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• Controle de qualidade microbiológicode produtos estéreis: • Exigência de 0 UFC/g ou mL Esterilidade • Total ausência de formas viáveis capazes de reprodução. • Esterilidade absoluta → todas as frações do produto submetidas ao teste. •Teste de esterilidade → destrutivo Método estatístico de amostragem: • Depende do tamanho do lote e do tipo de produto USP Quantidade mínima de amostra Quantidade de recipiente Quantidade mínima a ser analisada Líquidos até 1mL Todo o conteúdo de cada recipiente 1-40mL Metade do conteúdo (mínimo 1 e máximo 20mL) Mais de 100mL 10% do recipiente (máximo de 20mL) Antibióticos líquidos 1mL Preparações insolúveis (susp ou emuls) No mínimo 200mg do soluto Sólidos (até 50mg) Todo o conteudo 50-300mg Metade do conteúdo (mínimo de 50mg) 300mg-5000mg 150mg Mais de 5000mg 500mg Gaze cirúrgica 100mg de fio por pacote USP Quantidade mínima de amostra Quantidade de recipiente Quantidade mínima a ser analisada Fio de sutura Todo o pacote Preparação parenteral (mínimo de 100 preparações) 10% 100-500 preparações parenterais 10 preparações Mais de 500 preparações 2% ou 10 preparações (o que for menor) Antibióticos sólidos (embalagem a granel<5g) 20 envelopes Antibióticos sólidos (embalagem a granel>5g) 6 envelopes Colírios e outras soluções não injetáveis 5% ou 10 frascos (o que for menor) PROBLEMAS INERENTES AO TESTE DE ESTERILIDADE • Escolha do meio de cultura • (Caldo Caseína Soja e Caldo Tioglicolato) • Natureza do produto (produtos oleosos, com conservantes) • Evitar contaminação da amostra sob teste (fluxo laminar, materiais e diluentes estéreis, pessoal • adequadamente treinado e paramentado) OBTENÇÃO DE PRODUTOS ESTÉREIS • Avaliação da matéria-prima Processo Ambiente • Equipamento • → Esterilização após envase • (térmica, química ou irradiação) • → Esterilização (filtração) e envase • → Manipulação asséptica PRODUTOS FARMACÊUTICOS ESTÉREIS Produtos destinados à administração parenteral, contato com a pele danificada, mucosas ou órgãos internos ➢Preparações oftálmicas: gotas, loções (para lavagem e banho dos olhos), • pomadas oftálmicas, soluções de lentes de contato, soluções de limpeza ➢Implantes: pequenos dispositivos contendo drogas, inseridos sob a pele ou • tecido muscular ➢ Hemostáticos absorvíveis: celulose oxidada (gaze branca), espuma de gelatina, espuma de fibrina humana ➢Suturas cirúrgicas ➢Injeções ➢ Fluidos estéreis não injetáveis: água não injetável (água utilizada durante cirurgia para irrigação da ferida), soluções de diálise peritoneal, soluções de inalação MICRORGANISMO É DEFINIDO COMO MORTO • - Não mais prolifera em meios de cultura • - Proliferação de poucas gerações • MORTE DOS MICRORGANISMOS NÃO OCORRE SIMULTANEAMENTE: SEGUE A CINÉTICA DE PRIMEIRA ORDEM • MESMA FRAÇÃO É MORTA A CADA UNIDADE DE TEMPO CINÉTICA DE INATIVAÇÃO MICROBIANA • Processo esterilizante: -população inicial (biocarga) -cinética de inativação desta população ao agente • Perda da viabilidade -regular -velocidade de inativação diretamente proporcional ao número da população em cada tempo • Expressão de resistência • Valor D - tempo de exposição necessário para redução de 90 % da • população microbiana - tempo necessário para reduzir um ciclo logarítmico na curva de sobreviventes CINÉTICA DE INATIVAÇÃO MICROBIANA CONTROLE NA PRODUÇÃO DE ESTÉREIS • Validade do ambiente: - qualidade do ar - Procedimento de limpeza • Pessoal • Validação do processo • Validação do produto QUALIDADE DO AR •Baixa concentração partículas 0,5 m Ausência de partículas de 5 m • Redução de partículas de 0,1-0,3 m – FILTRAÇÃO • RETENÇÃO DAS PARTÍCULAS PELO FILTRO DEPENDE: • - tamanho da partícula • - velocidade de passagem do ar pelo filtro • ULPA – filtros de ar ultra baixo particulado (99,99996%- • partículas de 0,12m) • HEPA – filtros de alta eficiência (99,9997% - partículas de 0,3 • m) CONTROLE DA QUALIDADE DO AR • Contador de partículas totais • Monitorização microbiológica (bactérias e fungos) Amostragem passiva (exposição de placas ou frascos) • Amostragem ativa (por impacto do ar através de fenda ou por • filtração) • VERIFICAÇÃO • - Limpeza da sala • - Falhas no sistema de filtração do ar • - Possível contaminação por intermédio pessoal produção CONTROLE DE QUALIDADE DE SUPERFÍCIE • Paredes, pisos, equipamentos • Métodos utilizados: • . Swabs – solução fisiológica → contagem por plaqueamento ou filtração • . Placas de contato. • VALORES MÁXIMOS SUGERIDOS PELA USP • Superfícies e equipamentos: • Classe 100 - 3 UFC (inclusive piso) Classe 10.000 – 5 UFC (geral) • 10 UFC (piso) CONTROLE DE QUALIDADE DO PESSOAL Importantes características: qualificação, treinamento e motivação • meio cultura sólido - pessoa coloca a mão após a • higienização • número