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Instituição: Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba Discente: Andreza Lúcia Mamede França Disciplina: Sistemas Orgânicos Integrados (SOI) Data: 20 de Setembro de 2022 TICS- Tireoidectomia 1. O que orientar a um paciente candidato a uma tireoidectomia total? Cirurgia em que a tireoide é completamente removida. A tireoidectomia pode ser realizada para uma série de condições benignas e malignas, incluindo nódulos de tireoide, hipertireoidismo, bócio obstrutivo, câncer de tireoide, linfoma de tireoide primária. É necessário orientar o paciente tanto sobre cuidados pré-operatórios, como pós-operatórios. Antes da cirurgia ele deve estar em jejum por 8 horas e caso ele use medicamentos como AAS ou outros anticoagulantes, deve haver avaliação dos riscos e programação para suspender o uso destas medicações alguns dias antes do procedimento, uma vez que esses medicamentos podem aumentar os riscos de sangramento na cirurgia . No pós-operatório deve-se orientar quanto a reposição hormonal e de cálcio. Reposição de cálcio: Pelo fato de, apesar das para paratireoides serem preservadas de rotina, uma boa parte de sua vascularização vem da glândula tireoide, fazendo com que abruptamente haja um corte de sua oxigenação, além do edema pós-operatório, causando uma deficiência temporária na produção e liberação de seu hormônio, que é o paratormônio (PTH). O PTH é responsável pelo metabolismo do cálcio, e em função disto, o paciente pode apresentar sintomas de hipocalcemia, com formigamento nas mãos, lábios e pés, podendo até evoluir para câimbras, em situações mais severas. Por isso faz-se a reposição com o cálcio via oral por um perído mínimo de 7 dias, sendo que o risco maior de se observar estes sintomas ocorrer no 3º dia pós-operatório Reposição hormonal: Dos hormônios tireoidianos que irão parar de ser produzidos com a retirada da glânduça. Isso será feito com levotiroxina, e no caso da tireoitectomia é por toda a vida. 2. Quais os riscos que podem ocorrer nesta cirurgia? Os riscos são baixos. Podendo incluir cicatriz hipertrófica no pescoço; hematoma no local operado, podendo causar dificuldades para respirar, lesões de estruturas nobres, como vasos sanguíneos, nervos laríngeos ( podendo gerar alterações na voz, como a rouquidão) e hipocalcemia, quando as glândulas paratireoideoides são afetadas. Além de Infecções de pele e de região cervical. Referências ACCETTA, Pietro et al. Tireoidectomia total nas doenças benignas da tireóide. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 38, p. 223-226, 2011. ARAÚJO FILHO, Vergilius JF et al. Hipocalcemia e hipoparatireoidismo clínico após tireoidectomia total. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 31, p. 233-235, 2004. https://cirurgiadetireoide.com.br/index.php/orientacoes-pos-operatorias/ https://cirurgiadetireoide.com.br/index.php/orientacoes-pos-operatorias/