos de onde o tumor esteja se localizando. Quando a célula neoplásica se diferencia e se multiplica, ela imita a célula de origem, tanto de maneira estrutural quanto de maneira funcional. “se camufla entre o tecido localizado por meio da liberação de hormônios daquele tecido” Podemos citar dois exemplos: a.1) as células neoplásicas podem imitar o maquinário das células betailhotas pancreáticas, a ponto de produzir insulina, dando consequência ao quadro de Hipoglicemia no organismo; a.2) um adenoma ou adenocarncinoma de suprarrenal, as células neoplásicas podem produzir Aldosterona, que provoca retenção de sódio e agua e excreção de potássio gerando uma hipertensão arterial, quadro de Hiperaldosteronismo. 2) Síndromes Paraneoplásicas: são um conjunto de sinais e sintomas associados ao câncer e que não se relacionam aos efeitos físicos do tumor, locais e metastáticos. Elas podem se manifestar com efeitos de Peptídeos Hormonais ou através de uma Produção de Elementos e Substancias Inflamatórias Imunológicas por parte do organismo em resposta a presença da neoplasia no corpo. - Peptídeos Hormonais : as células neoplásicas podem imitar as células pequenas (oat cell do pulmão) sintetizando uma molécula ectópica, semelhante a ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), resultando na Síndrome de Cushing. A liberação hormonal feita pelas SPN é ectópica ,ou seja, ocorrem fora do tecido que seja habitual que produzem esses hormônios. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ *BAQUETEAMENTO DIGITAL E AS SNP: 2♡ Diferenciar os tipos de câncer que afetam o pulmão: Os cânceres de pulmão geralmente começam nas células que revestem os brônquios e partes do pulmão, como os brônquios ou alvéolos. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ NEOPLASIA: Distúrbio de crescimento celular desencadeado por uma série de mutações adquiridas que afetam uma única célula e sua progênie clonal. -> Existem neoplasias benignas e malignas. As benígnas primeiras são consideradas relativamente inocentes por seus aspectos micro e macroscópicos evidenciarem seu baixo potencial disseminativo e sua localização fixa; As neoplasias malignas, referidas coletivamente como cânceres, têm alto potencial disseminativo para áreas distantes (metástase), além de invadir e destruir as estruturas adjacentes, podendo levar o indivíduo à morte OBS: Tecido mesenquimal: sarcoma células sanguíneas: Leucemias células epiteliais: carcinoma células glandulares: adenoma 90% a 95% são carcinomas, aproximadamente 5% são carcinoides brônquicos e 2% a 5% são neoplasias mesenquimais e outros. O câncer de pulmão é atualmente o câncer diagnosticado com maior frequência no mundo e também é a causa de morte por câncer mais comum mundialmente, grande parte desse cenário deve-se aos efeitos carcinogênicos do tabagismo. OBS: Em alguns casos pode ocorrer a combinação de diferentes tipos histológicos em um mesmo paciente!! -> Anteriormente, classificava-se como o câncer de pulmão de células pequenas (CPCP), que tinha por característica a apresentação de metástase no momento do diagnóstico, não podendo ser curados por meio de cirurgia, ou seja, não cirurgicos, e em câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP), que inclui adenocarcinomas, carcinoma de células escamosas e carcinoma de grandes células, caracterizados por uma grande propensão ao tratamento cirúrgico por não responderem bem à quimioterapia, ou seja, os cirurgicos. !! Entretanto, com o avanço das técnicas terapêuticas, os CPCNP (câncer de pulmão de células não pequenas) são melhor classificados com base em seu tipo histológico e características moleculares. PATOGÊNESE: As mutações patogênicas, que transformam células progenitoras pulmonares em células neoplásicas a inativação dos genes supressores de tumores (localizados no braço curto do cromossomo 30), mutações no TP53 ou a ativação do oncogene KRAS. Iniciam com hiperplasia das células basais, metaplasia