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Atividade - Comunidades Virtuais de Aprendizagem

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Tecnologias e Práticas Educativas
Comunidades Virtuais de Aprendizagem
Perguntas norteadoras:
1. O que são? Como podem impactar a aprendizagem dos estudantes?
2. Quais aspectos educativos são preconizados nestas comunidades?
As comunidades virtuais de aprendizagem (CVA), embora representem um
conceito com múltiplos entendimentos, se caracterizam como espaços de
aprendizagem ou agregações culturais constituídas a partir do encontro sistemático -
podendo variar o nível de organização - de um conjunto de indivíduos no ciberespaço
(COSTA, 2012; MUSSOI, FLORES e BEHAR, 2007).
Além disso, as CVAs são também, sob uma perspectiva mais técnica, “redes
eletrônicas de comunicação interativa auto-definida, organizadas em torno de um
interesse ou finalidade compartilhada” (SCHELEMMER, 2005 apud MUSSOI, FLORES
e BEHAR, 2007, p. 2). Considerando suas potencialidades e possibilidades de uso, que
incluem aspectos como o apoio mútuo; as trocas/compartilhamento de experiências,
valores, metas e aprendizados; o senso de pertencimento que é gerado nos
participantes; interagem com pessoas muito diversas; entre outros benefícios, é
possível inferir que essas comunidades podem impactar positivamente a aprendizagem
dos estudantes inseridos nestes ambientes, promovendo um enriquecimento acadêmico
e pessoal, a depender das trocas estabelecidas (MUSSOI; FLORES e BEHAR, 2007).
Um exemplo simples, que ilustra bem um possível efeito de uma CVA na vida de um
aluno, é quando este não está conseguindo compreender um conteúdo, seja por não ter
se adaptado à didática do docente ou outros dificuldades de aprendizagem, mas que,
ao pedir a ajuda de outros estudantes, consegue entender o assunto com mais clareza
- uma vez que os estudantes costumam possuir uma realidade e vocabulário mais
semelhantes e acessíveis entre si, podendo se utilizar de filmes, séries e outros meios
lúdicos que favoreçam a decodificação do conteúdo a ser aprendido. Nesse sentido,
podemos dizer que, por meio da articulação propiciada pelas comunidades virtuais de
aprendizagem, os alunos se tornam mais capazes de aprender e inventar, construindo
reflexões e conhecimentos de maneira conjunta.
Para além dessas questões, é importante abordar alguns dos aspectos
educativos preconizados na ferramenta de comunicação citada. Embora as CVAs
tenham como uma de suas características centrais a não-presença (física), o que
suscita uma série de implicações e desafios próprios, determinados aspectos que
fazem parte de contextos de aprendizagem mais tradicionais também são destacados
como objetivos a serem alcançados. Isto é, nestas comunidades, o professor também
visa promover o desenvolvimento cognitivo dos alunos; fomentar a consciência ética, na
medida em que se faz interferências no pensamento de outras pessoas; e pensar os
estilos de aprendizagem de cada aluno e buscar se adequar ao que funciona para
todos ou para a maioria, mesmo em um ambiente online - e dentro do possível. Por fim,
ressalta-se que essas comunidades favorecem uma nova concepção de aprendizagem,
que se distancia em certos pontos do modelo tradicional; e recomendam a realização
mais frequente de atividades que sejam variadas e colaborativas (COSTA, 2012;
MUSSOI, FLORES e BEHAR, 2007).
Referências
COSTA, Fernando Albuquerque. Comunidades Virtuais de Aprendizagem. Traços,
perspectivas de estudo e desafios às instituições educativas. Perspetiva, p. 59-75,
2012.
MUSSOI, Eunice Maria; FLORES, Maria Lucia Pozzatti; BEHAR, Patricia Alejandra.
Comunidades virtuais–um novo espaço de aprendizagem. RENOTE, v. 5, n. 1, 2007.