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Aluna: Isabella do Socorro Neves Mergulhão. Matrícula: 21850575 SÍNTESE - DRENAGEM Os sistemas de drenagem possuem dois subsistemas característicos: a microdrenagem e a macrodrenagem. A microdrenagem é o sistema de condutos construídos destinados a receber e conduzir as águas das chuvas vindas das construções, lotes, ruas, praças, etc, captando-as de forma distribuída (CONTENTE, 2021). Além disso, tem como função evitar alagamentos, oferecer segurança aos pedestres e motoristas e evitar ou reduzir danos (GUEDES, 2019). Em uma área urbana, é essencialmente definida pelo traçado das ruas e está ligada diretamente à implantação de loteamentos. Ou seja, é aplicada em áreas onde o escoamento natural não é bem definido e, portanto, acaba sendo determinado pela ocupação do solo (CONTENTE, 2021). A macrodrenagem corresponde à rede de canais de maiores dimensões, que recebem as contribuições do sistema de microdrenagem e as lançam no corpo receptor, assim como contempla também a rede de drenagem natural, constituída por rios e córregos, a qual pode receber obras que a modificam e complementam, tais como canalizações, barragens, diques e outras (CONTENTE, 2021). Alguns elementos que compõem a microdrenagem são os coletores prediais, sarjetas, bocas de lobo, PV’s e galerias. A calha viária das ruas é o primeiro local que recebe a água das chuvas, a qual funciona como condutora e é onde estão os elementos da microdrenagem. As guias definem os limites do passeio e do leito carroçável. São feitas de granito ou concreto simples e comumente chamadas de “meio-fio”. Possuem vários tamanhos diferentes mas geralmente utiliza-se os “tipos” 75 e 100, sendo essa última a de maior capacidade hidráulica (BARROSO, 2011). As sarjetas são feitas de concreto simples ou de paralelepípedos argamassados. Elas são usadas para fixar as guias e para formar o piso de escoamento de água. São por elas que as águas correm (BARROSO, 2011). Outro item é o chamado sarjetão ou rasgo que como o nome explica são rasgos feitos de concreto entre ruas usado quando na implantação das ruas surgem pontos baixos que se situam próximos a outros pontos mais baixos (BARROSO, 2011). A boca de lobo é mais um instrumento de captação (o mais comum) no qual a água é captada horizontalmente. Ela consiste em um rebaixamento da sarjeta, guia chapéu, caixa de captação, tampa de cobertura e conexão da caixa à galeria pluvial, por meio de tubos de concreto. Existem também aquelas que captam a água verticalmente por meio de caixa, no leito da rua e grelha de ferro fundido, cobrindo essa caixa, chamadas de boca de leão. A desvantagem dessas é a necessidade de limpeza periódica das grelhas (BARROSO, 2011). Outros aspectos sobre as bocas de lobo é que as tampas são constantemente destruídas devido à passagem de rodas de carros que estacionam nas calçadas ou por manobras de carros e caminhões, não se deve instalar bocas de lobo em frente às partes das edificações destinadas ao acesso de carros, normalmente a capacidade de engolimento de projeto é fixada em 40 a 60 litros por unidade e a localização delas é feita próxima ao cruzamento das ruas mas não no limite do cruzamento (BARROSO, 2011). Quanto às caixas com grelhas, elas apresentam a vantagem de poderem ser usadas em locais planos (ao contrário das bocas de lobo, as quais exigem rebaixamento de piso) e permitem a passagem de rodas de carros sobre elas (BARROSO, 2011). Já em relação às galerias, são canalizações públicas usadas para conduzir as águas pluviais provenientes das bocas de lobo e das ligações privadas, as quais possuem diâmetro mínimo de 300 mm. Elas devem ser projetadas para funcionarem à seção de máxima eficiência com a vazão de projeto sendo que a velocidade máxima admissível é calculada em função do material a ser empregado na rede (GUEDES, 2019). Por último, os poços de visita tem como função permitir a inspeção, limpeza e desobstrução de galerias enterradas por operários que entram nessas instalações ou por uso de equipamento mecânico. Eles são instalados em cruzamento de ruas, quando a galeria tem o diâmetro de um dos tubos aumentado, quando ocorre uma mudança de direção da galeria, no início da rede e em trechos muito longos de galeria sem inspeção (BARROSO, 2011). REFERÊNCIAS GUEDES, H. MICRODRENAGEM. Engenharia Civil - UFPel, 2019. Disponível em: <https://wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/files/2019/10/Microdrenagem.pdf>. Acesso em: 14 out. 2021. CONTENTE, Ellem. Sistema Drenagem Urbana, 2021. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1bWHjNNrZ0A06jE4ZBdE59n0wrNemUBn7/view>. Acesso em: 14 out. 2021. BOTELHO, M. Águas de Chuvas: Engenharia das águas pluviais nas cidades, 2011. 3 ed.
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