escamosa, progredindo para displasia escamosa e carcinoma in situ até atingir o estágio de câncer invasivo. OU SEJA: ( As células começam a crescer, se modificam a nível tecidual, se desenvolvem celularmente fora do normal, gerando a má-formação do um tecido, na intenção de adaptar aquele epitélio a uma nova conformação, que evolui para um carcinoma in situ, ou seja, tumor maligno no tecido epitelial (epitélio escamoso) mais resistente e de origem não metastático, seguindo para invasão de outros tecidos/órgãos pela ação metastática). Os tipos histológicos com maior associação à exposição ao tabaco são: carcinoma epidermoide e carcinoma de pequenas células. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ a) Adenocarcinoma É o carcinoma pulmonar de células não pequenas mais prevalente. - Origina-se dos pneumócitos tipo II - Acometimento geralmente periférico (pode afetar a pleura) - Também é o mais comum tipo de câncer de pulmão em mulheres e em não fumantes; - Atinge entre 60 e 70 anos de idade. - Crescimento lento e tamanho diminuído -> mas tendem a sofrer metástase ainda nos estágios iniciais de desenvolvimento. (linfogênica e hematogênica) - Pode ocorrer disseminação para o cérebro (com maior frequência), para os ossos, fígado e para as adrenais. • QUADRO CLÍNICO: - tosse (produtiva se adenocarcinoma mucinoso), hemoptise, dispneia, perda de peso e dor torácica -É menos comum ter uma síndrome paraneoplásicas. • Divisão histológica: •Acinar: estruturas glandulares com formação de lúmen; glândulas redondas/ ovais invadindo o estroma (geralmente fbroso). • Lepídico: proliferação na parede alveolar; pouca complexidade arquitetônica; sem invasão linfovascular ou perineural. • Papilar: crescimento longo de eixo fbroconjuntivo; células cuboidais/colunares malignas substituem o revestimento alveolar; contém núcleos fbrovasculares. • Micropapilar: arranjo papilar sem eixo fbroconjuntivo; projeção/tufagem mal defnida sem núcleos fbrovasculares (pior prognóstico). • Sólido: arranjo sólido com positividades para marcadores de pneumócitos à IH (TTF1, Napsin-A); camadas de células neoplásicas (pior prognóstico). • Mucinoso (variante): mucina intracitoplasmática. Anteriormente chamada bronquioloalveolar mucinosa; tende a se espalhar pelos espaços aéreos, formando tumores satélites. Estes podem surgir como nódulos solitários ou múltiplos, ou comprometer um lobo inteiro (menor probabilidade de cura por cirurgia). • MARCADORES MOLECULARES DO ADENOCARCINOMA -Mutações de EGFR: detectadas entre 10% a 20% dos adenocarcinomas, sendo mais frequentes em pacientes não fumantes. Potencialmente acionáveis. - Rearranjos dos genes ALK: detectados em 3% a 7% dos adenocarcinomas, sendo mais frequentes em pacientes não fumantes. Potencialmente acionáveis. - Mutações dos genes KRAS: ocorre em 30% dos adenocarcinomas, sendo mais comum em fumantes. - Mutação do TP53: encontrado entre 30% e 40% dos adenocarcinomas, mais comum em fumantes. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ Neoplasias Neuroendócrinas a) Tumor carcinoide típico e atípico - Tumores malignos compostos por células com centro denso e grânulos neurossecretores em seu citoplasma (alguns irãosecretar polipeptídeos hormonais ativos - Ocorrem em idade precoce, em média 40 anos, e representam entre 1%-5% das neoplasias pulmonares. - A diferença entre os tumores carcinoides típico e atípico é feita mediante a analise histológica, onde o típico apresenta neoplasia de baixo grau (mitoses ausentes ou raras) e o atípico possui um maior pontencial mitótico, aumentando a probabilidade de metástase para os linfonodos a distância. - Carcinoides periféricos são menos comuns - a síndrome paraneoplásica é incomum. 