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FELV, leucose enzoótica bovina, gastrointestinal - Doenças infecciosas

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Quinta-feira, 08 de setembro
FELV
Processo patológico relacionado com o sistema hematopoiético, gerando quadro oncológico, em virtude da característica de replicação do vírus.
Retroviridae, gênero Gammaretrovirus. O vírus possui envelope lipoprotéico e material genético RNA fita simples.
FIV o clássico é imunossupressão e como consequência dessa imunossupressão temos doenças secundárias principalmente, um animal com FIV vem à óbito devido à pneumonia, diarreia crônica, inflamação cerebral, devido à imunossupressão.
Um gato que tem FELV é um retrovírus, mas é um retrovírus diferente, na FIV é um lentivírus característica lenta de replicação vagarosa, para os gamaretrovírus da FELV. Na FELV é um vírus oncogene pois, a partir do momento que ele faz sua replicação ele gera dentro da célula um DNA fita dupla e esse DNA se insere no genoma do gato, o problema é que essa inserção acontece/pode acontecer próximo dos oncogenes (genes que todos os animais têm e que controlam a replicação celular, o problema é quando esse gene é ATIVADO e não consegue ser DESATIVO, porque todos nós fazemos isso, o próprio organismo consegue desativar esses oncogenes). 
Quando temos a inserção do genoma do FELV próximo a esses oncogenes eles interferem na estrutura tridimensional do DNA, quando interfere nessa estrutura esse gene é ATIVADO e não se desativa mais, essas células que são do sistema linfoide iniciam um processo de replicação e não param mais de se replicar originando um tecido linfoide que não para sua replicação, se for um linfonodo que não para de se replicar teremos uma linfo adenomegalia (aumento dos linfonodos). 
Quando falamos dessa replicação desordenada, verificamos a existência de várias neoplasias ligadas a replicação do sistema linfoide, a principal delas é o LINFOMA sua classificação está relacionada à um órgão só, podendo ter o linfoma gastrointestinal, ou linfoma linfonodo mediastinal tendo um linfoma localizado, ou linfoma multicêntrico vários locais e órgãos acometidos, uma vez que em vários órgãos existem sistema linfoide, estando presente em todos órgãos basicamente, onde tiver essas células linfoides pode desencadear um quadro de linfoma ou linfossarcoma. 
Replicação pode ser evidenciada: linfonodos ou Placa de Peyer com espessamento de alça intestinal. 
FELV predispõe aos linfomas. 70% dos linfomas de gatos estão relacionados com a FELV, existem gatos que tem linfoma e não tem FELV, cerca de 30%. Se estiver acontecendo na medula óssea não chamaremos mais de linfoma e sim leucemia. A leucemia, depende de onde o vírus da FELV se inseriu, se ele pega as células-tronco todas as linhagens celulares provenientes daquela célula tronco vão poder fazer um processo neoplásico.
Quem tem FELV? Gato, não vacinado (FIV não tem vacina), FELV negativo vacinamos, principalmente animal de acumulador gatis, gatos com contato com outros gatos. Transmissão por compartilhamento de potes. Pode ocorrer transmissão transplacentária. Todo gato pode ter, por isso “miou, testou” para sabermos melhor o perfil dos animais. 
· Na FIV é o gato que vai no telhado brigar macho não castrado jovem. Transmissão mais ampla, transplacentária, canal de parto.
Pode não ocorrer a transmissão via placenta, caso o quadro de viremia esteja baixo na hora do parto. Acompanha-se pela carga virêmica e quantidade de CD4 e CD8 (nos humanos e cesárea). 
Prognóstico da FELV: ruim, principalmente quando o animal entra na fase clínica da doença, chance de mortalidade é altíssima, sendo pior que a FIV, principalmente na questão de qualidade de sobrevida desse animal é muito ruim. Animal que sempre volta, que sempre está desidratado, mesmo que ainda não esteja fazendo a lesão clássica tumoral, podendo fazer uma doença clássica de FELV não associada a processos neoplásicos faz anorexia, apatia, desidratação, febre de origem indeterminada. Pode ser que o gato faça imunossupressão e faça doenças secundárias, mas não é TÃO característico como na FIV. Principalmente depois que começa o quadro de leucemia o prognóstico é ruim.