e tipo de bactérias desenvolvidas • ausência de coliformes CONTROLE DO PROCESSO Produtos envasados assepticamente • Feito após qualificação do equipamento e validação do processo de esterilização, treinamento do pessoal e após monitoração ambiental • - Worst case • . Uso de materiais e componentes que tenham permanecido na área de processamento asséptico por períodos extensos; • Alterar o tempo de enchimento das unidades; • Empregar meio com capacidade promotora de crescimento (ao invés de conservantes). • Tamanho e tempo da corrida devem mimetizar a • condição de produção comercial INTERPRETAÇAO DOS RESULTADOS • NÚMERO MENOR QUE 5000 • UNIDADES • Nenhuma unidade contaminada • Produto confiável • Entre 5000-10000 unidadades • Uma unidade contaminada (repetir teste) • Duas unidade (reprovação e investigação) CONTROLE DE PROCESSO- Produtos obtidos após esterilização final • Baixo nível de contaminação • - Confiabilidade no processo esterilizante (validação do processo) • - Garantir baixa contaminação endotóxica no produto CONTROLE DE QUALIDADE DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO FINAL - Autoclavação -Verificar calibração dos sensores de temperatura e pressão - Distribuir os sensores em diferentes pontos e verificar a homogeneidade da temperatura e pressão -Realizar esses testes com a autoclave vazia e com a sua capacidade máxima – cumpre os critérios de aceitação? -Utilizar indicadores físicos e biológicos adequados Controle da eficiência do processo de esterilização • INDICADORES • Indicadores físicos ou químicos: substância susceptível de alterações irreversíveis ao método de esterilização • Indicadores biológicos: microrganismos específicos, representados por cepas de elevada resistência ao processo, na forma esporulada INDICADOR FÍSICO OU QUÍMICO ➢Monitoramento químico/físico do processo de esterilização baseado na capacidade do agente esterilizante alterar as características químicas e/ou físicas de substâncias ➢Alteração das características químicas ou físicas – indica que condições satisfatórias de esterilização foram atingidas INDICADOR FÍSICO OU QUÍMICO ➢fitas de papel impregnadas com tinta termocrômica que mudam de cor quando expostas a temperaturas elevadas, por certo tempo ➢indicadores específicos de temperatura • ponto de fusão – indica que a temperatura foi atingida ➢indicadores integradores: indicam a ação de diferentes componentes como tempo, temperatura e umidade - integram vários parâmetros de esterilização Alterações destes indicadores não necessariamente indicam esterilidade microbiológica IDEAL: associação indicador químico e biológico • VANTAGENS • Baixo custo • Indicação imediata (não é preciso cultivar o microrganismo) • DESVANTAGEM • Não é representativo das reais condições de esterilização INDICADOR BIOLÓGICO • Deve apresentar resistência ao método de esterilização em questão ➢Adição do indicador diretamente ao produto a ser utilizado ➢Uso de suportes (tiras ou discos de papel) • Utilização: Desenvolvimento, validação e monitoramento dos • processos de esterilização PRINCIPAIS CARACTERÍSTICASDE UM INDICADOR BIOLÓGICO • O indicador deve ser em número e resistência superior ao viável natural •Resistência estável e reprodutível, manutenção das características bioquímicas e genéticas da espécie (constatação periódica da manutenção da viabilidade) • Crescimento ótimo quando colocado em condições fisiológicas da espécie • Não ser patogênico, não produzir endotoxinas CRITÉRIOS NA UTILIZAÇÃO DE INDICADORES BIOLÓGICOS • Inocular o microrganismo no próprio produto Veicular o microrganismo em suportes como tiras ou • discos de papel • Localização das amostras inoculadas ou dos suportes • dentro do esterilizador -densidade dos materiais -estratificação de gases -umidade do esterilizador INDICADORES BIOLÓGICOS: MAIS ACONSELHADOS • Utilização do indicador durante o processo industrial – • provas seguras da eficácia do tratamento • Oferecer aos indicadores condições adequadas de • crescimento • Ausência de crescimento: processo esterilizante eficiente CONTROLE DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO POR CALOR SECO • Indicador biológico • Bacillus subtilis (inóculo inicial > 105 , valor D = 5 - 10 min) • CONTROLE DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO • Indicador biológico • Bacillus stearothermophillus (inóculo inicial > 105 , valor D = 1,5 min) • Clostridium sporogenes (inóculo inicial > 105 , valor D = 0,8 min) CONTROLE DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO POR ÓXIDO DE ETILENO • Indicador biológico • Bacillus subtilis (inóculo inicial > 106-107 , valor D = 9 min) • CONTROLE DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO IONIZANTE • Indicador biológico • Bacillus pumillus (inóculo inicial 107-108)