5-15% das neoplasias carcinoides sofrem metástase para os linfonodos até o momento do diagnóstico, metástases distantes são raras. - Carcinoide Típico: compostos de ninhos, trabéculas, ou formações pseudoglandulares de células uniformes com núcleos regulares e redondos, com cromatina em ‘sal e pimenta’, mitoses ausentes ou raras (neoplasia de baixo grau, < 2 mitoses/2mm2) e baixo pleomorfsmo. - Carcinoide Atípico: maior potencial mitótico (menor que os carcinomas de pequenas ou de grandes células) e necrose focal. Maior incidência de metástase para linfonodos e a distância. Demonstra mutações no TP53 em 20-40% dos casos. -> Os carcinomas típicos, atípicos e de pequenas células configuram um contínuo aumento da agressividade histológica e maligna no espectro dos tumores pulmonares neuroendócrinos. • SINAIS E SINTOMAS - Tumor central: causa tosse, hemoptise e infecções brônquicas e pulmonares recorrentes. - Tumor periférico: muitas vezes são assintomáticos e descobertos incidentalmente em radiografas torácicas. • PROGNOSTICO A sobrevida gira em torno de 5-10 anos para 85% dos casos de carcinoide típico, caindo para 35-56% para carcinoides atípicos. Apenas 5% dos pacientes com tumores neuroendócrinos pulmonares - CPCP - sobrevivem até 10 anos. - São tumores de origem predominantemente central, de crescimento endobrônquico frequente. Carcinoma neuroendócrino de pequenas células: - localização central - envolvimento dos linfonodos hilares e mediastinais de forma precoce, configurando uma neoplasia de extrema agressividade, altamente metastática e não raramente fatal. - 70% dos pacientes apresentam metástase no momento do diagnóstico, com expansão para os linfonodos intratorácicos, fígado, osso, cérebro, adrenais e pulmão contralateral. - Nesses tumores ocorrem grânulos neurossecretores que, com grande frequência, expressam marcadores neuroendócrinos - como a cromogranina, sinaptofsina e CD57 - e hormônios polipeptídicos, que podem resultar em síndromes paraneoplásicas. - Alta associação com o tabagismo - Fisiopatologia: genes RB (quase 100% dos tumores) e TP53 (75% a 90% dos tumores), além de deleções do cromossomo 3p. Apenas cerca de 1% ocorre em não fumantes. Carcinoma neuroendócrino de grandes células: - Carcinoma agressivo composto de grandes células malignas que exibem características neuroendócrinas, caracterizado por alta atividade mitótica - Ocasiona necrose extensa - É um tumor incomum (3% dos casos) - associado à idade avançada, sexo masculino e ao tabagismo - São neoplasias epiteliais malignas indiferenciadas - São provavelmente células escamosas ou adenocarcinomas tão indiferenciados que já não se pode reconhecer por meio de microscopia óptica. -Possui características moleculares similares aos de carcinomas de pequenas células, tendo, no entanto, células tumorais de tamanho maior. - Localização geralmente periférica, localização central em apenas 20% dos casos - 40% dos casos apresentam metástase regional, havendo uma sobrevida de até 5 anos entre 15-25% dos casos OBS: em 10% de todos os carcinomas de pulmão é possível encontrar histologia combinada, incluindo dois ou mais dos tipos citados. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ 3♡ Entender o carcinoma broncogenico epidermoide (definição, quadro clinico, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento); O “carcinoma broncogênico” já foi uma designação específica do câncer originado no brônquio, geralmente carcinoma de células pavimentosas (oat cells = células em aveia) ou de pequenas célula, atualmente o termo se refere a qualquer câncer do pulmão. Definição: Também chamado de carcinoma de células escamosas, é um tumor de origem epitelial maligno. Epidemiologia: - Mais prevalente no sexo masculino e com histórico de tabagismo. -:> A probabilidade esperada de desenvolver câncer de pulmão durante a vida é estimada em cerca de 8% entre os homens e em cerca de 6% entre as mulheres - É a causa mais comum de morte por câncer entre os homens e as mulheres norte-americanos. - O câncer de pulmão é raro com idade inferior a 40 anos, com taxas que aumentam até a idade de 80 anos, após o que a taxa diminui gradualmente. - A incidência de câncer