O prognóstico do gato só é BOM se ele tiver linfoma ainda que disseminado em linfonodos porque respondem muito bem a quimioterapia. Os gatos com FELV respondem melhor com LINFOMA à quimioterapia do que os gatos SEM FELV. Isso ocorre porque provavelmente o processo que faz a diminuição da replicação com uma imunossupressão ferrada e em seguida tem menos liberação de vírus, consequentemente menos vírus infectando, controlando a replicação. 
O gato com FELV tem uma fragilidade de hemácias muito grande, principalmente quando o processo inflamatório está ocorrendo na medula óssea, ela produz a hemácia, mas lança essas hemácias para a circulação com muita fragilidade, facilmente se rompem e quando se rompem promove a icterícia e anemia. É clássico atender felinos com icterícia e anemia na FELV, um dos grandes diferenciais do gato ictérico, FELV precisa estar no meio. Fragilidade celular que ocorre devido ao processo inflamatório intenso que desiquilibra a produção de todas as células da medula óssea, células malformadas devido ao processo inflamatório. Não é carência de ferro.
Linfoma onde está localizado é o problema.
Imunossupressão forte: cuidado com o animal, deve haver retornos frequentes, consultas frequentes, exames frequentes. Uma vez que um animal em imunossupressão pode não fazer febre, porque tem uma linfopenia complicada, devido a depleção linfocitária. 
Diagnóstico FELV: teste rápido não é teste de anticorpo, é teste de antígeno celular p27 (procuramos no FELV) diagnóstico de ANTÍGENO. No FIV é anticorpo.
Impacta que se por acaso não acharmos o antígeno naquela amostra, não significa que o animal não tenha FELV, ELISA fase sólida (muito bom, sensibilidade altíssima é sensibilidade que interessa) e imunocromatografia (atenção, interpretar o resultado, sensibilidade menor mesmo que o laboratório jure que é bom). 
Confirmatório ou melhor para FIV e FELV: RT-PCR (PCR para DNA, mas o vírus é RNA e fazem transcrição reversa) o vírus solto no sangue é RNA. 
Tratamento: sintomático e quimioterapia. Terapia de suporte.
Quimioterapia: ciclofosfamida, oncovin e prednisolona (COP) protocolo mais usado. 
Vantagem da FELV: alguns animais que não sabemos muito bem o porquê, entram num ciclo de remissão espontânea. Animal testa positivo para FELV, na sorologia e teste rápido é positivo e depois de alguns anos se testa novamente e ele é negativo.
PCR é para DNA e RT-PCR para RNA
Leucose enzoótica bovina
Doença sem a real epidemiologia em SC. É um Oncoretrovírus um retrovírus, ou seja, a fase final pode gerar o processo neoplásico, uma vez que se instala perto do oncogene. Atinge plantéis que vivem mais tempo (gado de leite) uma vez que o ciclo demora um pouco. 
Processo final são linfomas em principalmente linfonodos (em qualquer lugar com linfonodo). Pode ter problema neurológico pois comprime raízes nervosas, vaca cai no pasto, a vaca não fica em pé e neurologicamente não tem como manter o tônus muscular, linfonodo comprimindo ramo nervoso não tendo tônus muscular. Reduzir produção leiteira, pode causar problema locomotores, neurológicos, gastrointestinais, respiratórios, dependendo de onde se encontra esse linfoma. Não se faz protocolo quimioterápico, apenas se elimina do plantel. Animal pode desidratar.
Teste prévio: sorológico por IDGA (imuno-difusão em gel de ágar), RT-PCR, característica clínica importante: linfocitose persistente (bezerros 6 meses-1 ano), os animais apresentam fraqueza inapetência, diminuição de apetite e taxa de crescimento podendo fazer um hemograma apresentam linfocitose persistente. 