de pulmão varia por grupo racial e étnico, com a maior taxa de incidência ajustada para a idade entre negros. - Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer de 2016, o câncer de pulmão representou 8,1% das neoplasias entre os homens, sendo o segundo mais frequente, atrás apenas do câncer de próstata. Entre as mulheres, representou 5,3% dos casos, sendo o quarto mais comum, superado apenas pelo câncer de mama, cólon e reto e colo do útero. - Ao diagnóstico, apenas 25% dos pacientes apresentam doença localizada (possibilidade de terapia curativa). A sobrevida global para todos os casos situa-se nos dias de hoje entre 12 e 14%. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ Mutação no gene KRAS: - O KRAS é um gene que decodifica uma proteína de mesmo nome que esta acoplada a membrana celular e tem como objetivo sinalizar - via o receptor tirosina quinase – para o núcleo da célula que é necessário fazer proliferação, diferenciação celular, migração e apoptose. Quando temos uma mutação, nós produzimos uma proteína KRAS anormal que vai ficar constantemente ativa mesmo que não estejam sendo sinalizados os fatores de crescimento para essa célula. Essa hiperatividade do KRAS promove a oncogênese - 14% dos cânceres de pulmão têm essa modificação no KRAS - Foi aprovado pela anvisa o SOTORASIBE, inibidor do KRAS, funcionando como terapia alvo para o CPPN Marcadores Moleculares do CEC - p40 e CK5 Sinais e sintomas do carcinoma broncogênico A maioria dos casos e CA de pulmão se origina na mucosa dos grandes brônquios e cursa com tosse produtiva e persistente. Em determinados casos há hemoptise (expectoração de sangue). As células malignas (cancerosas) podem ser detectadas no escarro. A rouquidão do paciente e o aumento dos linfonodos claviculares são importantes achados, que nos direcionam ao grau de propagação tumoral. Um dos critérios para determinar o estadiamento (avanço metastático) é a análise dos linfonodos regionais. Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ Prognostico: O prognóstico em neoplasias pulmonares malignos é estimado em 5 anos de sobrevida. 4♡ Elucidar as consequências do tabagismo com a neoplasia pulmonar; Principais consequências As consequências do tabagismo vão muito além do câncer de pulmão, que é o resultado mortal do hábito de fumar mais conhecido. Problemas cardiovasculares também figuram entre as consequências mais sérias. Fumantes possuem até três vezes mais chances de sofrerem infartos do miocárdio. A hipertensão é outra consequência do tabagismo. Nesse caso, ela é causada pelas catecolaminas, Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ substância cuja produção é estimulada pelo hábito de fumar e que contrai os vasos sanguíneos. Doenças do trato respiratório são comuns em fumantes. Entre todas, pode-se destacara bronquite, enfisema pulmonar, asma e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, conhecida também como DPOC, que é uma junção de diversos problemas respiratórios que bloqueiam a transmissão do ar para os pulmões. Os aneurismas cerebrais também aparecem na lista. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, dois a cada três aneurismas estão ligados ao tabagismo. As úlceras na pele podem ser relacionadas ao tabagismo, pois fumar diminui a produção natural de colágeno e outras substâncias que protegem a pele, deixando-a mais desprotegida. Úlceras gástricas também são consequências sérias, pois fumar enfraquece o músculo responsável por bloquear o contato de ácidos com o esôfago. Fumantes sofrem maior risco de contrair catarata, osteoporose e trombose. Mulheres que fumam podem ter a menopausa antes dos 40 anos, visto que o cigarro pode ocasionar a falência ovariana, enquanto homens podem sofrer com disfunção erétil. O tabagismo também pode causar a infertilidade em todos os gêneros. Além de consequências sérias para a saúde, o tabagismo afeta a estética. Envelhecimento precoce, amarelamento dos dentes e dedos são apenas algumas das consequências. Até o brilho e a força dos cabelos são impactados. Câncer e o tabagismo O tabagismo pode influenciar no surgimento de diversos tipos de câncer. São eles: ▪ Câncer de pulmão: o cigarro é causador de 90% dos casos da doença. ▪ Câncer de boca: o tabagismo causa 95% dos casos. ▪ Câncer de laringe: segundo o Inca, 80% dos acometidos pela doença têm histórico com cigarro e álcool. ▪ Câncer de bexiga: o fumo é responsável por 70% dos tumores. ▪ Câncer de colo de útero e ovário: estudo da Icesp mostrou que 27% das mulheres com algum dos dois tipos de câncer faziam consumo regular de cigarro e álcool. ▪ Câncer de fígado: além dele, o tabagismo também piora quadros de cirrose biliar primária. ▪ Câncer de rim: fumantes possuem de 2 a 3 vezes mais chances de contrair esse tipo de câncer. ▪ Câncer de pâncreas: cerca de 28% dos casos têm ligação com o cigarro. ▪ Câncer de esôfago: fumantes correm 44 vezes mais risco de contrair. ▪ Câncer de estômago: sua incidência dobra em fumantes. ▪ Câncer de faringe: fumantes possuem o dobro de chance de contrair a doença. 5♡ Explicar o programa nacional de controle ao tabagismo PNCT. - Tabagismo é considerado pelo WHO uma doença crônica não transmissível - Segundo a OMS, o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) Destes, o tabagismo é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, estômago e fígado), 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral – AVC). https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,aneurismas-maioria-esta-ligada-ao-fumo,807811 https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,aneurismas-maioria-esta-ligada-ao-fumo,807811 https://www.drogarialiviero.com.br/blog/quais-os-beneficios-do-colageno-hidrolisado/ https://www.drogarialiviero.com.br/blog/remedios-para-osteoporose/ https://www.drogarialiviero.com.br/blog/quais-os-sintomas-da-menopausa/ https://www.drogarialiviero.com.br/blog/disfuncao-eretil-quais-sao-os-melhores-remedios/ https://www.drogarialiviero.com.br/blog/o-envelhecimento-da-pele/ https://oglobo.globo.com/politica/fumo-a-principal-causa-do-cancer-na-laringe-3079107 https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/14449-alcool-e-tabaco-podem-aumentar-incidencia-de-cancer-no-ovario Thaiane Barros - MEDICINA P4 - @thaianebarros__ → PNCT • Objetivo geral: - Reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco. • Objetivos específicos - Reduzir a experimentação e iniciação do fumar - Reduzir a aceitação social - Reduzir a exposição e a poluição tabagística - Aumentar a cessação de fumar • Na prática: - Rede de tratamento ao tabagismo Tratamento do tabagista ofertado integralmente pelo SUS, compreendendo desde o diagnóstico como dependente de nicotina, até o manejo terapêutico do paciente, seja ele idoso, gestante, com algum problema pulmonar, dentre outros. - Além disso, escolhe o melhor medicamento a ser ofertado (adesivo, goma, pastilha, cloridato de bupropiona). - Programa saber saúde Profissionais de saúde que vão as escolas abordar o tema do tabagismo -> De acordo com a Organização Mundial da Saúde, no mundo, aproximadamente 43 milhões de crianças (de 13 a 15 anos) usaram tabaco em 2018, destas 14 milhões são meninas e 29 milhões são meninos (WHO, 2018). Constata-se que crianças, adolescentes e jovens têm sido expostos cada vez mais precocemente ao tabagismo. Por esse motivo a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o tabagismo uma doença pediátrica. - Ações educativas: (datas especiais): - 31 de maio, dia mundial sem tabaco - 29 de agosto – dia do combate ao fumo - Leis Obrigatoriedade da inserção de imagens de advertência sanitária nas embalagens de produtos derivados de tabaco A proibição do trabalho de menor de 18 anos na produção do fumo Proibição da utilização do crédito público do Programa Nacional de Agricultura Familiar para a produção de fumo.
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