Animal com sintoma, porém negativo, vaca positiva ainda não tem leucose clínica, mas está com o vírus, daqui um tempo ela irá transmitir, então deve-se eliminá-la do plantel para evitar transmissão. Vírus RNA é muito INSTÁVEL, cuidado na coleta. DNA é muito mais ESTÁVEL.
Transmissão: picada de insetos hematófagos. Pode ser transmitido pelo leite para bezerros.
Não é considerada uma Zoonose. Podendo, o leite e a carne bem como seusderivados, serem consumidos sem preocupação.
Gastrointestinal
Patologias que ESTÃO no TGI, não doenças que repercutem no TGI como a FIV o animal pode ter diarreia, mas o problema é a FIV, cinomose e megaesôfago = regurgitação não é nem vômito.
Vômito é a ativação do centro emético (neurológico, região do cérebro – sistema nervoso simpático), vômito = mímica de vômito ativada pelo centro emético. Ânsia de vômito tem ativação do centro emético. Aumento sudorese, inquietação, aumento FR, movimento de contração de musculatura abdominal (ânsia), após isso ter o ato de expulsão do alimento. 
· Vômito significa mímica de vômito tendo ânsia de vomito.
· Existem patologia do TGI que o animal não vômito, mas tem expulsão do alimento por regurgitação como na cinomose, alimento sai espontaneamente (cinomose pode promover vômito ou regurgitação).
· Diferença entre vômito e regurgitação (diferencial clínico). Conteúdo de bile mais indicativo de vômito ou “gosma”. O problema é que nem todo vômito tem bile.
· Alimento digerido ou não, não é parâmetro. 
Diarreia: características clínicas diferentes de acordo com local da lesão, dividimos em diarreia do intestino delgado e do intestino grosso. Tem agentes que são clássicas de ID, ou IG, rotavírus bovino clássico do ID, conseguimos perceber diferenças desses dois locais, o número de patologias do TGI é enorme.
Giardíase: diarreia que pode ser ora de delgado e ora de grosso, sendo chamada de diarreia mista.
O que é diarreia? Diarreia alteração da consistência (cocô mole, cocô muito duro é diarreia) disquesia é dificuldade de evacuar, alteração do volume, frequência e consistência (mole, duro), um deles já aponta problema intestinal.
· Constipação processo de retenção do bolo fecal e consequentemente pode ser um sinal de diarreia, existem causas de constipação o produto da constipação altera o volume e consistência, geralmente.
Um alimento mal digerido pode ocasionar diarreia, por isso o cuidado na troca de ração.
Intestino Delgado: frequência NÃO aumenta muito, leve aumento da frequência, pouca alteração do volume, boa alteração de consistência. Delgado não tem muito a ver com absorção de água, se tem patologia do delgado estará mais amolecida. Especialmente no duodeno e jejuno onde se tem mais receptores para vômito, neurologicamente falando, animal com diarreia no ID geralmente faz vômito (parvovirose), delgado relacionado com a desidratação devido ao vômito e diarreia. Mais fácil vomitar por inflamação do delgado do que gástrica. Intestino delgado o sangramento, passa por todo intestino delgado e grosso, saindo como sangue mais escuro, enegrecido. Porque o sangue foi perdendo O2, oxidação por todo TGI. 
Sangue escuro: chamado de melena, vômito, desidratação, aumento volume, frequência e fezes negras característica do intestino delgado, melhor exemplo é o parvovírus canino. 
IG: diarreia mais emergencial, normalmente, sem vômito (IG sem receptor para vômito) baixa taxa de desidratação, animal bem, ativo, porque não está vomitando. Alteração na absorção de água, tempo maior no processamento e no final é visto com muco.
· Diarreia com muco: intestino grosso, se sangrar é sangue vivo (hematoquezia), volume normalmente baixa como é emergencial animal vai com frequência absurda.